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Foreigner é o álbum de estreia da banda homônima ao
álbum, ou seja, o Foreigner. Seu lançamento oficial aconteceu no dia 8 de março
de 1977 com as gravações ocorrendo durante o mês de novembro de 1976, nos
estúdios Record Plant, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. A produção ficou a
cargo da dupla John Sinclair e Gary Lyons, com auxílio dos membros do grupo
Mick Jones e Ian McDonald. O selo responsável foi o Atlantic.
O Foreigner é um grande nome do Rock and Roll. Como
será visto no post, desde o seu álbum de estreia o grupo foi um enorme sucesso.
Seu surgimento se deu a partir do ano de 1976.
O guitarrista inglês Mick Jones já era um músico
experiente quando fundou o Foreigner. Ele começou sua carreira musical no
início dos anos 1960 como membro da banda Nero and The Gladiators, que fez um
par de singles com alguma repercussão na parada britânica em 1961.
Após o fim da banda, Jones trabalhou como
compositor e músico auxiliar para artistas como Sylvie Vartan e Johnny
Hallyday, para quem ele escreveu muitas canções, incluindo "Je suis né
dans la rue" e "À tout casser" (que apresentava Jimmy Page na
guitarra).
Foi então que ele se juntou a Gary Wright,
ex-Spooky Tooth, para formar o Wonderwheel. Em 1973, Jones e Wright reformaram
o Spooky Tooth, e, mais tarde, Jones tornou-se membro do Leslie West Band. Ele
também tocou guitarra nos álbuns Wind of Change (1972) do Peter Frampton, e
Dark Horse (1974) de George Harrison.
O outro membro fundador do Foreigner foi outro
inglês, o guitarrista Ian McDonald. Em 1969, ele estava na formação inicial do mítico
grupo King Crimson, que gravou seu primeiro álbum In the Court of the Crimson
King.
Mick Jones
McDonald e o baterista Michael Giles partiram e
formaram uma banda que lançou apenas um álbum intitulado McDonald and Giles. Ele
reapareceu no King Crimson em 1974 e destinado a se reunir à banda como membro
efetivo, mas não teve a oportunidade de fazê-lo devido à decisão de Robert Fripp
para destituir o grupo.
Já em 1976, Mick Jones e Ian McDonald se reúnem e
decidem formar uma nova banda. Para isto, eles convidam um norte-americano para
ser o vocalista: Lou Gramm.
Gramm era o vocalista da banda americana Black
Sheep e com eles gravou 2 álbuns de estúdio, Black Sheep (1974) e Encouraging
Words (1975).
Foi no início de 1976 que Gramm conheceu Mick
Jones, quando este estava em Rochester (EUA) com o Spooky Tooth e Lou Gramm lhe
entregou uma cópia do primeiro álbum do Black Sheep.
Com Mick Jones e Ian McDonald como guitarristas e
Lou Gramm de vocalista, a banda começava a tomar forma. Os novos membros
surgiriam logo em seguida. O baterista convidado foi Dennis Elliott, Al
Greenwood como tecladista e Ed Gagliardi como baixista.
Lou Gramm
Faltava um nome ao conjunto. E foi Mick Jones que
surgiu com a ideia do nome Foreigner (estrangeiro em inglês). Segundo Jones,
não importava em que país estivessem, 3 membros do grupo sempre seriam
estrangeiros: ele (Jones), Elliott e McDonald eram ingleses e Gramm, Greenwood
e Gagliardi eram norte-americanos.
Com tantas estrelas em um mesmo ‘time’, não foi
difícil para o Foreigner conseguir um acordo com a Atlantic Records.
Ainda em 1976, a banda já se reunia no estúdio The
Record Plant para começar a gravação do seu primeiro álbum, que seria homônimo
ao grupo.
A capa é simples, uma imagem dos membros da banda.
Lançado em março de 1977, o álbum Foreigner seria um tremendo sucesso.
FEELS LIKE THE FIRST TIME
Abre o álbum um dos clássicos da banda “Feels Like
The First Time”.
