Shout
at the Devil é o segundo álbum de estúdio da banda norte-americana
Mötley Crüe. Seu lançamento oficial aconteceu em 26 de setembro de
1983 através do selo Elektra Records. As gravações ocorreram entre
abril e julho daquele mesmo ano, no Cherokee Studios, em Hollywood,
nos Estados Unidos. A produção ficou por conta de Tom Werman.
Finalmente
o RAC traz o retorno do Mötley Crüe com
outro álbum que se tornou um dos pilares do Glam Metal: Shout at
the Devil. Vai-se abordar os fatos que se antecederam ao
lançamento do disco para depois se ater ao tradicional faixa a
faixa.
Too
Fast for Love
Em
10 de novembro de 1981, foi lançado Too Fast for Love, o
álbum de estreia do Mötley Crüe.
O
Blog já abordou este disco e suas opiniões podem ser encontradas
aqui.
Too
Fast for Love não foi nenhum sucesso imediato e suas qualidades
somente foram reconhecidas anos depois, quando o Mötley Crüe
se tornou um fenômeno de popularidade.
A
turnê canadense de promoção ao disco, em 1982, foi catastrófica e
deixou o grupo praticamente sem dinheiro.
Nikki Sixx |
Começo
do sucesso
As
coisas começaram a mudar para o Mötley Crüe devido a 2
fatores fundamentais.
O
primeiro foi o surgimento e popularização da MTV norte-americana,
em 1º de agosto de 1981. A banda soube, como poucas, tirar proveito
do uso de videoclipes para sua promoção. (Nota do Blog: MTV
(anteriormente um inicialismo de Music Television) é um canal de
televisão norte-americano básico por cabo e satélite. Ela é uma
subsidiária da ‘Viacom Music and Entertainment Group’, a
propriedade principal da divisão Viacom Media Networks da Viacom. O
canal possui a sua sede na cidade de Nova Iorque. Lançada em 1 de
agosto de 1981, o propósito original do canal foi tocar videoclipes
guiados por personalidades televisivas conhecidas como ‘video
jockeys’, ou Vjs).
O
segundo, mas não menos importante, foi a participação da banda no
US Festival, no dia 29 de maio de 1983. Ao lado de nomes como
Ozzy Osbourne, Scorpions e Van Halen, a atuação
catártica do grupo chamou a atenção tanto do público quanto da
mídia. Estima-se que um público total de 670 mil pessoas tenha
assistido aos 4 dias de shows.
Vince Neil e Mick Mars |
Shout
at the Devil
Contando
com sua formação clássica, o Mötley Crüe aproveitou os
frutos de sua apresentação no US Festival para lançar o que
seria seu segundo álbum de estúdio, Shout at the Devil.
Vince
Neil nos vocais, Nikki Sixx no baixo, Mick Mars na guitarra e Tommy
Lee na bateria formavam o quarteto na época.
Envolta
a polêmicas, como de costume, o título do álbum e o uso de um
pentagrama na capa do mesmo trouxeram muita controvérsia à banda
após seu lançamento, em 1983, quando grupos cristãos e
conservadores afirmaram que o conjunto estava encorajando seus
ouvintes a adorarem Satanás.
Aliás,
a arte da capa é obra de Bob Defrin.
Entre
abril e julho de 1983, o Mötley Crüe se reuniu no Cherokee Studios,
em Hollywood, no Estado norte-americano da Califórnia, para gravar o
trabalho sob a produção de Tom Werman, o qual já havia trabalhado
com nomes como Ted Nugent, Cheap Trick e Blue Öyster Cult, entre
outros.
Vamos
às faixas:
IN
THE BEGINNING
Esta pequena faixa funciona apenas como introdução ao disco.
A
letra é uma ode ao mal:
Now,
many many lifetimes later
Lay
destroyed, beaten, beaten down
Only
the corpses of rebels
Ashes
of dreams
And
bloodstained streets.…
O
produtor Geoff Workman é quem faz a narração das letras na faixa.
