Slippery When Wet é o terceiro álbum de estúdio da
banda norte-americana chamada Bon Jovi. Seu lançamento oficial ocorreu no dia
18 de agosto de 1986, sob o selo Mercury Records. A produção do disco foi um
trabalho do produtor Bruce Fairbairn, com as gravações se dando no Little
Mountain Sound Studios, em Vancouver, no Canadá.
A história da banda Bon Jovi se confunde com a do
seu líder e vocalista, Jon Bon Jovi. O Blog vai dar uma pequena pincelada sobre
o surgimento do grupo, antes de se ater ao álbum em questão.
Entre 1975 e 1980, o jovem Jon Bon Jovi tocou em
algumas bandas na região de New Jersey. A primeira foi o Raze. Depois, com o
tecladista David Bryan, formou o Atlantic City Expressway. Mais tarde foi a vez
do John Bongiovi and the Wild Ones e, por volta de 1980, um grupo chamado The
Rest.
No meio de 1982, Jon conseguiu um emprego nos
estúdios Power Station, em Manhattan, onde seu primo Tony era coproprietário.
Bon Jovi fez várias fitas-demo neste estúdio e as mandou para diversas gravadoras,
mas não conseguiu causar nenhum impacto.
Depois, Bon Jovi visitou a estação de rádio local chamada
WAPP 103.5FM "The Apple", em Lake Success, New York. Ele conversou
diretamente com o diretor de promoção, John Lassman, que aceitou a música
"Runaway" para inclusão em uma coletânea de talentos locais.
Jon Bon Jovi foi inicialmente relutante, mas
finalmente cedeu-lhes a canção, na qual ele tinha usado músicos de estúdio para
tocar na faixa. Os músicos de estúdio que ajudaram a gravar
"Runaway", que ficaram conhecidos como The All Star Review foram o
guitarrista Tim Pierce, o tecladista Roy Bittan, o baterista Frankie LaRocka e o
baixista Hugh McDonald.
Jon Bon Jovi
A música começou a ter boa repercussão na área de
Nova York, e, em seguida, em outras estações irmãs nos principais mercados americanos.
Em março de 1983, Bon Jovi convidou David Bryan, o qual, por sua vez chamou o
baixista Alec John Such ex-Phantom’s
Opera e um baterista experiente chamado Tico Torres.
O convidado para tocar guitarra foi o vizinho de
Jon Bon Jovi, Dave Sabo (ou The Snake), que mais tarde formou o grupo Skid Row.
Sabo foi substituído por Richie Sambora.
Antes de entrar para o grupo, Sambora tinha excursionado com Joe Cocker, tocou
com um grupo chamado Mercy e tinha sido chamado para fazer um teste no Kiss.
Ele também tocou no álbum Lessons com a banda Message. Message foi
originalmente contratada pela Swan Song Records (que pertencia ao Led Zeppelin),
embora o álbum nunca tenha sido lançado.
Tico Torres também era um músico experiente, tendo
gravado e tocado ao vivo com o Phantom’s Opera, The Marvelettes e Chuck Berry.
Ele apareceu em 26 registros e que recentemente gravou com Franke and the
Knockouts, uma banda de Jersey com singles de sucesso durante os anos oitenta.
David Bryan saiu da banda que ele e Bon Jovi tinham
fundado para estudar medicina. Enquanto estava na faculdade, ele percebeu que
queria seguir a música em tempo integral, sendo aceito na Juilliard School, uma
escola de música de Nova York. Quando Bon Jovi chamou seu amigo e disse que ele
estava montando uma banda, com um contrato de gravação provável, Bryan seguiu o
exemplo de Jon Bon Jovi e desistiu de seus estudos.
A banda começou a fazer apresentações e shows de
abertura para talentos locais, acabando por chamar a atenção do executivo Derek
Shulman, o qual os levou um contrato com a Mercury Records. Pamela Maher, uma
empregada do manager Doc McGhee, foi quem sugeriu que a banda seguisse o
exemplo do Van Halen (uma grande banda com 2 nomes) e se nomeassem Bon Jovi. Embora
a sugestão fosse recebida com pouco entusiasmo, acabou sendo aceita.
Doc McGhee, o novo manager da banda, os auxiliaram
a lançarem seu primeiro álbum de estúdio, homônimo ao grupo, Bon Jovi, lançado
em janeiro de 1984.