Já no início da faixa pode ser sentida uma das
características principais da banda: o toque suave e cheio de melodia que
compõe parte do riff. Lou Gramm acompanha o riff com sua bela voz, preenchendo
a canção com muita emoção. As vozes dobradas no refrão contribuem para cativar
o ouvinte. Excelente música!
As letras são uma homenagem apaixonada a uma
mulher:
I have waited a lifetime, spent my
time so foolishly
But now that i found you, together
we'll make history
And I know that it must be the woman
in you, that brings out the man in me
I know i can't help myself, you're
all my eyes can see
Lançada como single, foi um tremendo sucesso. Atingiu
a sensacional 4ª posição da parada norte-americana de singles. Está presente no
game Guitar Hero: Warriors Of Rock. Presença garantida nos shows do grupo até
hoje.
COLD AS ICE
Outro clássico do conjunto é a segunda faixa do
álbum de estreia do Foreigner, “Cold As Ice”.
Um teclado repleto de melodia e suavidade dá o
toque inicial em “Cold As Ice” e é praticamente acompanhado apenas pela bela
voz de Lou Gramm. Depois o tocante riff da canção toma conta, repleto de
intensidade, mesmo sendo leve. O ritmo continua suave durante toda a música e
envolve o ouvinte, com direito a vozes dobradas, guitarras bem presentes e o
teclado bastante envolvente.
A letra é simples, em tom de rompimento amoroso:
I've seen it before, it happens all
the time
You're closing the door, you leave
the world behind
You're digging for gold, you're
throwing away
A fortune in feelings, but someday
you'll pay
Lançada como single, também foi um tremendo sucesso
do Foreigner. Chegou à brilhante 6ª posição da parada norte-americana e à 24ª
da parada britânica. É presença obrigatória nos shows do grupo.
Várias bandas e artistas diversos fizeram versões
para “Cold As Ice”, por exemplo Jay Z, Supertramp e M.O.P. Está presente no game Rock Band 3.
STARRIDER
A terceira canção de Foreigner é “Starrider”.
O clima suave e tocante continua no álbum. O início
de “Starrider” é acústico, sendo embalado de maneira cativante pelas linhas
vocais. No refrão o peso aumenta apenas o tanto para torna-lo mais forte e
marcante, reforçado por vozes dobradas. Mas o que torna a faixa especial são suas
belíssimas linhas melódicas.
A letra conta as memórias de um viajante do espaço,
em uma construção bastante nostálgica:
And ever on I sailed Celestial ways
And in the light of my years
Shown the rest of my days
HEADKNOCKER
“Headknocker” é a quarta faixa do trabalho.
A canção começa com o clima do Hard Setentista,
tornando-a a mais “pesada” até então. O riff é simples, forte e empolgante,
aumentando o ritmo da música. Lou Gramm a canta da melhor maneira possível,
construindo uma faixa excelente.
A letra é simples e mostra a rebeldia rock:
He's got an old fender strat
Plays behind his back
While he sings out Louie, Louie
He's a backseat mauler
A barroom brawler
I think he's gonna blacken your eye
If that don't teach you a lesson
THE DAMAGE IS DONE
A quinta música do álbum é “The Damage Is Done”.
O clima mais melancólico domina “The Damage Is
Done”. Há uma influência bluesy que a enche de sentimento, de forma suave e
repleta de melodia. A partir de sua metade, o ritmo acelera e se intensifica,
mas sempre de maneira leve e com lindas melodias.
A letra fala do fim de um relacionamento:
Will you miss me
When I leave you behind?
Will you tell your friends
I treated you unkind?
Well it's over now, and I'm on the
run
I don't want you, the damage is done
LONG, LONG WAY FROM HOME
Mais um clássico do Foreigner está em seu álbum de
estreia: “Long, Long Way From Home”.
A menor faixa do disco é um dos grandes clássicos
do grupo. Ela é rápida, com uma pegada Hard bem presente, tendo certo peso e
andamento mais veloz. O riff é bastante empolgante e a forma como Gramm a canta
contribui decisivamente para o sucesso da música. Outro excelente momento do
álbum.
