Highway To Hell é o sexto álbum de estúdio da banda australiana de Rock AC/DC. Lançado em 3 de agosto de 1979 e produzido por Robert John “Mutt” Lange (que trabalharia com a banda mais duas vezes, nos também clássicos Back In Black e For Those About To Rock). O álbum foi gravado no Roundhouse Studios, em Londres, na Inglaterra, entre março e abril de 1979. Em fevereiro do mesmo ano, houve sessões no Criteria Studios, em Miami, na Flórida.
A primeira curiosidade sobre o álbum diz respeito justamente quanto à escolha do produtor. Antes de “Mutt”, Eddie Kramer foi o produtor no período de pré-produção, em janeiro de 1979, no Albert Studios, em Sidnei, na Austrália. O método de trabalho de Kramer irritou profundamente a banda, pois o produtor gostava de ficar horas a fio no estúdio, testando diversas versões das músicas, diferentes alternativas para a mesma faixa, buscando algo que nem mesmo ele saberia dizer. Enfim, tudo que o AC/DC mais odiava!
Frise-se que Highway To Hell é o primeiro álbum da banda que não foi produzido por Harry Vanda e George Young, irmão de Angus e Malcolm.
A clássica capa do álbum, com Angus vestido de demônio (acima) também não foi o conceito adotado inicialmente. Em entrevista, Cliff Williams, o baixista, detalha o ocorrido: "Bom, eu me lembro como 'Highway To Hell' surgiu", explica. "Acho que eles pegaram um ator. Um cara vestido como um tipo de vampiro, a coisa do Dracula com a capa e tudo mais. E ficou ridículo! Mas pusemos de qualquer jeito. Daí então eles vieram com a idéia que usamos na foto. Sim, poderia ter sido uma miserável foto de vampiro. Nada bom (risos)".
Supostamente, Highway To Hell foi a forma como Angus Young respondeu a um repórter quando este perguntou como era a vida em turnê, dormindo em um ônibus com vários caras fedorentos. Com o nome do álbum e a concepção da capa, a banda foi associada ao Satanismo, fato veementemente negado pelos seus componentes.
O riff principal de Highway To Hell foi criado por Angus Young. A letra foi escrita por Bon Scott e há diferentes versões para sua inspiração. A primeira que seria sobre viagens de ônibus através do Oregon, nos EUA. A outra é de que se tratava das grandes distâncias entre Sidnei e Melbourne e a cidade natal de Bon Scott, Perth. Ambas versões foram dadas pelo substituto de Bon na banda, Brian Johnson.
A música Highway To Hell não é somente uma das músicas mais famosas do AC/DC. É, possivelmente, uma das faixas mais conhecidas da história do Rock & Roll. É presença em algumas trilhas sonoras de filmes (como Iron Man 2) e sendo citada em tantos outros. Incontáveis, também, são os covers existentes da faixa.
“Girls Got Rhythm” e “Shot Down In Flames” são outras duas faixas de muito sucesso do álbum. Esporadicamente, aparecem em “set lists” recentes da banda. Ambas possuem das melhores letras escritas por Scott.
“Night Prowler” é a faixa que fecha o álbum. Ela foi envolvida em uma polêmica em 1985, quando um serial killer de Los Angeles ficou conhecido como Night Stalker. O indivíduo era fã confesso da banda e, particularmente, da música “Night Prowler”. Em um de seus crimes o assassino teria deixado um boné do AC/DC no local. Entretanto, a banda teria veementemente afirmado que a música se trata de um rapaz que, secretamente, tenta entrar no quarto em que dorme sua namorada enquanto os pais dela dormem, portanto, não havendo conotação homicida na canção.
Ainda em “Night Prowler”, mais especificamente em seu fim, Bon Scott pronuncia a expressão “Shazbot, nanu nanu”. Estas são palavras de um antigo seriado de TV chamado “Mork And Mind” e pronunciadas pelo personagem Mork, interpretado pelo ator Robin Williams, de quem Bon era um grande fã. Na série, Mork era um extraterrestre que estava na terra e usava a expressão “nanu nanu” para se despedir e encerrar as transmissões feitas até seu planeta. Já “Shazbot” tinha uma conotação vulgar.
Highway To Hell é o último álbum do AC/DC antes da trágica morte de Bon Scott, em fevereiro de 1980. Foi, também, à época, o primeiro álbum do AC/DC a superar a faixa de 1 milhão de cópias vendidas.