SHOUT
AT THE DEVIL
A guitarra de Mick Mars e a bateria de Tommy Lee anunciam uma música matadora. "Shout at the Devil" possui o peso, a intensidade e, claro, o tipo de melodia que faz o Heavy Metal conquistar uma grande legião de seguidores. Clássico!
A
letra é, literalmente, diabólica:
He's
the wolf screaming lonely in the night
He's
the blood stain on the stage
He's
the tear in your eye
Been
tempted by his lie
He's
the knife in your back
He's
rage
He's
the razor to the knife
Oh,
lonely is our lives
My
heads spinnin' round and round
But
in the seasons of wither
We'll
stand and deliver
Be
strong and laugh and
“Shout
at the Devil” é um clássico do Mötley Crüe.
A
faixa foi lançada como single, mas não obteve repercussão nas
principais paradas de sucesso.
Em
1982, a banda gravou uma versão demo de “Shout at the Devil”.
Esta versão permaneceu inédita por muitos anos, até a edição
remasterizada do álbum Shout at the Devil, de 2003. A versão
demo apresenta uma introdução diferente e tem letras ligeiramente
alteradas.
A
canção foi uma das várias as quais grupos conservadores alegaram
encorajar a adoração ao diabo.
Curiosamente,
a letra menciona duas músicas do Aerosmith: “Round and
Round” e “Seasons of Wither”.
A
música foi regravada pela própria banda para o álbum Generation
Swine, de 1997, intitulada “Shout at the Devil ‘97” e foi
quando ela também ganhou um videoclipe.
A
faixa também aparece nos games Guitar Hero II, Guitar Hero
Smash Hits e Rocksmith 2014. É usada como canção tema
de atletas como o lutador Brock Lesnar e o arremessador Joba
Chamberlain.
Entre
versões covers conhecidas temos as de grupos como Stuck Mojo,
Hollywood Undead e Sum 41, esta última com o baterista
Tommy Lee.
LOOKS
THAT KILL
"Looks that Kill" continua com o peso em voga e o ritmo em alta rotação, graças a um riff matador oriundo da guitarra de Mick Mars. Os ótimos vocais de Vince Neil aumentam as possibilidades desta ótima música, a qual lembra muito o Judas Priest!
A
letra possui sentido sexual:
She's
got the looks that kill
Now
she's bulletproof
Keeps
her motor clean and believe me, you
She's
a number thirteen
“Looks
That Kill” é outro clássico do Mötley Crüe.
A
faixa foi lançada como single, em 4 de janeiro de 1984. Ela passou
10 semanas no Hot 100 da Billboard nos Estados Unidos,
alcançando o seu 54º lugar.
A
canção foi lançada como um videoclipe, permitindo ao Mötley
Crüe sua primeira exposição real na MTV.
Seus
riffs são considerados alguns dos melhores trabalhos do guitarrista
Mick Mars. Uma favorita dos fãs, a música ainda é uma parte
fundamental do set ao vivo do grupo.
O conjunto tocou a canção pela primeira vez em 31 de outubro de 1982, no
Concord Pavilion, em Concord, na Califórnia.
O
riff principal da faixa ficou no 41º lugar da lista da revista
norte-americana Guitar World dos melhores riffs/solos.
Aliás,
o riff principal é bem semelhante ao riff da música “Young
Girls”, do Dokken, presente no álbum Breaking the
Chains, o qual foi lançado dois anos antes de Shout at the
Devil.
A
música aparece no game Grand Theft Auto: Vice City Stories.
Um cover conhecido foi feito pela banda Static-X, presente no
álbum Cult of Static, de 2009.
BASTARD
"Bastard" é uma música que vai direto ao ponto, sem muitos rodeios, até mesmo pela sua curtíssima duração. Pesada e intensa, ela bebe na fonte do Metal setentista.
A
letra fala sobre tortura:
I
got your neck in the noose
I
got nothing to loose
We're
really gonna screw you
Consider
that bastard dead
Quick
as a shark
Beast
has its mark
You
can't beat the dark
But
don't try to rape me
GOD
BLESS THE CHILDREN OF THE BEAST
Pequena faixa instrumental, com pouco mais de 1 minuto, que serve de introdução para a seguinte.