O álbum obteve boa repercussão, com a 43ª posição
na parada de álbuns nos Estados Unidos e a 71ª posição no Reino Unido. O single
“Runaway” também teve alguma divulgação, alcançando a 39ª posição da parada
americana de singles. O sucesso pôs o grupo fazendo abertura para bandas como Scorpions
(nos Estados Unidos) e o KISS (na Europa).
O segundo álbum do grupo, 7800° Fahrenheit, saiu em
março de 1985. Em termos de posições nas principais paradas de sucesso, ele não
se saiu mal: 37ª posição na parada norte-americana e a 28ª na parada britânica.
Longe de ser chamado de fracasso, 7800° Fahrenheit
não foi o sucesso comercial que o grupo esperava. Mesmo assim, permitiu que a
banda fosse atração principal no Japão e Europa. Nos Estados Unidos, uma turnê
de seis meses em suporte ao Ratt e aparição no Monsters Of Rock, em Donnington,
na Inglaterra.
Apesar do sucesso moderado de 7800 ° Fahrenheit,
Bon Jovi não se tornou as estrelas mundiais que esperavam, e, então, eles resolveram
mudar sua abordagem musical para seu próximo álbum.
O primeiro passo foi a contratação de um compositor
profissional, Desmond Child, como colaborador, compondo perto de 30 canções e fazendo
um teste de audição para adolescentes locais de Nova Jersey e de Nova York,
baseando a ordem das faixas no álbum nas opiniões dos jovens.
O segundo passo foi trazer Bruce Fairbairn como o
principal produtor do álbum, com Bob Rock como responsável pela mixagem.
Grande parte do conteúdo do álbum foi escrito por
Jon Bon Jovi e Richie Sambora, exceto "You Give Love A Bad Name",
"Livin 'on a Prayer", e "Without Love", que tiveram a
contribuição de Desmond Child.
Na realidade, Desmond Child foi trazido pela
gravadora para ajudar a escrever algumas das canções para o álbum, em conjunto
com Jon Bon Jovi e Richie Sambora. Esta foi a primeira vez Child trabalhou com
Jon e Richie. Ele veio para Nova Jersey, onde trabalhou no porão da casa da mãe
de Sambora, lugar no qual as músicas eram compostas.
Jon Bon Jovi foi inicialmente relutante em incluir
"Livin 'on a Prayer", no álbum, acreditando que não era uma música
suficientemente boa. Richie Sambora estava convencido de que era um hit em
potencial, e então a banda regravou a faixa, sendo esta segunda versão que está
presente no lançamento final. Ironicamente, tornou-se uma das músicas mais
populares e conhecidas do Bon Jovi.
Richie Sambora
O álbum passou por várias mudanças de nome durante
a sua criação, incluindo "Wanted Dead Or Alive" (uma capa foi
produzida com a banda vestida como cowboys, sendo aproveitada mais tarde para o
lançamento do single da faixa de mesmo nome), com Slippery When Wet sendo o
título final concebido.
De acordo com Jon Bon Jovi, a banda decidiu o nome
do álbum por Slippery When Wet depois de visitar The Number 5 Orange Stripclub,
um bar de strip-tease, obviamente, em Vancouver.
A capa consiste em um saco de lixo preto e molhado
com as palavras "Slippery When Wet" traçadas na água.
A arte foi originalmente criada para caracterizar
uma mulher de grandes seios, com uma camiseta amarela e molhada, com o nome do
álbum na parte da frente da camisa.
A arte original
Esta versão original da capa foi trocada pela
versão com o saco plástico molhado apenas antes do lançamento, devido
principalmente ao fato de que Jon Bon Jovi odiava a borda rosa que circundava a
imagem na capa. A exceção está no Japão, onde a maioria das versões do álbum incluiu
a arte da capa original.
LET IT ROCK
Abre
o álbum a faixa “Let It Rock”.
Após uma introdução de pouco mais de um minuto, a
faixa apresenta um ritmo forte com a guitarra de Richie Sambora bem presente.
No refrão, a voz de Jon Bon Jovi é reforçada com poderosos backing vocals. O
efeito causa um bom impacto, construindo uma canção bastante interessante.
As letras são muito simples, em um tom de
celebração:
Let it rock, let it go
You can stop a fire burning out of
control
Let it rock, let it go
With the night you're on on the
loose
You got to let it rock
YOU GIVE LOVE A BAD NAME
A segunda música do trabalho é um dos maiores clássicos
do Bon Jovi, “You Give Love A Bad Name”.