Formação:
Bon Scott – Vocal
Angus Young – Guitarra Solo
Malcolm Young – Guitarra Base e Backing Vocals
Cliff Williams – Baixo e Backing Vocals
Phil Rudd – Bateria
Faixas:
01.Highway to Hell (B. Scott/A. Young/M. Young) - 3:28
02. Girls Got Rhythm (B. Scott/A. Young/M. Young) - 3:23
03. Walk All Over You (B. Scott/A. Young/M. Young) - 5:10
04. Touch Too Much (B. Scott/A. Young/M. Young) - 4:27
05. Beating Around the Bush (B. Scott/A. Young/M. Young) - 3:56
06. Shot Down in Flames (B. Scott/A. Young/M. Young) - 3:22
07. Get It Hot (B. Scott/A. Young/M. Young) - 2:34
08. If You Want Blood (You've Got It) (B. Scott/A. Young/M. Young) - 4:37
09. Love Hungry Man (B. Scott/A. Young/M. Young) - 4:17
10. Night Prowler (B. Scott/A. Young/M. Young) – 6:17
Letras:
Para o conteúdo das letras, recomendamos o acesso a: http://letras.terra.com.br/ac-dc/
Opinião do Blog:
Para algum iniciante ou mesmo quem ainda não conhece a banda, ao ouvir o álbum “Highway To Hell” pode pensar de que se trata de uma coletânea, tamanha a qualidade das 10 faixas que compõem o álbum.
‘Highway’ é o último álbum de Bon Scott antes da sua trágica morte. Foi o álbum que abriu as portas dos Estados Unidos para o AC/DC e, embora o material gravado anteriormente também seja de alta qualidade, consideramos este o ponto alto da carreira do vocalista. O álbum é uma consolidação do trabalho da banda até então.
“Touch Too Much” é, para este blog, uma das melhores faixas gravadas pela banda, sendo a interpretação de Scott, talvez, a melhor do vocalista à frente do AC/DC. Desnecessário falar sobre a faixa título e sua importância para a banda. Para isso citamos Dave Mustaine, que afirma que a música ‘Highway’ mudou sua vida.
Encontrar defesa do satanismo no AC/DC é dar provas de desconhecimento sobre a banda. O AC/DC é antes de tudo uma banda que defende a diversão, com letras repletas de duplo sentido e com a mentalidade "sexo, drogas e rock & roll". É tentar dar uma seriedade ao lirismo da banda que a própria não se dá.
Para muitos fãs, “Highway To Hell” é o melhor álbum do AC/DC. Uma opinião extremamente defensável e pertinente. Trata-se, indiscutivelmente, de um dos grandes clássicos da história do Rock. E marca a despedida de um dos maiores nomes do rock em todos os tempos, o fantástico Bon Scott.
Vídeos Recomendados:
Highway To Hell
Touch Too Much
Shot Down In Flames
Cada dia fica melhor... não perco nada ! *----*
ResponderExcluirValeu, Karen, muito obrigado. Devagar a gente vai melhorando. Mas os elogios e as críticas são muito importantes.
ResponderExcluirEssa história de vincular satanismo e Rock, e em especial ao AC/DC só fez aumentar o número de fãs. Tanto que, hoje, ao perceber o fracasso da estratégia de tentar "sujar" o rock com esteriótipos do demo, as mais diversas igrejas, principalmente as Evangélicas apo$tam no: Heavy Metal do Senhor! hahaha. Viva AC/DC, bem ou mal, o negócio é ouvir.
ResponderExcluirConcordo, a polêmica é sempre um ponto atrativo para as massas, facilita o sucesso.
ResponderExcluirGrato pela mensagem, obrigado!
Parabéns pelo blog!Especialmente por ser especializado em hard rock e heavy metal.São blogs como esse que mantém vivo esses generos musicais e estilos de vida,que nunca devem ser esquecidos e que com certeza influenciaram a personalidade de muitos adultos de hoje,jovens e adolescentes na época do surgimento desses movimentos.Parabéns e muito obrigado.
ResponderExcluirObrigado pela mensagem e pelos incentivos. O objetivo do blog é ese mesmo, espalhar a boa música para todos terem a oportunidade de conhecê-la. Muito obrigado!
ExcluirNão gosto muito do AC/DC com Bon Scott, mas respeito a memória dele e creio que este seja o melhor disco desta fase inicial do grupo australiano, tal como eu considero "Back in Black" o melhor da fase com Brian Johnson. Prometo dar uma ouvida melhor neste e nos outros discos anteriores á Highway to Hell. Só isso.
ResponderExcluirIsso mesmo, meu caro. Ouça os álbuns e tire suas conclusões, talvez surja algo que te desperte interesse. Abraço!
ExcluirTá certíssimo, meu caro!
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