Atom
Heart Mother é o quinto álbum de estúdio da banda britânica Pink
Floyd. Seu lançamento oficial ocorreu em 2 de outubro de 1970,
através dos selos Harvest e Capitol Records. As gravações
aconteceram entre fevereiro e agosto daquele mesmo ano, no lendário
Abbey Road Studios, em Londres, na Inglaterra. A produção ficou por
conta do próprio Pink Floyd, contando com Norman Smith como
produtor-executivo.
Depois
de quase 6 anos, uma das maiores instituições da música Rock do
planeta retorna ao Blog: o Pink Floyd. Vamos fazer um histórico
resumido do conjunto até chegarmos ao álbum propriamente dito.
Origens
As
origens do Pink Floyd remontam ao ano de 1963, quando o aluno de
arquitetura da London Polytechnic, Roger Waters, conheceu um colega
de curso chamado Nick Mason. Ambos formaram um grupo com Keith Noble,
sua irmã Sheilagh e um cara chamado Clive Metcalfe.
Quando
outro aluno de arquitetura, Richard Wright, se juntou à banda ainda
naquele ano, eles formaram um sexteto de nome Sigma 6. Waters era o
guitarrista-solo, Mason era o baterista e Wright tocava a
guitarra-base, pois raramente havia um teclado disponível. A banda
tocava em eventos particulares e ensaiava em um salão de chá no
porão da Regent Street Polytechnic. Algumas canções que eles
tocavam foram escritas pelo seu manager e compositor, o também
estudante Ken Chapman.
Já
em 1964, Bob Klose se junta ao grupo, promovendo Waters ao posto de
baixista. O Sigma 6 passa por várias mudanças de nomes, sendo
chamado de the Meggadeaths, the Abdabs and the Screaming Abdabs,
Leonard's Lodgers, e the Spectrum Five, até se estabelecer como Tea
Set.
Metcalfe
e Noble deixam o grupo a fim de formar sua própria banda enquanto o
guitarrista Syd Barrett juntou-se a Klose e Waters em Stanhope
Gardens (onde ficava o apartamento que os dois dividiam). Barrett,
dois anos mais novo, se mudou para Londres em 1962 para estudar na
Camberwell College of Arts. Waters e Barrett eram amigos de infância;
Roger frequentemente visitava Syd e o assistia tocar guitarra na
casa da mãe de Barrett.
Foi
Klose quem apresentou a banda ao vocalista Chris Dennis, técnico da
Royal Air Force (RAF). (Nota do Blog: a Royal Air Force (RAF)
é a força aérea britânica). Em dezembro de 1964, eles conseguiram
seu primeiro tempo de gravação, em um estúdio em West Hampstead,
através de um dos amigos de Wright, que os deixou usar o local por
algum tempo livre. Quando a RAF atribuiu a Dennis uma função no
Bahrain, em 1965, Barrett se transformou no frontman do conjunto.
Mais
tarde, ainda em 1965, a banda se apresentava fixamente no Countdown
Club, perto de Kensington High Street, em Londres, onde desde o final
da noite até o início da manhã eles tocavam três shows de 90
minutos cada.Foi durante esse período, no qual estavam estimulados
pela necessidade do grupo de ampliar seus sets para minimizar a
repetição de canções, em que a banda percebeu que “as músicas
poderiam ser estendidas com longos solos”, segundo Mason.
Após
a pressão de seus pais e conselhos de seus tutores de faculdade,
Klose deixou a banda em meados de 1965 e Syd Barrett assumiu a
guitarra-solo. O grupo se chamou pela primeira vez como “Pink Floyd
Sound” no final de 1965. Barrett criou o nome no impulso do momento
em que ele descobriu que outra banda, também chamada de Tea Set,
iria se apresentar em um de seus shows.
O termo Pink Floyd é derivado dos nomes dados a dois músicos de blues cujos
álbuns, da Piedmont Blues records, Barrett tivera em sua coleção,
Pink Anderson e Floyd Council. (Nota do Blog: Piedmont blues é
uma das mais antigas formas de country blues. O country blues ou
rural blues é o mais antigo estilo de blues, devido a este surgir
das canções de trabalho nas fazendas).
Durante
1966, o grupo continuou suas apresentações, quando conheceram Peter
Jenner, o qual ficou impressionado com a categoria da banda. Jenner e
seu amigo Andrew King acabaram se tornando os empresários do
conjunto. Foi Peter quem sugeriu que o grupo se chamasse apenas Pink
Floyd.
Nesta
época, King e Jenner investiram na compra de equipamentos e
instrumentos para o conjunto e o Pink Floyd acabou se tornando um dos
expoentes da cena musical underground de Londres, tocando em lugares
como o All Saints Hall e the Marquee.
Ainda
em 1966, a banda reforçou sua relação de negócios com a Blackhill
Enterprises, empresa fundada por Jenner e King, tornando-se sócios
em igualdade com ambos, cada um detendo uma quota de um sexto dos
direitos sobre o conjunto.
No
final de 1966, o conjunto adotou uma sonoridade menos bluesy,
adotando mais padrões originais compostos por Barrett, muitos dos
quais seriam incluídos em seu primeiro álbum. Embora tivessem
aumentado significativamente a frequência de seus shows, a banda
ainda não era amplamente aceita.