A letra se refere a alguém que deixa uma cidade
pequena para tentar o sucesso em Nova Iorque e a solidão que acaba sentindo.
It was a Monday, a day like any
other day
I left the small town for the apple
in decay
It was my destiny, it's what's we
needed to do
They were telling me, I'm telling
you
Foi o terceiro e último single lançado para
promover o trabalho e conseguiu a 20ª posição da parada desta natureza nos
Estados Unidos. Presença marcante nos shows do grupo.
WOMAN OH WOMAN
A sétima música do álbum é “Woman Oh Woman”.
O ritmo continua bastante tocante no álbum com a
faixa “Woman Oh Woman”. Seu início embalado por linhas suaves e extremamente
tocantes acompanhadas por uma interpretação sensível e precisa constroem uma
linda balada.
A letra fala em tom romântico, confrontando amores real
e ideal:
Woman oh woman
Don't bury me alive
Just make me feel I've the right to
survive
Woman oh woman
I hope that you can see
This is nothing like our love was
meant to be
Love was
meant to be
AT WAR WITH THE WORLD
A
oitava faixa de Foreigner é “At War With The World”.
O Hard Setentista está de volta na oitava canção do
disco. O riff é forte, pesado e com uma pegada Hard Rock a qual é impossível
não se contagiar sendo fã do estilo. Mais para o meio da música ela se torna
mais cadenciada, mas sem perder seu peso original e sua pegada marcante. Lou
canta maravilhosamente. Excepcional composição!
A letra é ótima e mostra uma alegoria usando a
guerra, mas que pode ser interpretada como alguém buscando aceitação:
I'm at war with the world
That's the way it must be
I'll fight
while I can
To put an end to this misery
FOOL FOR YOU ANYWAY
“Fool For You Anyway” é a nona canção do trabalho.
A suavidade volta ao disco com sua nona música.
“Fool For You Anyway” é uma balada que possui as características linhas
melódicas do Foreigner e lembra, um pouco, as faixas semelhantes que a banda
Free fazia com maestria. O solo é bonito e o clima tocante, em outra linda
composição.
A letra mostra o sofrimento por amor:
Well I cried for you so long
My river of tears ran dry
And I tried to be so strong
But grew weaker as time went by
I NEED YOU
A décima – e última – faixa do álbum é “I Need
You”.
A derradeira canção do trabalho traz um ritmo
forte, pesado e cadenciado ao disco, com um riff que chega fortemente aos
ouvidos de quem aprecia a música. Tudo é feito com toque de muita melodia, mas a
pegada Hard Setentista é nítida. “I Need You” fecha o trabalho com chave de
ouro.
A letra é simples e demonstra alguém se apaixonando
perdidamente:
Many is the time I've cursed the
Lord's creations
Ah but you touched my hand
I loved this new sensation
It was very strange, what a change
Of you I did not tire
So call on me, my heart's on fire
Considerações Finais
Lançado em março de 1977, o álbum homônimo à banda
Foreigner foi um estrondoso sucesso, especialmente se for levado em conta o
fato de ser um disco de estreia.
Catapultado por três singles que atingiram o top 20
da parada norte-americana (“Feels Like The First Time”, “Cold As Ice” e “Long,
Long Way From Home”), o álbum atingiu a excelente 4ª posição da principal
parada norte-americana de álbuns.
Mais que isso, permaneceu no Top 20 da supracitada
parada de álbuns durante um ano! Um tremendo feito.
Foi também 9º lugar na parada canadense de álbuns e
1º na correspondente norueguesa. A turnê que sucedeu o lançamento do disco
também foi bem sucedida, tanto que o segundo disco de estúdio já foi lançado no
ano seguinte (Double Vision, de 1978).
Estima-se que o álbum Foreigner já superou a casa
de 5 milhões de cópias vendidas apenas nos Estados Unidos.
Formação:
Dennis Elliott – Bateria
Ed Gagliardi – Baixo
Lou Gramm – Vocal
Al
Greenwood – Teclado
Mick
Jones – Guitarra, Vocal em “Starrider”
Ian
McDonald – Guitarra
Faixas:
01.