HELTER
SKELTER
Adicionando uma intensidade e um peso extraordinários quando comparada à versão original, "Helter Skelter" é um Hard Rock vigoroso nas mãos do Mötley Crüe, com destaque para a guitarra de Mick Mars e para a bateria de Tommy Lee.
A
letra brinca com o amor como se ele fora uma tobogã:
Do
you, don't you want me to love you?
I'm
coming down fast, but I'm miles above you
Tell
me, tell me, tell me
Come
on tell me the answer
Well,
you may be a lover
But
you ain't no dancer
Evidentemente,
trata-se de uma versão para o clássico dos The Beatles,
“Helter Skelter”, composta por John Lennon e Paul McCartney e
presente no álbum The Beatles, de
1968.
A
canção foi lançada como single, mas não repercutiu nas principais
paradas de sucesso.
RED
HOT
O baixista Nikki Sixx constrói uma base interessante para que a guitarra de Mick Mars brilhe bastante na boa introdução de "Red Hot". O riff de guitarra é um dos melhores de todo o álbum e o peso é uma constante nesta faixa alucinante.
A
letra fala sobre medo:
The
kids scream in fright through the night
Loving
every bite with delight
And
we blow out our minds with your truth
And
together we stand for the youth
TOO
YOUNG TO FALL IN LOVE
Mick Mars aparece novamente com outro riff matador, desta feita, como parte de uma música extremamente pesada, mas bastante cadenciada. O resultado final é uma composição muito intensa e com um clima angustiante. Excelente trabalho vocal de Vince Neil!
A
letra é sobre sexo e violência:
You
say our love
Is
like dynamite
Well
its no surprise
Cause
you've got one-way eyes
Well
you're killing me
Your
love's a guillotine
Not
yet a man
Just
a punk in the street
A
música foi lançada como single, atingindo apenas a 90ª colocação
da principal parada norte-americana desta natureza.
Um
videoclipe acompanhante foi lançado em conjunto com o single. O
vídeo diz respeito aos membros da banda se unindo para resgatar uma
jovem mulher asiática das garras do que parece ser uma figura
semelhante a um Imperador. Ele permanece intercalando imagens do
conjunto tocando a música, com cenas de luta onde os membros
enfrentam ninjas e samurais do Imperador.
A
canção também aparece no game Grand Theft Auto: Vice City.
KNOCK
‘EM DEAD, KID
Outro bom riff é a base desta canção do disco. O ritmo é mais cadenciado, mas o peso está presente, bem como a bateria de Tommy Lee se destaca. A guitarra de Mars está furiosa.
A
letra também fala sobre violência:
In
the heat of the night
You
went and blackened my eyes
Well
now I'm back
I'm
back
I'm
back
And
I'm coming your way
Well
now I'm supercharged
Might
just explode in your face
I'm
black
I'm
black
I'm
black
And
I'm primed for hate
TEN
SECONDS TO LOVE
A ótima "Ten Seconds to Love" é a canção mais glam metal do álbum, abraçando brutalmente o Glam Metal e o Hard Rock e, em contrapartida, deixando o peso absurdo de lado. Aqui, o grupo aposta mais em uma melodia maliciosa e um ritmo saliente, com um bom trabalho de Nikki Sixx.
A
letra é sobre sexo:
Touch
my gun, but don't pull my trigger
Let's
make history in the elevator
Lock
the door, shine my pistol some more
Here
i come, just 10 seconds longer
DANGER
A décima-primeira - e última - faixa de Shout at the Devil é "Danger". A música de encerramento do álbum é um presente aos ouvintes. Embora mais cadenciada e com menos peso, mesmo assim intensa, "Danger" é uma composição bem interessante.
A
letra fala sobre Hollywood:
Danger
You're
in danger
When
the boys are around Danger
You're
in danger
And
this is my town
This
is Hollywood
Considerações
Finais
Mesmo
com seus singles fazendo moderado sucesso, Shout at the Devil
foi um divisor de águas na carreira do Mötley Crüe.