Depois
de uma apresentação em um clube de juventude católico, o
proprietário recusou-se a pagá-los, reivindicando que sua execução
não era música. Quando a administração do grupo entrou com uma
ação em um tribunal de pequenas causas contra o proprietário da
organização juvenil, um magistrado local confirmou a decisão do
proprietário.
A
banda foi muito melhor recebida no UFO Club, em Londres, onde
começaram a construir uma base de fãs, muito por causa das
performances ensandecidas de Syd Barrett.
Roger Waters |
Em
1967, o Pink Floyd começou a atrair a atenção da indústria da
música. Enquanto se mantinham em negociações com as gravadoras, o
gerente e cofundador do UFO, Joe Boyd, e o agente de shows do Pink
Floyd, Bryan Morrison, organizaram e financiaram uma seção de
gravação no estúdio Sound Techniques, em West Hampstead.
Três
dias depois, o Pink Floyd assinou com a EMI, recebendo um
adiantamento de 5 mil libras inglesas. A gravadora lançou o primeiro
single da banda, “Arnold Layne”, com “Candy and a Currant Bun”
como lado B, em 10 de março de 1967, pelo selo Columbia.
A
EMI-Columbia lançou o segundo single do Pink Floyd, “See Emily
Play”, em 16 de junho de 1967. Ele atingiu 6ª posição da parada
de singles no Reino Unido.
O
Pink Floyd apareceu no Top of the Pops, da Rede britânica de TV BBC,
um programa popular que, controversamente, exigia que os artistas
mimetizassem seus cantos e sua forma de tocar. Embora o Pink Floyd
tenha retornado para mais duas apresentações, na terceira, Barrett
havia começado a se 'desvendar' e foi nessa época que a banda começou a
perceber mudanças significativas em seu comportamento.
No
início de 1967, Syd usava regularmente LSD, e Mason descreveu-o como
“completamente distanciado de tudo o que estava acontecendo”. (Nota do Blog: LSD é a sigla de Lysergsäurediethylamid, palavra alemã para a dietilamida do ácido lisérgico, que é uma das mais potentes substâncias alucinógenas conhecidas).
O
Primeiro Disco
Em 5
de agosto de 1967, foi lançado The Piper at the Gates of Dawn,
o primeiro álbum de estúdio do Pink Floyd.
O
álbum vendeu mais de 100 mil cópias apenas na Inglaterra, onde
conquistou o 6º lugar da principal parada britânica de álbuns.
Barrett é creditado como compositor solitário de 7 das 10 faixas,
tendo contribuído em mais 2.
Tido
e havido pela crítica musical como um clássico, The Piper at the
Gates of Dawn possui uma sonoridade baseada no Rock Psicodélico,
mas com muita originalidade. Alguns de seus clássicos são
“Astronomy Domine” e “Interstellar Overdrive”.
O
grupo continuava formado pelo vocalista/guitarrista Syd Barrett, o
baixista Roger Waters, o tecladista Rick Wright e o baterista Nick
Mason.
O
Pink Floyd continuou a atrair grandes multidões no UFO Club;
entretanto, o surto mental de Barrett estava causando séria
preocupação.
Rick Wright |
O
grupo, inicialmente, esperava que seu comportamento errático fosse
apenas uma fase passageira, mas alguns eram menos otimistas,
incluindo o manager Jenner e seu assistente, June Child, o qual
comentou: “Eu o encontrei [Barrett] no vestiário e ele estava
tão... desaparecido. Roger Waters e eu conseguimos colocá-lo de pé,
[e] nós o levamos para o palco... A banda começou a tocar e Syd só
ficou lá. Estava com sua guitarra ao redor do pescoço e seus braços
apenas pendurados para baixo”.
Forçado
a cancelar a aparição do Pink Floyd no prestigioso Festival
Nacional de Jazz e Blues, bem como em vários outros shows, King
informou à imprensa musical que Barrett estava sofrendo de exaustão
nervosa.
A
banda seguiu para algumas datas de concertos na Europa em setembro,
com sua primeira turnê nos EUA em outubro. Enquanto a turnê nos EUA
seguia, a condição de Barrett ficava cada vez pior.
Durante
as apresentações nos shows de Dick Clark e Pat Boone, em novembro,
Barrett confundiu seus anfitriões por não responder a perguntas e
permanecer olhando para o espaço. Ele se recusou a mexer os lábios
quando chegou o momento de dublar “See Emily Play” no programa de
Boone.
Após
esses episódios embaraçosos, King encerrou a turnê nos Estados
Unidos e imediatamente os enviou para Londres. Logo após seu
retorno, eles fizeram suporte para o fantástico Jimi Hendrix durante
uma turnê pela Inglaterra; entretanto, a depressão de Barrett
piorou durante esta turnê, alcançando um ponto de crise em
dezembro, obrigando o grupo a adicionar um novo membro à sua
line-up.
David
Gilmour
Em
dezembro de 1967, o grupo adicionou o guitarrista David Gilmour, como
o quinto membro do Pink Floyd. Gilmour já conhecia Barrett, tendo
estudado com ele na Cambridge Tech, no início dos anos 1960.
