6 de setembro de 2011

SEPULTURA - ROOTS (1996)



Roots é o sexto álbum de estúdio da banda brasileira de Heavy Metal chamada Sepultura. Seu lançamento oficial aconteceu no dia 20 de fevereiro de 1996 e teve sua produção em uma parceria entre o produtor Ross Robinson e a própria banda. As gravações ocorreram entre outubro e dezembro de 1995 no Indigo Ranch, em Malibu, na Califórnia, nos Estados Unidos.

Foi por volta do ano de 1984 que o Sepultura foi formado, pelos irmãos Max e Igor Cavalera, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Os irmãos convidaram os amigos de colégio para formarem uma banda. Após a morte de seu pai, os irmãos ficariam mais determinados a montarem um grupo musical.

As primeiras influências musicais dos irmãos Max e Igor foram as bandas clássicas, como Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple. O nome Sepultura surgiu quando Max fez a tradução da canção do Motorhead “Dancing On Your Grave”. Os irmãos também gostavam de bandas como Judas Priest, Iron Maiden e Motorhead, mas a vida deles mudaria quando lhes apresentaram uma fita cassete com músicas da banda Venom. Isto inspirou até a primeira forma como o nome da banda apareceria nos primeiros lançamentos.

O antigo logo da banda:



A banda passa por mudanças em sua formação, incluindo a presença do vocalista Wagner Lamounier, que se tornaria o líder da banda Sarcófago, mas acabaria se estabilizando com Max Cavalera nos vocais e guitarra base, Paulo Júnior no baixo, Jairo Guedes na guitarra solo e Igor Cavalera na bateria.

Em um festival de bandas, o dono da gravadora Cogumelo Records assiste à uma apresentação do Sepultura e decide contratá-los. É dada ao grupo a oportunidade de fazer seu primeiro lançamento, um EP lançado pela gravadora e dividido com outra banda mineira, o Overdose. É lançado em 1985 o EP Bestial Devastation, e a banda parte em turnê pelo Brasil para sua divulgação.

Em agosto de 1986 é lançado o álbum de estreia da banda, também pela Cogumelo Records, Morbid Visions. A gravadora relançaria o álbum e o EP anterior juntos em um mesmo LP. Nesta época, o Sepultura processaria o selo Shark por lançar estes álbuns fora do Brasil sem possuir os direitos para tal.

Os primeiros lançamentos do Sepultura retratam uma sonoridade mais próxima ao Death Metal, com temática e sonoridade bastante agressivas.

Próximo à virada de ano de 1986 para 87, o Sepultura passaria por algumas mudanças. A primeira delas foi a decisão do conjunto se mudar e estabelecer sua base em São Paulo. A outra seria em sua formação, pois o guitarrista Jairo Guedes demonstra desinteresse em tocar “Death Metal”, e se retira da banda.

O escolhido para substituir Jairo no Sepultura foi um paulista. O guitarrista Andreas Kisser já havia feito algumas Jams com a banda e pareceu ser o nome ideal para fazer parte do conjunto.

Em 1987 a banda grava seu segundo álbum de estúdio e o último pela Cogumelo Records, Schizophrenia. O disco já foi feito com Andreas Kisser na guitarra solo, apresentando uma nova orientação musical, demonstrando mais influências do Thrash Metal. O álbum vende cerca de dez mil cópias apenas nas primeiras semanas depois de seu lançamento.

Enquanto a banda tinha dificuldades em marcar mais shows – muitos donos de casas noturnas temiam marcar apresentações da banda devido ao seu estilo – o Sepultura envia fitas para rádios norte-americanas. Finalmente, a banda consegue chamar a atenção de uma grande gravadora, a Roadrunner Records, que, após assistirem a uma apresentação da banda, decidem lançar Schizophrenia no mercado internacional.

Já em 1989 o Sepultura lançaria seu terceiro álbum de estúdio, Beneath The Remains. O álbum foi gravado no Rio de Janeiro e contou com a produção do norte-americano Scott Burns, que já havia trabalhado com nomes como Death e Morbid Angel. A Roadrunner Records tinha algumas dúvidas sobre a capacidade de venda do grupo e disponibilizou um pequeno orçamento para a gravação do trabalho. Mesmo assim, Burns aceita trabalhar com o grupo, pois tinha interesse em conhecer o Brasil. Intérpretes foram utilizados para a comunicação entre produtor e conjunto.