O criativo riff de guitarra é ouvido já no início
da canção e a embala por toda sua duração, dando à faixa uma sensação bastante
empolgante, conduzindo o refrão a uma característica de ponto alto da música, em uma
construção simplesmente genial. Os vocais são muito bem feitos por Jon Bon
Jovi, mas o maior destaque é a guitarra de Sambora, esbanjando feeling.
As letras são simples, refletindo um sofrimento
amoroso com a culpa sendo colocada na outra pessoa:
Paint your smile on your lips
Blood red nails on your fingertips
A school boy's dream, you act so shy
You're very first kiss was your
first kiss goodbye
Lançada como single, “You Give Love A Bad Name” foi
um sucesso absoluto. Nos Estados Unidos, atingiu a primeira posição na parada
de singles. No Reino Unido, ficou com a 14ª posição.
Possui várias versões covers feitas por diferentes
músicos e grupos, entre eles, Demi Lovato, Anastacia e a banda Atreyu. Também é
jogável em diferentes games como Guitar Hero e Rock Band.
O clássico também está na lista do canal de
televisão VH1 de 100 Greatest Hard Rock Songs, na 20ª posição. Também aparece
em várias séries de TV, por exemplo, How I Met Your Mother.
LIVIN’ ON A PRAYER
A terceira música de Slippery When Wet é outro
clássico da banda, “Livin’ On A Prayer”.
Teclados e bateria bem fortes são as marcas
iniciais da canção que depois são acompanhadas de perto por uma boa atuação
vocal de Jon Bon Jovi. A faixa tem um ritmo bem cadenciado, lento mesmo, mas
que cresce quando chega o refrão. Outra
característica marcante da música é o uso de Talk Box pelo guitarrista Richie
Sambora, criando um efeito interessante em sua guitarra.
As letras contam a história de um casal de
trabalhadores que superam suas dificuldades e tentam permanecer juntos. Segundo
Bon Jovi, a música foi escrita durante a era Reagan e as dificuldades
financeiras daquele momento o inspiraram na mesma:
Tommy used to work on the docks
Union's been on strike
Hes down on his luck...it's tough,
so tough
Gina works the diner all day
Working for her man, she brings home
her pay
For love - for love
She says: We've got to hold on to
what we've got
'Cause it doesn't make a difference
If we make it or not
We've got each other and that's a
lot
For love - we'll give it a shot
A canção foi lançada como single e também se tornou
um sucesso absoluto. Ficou em 1º lugar na parada norte-americana de singles,
assim como na parada canadense e, ainda, com a 4ª posição na tradicional parada
britânica.
Foi votada em uma eleição do canal VH1 como a 1ª
colocada em uma lista de The 100 Greatest Songs of the '80s. No aniversário da
parada de singles da Billboard (parada norte-americana) de 2010, “Livin’ On A
Prayer” foi eleita a 46ª colocada em uma lista de canções de Rock de todos os
tempos.
Os games Rock Band e Guitar Hero têm suas versões
jogáveis deste clássico da banda. Várias versões covers (incluindo a própria
banda reescrevendo-a) foram feitas para a primeira que foi lançada em Slippery
When Wet. The Audition, Alvin
And The Chipmunks e Philmore já gravaram covers da canção.
Como foi dito, foi Richie Sambora quem convenceu
Jon Bon Jovi a colocar a música no álbum, pois o vocalista não havia gostado da
versão inicial de “Livin’ On A Prayer”. Hoje é, talvez, a música de maior
sucesso do grupo. Mais de 2,7 milhões de cópias digitais da música já foram
comercializadas.
SOCIAL DISEASE
“Social Disease” é a quarta faixa do trabalho.
A música apresenta um riff de guitarra bem típico
dos anos oitenta. Ele é bem cadenciado, mas apresenta certo peso e força. Um
Hard Rock, bem puxado para a sonoridade “Glam”, é a marca da canção. Os vocais
são mais “gritados” que nas faixas anteriores. Menos conhecida, mas um ponto
forte do álbum.
As letras são uma metáfora sobre o amor,
apresentando-o – de uma maneira discutível – como uma doença social:
You can't start a fire without a
spark
But there's something that I
guarantee
You can't hide when infection starts
Because love is a social disease
WANTED DEAD OR ALIVE
A
quinta faixa do álbum é “Wanted Dead Or Alive”.