O
disco atingiu a boa 17ª posição da principal parada
norte-americana desta natureza, a Billboard. Ainda conquistou os 23º
e 85º lugares das paradas de Canadá e Austrália.
Em
uma resenha contemporânea para o jornal americano The
Village Voice, Robert Christgau fez uma crítica pesada a
Shout at the Devil e sentiu o apelo comercial da banda como
uma ‘falsa fanfarronice’ em um álbum que seria pobre “até
mesmo para os padrões do heavy metal”.
JD
Considine, da revista norte-americana Rolling Stone, chamou o
estilo de rock estereotipado, inócuo e sem originalidade: “O ponto
principal de bandas como Motley Crue é proporcionar emoções
baratas a adolescentes cansados, e é aí que o álbum acaba
desapontando”.
Considine,
no The Rolling Stone Album Guide, de 2004, descartou a
música como “uma destilação aflitivamente gentil dos clichês do
Kiss e do Aerosmith”. Posteriormente, a revista
classificaria o álbum no 44º lugar em seu 100 Greatest Metal
Albums of All Time.
Barry
Weber, do AllMusic, deu uma nota 4,5 (em 5) e foi mais
positivo, em uma análise retrospectiva; citando Shout como o melhor álbum da banda, que “exibe o metal escorregadio e notório
(ainda bastante divertido) do Mötley Crüe no seu melhor
[momento]”.
O
jornalista canadense Martin Popoff considerou Shout at the Devil
inferior ao álbum de estreia do Mötley, mas achou sua música
extremamente viciante e, se não original, chamou-o de “metal de
lobotomia punk”.
Adrian
Begrand, do PopMatters, chamou o álbum de “clássico
atemporal do metal [de] LA”, do qual “as pessoas muitas vezes se
esquecem o quão escuro, quão desprezível, quão ameaçador...
realmente é”. Em sua opinião, contém os melhores singles da
banda e “permanece até hoje a melhor hora do Mötley Crüe”.
O
guitarrista Russ Parrish, mais conhecido como Satchel, da banda Steel
Panther, afirmou: “Sem este álbum, muitas das grandes bandas
de hair metal não teriam surgido”, continuando: “Theatre of
Pain era mais do seu visual glamouroso, mas Shout at the Devil
foi um ótimo álbum. Era doentio. Eles definiram o limite. As
pessoas olharam para aquilo e disseram: ‘Porra, temos que nos
vestir bem, cara’”.
Para
se reconhecer o valor real e o poder de um disco como Shout at the
Devil, ninguém melhor que Nikki Sixx que, em 2000, declarou:
“Quando
uma banda como nós lança Shout at the Devil” (...)
“e a gravadora faz marketing zero, publicidade zero e faz zero
anúncios comerciais, e você vende cinco milhões de discos, então
todo mundo começa a te dar tapinhas nas costas. Mas é o Mötley
Crüe quem fez isso, não a Elektra Records”.
Shout
at the Devil elevou consideravelmente o sucesso do grupo e fez
com que o Mötley Crüe acontecesse. Ele foi um tremendo
sucesso comercial. A banda então ganhou a atenção da estrela do
heavy metal, Ozzy Osbourne, e se viu como o show de abertura
para Osbourne em sua turnê mundial de 1984.
Os
membros da banda ficariam bem conhecidos por suas palhaçadas e
roupas extravagantes, botas de salto alto, maquiagem forte e
aparentemente interminável abuso de álcool e drogas.
Em
1985, o Mötley Crüe lançaria seu terceiro álbum de
estúdio, o clássico Theatre of Pain.
Shout
at the Devil supera a casa de 4 milhões de cópias vendidas
apenas na América do Norte.
Formação:
Vince
Neil - Vocal
Mick
Mars - Guitarras Elétricas e Acústicas, Backing Vocals
Nikki
Sixx - Baixo, Backing Vocals
Tommy
Lee - Bateria, Backing Vocals
Músicos
adicionais:
Geoff
Workman (creditado Allister Fiend) - narrador em 01
Jai
Winding - Teclados
Paul
Fox - Teclados
Tom
Kelly - Vocais de fundo
Richard
Page - Vocais de fundo
Faixas:
01.