Com clássicos do quilate de “Inner Self” e “Mass Hypnosis”, Beneath The Remains foi sucesso imediato. Apostando ainda mais em uma sonoridade próxima ao Thrash Metal, o álbum foi aclamado pela crítica especializada, sendo até mesmo comparado ao clássico Reign In Blood, do Slayer (de 1986). A revista Terrorizer chegou a elegê-lo como um dos 20 melhores álbuns de Thrash Metal de todos os tempos.

É o primeiro álbum do Sepultura a ter sua arte da capa feita pelo artista Michael Whelan e no qual a banda deixa seu logotipo original que tinha um estilo mais Death Metal. Max Cavalera ainda afirmaria que foi em Beneath The Remains que a banda encontrou sua verdadeira sonoridade.

Beneath The Remains foi o responsável por abrir as portas do exterior para o Sepultura. Uma longa turnê por Europa e Estados Unidos foi agendada e auxiliou a promover a fama de performances poderosas da banda em seus shows, mesmo com seus membros sendo limitados falantes da língua inglesa. Na Europa a banda toca com os alemães do Sodom. O primeiro show nos Estados Unidos ocorre em 31 de outubro de 1989, no Ritz, em Nova Iorque, sendo banda de abertura de King Diamond.

Em 1990 a banda decide deixar sua terra natal e mudar definitivamente para os Estados Unidos, indo viver em Phoenix, no Arizona. A banda excursiona bastante durante o ano de 1990, tocando em diversos festivais.

Em um deles a banda conhece a empresária da banda Sacred Reich, Gloria Bujnowski, que mais tarde, o grupo convidaria para também ser sua empresária. Ainda em 1990, o grupo regrava o clássico “Troops Of Doom”, seu hit do álbum Morbid Visions, para ser lançada juntamente com o álbum Schizophrenia, remixado pela Roadrunner. Beneath The Remains é tido por muitos fãs, como o melhor trabalho da banda.

Em 1991 sairia outro álbum clássico do Sepultura, Arise. O álbum foi gravado na “casa de Scott Burns”, no Morrisound Studios, em Tampa, na Flórida. Também contando com um orçamento significativamente melhor, Arise possuiu uma gravação e resultado final significativamente melhor que seus precedentes.

Embalado por clássicos como “Arise”, “Dead Embryonic Cells” e “Desperate Cry”, o álbum Arise colocou definitivamente o Sepultura entre as grandes bandas de Thrash Metal da época. Várias resenhas de diversos e importantes veículos de comunicação especializados em Heavy Metal apresentavam críticas positivas tanto para o álbum quanto para a banda.

Em 1991, o Sepultura faz grandes shows, como no Rock In Rio II, para cerca de 70 mil pessoas. Arise chega a vender 160 mil cópias apenas nas primeiras 8 semanas de seu lançamento.

Já em 1992, as turnês com as bandas Helmet e Ministry e, depois, com Alice In Chains e Ozzy Osbourne, consagram a banda internacionalmente. No mesmo ano, Max se casa com a empresária da banda, Gloria. Arise é tido por muitos fãs como o ponto mais alto da carreira da banda.

Em 1993 foi lançado o quinto álbum de estúdio da banda, Chaos A. D. O trabalho trouxe ainda mais sucesso para o grupo tanto junto à crítica quanto comercialmente. Algumas resenhas de críticos do exterior chegam a afirmar que ‘Chaos’ é um dos melhores álbuns de Heavy Metal de todos os tempos.

‘Chaos’ mostra um Sepultura diferente. A banda aposta em elementos diferentes em sua sonoridade. O Death/Thrash metal são postos praticamente de lado, e, embora mantenha o peso nas canções, há uma aposta em sonoridades tribais, em mais groove, em elementos de música chamada ‘industrial’, deixando a agressividade característica da banda em um segundo plano.

Liricamente o grupo aposta em temas políticos e sociais. No álbum há faixas que se tornaram clássicos da banda como “Refuse/Resist” e “Territory”, ambas seguindo a temática política. Há também a faixa “Manifest”, que denuncia o massacre ocorrido no penitenciária do Carandiru, em São Paulo, no início dos anos 90.

A versão brasileira do álbum ainda trazia uma versão de “Polícia”, dos Titãs. Ainda em 1994 a banda lança o EP Refuse/Resist e é convidada para tocar no famoso festival de Donnington Park, onde se apresentou para mais de 50 mil pessoas.