Feels Like the First Time (Jones) – 3:49
02.
Cold as Ice (Jones/Gramm) – 3:19
03.
Starrider (Greenwood/Jones) – 4:01
04.
Headknocker (Gramm/Jones) – 2:58
05.
The Damage Is Done (Jones/Gramm) – 4:15
06.
Long, Long Way from Home (Jones/Gramm/McDonald) – 2:53
07.
Woman Oh Woman (Jones) – 3:49
08.
At War with the World (Jones) – 4:18
09.
Fool for You Anyway (Jones) – 4:15
10.
I Need You (Gramm/Jones) – 5:09
Letras:
Para o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a: http://letras.mus.br/foreigner/
Opinião do
Blog:
Muitos fãs de Rock torcem o nariz para bandas que
usam e abusam de sonoridades mais suaves e “melosas”. O fato é que o Foreigner
é um dos grupos que fizeram sua identidade musical nesta linha.
Mas tudo na banda é construído com extremo bom
gosto. Suas canções mais populares são, em sua maioria, baladas ou algo bem
próximo a isto. Contudo, simultaneamente, tudo é construído de maneira belíssima,
com a leveza e a sutileza necessária para não soar piegas ou fútil.
O Foreigner não é apenas isto. Há, também, músicas
que têm ótima pegada Hard Rock, especialmente aquele feito nos anos setenta.
Formado por músicos experientes e de muita
qualidade, as composições do Foreigner, conforme foi dito, esbanjam talento.
Não há momentos desnecessários, firulas técnicas ou exageros, tudo é muito bem
emendado e construído de maneira a contribuir exclusivamente com a sonoridade
das canções.
Ian McDonald e Lou Gramm esbanjam talento e
precisão. Os teclados de Al Greenwood também transbordam bom gosto. A cozinha
formada por Gagliardi e Elliott é exata e não compromete. E ainda temos Mick
Jones que trouxe todo o talento e a bagagem de anos na música, sendo o principal compositor do conjunto.
No seu álbum de estreia, o Foreigner dá uma aula de
composição: temos 3 ‘hits’ de sucesso indiscutível: “Feels Like The First
Time”, “Cold As Ice” e “Long, Long Way From Home”. A pegada Hard também aparece nas ótimas
“Headknocker”, “At War With The World” e “I Need You”.
Em termos de letras, o grupo apostou quase sempre
na temática romântica, mas nada que comprometa a qualidade do trabalho. O bom
gosto também prevalece neste ponto.
Tem-se aqui um dos grandes álbuns de estreia do
Rock (sua posição na parada norte-americana e o número de cópias vendidas falam
por si sós). Além disto, as composições são ótimas, não há músicas de
enchimento neste trabalho.
O Foreigner é uma grande banda e de qualidade
inquestionável, a qual certamente aparecerá novamente no Blog. E o seu álbum de
estreia é extremamente recomendado por este que vos escreve!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirnão voltou no blog :*(
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, Rafael. Então, não sei quando, mas o Foreigner vai retornar ao Blog, pois adoro a banda. É só ficar ligado.
ExcluirEu conheci o Foreigner por meio do "4" e do "Agent Provocateur", e em ambos os casos por causa das baladas ("Waiting for a Girl Like You" e "I Want to Know What Love Is"). Quando finalmente tive a oportunidade de ouvir os dois primeiros álbuns, especialmente este, fiquei muito surpreso pelo fato do som ter mais peso nas guitarras e ser mais rocker do que os que já conhecia. O fato de a banda dar mais espaço para seus excelentes músicos neste álbum já é suficiente para dar-lhe mais destaque. Enfim, o Foreigner foi um grande sucesso - e merecido.
ResponderExcluirEu não tenho muitos problemas com a fase "AORzenta" da banda, mas eu prefiro esta primeira, menos polida e mais "suja". Acho que eles produziam música radiofônica, mas com muita personalidade, especialmente nos 2 primeiros discos.
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