A música se inicia com um som de violão acústico,
com linhas realmente muito belas. Jon canta sobre estas linhas a sua maneira
bem característica, criando um clima suave, mas ao mesmo tempo, tocante. A
partir de 2 minutos e meio, as guitarras de Sambora surgem com peso e força,
incluindo um solo com muito feeling. Grande canção do álbum.
As letras de “Wanted Dead Or Alive” são uma grande
metáfora à solidão de um músico, escritas de maneira muito inteligente:
Sometimes I sleep, sometimes it's
not for days
And people I meet
Always go their separate ways
Sometimes you tell the day by the
bottle that you drink
And times when you're all alone all
you do is think
Lançada como single, a faixa ficou bem posicionada
e foi responsável por Slippery When Wet ser o primeiro álbum, do estilo Hard
Rock, a ter 3 singles consecutivos no top 10 da parada norte-americana de
singles. Ficou com a 7ª posição nos Estados Unidos e com a 13ª posição na
parada britânica.
O título da faixa representa toda a admiração que o
vocalista Jon Bon Jovi possui pela temática cowboy do oeste norte-americano. A
inspiração para a faixa surgiu da canção “Turn The Page”, de Bob Seger, segundo
o próprio Jon declarou. Segundo ele, em 1985, em uma viagem durante a turnê, em
que ele e Sambora ouviram a clássica canção de Seger e Jon teria dito:
“precisamos compor uma música assim”.
Um clássico indiscutível, a canção é encontrada em
diferentes tipos de mídias. Está presente nos programas de TV Deadliest Catch e
Supernatural. Também está nos games GTA e Rock Band e no filme Harley Davidson
and the Marlboro Man, de 1991.
A cantora Michelle Creber, o grupo country
Montgomery Gentry e a banda The Slackers gravaram versões para a canção.
RAISE YOUR HANDS
A sexta faixa do trabalho é “Raise Your Hands”.
Um Hard Rock de riff muito forte e marcante é o que
se apresenta em “Raise Your Hands”. Um som típico dos anos oitenta, com pegada
e empolgação. O refrão é muito bom, com os backing vocals cumprindo um ótimo
papel em reforçar a voz do vocalista Bon Jovi. Certamente um dos melhores
momentos do disco.
As letras têm uma conotação de flerte:
Raise your hands
When you want to let it go
Raise your hands
When you want to let a feeling show
Raise your hands
From New York to Chicago
Raise your hands
From New Jersey to Tokyo
Raise your
hands
WITHOUT LOVE
A
sétima música de Slippery When Wet é “Without Love”.
A canção se inicia de maneira bem cadenciada, com
um teclado bem destacado durante toda a sua extensão. Bon Jovi acompanha este
ritmo, empregando linhas vocais mais melodiosas e o resultado é que se tem uma
faixa com bom potencial cativante. O solo é bastante simples, mas funciona de
maneira eficiente.
As letras demonstram um sentimento de angústia após
um relacionamento que terminou:
Without love, there's nothing
without love
Nothing else can get you through the
night
Nothing else feels right without
love
There's nothing without love
Nothing else but love can burn as
bright
And nothing would mean nothing
without love
I’D DIE FOR YOU
A oitava canção do disco é “I’d Die For You”.
Novamente os teclados dão as cartas no início da
faixa, mas rapidamente são acompanhados por uma guitarra com certa pegada. Mas o
principal destaque são os proeminentes teclados de David Bryan. Os vocais são
muito bons e a levada da música é rápida e empolgante. Um outro ótimo momento
do álbum.
As letras mostram alguém apaixonado e caem em um
lugar comum:
I'd die for you
I'd cry for you
I'd do anything
I'd lie for you
You know it's true
Baby I'd die for you
I'd die for you
I'd cry for you
If it came right down to me and you
You know it's true, baby I'd die for
you
NEVER SAY GOODBYE
A nona faixa do álbum é outro clássico, “Never Say
Goodbye”.
A canção é uma balada clássica, com linhas suaves
que se intercalam com a voz do vocalista soando um tanto quanto rasgada, mas
que se casa de maneira extremamente harmoniosa com o riff suave criado pela
dupla Bon Jovi e Sambora. Trata-se de uma música bastante tocante. Outro ponto
memorável do trabalho.
As letras, obviamente, têm conotação romântica e
contam uma história de amor:
We danced so close
We danced so slow
And I swore I'd never let you go
Together –
forever
Inclusive, a música descreve o relacionamento entre
Jon Bon Jovi e sua atual esposa. O vocalista diz que se inspirou na canção
“Hearts Of Stone”, de Southside Johnny, para escrever “Never Say Goodbye”.