Em 1995, o Sepultura se prepara para compor e gravar seu sexto álbum de estúdio, Roots. Este seria consideravelmente diferente de seus predecessores, um álbum muito mais experimental. Nele é possível ver a banda procurando mais elementos de música brasileira para serem incorporados a sua música, assim como certa influência de bandas como Deftones e Korn em sua sonoridade.

Neste ano, o Sepultura vai ao Mato Grosso para conhecer a tribo Xavante, com quem passam um tempo. Igor disse que o Sepultura se identificava com os indígenas da tribo, pois, segundo ele, ambos viviam à margem da sociedade e os estilos musical e de vida da banda, assim como dos indígenas, eram difíceis de serem assimilados pela maior parte da sociedade atual.

A banda na tribo Xavante:



A arte da capa representa um indígena e foi realizada pelo artista Michael Whelan.

“Roots Bloody Roots” é a primeira faixa do álbum. Permanece ainda hoje como uma das mais conhecidas canções da banda e já apresenta o grupo com uma sonoridade bem diferente de períodos anteriores, com o som bem mais ‘grooveado’, guitarras mais abafadas. Além disso, o ritmo da canção tem um andamento consideravelmente mais cadenciado.

O videoclipe da canção apresenta a banda tocando em cavernas, além de apresentar os membros da banda andando por Salvador, com imagens da cidade. Foi muito exibido na época pelos canais de televisão especializados em música.

“Roots Bloody Roots” foi o primeiro single lançado para promover o álbum. Suas letras têm características de protesto, condenando povos e pessoas que ignoram suas raízes ou sentem vergonha delas.

A música permanece no set list da banda até os dias de hoje, assim como Max Cavalera também se mantém executando a faixa com suas bandas posteriores a sua saída do Sepultura.

“Attitude” é a segunda faixa do álbum e é outra das mais conhecidas músicas da banda. A introdução da música tocada por Max Cavalera ao berimbau acabou se tornando um clássico. A música possui um riff um pouco mais rápido e muito bom.

O videoclipe apresenta a banda tocando em uma espécie de campeonato de artes marciais, estilo UFC, com direito a octógono e participação especial da famosa família Gracie.

As letras foram escritas pelo enteado de Max Cavalera, Dana Wells, que foi quem também teve a ideia principal do vídeo. Dana morreria poucos meses depois do lançamento do álbum.

Foi lançada como single para promover o álbum e, assim como “Roots Bloody Roots”, permanece como presença praticamente fixa no set list da banda, assim como é tocada pelas bandas de Max.

A terceira faixa do álbum é “Cut-Throat”, a qual continua apresentando uma sonoridade com aposta mais em um som com groove e batidas mais tribais. O destaque da faixa é para o vocal bem mais agressivo de Max em comparação com as faixas anteriores. Mais para o final da faixa, durante o pequeno solo, uma gotícula de Thrash Metal pode ainda ser ouvida.

A quarta faixa de Roots é uma das mais experimentais da banda até então, “Ratamahatta”. É uma parceria da banda com o cantor Carlinhos Brown, que participou tanto da composição da música quanto de sua gravação.

É uma faixa das mais experimentais da banda, com fortíssima influência de percussão e sons mais tribais, consideravelmente diferente do que a banda fazia. Há a participação do baterista do Korn, David Silveria, na percussão.

Permanece uma das canções mais famosas da banda, assim como seu clip, todo feito em animação, sendo um dos mais exibidos na época do lançamento do álbum. Faz parte de apresentações ao vivo da banda, assim como do Soufly. O lutador brasileiro Thiago Silva, do UFC, usou a canção algumas vezes em sua entrada para o ringue.

“Breed Apart” continua com a fortíssima influência de sons tribais do álbum, este sendo o maior destaque da faixa. Também o riff principal é dos melhores do álbum. “Straighthate” possui uma longa introdução que encontra uma guitarra bastante distorcida com a bateria marcante. Uma das melhores faixas do álbum. “Spit” é uma faixa bem pequena e bem mais direta do trabalho, contando com um bom riff.

Em “Lookaway”, as letras foram feitas pelo vocalista Jonathan Davis da banda Korn. Mike Patton (Faith No More) e o próprio Davis cantam na faixa, cuja música foi feita pelo Sepultura em parceria com o DJ Lethal. Bem experimental, mas um dos pontos mais baixos do álbum.