Em
janeiro de 1968, a Blackhill Enterprises anunciou Gilmour como o mais
novo membro da banda; seu segundo guitarrista e quinto membro, sendo
que o conjunto pretendia continuar com Barrett como um compositor.
Jenner comentou: “A idéia era que Dave... cobriria as
excentricidades [de Barrett] e quando isso não fosse viável, Syd só
iria compor, apenas para tentar mantê-lo envolvido”.
Em
uma expressão de sua frustração, Barrett, de quem se esperava
compusesse singles de sucesso como “Arnold Layne” e “See Emily
Play”, apresentou “Have You Got It Yet?” para a banda, mudando
intencionalmente a estrutura da música em cada performance para
tornar a canção impossível de se seguir e aprender.
Trabalhar
com Barrett acabou se revelando muito difícil e as questões
chegaram a uma conclusão em janeiro, enquanto a caminho de um show
em Southampton, na Inglaterra, um membro da banda perguntou se eles
deveriam levar Barrett. Segundo Gilmour, a resposta foi “Nah, não
vamos nos incomodar”, sinalizando o fim da permanência de Barrett
com Pink Floyd.
David Gilmour |
Waters
mais tarde admitiu: “Ele era nosso amigo, mas agora, na maioria das
vezes, queríamos estrangulá-lo”. No início de março de 1968, o
Pink Floyd se reuniu com seus parceiros de negócios Jenner e King
para discutir o futuro da banda, com Barrett concordando em deixar o
conjunto.
A
Saucerful of Secrets, More e Ummagumma
Em
29 de junho de 1968, o Pink Floyd lançou seu segundo álbum, A
Saucerful of Secrets. Neste trabalho, Roger Waters começou a
desenvolver seu talento como compositor. O disco acabou atingindo a
9ª posição da principal parada britânica de álbuns. “Jugband
Blues”, presente no trabalho, é a última contribuição de Syd
Barrett no Pink Floyd.
A
Saucerful of Secrets também marcou a primeira vez que a banda
teve a arte da capa de um de seus trabalhos feita pela empresa
Hipgnosis, a qual seria responsável por várias capas de seus
futuros lançamentos.
A
crítica especializada teve reações mistas em relação ao disco,
com algumas referências a um trabalho “monótono”.
Já
em 1969 sai o terceiro disco de estúdio do Pink Floyd, More,
o qual foi gravado para ser trilha sonora do filme de mesmo nome,
dirigido por Barbet Schroeder e estrelado por Mimsy Farmer.
More
contém muitas faixas instrumentais e também conquistou a 9ª
posição da principal parada britânica de álbuns. Aposta em uma
sonoridade mais psicodélica, como seus dois antecessores. O álbum
traz David Gilmour como único vocalista.
Em
25 de outubro de 1969, a banda lança seu quarto álbum, Ummagumma,
o qual representou uma ruptura com seu trabalho anterior, apostando
mais no nascedouro Rock Progressivo.
Lançado
como um LP duplo, pelo selo Harvest da EMI, os dois primeiros lados
continham performances ao vivo, gravadas no Manchester College of
Commerce e no Mothers, um clube em Birmingham. O segundo LP continha
contribuições experimentais de cada membro da banda.
Ummagumma
recebeu críticas positivas após seu lançamento, em 1969. O álbum
atingiu o 5º lugar na parada britânica de discos e nela
permanecendo por 21 semanas.
Atom
Heart Mother
O
álbum surgiu após o Pink Floyd ter terminado um trabalho para a
trilha sonora do filme Zabriskie Point (dirigido por
Michelangelo Antonioni e estrelado por Mark Frechette) em Roma, o
qual terminou um pouco acrimoniosamente, e a banda voltou para
Londres, no início de 1970, para os ensaios.
Diversas
passagens musicais das sessões de Roma foram usadas para construir
material novo durante esses ensaios, embora algumas delas, como “The
Violent Sequence”, só seria usada mais tarde para se tornar o
clássico atemporal “Us and Them”.
O
grupo ficou entre fevereiro e agosto de 1970 trabalhando no disco. O
estúdio escolhido foi o famoso Abbey Road.
Este
foi o primeiro álbum do Pink Floyd a ser especialmente mixado para
um som quadrafônico de quatro canais, assim como no formato estéreo
convencional de dois canais. O SQ quadraphonic mix foi lançado
em LP em um formato de matriz compatível com os players de som
estéreo padrão da época.
A
capa original do álbum, projetada pela Hipgnosis, mostra uma vaca de
pé em um pasto sem texto nem qualquer outra pista sobre o que
poderia estar no registro. Algumas edições posteriores têm o
título e o nome do artista adicionado à capa.
Esse
conceito foi uma reação do grupo à imagem que o associava ao rock
psicodélico naquele momento. A banda queria explorar todos os tipos
de música sem se limitar a uma determinada imagem ou estilo musical.
Dessa
forma, o grupo pediu que seu novo álbum tivesse “algo simples”
na capa, que acabou sendo a imagem de uma vaca. Storm Thorgerson,
inspirado no famoso papel de parede de Andy Warhol, cow wallpaper,
disse que ele simplesmente se dirigiu para uma área rural perto de
Potters Bar e fotografou a primeira vaca que viu.