Lançada como single, ficou com a 11ª posição na
parada norte-americana e com a 21ª colocação na sua correspondente britânica.
Uma versão curiosa da faixa foi gravada em
mandarim, pelo grupo de Taiwan chamado Power Station.
WILD IN THE STREETS
A
décima – e última – faixa de Slippery When Wet é “Wild In The Streets”.
O álbum se encerra mais uma vez com o ritmo mais
acelerado, com teclados e guitarras em um ritmo mais veloz e forte. Tanto o
vocal quanto os backing vocals (no refrão) estão em harmonia com a sonoridade
da canção, construindo um trabalho muito bem feito. O solo é, talvez, o melhor
de todo o disco, esbanjando feeling.
As letras estão em um tom de rebeldia juvenil:
A member of the boy's brigade
Had a date with the girl next door
You know it made her daddy crazy
But it only made her want him more
They weren't looking for trouble
You know that boy didn't want a
fight-not tonight
So she headed out through her
bathroom window
What her daddy didn't know was gonna
be alright
Considerações
Finais
Catapultado por dois singles atingindo a primeira
posição da parada norte-americana (“You Give Love A Bad Name” e “Livin’ On A
Prayer”), Slippery When Wet foi um sucesso estrondoso. O álbum atingiu a 1ª
posição da parada norte-americana de álbum, colocação na qual permaneceu por
oito semanas. Na parada britânica, ficou com a 6ª posição. Entretanto, atingiu
a primeira posição também nas paradas do Canadá, Austrália, Finlândia e Suíça.
Somente entre 1986 e 1987, o álbum ficou por 38
semanas entre o Top 5 da parada norte-americana. Vendeu perto de 12 milhões de
cópias somente nos Estados Unidos. Também está incluído no livro 1001 Albums
You Must Hear Before You Die.
Slippery When Wet foi considerado o álbum mais
vendido de 1987 pela Billboard. O videoclipe de "Livin 'On A Prayer"
ganhou a categoria de Melhor Performance de Palco na premiação da MTV
Norte-americana chamada MTV Video Music Award.
A banda ganhou o prêmio de Banda Pop/Rock Favorita
na premiação American Music Awards e outro prêmio de grupo de rock favorito na
premiação People Choice.
Quando Slippery When Wet foi lançado em agosto de
1986, Bon Jovi era a banda suporte na turnê do grupo 38 Special. Até o final de
1986, Bon Jovi era a banda principal em shows durante seis meses em todo os Estados
Unidos.
Em agosto de 1987, o Bon Jovi se apresentou no
clássico festival inglês "Monsters of Rock" como banda principal.
Durante sua apresentação, Dee Snider (Twisted Sister), Bruce Dickinson (Iron
Maiden) e Paul Stanley (KISS) se juntaram à banda para executar "We’re an American Band", clássico do Grandfunk Railroad. O conjunto encerrou o ano
com 130 shows como banda principal na sua turnê “Tour Without End”, arrecadando
28,4 milhões de dólares.
Jon Bon Jovi foi perguntado o que todo este
astronômico sucesso significava, e sua resposta foi: "Tudo é maior, e
move-se duas vezes mais rápido. Você está reconhecido duas vezes mais. Tudo é
maior, o mundo inteiro fica maior. Você tem que vender mais discos, ser enorme.
Você fica mais esperto e você entende o negócio um pouco mais, e por isso tem
mais responsabilidade. Você entende tudo isto agora e você quer ter certeza de
que tudo dará certo".
Slippery When Wet é o álbum mais bem sucedido,
comercialmente falando, do Bon Jovi. Estima-se que mais de 28 milhões de cópias
do disco já foram comercializadas.
Formação:
Jon Bon Jovi – Vocal, Guitarra Base
Richie
Sambora – Guitarra Solo, Backing Vocals, Talkbox em "Livin' on a
Prayer"
Alec
John Such – Baixo, Backing Vocals
Tico
Torres – Bateria
David
Bryan – Teclado, Backing Vocals
Faixas:
01.
Let It Rock (Bon Jovi/Sambora) - 5:25
02.
You Give Love a Bad Name (Bon Jovi/Sambora/Child) - 3:44
03.
Livin' on a Prayer (Bon Jovi/Sambora/Child) - 4:09
04.
