Images And Words é o segundo álbum de estúdio da banda de ‘Metal Progressivo’ norte-americana chamada Dream Theater. Seu lançamento ocorreu em 7 de julho de 1992, com a produção sob responsabilidade de David Prater. As gravações ocorreram entre outubro e dezembro de 1991, no BearTrack Studios, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Algumas poucas gravações adicionais foram feitas em um estúdio chamado The Hit Factory, na mesma cidade.
O Dream Theater foi formado em 1985, pelo guitarrista John Petrucci, o baixista John Myung e o baterista Mike Portnoy, enquanto os três eram alunos estudantes da famosa escola de música Berklee College Of Music, em Boston, nos Estados Unidos. O trio usava as salas de ensaio do local para fazerem covers de Rush e Iron Maiden.
O primeiro nome da banda foi Majesty, que surgiu de maneira curiosa. Os três músicos aguardavam em uma fila para conseguirem ingressos para uma apresentação do Rush em Berklee, ouvindo músicas do Rush. Ao final da canção “Bastille Day”, Portnoy disse que a canção era majestosa. Ficou a sugestão.
A banda seria completada pelo tecladista, amigo de Petrucci, Kevin Moore e o vocalista Chris Collins. Com a agenda cheia, os três fundadores da banda se veem obrigados a abandonar os estudos para se dedicarem totalmente à banda.
Já em 1986, a banda faz numerosas apresentações na área de Nova Iorque, das quais algumas foram gravadas e que deram origem às chamadas The Majesty Demos. Durante este tempo a banda também começou a escrever material próprio, tornando-se um nome forte da cena do Metal Progressivo.
No fim de 1986, a banda demite o vocalista Chris Collins, o qual não se adaptava tão bem assim ao estilo musical do Majesty. Após muito tempo procurando, o escolhido para o vocal foi Charlie Dominici, um músico bem mais velho e mais experiente que os jovens do conjunto. A contratação dele trouxe estabilidade e mais exposição ainda ao Majesty.
Depois disso, o grupo descobre que já havia uma outra banda com o nome de Majesty e são forçados a buscar um novo nome. Após várias sugestões e nenhuma agradando, o pai do baterista Mike Portnoy sugere o nome de um pequeno teatro em Monterey, Califórnia, em que ele esteve: Dream Theater.
Com o novo nome estabelecido e uma formação sólida, a banda grava seu primeiro álbum de estúdio que é lançado em 1989, When Dream And Day Unite. As pequenas condições financeiras na época não proporcionaram a divulgação necessária para promover o álbum.
A banda, no entanto, não estava satisfeita com o estilo vocal de Dominici e nem com seu comportamento enquanto frontman. Eles gostariam de um vocalista que tivesse o estilo mais similar a Bruce Dickinson ou a Geoff Tate. Assim demitem Charlie Dominici e começam a testar novos vocalistas. Durante este período chegaram a se apresentar diversas vezes como banda apenas instrumental, sob o nome YtseJam. Nestes tempos, a maior parte das canções de Images And Words foram escritas.
Finalmente, no fim de 1991, quando se aproximava o prazo para gravarem um novo álbum, a banda encontrou novo vocalista, Kevin LaBrie, que cantava em uma banda de Glam Metal canadense Winter Rose. Como a banda já possuía dois ‘Johns’, e para não ter também dois ‘Kevins’, adota o nome de James LaBrie, sendo James seu segundo nome.
Com um contrato com uma gravadora maior, o Dream Theater parte para a gravação de seu segundo álbum de estúdio, Images And Words.
Larry Freemantle foi o encarregado de fazer a bela capa do álbum, mas o conceito da mesma foi passado a Larry pela própria banda. É uma bela capa.
A bela “Pull Me Under” abre o álbum, uma canção com mais de oito minutos, suas letras foram escritas pelo tecladista Kevin Moore e são inspiradas pelo clássico de William Shakespeare, Hamlet.
A faixa é considerada a mais famosa da banda e alcançou grande sucesso na época, com lançamento de um videoclipe para sua promoção e chegando à décima posição na parada norte-americana.
O fato é ironizado pela própria banda, pois a música ter sido sucesso nas rádios e na MTV não era o foco principal da banda, sempre alheia ao “Mainstream”. Quando lançaram uma coletânea recentemente, fizeram menção a “Pull Me Under” como seu único ‘hit’: Dream Theater's Greatest Hit (...and 21 Other Pretty Cool Songs).
“Another Day” é a segunda faixa do álbum, uma balada com ótimos solos por parte de John Petrucci, esbanjando feeling. Uma ótima atuação também do vocalista James LaBrie, dando grande sentimento à canção.
Jay Beckenstein é o nome do saxofonista que atua na faixa. A faixa alcançou a 29ª posição na parada norte-americana. Belíssima faixa. Também foi feito videoclipe para sua promoção.
“Take The Time” é mais uma canção com mais de oito minutos no álbum, a terceira faixa do trabalho. É uma faixa que demonstra as influências tanto de Heavy Metal, com passagens pesadas, quanto de Rock Progressivo, com várias alternâncias de ritmo e andamento da faixa. É uma ótima música.
Na parada norte-americana ficou com a 22ª posição no ano de 1993. É outra faixa para a qual foi feita um videoclipe promocional.