O
proprietário da vaca identificou seu nome como “Lulubelle III”.
Mais vacas aparecem na capa traseira, novamente sem texto ou títulos,
e no interior do encarte. Também um balão cor-de-rosa na forma de
um úbere de vaca acompanhou o álbum como parte estratégica da
campanha de marketing da Capitol Records para o Pink Floyd finalmente
estourar nos Estados Unidos.
As
notas do encarte em edições posteriores de CD apresentam uma
receita para um banquete beduíno tradicional de casamento, em um
cartão intitulado “Breakfast Tips”. Olhando retrospectivamente
para sua obra de arte, Thorgerson lembrou: "Acho que a vaca
representa, em termos do Pink Floyd, parte de seu humor, o qual eu
acho que é muitas vezes subestimado ou simplesmente não descrito.
Vamos
às faixas:
ATOM
HEART MOTHER
Não é fácil descrever uma obra vanguardista da magnitude de "Atom Heart Mother", uma canção a qual se apresenta como uma peça de teatro subdividida em 6 atos. Há passagens orquestradas grandiosas, o coral regido pelo maestro John Alldis emociona. Na passagem "Mother Fore", bluesística, Gilmour apresenta seu talento incomum em um solo de guitarra repleto de feeling. Experimentações, ruídos estereofônicos, enfim, tudo aquilo que se tornou marca registrada não apenas no Rock Progressivo, mas também no som consagrado do Pink Floyd. Genial!
Trata-se de uma faixa instrumental.
Trata-se de uma faixa instrumental.
“Atom
Heart Mother” é uma suíte de seis partes composta por todos os
membros da banda e com auxílio do músico escocês Ron Geesin. (Nota
do Blog: Suíte é como se chama o conjunto de movimentos
instrumentais dispostos com algum elemento de unidade para serem
tocados sem interrupções. Com o passar dos séculos, a suíte
passou a significar uma seleção orquestral de uma obra maior. Além
disso, vários compositores utilizam o nome pra designar apenas uma
coleção de peças do mesmo estilo tematicamente, às vezes usadas
como música incidental, como é o caso da suíte Peer Gynt, de
Edvard Grieg).
As
seis partes de “Atom Heart Mother” são: I. "Father's
Shout"; II. "Breast Milky"; III. "Mother Fore";
IV. "Funky Dung", V. "Mind Your Throats Please" e
VI. "Remergence".
Ron
Geesin, como dissemos, é um músico e compositor escocês, conhecido
por suas criações peculiares e novas aplicações de som. Depois
que a banda se encontrou em um impasse sem saída sobre como
completar a faixa-título de Atom Heart Mother, ele trabalhou
com o Pink Floyd como orquestrador e organizador, também escrevendo
parte da introdução com instrumentos de sopro.
É a
suíte não recortada mais longa do Pink Floyd (“Shine On You Crazy
Diamond”, embora mais extensa, foi dividida entre os dois lados de
Wish You Were Here, de 1975). O grupo a executou ao vivo entre
1970 e 1972, ocasionalmente com uma seção de bronze e um coro entre
1970-71.
A
gravação começou com as partes de bateria e baixo, gravadas em uma
única tomada para toda a suite, resultando em um tempo inconsistente
ao longo da música. Roger Waters e Nick Mason tocaram por vinte e
três minutos seguidos ininterruptamente.
A
peça que ocupa todo o lado A do disco é uma progressão quando
comparada às peças instrumentais anteriores do Pink Floyd, como “A
Saucerful of Secrets” e “Interstellar Overdrive”.
Geesin
escolheu o nome da primeira sessão, “Father's Shout”, inspirado
no músico norte-americano de Jazz, Earl "Fatha" Hines,
enquanto outros nomes como “Breast Milky” e “Funky Dung”
foram retirados da capa do álbum.
Nick Mason |
Os
arranjos orquestrais apresentam uma seção de bronze
completa, um violoncelo e o coral de 16 vozes de John Alldis, que
tomam a maioria das linhas de melodia da música, enquanto o Pink
Floyd fornece principalmente o background da canção.
Isto
representa um reverso da prática da música pop dos anos 60, ou
seja, usar a orquestração como pano de fundo e colocar a banda de
rock comandando a melodia. No entanto, há várias ocasiões em que a
guitarra elétrica de Gilmour e os teclados de Wright assumem a
liderança melódica.
Em
março, eles haviam terminado de gravar a canção, mas sentiram que
estava bastante desfocada e precisava de algo mais. A banda havia
sido apresentada a Ron Geesin através do gerente de turnê do
Rolling Stones, Sam Cutler, e ficaram impressionados com a sua
composição e capacidades de edição de fitas, particularmente
Waters e Mason.
Geesin
recebeu as faixas de suporte que o grupo havia gravado e pediu para
compor um arranjo orquestral em cima delas, enquanto a banda saiu em
turnê para os Estados Unidos. Geesin descreveu a composição e
arranjo como “um inferno de muito trabalho. Ninguém sabia o que
queria, eles não conseguiam ler música...” Segundo Geesin,
Gilmour veio com algumas das linhas melódicas, enquanto o tecladista
Richard Wright trabalhou na seção do meio com o coro.