Social Disease (Bon Jovi/Sambora) - 4:18
05.
Wanted Dead or Alive (Bon Jovi/Sambora) - 5:08
06.
Raise Your Hands (Bon Jovi/Sambora) - 4:16
07.
Without Love (Bon Jovi/Sambora/Child) - 3:30
08.
I'd Die for You (Bon Jovi/Sambora/Child) - 4:30
09.
Never Say Goodbye (Bon Jovi/Sambora) - 4:48
10.
Wild in the Streets (Bon Jovi) - 3:54
Letras:
Para o conteúdo das letras, indicamos o acesso a: http://letras.mus.br/bon-jovi/
Opinião do Blog:
Slippery When Wet é um dos álbuns mais bem
sucedidos comercialmente da história do Rock e foi o responsável por catapultar
a banda Bon Jovi ao estrelato mundial.
Embora o grupo norte-americano não seja parte do
menu de quem faz este blog, a análise buscou ser feita sem nenhuma espécie de
preconceito. E este fato foi primordial para se reconhecer que Slippery When
Wet é um ótimo trabalho.
Musicalmente, o disco nos traz uma sonoridade
baseada no Hard Rock, por vezes optando por um ritmo mais lento e cadenciado,
mas sem perder a pegada. As canções são construídas com muito bom gosto,
oscilando linhas mais suaves com outras mais fortes e impressivas.
Ainda nesta parte, os teclados de David Bryan são
um show à parte, sempre tocados no momento exato, com boa técnica e excelente
feeling. Assim também são feitas as linhas de guitarra do Richie Sambora, ora com
uma pegada Hard (quase Heavy), ora com melodias suaves e emotivas. A balada “Never
Say Goodbye” é um excelente exemplo disto.
Outra construção magnífica do álbum são os vocais.
O trabalho é feito muito baseado na voz de Jon Bon Jovi, que longe de ser um
excepcional vocalista, está longe de ser apenas mais um. Nos refrãos, optou-se,
quase sempre, por fazer um reforço com um trabalho de backing vocals usados de
maneira precisa e sensível. Isto traz para o momento do refrão um aspecto que
realmente impressiona o ouvinte.
Músicas como “Livin’ On A Prayer”, Never Say
Goodbye”, You Give Love A Bad Name” e “Wanted Dead Or Alive”, goste-se ou não,
são clássicos e falam por si mesmas. Mas mesmo as músicas “menos” conhecidas do
trabalho são ótimas, como, por exemplo, as excelentes “Social Disease” e “Raise
Your Hands”.
Nas letras, talvez estejam o ponto de menor
interesse no álbum. As letras são bastante simples, muitas vezes simplórias,
mas nada que denigra a qualidade do trabalho, pois não fogem ao espírito
simples do Rock & Roll.
Enfim, Slippery When Wet é um disco muito acima da
média, um ótimo exemplo de como o Hard Rock pode ser tocado de forma mais
lenta, mas sem perder a pegada. O trabalho que lançou a banda Bon Jovi como um
nome reconhecido mundialmente é muito bem recomendado pelo Blog.
Podiam fazer uma matéria sobre o debut do Ratt, Out of the Cellar.
ResponderExcluirObrigado pela sugestão. Está sim nos planos fazer uma postagem sobre o Ratt e seu ótimo Out of the Cellar, aguarde que em breve ela vai estar aqui no Blog. E obrigado pela visita!
ResponderExcluirObrigado pela sugestão (e pelo comentário), meu amigo. Devidamente anotada. Abraço!
ResponderExcluirFico no aguardo, meu caro!
ResponderExcluirSó uma correção: agora eu me dei conta de que o mais "ambicioso" disco da turma do Bon Jovi não é New Jersey, mas sim, Keep the Faith (1992), um daqueles trabalhos que ficariam ótimos se fossem lançados em forma de um LP simples ao invés de duplo, já que tudo coube na versão CD.
ResponderExcluirKeep the Faith tem o problema de vários álbuns que saíram na época da popularização do CD, ou seja, com mais tempo disponível, as bandas colocavam mais músicas que aconteceria em um vinil.
ExcluirKeep the Faith é menos 'Hard', mais Rock, mas é um álbum muito bom.
Por essa concepção que descrevo Keep the Faith como um álbum bastante "ambicioso" de minha parte. Musicalmente é diferente dos anteriores, mas realmente é um excelente trabalho do BJ.
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