“Dusted” segue o ritmo da maioria das canções de Roots, com muito groove e ritmo mais cadenciado das canções, mesmo também sendo pesada. “Born Stubborn” também começa com batidas tribais, mas apresenta um riff mais criativo e um ritmo mais acelerado, uma das melhores faixas do álbum.

“Jasco” é uma canção acústica, tocada ao violão e totalmente instrumental. Possui uma bela melodia, mas foge totalmente à proposta musical do Sepultura até então. “Itsári” é uma faixa totalmente experimental, gravada com a tribo Xavante e contando com a participação da mesma entoando cânticos e participando da percussão. Música diferente.

“Ambush” possui um riff bom que embala o início da faixa, sendo uma música mais pesada e com boa pegada, sendo intercalada por um momento mais experimental. "Endangered Species" é outra faixa com um ritmo mais cadenciado, com muito groove, pesada e que abre espaço para experimentações, especialmente com a percussão.

Já “Dictatorshit” é uma faixa bem curta, com pouco mais de um minuto e letras inspiradas no golpe de Estado de 1964. É a faixa com riffs mais velozes do trabalho. Há, ainda, "Canyon Jam", uma faixa ‘oculta’, não se tratando propriamente de uma música, somente uma mistura de sons.

Na versão brasileira do álbum havia duas faixas extras, “Procreation (Of The Wicked)” e o cover do Black Sabbath, “Symptom Of The Universe”.

Roots foi um sucesso comercial e de crítica. Além de ser o álbum mais vendido da banda, recebeu críticas muito positivas. A publicação The Daily News chegou a comparar o Sepultura com o Led Zeppelin, pela fusão de estilos, mas ressaltando o caráter original dos brasileiros ao buscar a fusão do Heavy Metal com música nativa de seu próprio país, enquanto o Led Zeppelin buscava sonoridades estrangeiras.

Martin Popoff, autor do livro The Collector's Guide to Heavy Metal, coloca Roots como o décimo primeiro melhor álbum de Metal de todos os tempos, assim como o crítico musical Piero Scaruffi, que colocou o álbum na 9ª posição de melhor álbum de Heavy Metal.

A revista Q magazine colocou Roots em uma lista dos "50 Heaviest Albums Of All Time", enquanto a Kerrang!, outra revista, colocou Roots na segunda posição dos "100 records that you have to hear before dying".

Depois do lançamento de Roots, a banda sai em turnê para divulgação do álbum. Roots atingiu a 27ª posição na parada norte-americana de álbuns, enquanto alcançou a 4ª posição da parada britânica de mesma natureza.

Em meados de 1996, Max e Glória são obrigados a deixar a turnê de divulgação do álbum, por conta do assassinato do enteado de Max, Dana Wells. Isso ocorre momentos antes da banda se apresentar em Donnington Park, no Monsters Of Rock. Na ocasião, o grupo se apresenta como trio, com Andreas Kisser assumindo os vocais. A turnê termina no Ozzfest, com a banda tendo que cancelar três semanas de shows agendados.

Insatisfeitos com a maneira como Gloria promovia a banda, alegando que era dada visibilidade apenas a Max (contrariamente ao início da banda, quando todos eram focados); Andreas, Igor e Paulo decidem que queriam demitir a esposa de Max como empresária do Sepultura. Max, sentindo-se traído, então, decide deixar o grupo.

Os três membros remanescentes decidem que procurariam um novo vocalista e dariam continuidade aos trabalhos sob o nome Sepultura. O escolhido foi o vocalista norte-americano Derrick Green, que continua na banda até este momento.

Em entrevista em 2010 ao Faceculture, Max Cavalera afirmou que a causa de sua saída do Sepultura foi devido ao fato da esposa de Andreas Kisser ter tentado organizar o funeral de Dana Wells antes mesmo da chegada dele, Max, e Gloria vindos da Inglaterra. Disse também que a banda chegou a oferecer que ele e Igor continuassem sendo empresariados por Gloria, com Andreas e Paulo tendo outro empresário, o que Max acabou rejeitando.

A formação clássica: pela ordem, Andreas, Igor, Max e Paulo



Por fim, Max disse que uma reunião da formação clássica do Sepultura é bastante improvável, devido a suas históricas diferenças com o guitarrista Andreas Kisser. A última apresentação de Max Cavalera à frente do Sepultura foi em 16 de dezembro de 1996, no Brixton Academy, na Inglaterra.