Quando
Ron chegou para gravar o seu trabalho, em junho, com a EMI Pops
Orchestra, os músicos de sessão presentes não ficaram
impressionados com a sua tendência em favorecer a música de
vanguarda sobre as obras clássicas estabelecidas e, combinado com a
relativa dificuldade de algumas das partes, assediaram-no durante a
gravação.
John
Alldis, cujo coral também está na faixa, tinha experiência em lidar
com músicos de orquestras, e conseguiu orquestrar a performance em
lugar de Geesin.
Quando
Roger Waters ouviu David Gilmour tocando as partes de guitarra para
esta faixa, ele disse que soou como a canção tema do
filme de Western, The Magnificent Seven, de 1960, dirigido por
John Sturges e estrelado por Yul Brynner.
A
canção foi a última composição do Pink Floyd que foi creditada
como sendo coescrita por alguém fora da banda, ao menos até 1979
(sem contar a contribuição de Clare Torry para “The Great Gig in
the Sky”, pela qual foi creditada retroativamente devido a um
acordo com o grupo).
O
título de trabalho para esta peça mudou algumas vezes durante o
processo de composição e gravação. Quando o primeiro tema
principal foi composto, David Gilmour chamou-a de “Theme from an
Imaginary Western”.
O
primeiro título de trabalho para a peça de seis partes foi “Epic”,
escrita com a letra de Ron Geesin no topo de sua pontuação
original. O trabalho foi introduzido nos dias 27 e 28 junho de 1970,
no Bath Festival of Blues and Progressive Music como “The Amazing
Pudding”.
Em
julho, Ron Geesin mostrou a Roger Waters a edição de 16 de
Julho de 1970 do Evening Standard e lhe disse que havia
encontrado o título da música no jornal. Waters viu um artigo sobre
uma mulher grávida que havia recebido um marca-passo cardíaco. A
manchete era Atom Heart Mother Named.
O
número foi realizado, ao vivo, e sem o envolvimento de qualquer
membro do Pink Floyd, pela primeira vez em 36 anos, nos dias 14 e 15
de junho de 2008, pelo Canticum Choir, com o Royal College of Music
na seção de bronze, Caroline Dale no violoncelo, Ron Geesin no
piano, Andrea Beghi na bateria, Nadir Morelli no baixo, Federico
Maremmi na guitarra e Emanuele Borgi no órgão Hammond. David
Gilmour se juntou ao show na segunda noite, no Cadogan Hall, tocando
sua Stratocaster preta na maior parte da faixa e lap steel guitar
para as peças de slide.
Também
foi tocada anteriormente por vários conjuntos, incluindo o
Conservatoire national supérieur de musique et de danse (CNSMDP), de
Paris, em Março de 2003 e a Banda Seamus, em 14 de Outubro de 2005.
Stanley
Kubrick queria usar esta faixa para seu renomado filme A Clockwork
Orange (Laranja Mecânica), de 1971; no entanto, a banda recusou
dar a permissão. Kubrick, no entanto, incluiu a capa do álbum no
filme que pode ser vista em uma prateleira na cena da loja de música.
Anos mais tarde, Kubrick negou permissão a Roger Waters para usar
amostras do áudio de seu filme 2001: Uma Odisseia no Espaço,
em seu disco solo, Amused to Death, de
1992.
IF
A beleza simples, sutil e bucólica de "If" é cativante. Sua natural suavidade é acompanhada por uma ótima interpretação vocal de Roger Waters, perfeita para se casar com a leveza da parte instrumental. A guitarra de Gilmour, quando "corta" a faixa, é uma amostra do feeling descomunal do guitarrista. Belíssima!
A
letra é uma reflexão sobre sua própria existência e a insanidade:
If I
were to sleep, I could dream
If I were afraid, I could hide
If I go insane, please don't put
Your wires in my brain
If I were afraid, I could hide
If I go insane, please don't put
Your wires in my brain
Composta
e cantada por Roger Waters, “If” leva em conta uma abordagem
pastoral e folk, mas menciona a introspecção.
A
canção foi tocada ao vivo em uma apresentação do DJ britânico
John Peel, em 16 de julho de 1970, no Paris Theatre da BBC, em
Londres. Durante esse show, Richard Wright tocou tanto órgão quanto
baixo.
Waters
tocou “If” inúmeras vezes em suas turnês solo, durante 1984/85
e em apoio a Radio K.A.O.S., de 1987. Para estas turnês solo,
a faixa foi expandida tanto em letras quanto em seqüências de
acordes.
SUMMER
'68
"Summer '68" apresenta uma musicalidade intensa e muito cativante, um rock suave conduzido pelo tecladista Rick Wright. Há a presença de instrumentos de sopro e de orquestrações, os quais engrandecem a beleza da composição. Excelente composição.
A
letra fala de um encontro de uma noite:
Not
a single word was said, the night still hid our fears
Occasionally you showed a smile but what was the need
I felt the cold far too soon in a room of ninety-five
Occasionally you showed a smile but what was the need
I felt the cold far too soon in a room of ninety-five
Escrita
e cantada por Rick Wright, “Summer '68” descreve o encontro do
músico com uma groupie.