“Surrounded” é a quarta faixa do álbum. Uma faixa mais curta e mais direta, com apenas cinco minutos, mas também uma boa canção. "Metropolis, Pt. 1: The Miracle and the Sleeper" é a quinta canção do álbum, um épico de quase dez minutos, que conta com grandes riffs e ótimos solos. Liricamente, é a primeira parte de uma história que continua no álbum conceitual de 1999, Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory. Faixa espetacular.
“Under A Glass Moon” é uma faixa com mais de sete minutos, com bastante peso na guitarra em algumas passagens e outras um pouco mais suaves, mas com forte inspiração progressiva. Outra boa faixa.
“Wait For Sleep” é uma faixa bem pequena com pouco mais de dois minutos, uma linda música que conta com a bela atuação de James LaBrie cantando, acompanhado por Kevin Moore ao piano. “Learning To Live” fecha o álbum, uma faixa com mais de onze minutos, com muitas variações e quebras de ritmo, mais uma excelente música.
O sucesso de “Pull Me Under” e a extensiva turnê promovida nos Estados Unidos e no Japão alavancaram as vendas do álbum Images And Words, tornando o Dream Theater um nome conhecido mundialmente. Houve shows em que o conjunto foi a banda de abertura para seus inspiradores do Iron Maiden.
Também, em 1993, a banda excursionou pela Europa e gravou a apresentação no famoso Marquee Club em Londres e que acabou se tornando o primeiro álbum ao vivo do Dream Theater, Live At The Marquee, lançado em setembro de 1993.
Outro lançamento derivado da turnê foi um vídeo que contava com a compilação de alguns shows feitos na turnê japonesa, o Images And Words: Live In Tokyo, também de 1993.
Formação:
James LaBrie – Vocal
John Petrucci – Guitarra, Backing Vocals
John Myung – Baixo
Kevin Moore – Teclado
Mike Portnoy – Bateria, Percussão, Backing Vocals
Faixas:
01. Pull Me Under (LaBrie/Petrucci/Myung/Moore/Portnoy) - 8:11
02. Another Day (LaBrie/Petrucci/Myung/Moore/Portnoy) - 4:24
03. Take the Time (LaBrie/Petrucci/Myung/Moore/Portnoy) - 8:21
04. Surrounded (LaBrie/Petrucci/Myung/Moore/Portnoy) - 5:30
05. Metropolis, Pt. 1: The Miracle and the Sleeper (LaBrie/Petrucci/Myung/Moore/Portnoy) - 9:32
06. Under a Glass Moon (LaBrie/Petrucci/Myung/Moore/Portnoy) - 7:04
07. Wait for Sleep (Moore) - 2:32
08. Learning to Live (LaBrie/Petrucci/Myung/Moore/Portnoy) - 11:31
Letras:
Para o conteúdo das letras, recomendamos o acesso a: http://letras.terra.com.br/dream-theater/
Opinião do Blog:
O Dream Theater caracteriza-se por ser uma banda quase única, por diferentes razões.
A primeira dela é o fato de todos os seus membros serem músicos de competência mais que comprovada, possuidores de grande técnica reconhecida em seus respectivos instrumentos, incluindo o vocalista James LaBrie, que vez ou outra encontramos críticas pesadas (e injustas, que fique claro) ao seu trabalho. Se LaBrie não é o melhor vocalista de todos os tempos, e não o é, ao mesmo tempo passa longe de ser apenas mais um.
Outro fato importante a se destacar na banda é a sua identidade musical. A fusão entre vertentes tão diferentes do rock proporcionou uma sonoridade diferente e por si só, única. O Rock Progressivo unido ao Heavy Metal propiciou ao Dream Theater caminhar em uma direção própria e a categoria de seus músicos permitiu que seus álbuns sejam bem diferentes entre si, com o grupo sempre experimentando e buscando novos caminhos.
Tanto que os fãs da banda são extremamente fiéis e bem específicos. Muitos fãs de Heavy Metal consideram o Dream Theater “progressivo demais”, enquanto fãs de Progressivo acham o conjunto “metal demais”. Seus fãs saem, em boa parte, daqueles que conseguem caminhar entre esses dois mundos.
Este post, na realidade, é uma singela homenagem a esta banda diferente e especial. Images And Words foi escolhido por possuir ótimas canções, algumas que fogem um pouco ao estilo da banda, como “Another Day”, mas outras que mostram toda a capacidade e estilo dos músicos, como “Metropolis – Part 1”.
Vídeos Relacionados:
Pull Me Under, ao vivo
Another Day
Take The Time, ao vivo
Metropolis - Part I
Sugestões, Críticas e Contatos: rockalbunsclassicos@hotmail.com
Siga-nos no Twitter: @RockAlbunClasic
Adorei o post... nem sei muito o que dizer.Não tive a oportunidade de ouvir o álbum ainda, mas assim que eu tiver um tempinho vou fazer questão de ouvi-lo. Adorei as músicas desse post,são bem diferentes, o som, a banda em si ! Muuitoo legaal mesmo.. é como você mesmo disse, a banda tem uma identidade musical, o que à torna especial e única. *---* Paaraabééns Daanii, seus post's sempre são ótimos !
ResponderExcluir