Formação:
Max Cavalera - Vocal, Guitarra Base, Berimbau
Andreas Kisser – Guitarra Solo, Violão, Backing Vocals
Paulo Jr. - Baixo, Timbau Grande
Igor Cavalera - Bateria, Percussão, Timbau

Faixas:
01. Roots Bloody Roots (Max/Andreas/Paulo/Igor) - 3:32
02. Attitude (Max/Andreas/Paulo/Igor) - 4:15
03. Cut-Throat (Max/Andreas/Paulo/Igor) - 2:44
04. Ratamahatta (Max/Andreas/Paulo/Igor/Carlinhos Brown) - 4:30
05. Breed Apart (Max/Andreas/Paulo/Igor) - 4:01
06. Straighthate (Max/Andreas/Paulo/Igor) - 5:21
07. Spit (Max/Andreas/Paulo/Igor) - 2:45
08. Lookaway (Max/Andreas/Paulo/Igor/Jonathan Davis) - 5:26
09. Dusted (Max/Andreas/Paulo/Igor) - 4:03
10. Born Stubborn (Max/Andreas/Paulo/Igor) - 4:07
11. Jasco (Andreas) - 1:57
12. Itsári (Max/Andreas/Paulo/Igor/Tribo Xavante) - 4:48
13. Ambush (Max/Andreas/Paulo/Igor) - 4:39
14. Endangered Species (Max/Andreas/Paulo/Igor) - 5:19
15. Dictatorshit (Max/Andreas/Paulo/Igor) - 1:26
16. Canyon Jam (hidden track) - 13:16

Letras:
Para o conteúdo das letras, recomendamos o acesso a: http://letras.terra.com.br/sepultura/

Opinião do Blog:
Goste-se ou não do Sepultura, é preciso dar crédito aos seus membros pelas conquistas que tiveram ao longo de sua carreira.

Sua batalha e persistência em busca de se lançarem como banda reconhecida internacionalmente são de se admirar. O sucesso obtido pelo Sepultura não teria sido conseguido sem grandes doses de insistência.

Mas não foi somente por conta da insistência da banda que o sucesso foi obtido. Nada teria sido possível se o grupo não tivesse produzido trabalhos de qualidade e consistentes.

De Bestial Devastation até Roots, mesmo que sejam álbuns com grandes diferenças musicais, o Sepultura tinha grande criatividade e produzia músicas que caíam no gosto de seu público. As turnês e as performances cheias de energia da banda conseguiram conquistar um grande número de fãs e que se mostravam bastante fiéis.

Obviamente, a saída de Max Cavalera foi um choque não apenas para seus fãs, mas também para a própria banda. Para este blog, a ausência de seu vocalista e, principalmente, a principal mente criativa por trás do Sepultura, deixou uma lacuna que não foi preenchida. Os álbuns produzidos após a saída de Max são, logicamente, na opinião deste blog, incomparavelmente piores quando comparados com a fase clássica da banda.

Roots é um álbum clássico por se tratar do último a conter a melhor formação do grupo, que gravou seus álbuns mais importantes. Além disso, foi um trabalho que teve excepcional repercussão perante a crítica internacional, sendo o de maior vendagem do grupo até hoje.

Clássicos do grupo estão presentes em Roots: “Roots Bloody Roots”, “Attitude”, “Cut-Throat” e “Ratamahatta”. Além disso, é um álbum consideravelmente influente para o famigerado “New Metal”, sendo citado como forte influência por bandas muito importantes do cenário do Heavy Metal mundial, como Slipknot (goste-se ou não).

Particularmente, o blog prefere a dobradinha Beneath The Remains e Arise como estilo musical da banda. Mas nenhum álbum possui tanta aclamação por acaso e recomendamos a audição de Roots, nem que seja como forma de reconhecer o Sepultura como um dos responsáveis por abrir as portas do metal nacional no exterior e por colocar o nome do nosso país no mapa do Heavy Metal!

Vídeos Relacionados:

Roots Bloody Roots


Attitude


Ratamahatta


Contato: rockalbunsclassicos@hotmail.com

2 comentários:

  1. Não poderia deixar de comentar...
    O post ficou muuuito boom, como sempre.. e o álbum é bem interessante; o som é muito legal, e beem original...só não curto vocal desse estilo, mas vale a pena ouvir, pois não são todos os dias que encontramos bandas brasileiras como essa !

    Daaaniii *-* Arrasou mais uma vez, adorei o novo estilo do blog !

    ResponderExcluir
  2. Valeu, Karen, muito obrigado. Com o tempo a gente vai pegando um jeito.

    ResponderExcluir