FAT
OLD SUN
"Fat Old Sun" traz uma sonoridade bem leve, conduzida por uma melodia harmoniosa e uma cativante condução vocal por parte de David Gilmour. O baixo, também tocado por David nesta canção, está perfeitamente colocado. O solo de guitarra de Gilmour é uma pequena amostra de seu talento e das razões dele ser considerado um dos grandes guitarristas de sua geração. Excelente música!
A
letra contém um sentido bucólico:
Distant
bells
New mown grass smells so sweet
By the river holding hands
Roll me up and lay me down
New mown grass smells so sweet
By the river holding hands
Roll me up and lay me down
“Fat
Old Sun” chegou a ser tocada antes mesmo do lançamento do álbum,
em outubro de 1970.
A
música é, talvez, melhor descrita como de inspiração pastoral, um
hino de louvor ao campo, como outras da própria banda, como
“Grantchester Meadows”. Os sons de sino, ouvidos no início e no
fim da canção, foram, mais tarde, usados novamente em “High
Hopes” do álbum The Division Bell, de1994 e em “Louder
than Words” do álbum The Endless River, de 2014.
A
faixa era tocada ao vivo pelo Pink Floyd entre 1970 e 1971. No palco,
a canção foi transformada de uma balada folk em um próspero número
de rock progressivo, a partir do solo blues rock após
o último refrão. Os improvisos seguiam, geralmente, incluindo a
bateria de forma livre, os solos de órgão e as progressões
revisadas dos acordes baseados na linha vocal do verso “Sing to
me”.
Mais
recentemente, ela foi adotada por David Gilmour e executada
acusticamente na turnê David Gilmour in Concert, entre 2000 e
2001, menos o solo de guitarra. Quando o gerente do Floyd, Steve
O'Rourke, morreu em 2003, Gilmour, Wright e Mason tocaram “Fat Old
Sun” (e “The Great Gig in the Sky”) em seu funeral.
ALAN'S
PSYCHEDELIC BREAKFAST
A quinta - e última - faixa de Atom Heart Mother é "Alan's Psychedelic Breakfast". Trata-se de outra canção longa, superando a casa de 13 minutos e, assim como a suíte que dá nome ao disco, é outra composição conceitual. Entre ruídos de alguém preparando comida e se movimentando, há passagens com melodias belíssimas e cativantes. Muito interessante!
Embora instrumental, é possível ouvir Alan Styles pronunciar estas palavras:
Rise
And Shine
("Oh... uh... me flakes... scrambled eggs, bacon, sausages, toast,
("Oh... uh... me flakes... scrambled eggs, bacon, sausages, toast,
Coffee
marmelade..
I
like marmelade... pourridge..any cereal,
I
like all cereals...oh god...")
É
outra composição longa e predominantemente instrumental, dividia em
três partes: I. "Rise and Shine"; II. "Sunny Side Up"
e III. "Morning Glory". Foi composta principalmente por
Nick Mason, mas creditada a todo o grupo.
A
faixa apresenta o Pink Floyd tocando ao fundo com Alan Styles (um
roadie do grupo que apareceu na capa de Ummagumma) falando
sobre o pequeno almoço o qual ele está preparando e comendo, bem
como de um café-da-manhã que ele teve no passado).
Há
pausas significativas antes da primeira e entre as três partes
instrumentais, onde apenas os murmúrios e movimentos de Alan (com
ocasional ruído de fundo) são ouvidos.
Foi
tocada ao vivo três vezes no Reino Unido durante o inverno britânico
de 1970.
A
banda de improvisação chamada The Breakfast retirou seu nome desta
canção.
Considerações
Finais
Atom
Heart Mother fez sucesso comercial, especialmente no Reino Unido e na
França.
O
álbum conquistou a estupenda 1ª posição da principal parada
britânica de álbuns, alcançando apenas a 55ª colocação na sua
correspondente norte-americana. Ainda obteve os 4º, 5º e 8º
lugares nas paradas de França, Holanda e Alemanha; respectivamente.
A
reação da crítica à suíte sempre foi mista, embora todos os
membros da banda expressaram negatividade em relação a ela nos
últimos tempos.
Stephen
Thomas Erlewine, do site AllMusic, em uma resenha retrospectiva, dá
ao disco uma nota 3 de um máximo de 5, explicando: “(...) De toda
forma, este é o álbum mais impenetrável do Pink Floyd lançado pela
Harvest, o que também o torna um dos mais interessantes da época.
Ainda assim, pode ser um gosto adquirido mesmo para os fãs,
especialmente quando ele começa com uma peça orquestral de 23
minutos de comprimento em todo o primeiro lado, que pode não parecer
apontar para qualquer lugar, mas é muitas vezes intrigante, mais no
que sugere do que o de fato alcança”.