In the Beginning (Sixx/Workman) - 1:13
02.
Shout at the Devil (Sixx) - 3:16
03.
Looks That Kill (Sixx) - 4:07
04.
Bastard (Sixx) - 2:54
05.
God Bless the Children of the Beast (Mars) - 1:33
06.
Helter Skelter (Lennon/McCartney) - 3:09
07.
Red Hot (Sixx/Mars/Neil) - 3:20
08.
Too Young to Fall in Love (Sixx) - 3:34
09.
Knock 'Em Dead, Kid (Sixx/Neil) - 3:40
10.
Ten Seconds to Love (Sixx/Neil) - 4:17
11.
Danger (Sixx/Mars/Neil) - 3:51
Letras:
Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/motley-crue/
Opinião
do Blog:
Em um Blog que desde o seu início valorizou o Glam Metal, é curioso notar como o Mötley Crüe demorou a retornar por estas páginas. E, entre todas as ótimas bandas desta vertente do Rock, o Mötley Crüe é bem possivelmente a preferida de quem faz o RAC.
Com a mesma clássica formação que gravou o ótimo "Too Fast for Love", o grupo se mostra mais amadurecido e preparado para brilhar. Tommy Lee e Vince Neil são pontos altos do álbum, mas o guitarrista Mick Mars está verdadeiramente endiabrado nos riffs.
E aqui o Mötley Crüe está muito pesado e a influência do Judas Priest (em especial de faixas como "Grinder", de British Steel) é muito perceptível. E isto faz de Shout at the Devil um disco incrível.
As letras são maliciosas, mesmo que simples, e a sonoridade é violenta. A guitarra de Mars está pesada como nunca e a seção rítmica fornece um peso absurdo às canções.
Desta forma, o resultado final é um álbum conciso, direto e sem músicas de enchimento. É deixar rolar e curtir.
O clássico indiscutível "Shout at the Devil" é uma canção sensacional em seus peso e fúria. "Bastard" é outro petardo assim como a maliciosa "Ten Seconds to Love", esta, a que mais se parece com a fase dourada do grupo. Até a versão de "Helter Skelter" é interessante.
Mas o RAC elege a incrível "Too Young to Fall in Love" e o riff matador de "Looks That Kill" como suas favoritas do trabalho.
Enfim, para o Blog não restam dúvidas de que Shout at the Devil é um dos grandes álbuns da década de 80 e, também, foi o trabalho que elevou o Mötley Crüe de patamar. Uma das bandas favoritas do RAC com um de seus melhores discos: obrigatório!
Com a mesma clássica formação que gravou o ótimo "Too Fast for Love", o grupo se mostra mais amadurecido e preparado para brilhar. Tommy Lee e Vince Neil são pontos altos do álbum, mas o guitarrista Mick Mars está verdadeiramente endiabrado nos riffs.
E aqui o Mötley Crüe está muito pesado e a influência do Judas Priest (em especial de faixas como "Grinder", de British Steel) é muito perceptível. E isto faz de Shout at the Devil um disco incrível.
As letras são maliciosas, mesmo que simples, e a sonoridade é violenta. A guitarra de Mars está pesada como nunca e a seção rítmica fornece um peso absurdo às canções.
Desta forma, o resultado final é um álbum conciso, direto e sem músicas de enchimento. É deixar rolar e curtir.
O clássico indiscutível "Shout at the Devil" é uma canção sensacional em seus peso e fúria. "Bastard" é outro petardo assim como a maliciosa "Ten Seconds to Love", esta, a que mais se parece com a fase dourada do grupo. Até a versão de "Helter Skelter" é interessante.
Mas o RAC elege a incrível "Too Young to Fall in Love" e o riff matador de "Looks That Kill" como suas favoritas do trabalho.
Enfim, para o Blog não restam dúvidas de que Shout at the Devil é um dos grandes álbuns da década de 80 e, também, foi o trabalho que elevou o Mötley Crüe de patamar. Uma das bandas favoritas do RAC com um de seus melhores discos: obrigatório!
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