O
crítico complementa: “Então, há momentos interessantes
espalhados por todo o disco, e o trabalho que inicialmente parece tão
impenetrável acaba sendo o momento mais forte de Atom Heart
Mother. Aquela (faixa) que dura um lado inteiro ilustra que o
Pink Floyd estava ficando melhor com uma imagem maior em vez dos
detalhes, uma vez que o segundo lado acaba caindo com suas músicas,
não importando quantos bons momentos existam”.
Os
membros do Pink Floyd, na realidade, detonam a suíte. Gilmour
disse que o álbum era “uma carga de lixo. Estávamos em um
verdadeiro ponto baixo... Eu acho que nós estávamos raspando o
barril um pouco naquele período”, afirmando “uma boa ideia, mas
foi terrível... "Atom Heart Mother" soa como se não tivéssemos
nenhuma ideia entre nós, mas nos tornamos muito mais prolíficos
depois disso”. Da mesma forma, em uma entrevista em 1984, na BBC
Radio 1, Waters disse: “Se alguém me dissesse agora - certo - aqui
está um milhão de libras, saia e toque "Atom Heart Mother", eu
diria que você deve estar brincando”.
A
banda ficou inicialmente entusiasmada em tocar a suíte no início
dos anos 1970. Uma apresentação foi gravada para a estação de
televisão KQED, baseada em San Francisco, caracterizando apenas a
faixa, em 28 de abril 1970.
Duas
atuações memoráveis ocorreram no Festival Bath Festival of
Blues and Progressive Music, em 27 de Junho, e no Blackhills
Garden Party, no Hyde Park, Londres, em 18 de Julho. Em ambas as
ocasiões a banda foi acompanhada pelo John Alldis Choir (coral) e
pela seção de bronze Philip Jones Brass Ensemble.
Depois,
a banda contratou uma seção de bronze e um coral, para a turnê,
apenas com o propósito de executar a suíte. No entanto, isso fez
com que a turnê desse prejuízo financeiro e o grupo encontrasse
problemas com os músicos contratados, os quais mudavam a cada show,
fazendo com que o conjunto contasse apenas com quem estivesse
disponível, fato que, combinado com a falta de ensaios e problemas
de microfone para todo o coral, fazia a performance ao vivo e
completa mais problemática.
Um
arranjo posterior sem a seção de bronze ou corais, reduzido de 25
minutos para quinze, omitindo as seções de “colagem” e a
retomada do tema principal no encerramento, permaneceu em seu
repertório ao vivo em 1972. Por exemplo, durante o primeiro concerto
daquele ano, no meio da primeira apresentação pública de The
Dark Side of the Moon, em Brighton, problemas técnicos
resultaram no abandono desse esforço, substituída por “Atom Heart
Mother”.
A
última apresentação ao vivo da suíte “Atom Heart Mother”,
pelo Pink Floyd, ocorreu em 22 de maio de 1972, no Estádio Olímpico
de Amsterdã, Holanda.
O
Pink Floyd percorreu amplamente toda a América do Norte e a Europa em 1970.
Em 1971, Pink Floyd ficou em segundo lugar na votação dos leitores
da Melody Maker, e, pela primeira vez, estavam fazendo lucro.
Paralelamente,
Mason e Wright tornaram-se pais e compraram casas em Londres,
enquanto Gilmour, ainda solteiro, mudou-se para uma fazenda do século
XIX em Essex. Waters instalou um estúdio de gravação em sua casa
em Islington, no que era anteriormente um canteiro de ferramentas, na
parte de trás de seu jardim.
Em
janeiro de 1971, ao retornar da turnê de Atom Heart Mother, o
Pink Floyd começou a trabalhar em novos materiais. Meddle,
seu sexto álbum de estúdio, seria lançado em outubro daquele ano.
Atom
Heart Mother supera a casa 500 mil cópias vendidas apenas nos
Estados Unidos.
Formação:
Roger
Waters - Baixo, Violão e Vocal em 2, efeitos de fita, colagens
de fita
David
Gilmour - Guitarras, Vocal, Baixo e Bateria em 3
Rick
Wright - Teclados, Vocal em 4
Nick
Mason - Bateria, Percussão, engenharia de som em 5
Músicos
Adicionais:
EMI
Pops Orchestra - Seções de bronze e Orquestra
Haflidi
Hallgrimsson - Violoncelo
John
Alldis Choir - Vocais
Alan
Styles - Voz e Efeitos Sonoros em 5
Faixas:
01.
Atom Heart Mother (Mason/Gilmour/Waters/Wright/Geesin) – 23:44
I.
"Father's Shout"
II.
"Breast Milky"
III.
"Mother Fore"
IV.
"Funky Dung"
V.
"Mind Your Throats Please"
VI.
"Remergence"
02.
If (Waters) - 4:31
03.
Summer '68 (Wright) - 5:29
04.
Fat Old Sun (Gilmour) - 5:22
05.
Alan's Psychedelic Breakfast – (Waters/Mason/Gilmour/Wright) –
13:00
I.
"Rise and Shine"
II.
"Sunny Side Up"
III.
"Morning Glory"
Letras:
Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/pink-floyd/
Após um período muito longo, uma das maiores bandas de todos os tempos na história da música volta às páginas do Rock: Álbuns Clássicos: o Pink Floyd. Dispensável, entretanto, tanto apresentações quanto enaltecimento de uma das mais importantes instituições da música no século passado.
Também seria chover no molhado repercutir a qualidade desta formação do Pink Floyd, responsável por gravar algumas das obras mais aclamadas de toda a história da indústria musical como The Dark Side of the Moon ou The Wall. Waters, Gilmour, Mason e Wright completam uma das melhores e mais competentes formações da história do Rock.
Entretanto, hoje o Blog preferiu abordar um momento da carreira do grupo britânico anterior a sua consagração definitiva. Atom Heart Mother divide opinião da crítica especializada e até de parte dos fãs, embora tenha caído no gosto de quem faz esta página.
Trata-se de uma obra de vanguarda e um momento importantíssimo na carreira do Pink Floyd. Não apenas por romper de maneira mais efetiva com seu passado no Rock Psicodélico e, ao mesmo tempo, com a dependência de seu antigo mentor, Syd Barrett.
Mas, sobretudo, Atom Heart Mother lança alguns dos pilares que se tornariam marcas no Rock Progressivo e, em especial, em obras futuras do conjunto. A presença de experimentações estereofônicas, como as que estão em "Alan's Psichedelic Brekfast", seriam exaustivamente aprimoradas em The Dark Side of the Moon (1973). Além disso, a ideia de música conceitual, como na própria "Alan's" e na suíte principal do álbum, amadurecer-iam-se, mais tarde, no surgimento do álbum conceitual, tão explorado dentro do Rock Progressivo.
As letras do Pink Floyd fogem dos lugares comuns e merecem uma conferida.
"If" é uma faixa minimalista e por si só traz uma das grandes características do grupo: uma abordagem mínima e, simultaneamente, genial. "Summer '68" é divertida e ao mesmo tempo instigante e "Fat Old Sun" é uma amostra pequena, mas suficiente, da genialidade de David Gilmour.
Embora criticada e mesmo sendo minoria, o RAC assume sua apreciação e fascinação pela belíssima suíte "Atom Heart Mother", um verdadeiro presságio daquilo que o Pink Floyd viria a produzir no futuro.
Concluindo, Atom Heart Mother rompe com o passado e apresenta os primeiros sinais da banda genial que o Pink Floyd se tornaria, apontando elementos os quais fariam que o grupo se constituísse não apenas em um dos pilares fundamentais do Rock Progressivo, mas em uma das formações musicais mais espetaculares que passaram pelo planeta. Um álbum muito acima da média de uma das bandas obrigatórias para qualquer fã de Rock que se preze. Até o próximo post!
Obrigado pelos elogios ao Blog, prezado Igor. O que eu acho do Atom Heart Mother está bem claro no post, vejo ele como o ponto de partida para a melhor fase do grupo. Até gosto de algumas coisas do Ummagumma, mas o Pink Floyd, para mim, começa mesmo no Atom Heart Mother. Tudo que veio antes não faz minha cabeça e nem meus ouvidos. Grande abraço!
ResponderExcluirOlha, eu acho que a melhor fase da banda começou com The Dark Side of the Moon e terminou com The Final Cut (1983), último disco de Roger Waters na banda. Já na fase pós-Waters, com David Gilmour no comando, gosto bastante do The Division Bell (1994).
ResponderExcluirSobre a questão do Atom Heart Mother, é como eu disse: o disco musicalmente é bom de se ouvir, mas o grande problema de minha parte é a capa da vaca. Acho que a banda deveria ter pensado em algo melhor e "menos" ousado (porém, mais simples) do que o que saiu e ficou eternizado na história (servindo até de inspiração para o Aerosmith fazer a capa do multiplatinado Get a Grip, de 1993). Abração pra você também, chefe Daniel!
Acho a "Atom Heart Mother", a faixa-título, uma das melhores músicas do Pink Floyd. Considero o album, no geral, bem subestimado, é um bom album e inclusive é melhor do que tudo lançado pelo PF pós Roger Waters. Dessa fase, pegando a partir do "A Saucerful of Secrets" até o "Obscured By Clouds", o considero só abaixo do "Meddle".
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, Sr. Rose. Acho o Atom Heart Mother, o álbum, bem melhor que qualquer coisa que o Pink Floyd fez depois do The Wall. E, também concordo, desta fase meu preferido é o Meddle. Abraço!
ExcluirUma pena que eu não penso o mesmo que vocês em relação ao AHM, meus caros Daniel e Sr. Rose!
ExcluirCorrijo então o que eu disse: não acho a capa do Atom Heart Mother tosca, só acho que ela é um pouco estranha e que não tem nada a ver com o Pink Floyd, só isso.
ResponderExcluirNos anos 80, quando comecei a ouvir Pink Floyd, meus amigos não gostavam de Atom Heart Mother. Eu defendia o disco com unhas e dentes, sempre citando a faixa-título como uma das melhores coisas que a banda colocou no vinil; e para completar, apontava o solo de Gilmour em Fat Old Sun como fantástico e Summer '68 como a melhor composição solo de Richard Wright na banda. Não adiantava de nada - ninguém curtia o LP...
ResponderExcluirPois é, eu não entendo muito esta rejeição com o trabalho, acho o disco muito legal e ele só cresce no meu conceito.
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