*Post sugerido e dedicado ao amigo Valcir Farias Jr. (R.I.P.)
Master
Of Reality é o terceiro álbum de estúdio da banda inglesa Black Sabbath. Seu
lançamento oficial ocorreu no dia 21 de julho de 1971. As gravações ocorreram
entre 5 de fevereiro e 5 de abril daquele mesmo ano no Island Studios, em
Londres, na Inglaterra. A produção ficou sob a responsabilidade de Rodger Bain,
com quem a banda trabalhou em seus dois álbuns antecessores. Este seria o
último trabalho do Black Sabbath com o supracitado produtor.
Para
fãs do Black Sabbath e do Blog, recomendamos o acesso à parte da história do
grupo através dos dois posts anteriores sobre os álbuns prévios da banda:
Black Sabbath (1970): http://rockalbunsclassicos.blogspot.com.br/2011/07/black-sabbath-black-sabbath-1970.html
Paranoid
(1970): http://rockalbunsclassicos.blogspot.com.br/2011/08/black-sabbath-paranoid-1970.html
O
Black Sabbath experimentava os primeiros sabores do sucesso, afinal, seu
segundo álbum de estúdio, Paranoid (1970), permitiu à banda alçar voos maiores.
A canção homônima ao disco, “Paranoid”, tornou-se um verdadeiro ‘hit’, fazendo
com que o conjunto britânico ficasse muito mais conhecido. A canção chegou a
ocupar a 4ª posição na parada britânica de singles.
O
álbum Paranoid chegou ao topo da parada britânica e na 12ª colocação da parada
correspondente nos Estados Unidos, já em março de 1971.
O
Black Sabbath adentrou o ano de 1971 capitalizando o sucesso de seus álbuns
lançados no ano anterior, nos dois lados do Atlântico, e mantendo-se realizando
shows para promoção de seu trabalho. A apresentação mais memorável se deu em
Londres, em Janeiro de 1971, no Royal Albert Hall.
Sem
pausas entre lançamentos de álbuns e turnês, já em fevereiro de 1971 o grupo
retornaria para o estúdio com o intuito de gravar um novo trabalho de inéditas.
Em
contraste com os contemporâneos do Led Zeppelin, cujo terceiro álbum desagradou
alguns fãs por ter um conteúdo musical significantemente mais acústico, Tony
Iommi prometeu que o terceiro álbum do Sabbath seria seu lançamento mais pesado
até então.
Tony Iommi
De
certa forma, Iommi cumpriu o prometido. O guitarrista alterou a tensão das
cordas de sua guitarra em três semitons, tornando-a mais fácil para ele tocar.
Para acompanhar Iommi, Geezer Butler fez o mesmo com seu baixo. Isso fez com
que o som do grupo se apresentasse ainda mais “obscuro e pesado” em Master Of
Reality.
Por
isso, Master of Reality é citado como forte influência para o gênero “Stoner
Rock” ou mesmo para bandas que fizeram muito sucesso nos anos 90, como Nirvana,
Smashing Pumpkins e Soundgarden.
Embora
a promessa de Iommi tenha se concretizado em um álbum realmente pesado, o Black
Sabbath (como se comprova através de sua vasta discografia) sempre teve coragem
para se arriscar musicalmente.
O
álbum Master Of Reality mostra a banda flertando com sonoridades mais suaves.
Há duas canções bem curtas, verdadeiros interlúdios entre canções maiores.
“Embryo” e “Orchid” são consideravelmente mais leves quando comparadas a
clássica linha musical pesada do Black Sabbath.
Há
uma canção neste álbum que pode ser considerada uma balada, “Solitude”, bem
maior que as duas supracitadas. Tratar-se-á da mesma mais à frente neste post.
Embora
as canções da fase clássica do Black Sabbath fossem creditadas, quase sempre, a
todos os membros do grupo, o principal letrista da banda (nesta fase) era
Geezer Butler. Neste álbum, Butler está ainda mais maduro como autor e aborda
questões interessantes de forma ainda mais criativa.
Geezer Butler:
Na
primeira versão do álbum lançada nos Estados Unidos, algumas alterações na
nomenclatura das faixas foram encontradas. À introdução de “After Forever” foi
dado o nome de “The Elegy”, o mesmo acontecendo com a introdução de “Lord Of
This World” (nomeada “Step Up”), assim como acontece com “Into The Void” (sua
‘intro’ foi nomeada como “Deathmask”). Ainda havia o
nome “The Haunting” associado a “Children Of The Grave”. Mesmo o álbum saiu com o nome de
Masters Of Reality.
Cabe
ressaltar que nada disto estava presente na edição britânica de Master Of
Reality. Nas edições posteriores, os créditos foram concertados, subtraindo os
títulos dados às introduções das canções (exceto “The Elegy”) e, também,
consertando o nome do álbum, retirando o ‘S’ a mais em Master.
A
arte da capa é bastante simples, com um fundo preto, o nome da banda escrito
com fontes bem típicas da época em roxo e abaixo, com a mesma fonte e tamanho,
o nome do álbum em um tom de cinza.
O
baterista Bill Ward se recorda da época de gravação de Master Of Reality como o
começo da era em que a banda estava abusando mais severamente de drogas. Ward
disse que muitas vezes os membros do grupo tinham uma ideia para alguma canção
em casa, iam rapidamente para os estúdios e quando lá chegavam, não se
recordavam mais da ideia criada, pois estavam totalmente “fora de si” naqueles
dias.
SWEET
LEAF
Abre
o álbum a canção “Sweet Leaf”. Os primeiros segundos do disco, na realidade, é
uma gravação de uma tosse do guitarrista Tony Iommi.
Um
riff bastante pesado e arrastado criado por Iommi é a marca registrada da
canção, acompanhado por um baixo bastante presente e um eficiente trabalho na
bateria por parte de Bill Ward. Os vocais de Ozzy Osbourne também são marcantes
e precisos. O solo de guitarra é ótimo.
O
título da música, “Sweet Leaf” foi retirado de um maço de cigarros que o
baixista Geezer Butler comprou em Dublin, na Irlanda, e o qual chamava o tabaco
de “The sweet leaf”.
As
letras de “Sweet Leaf” se referem ao uso recreativo de maconha. A revista
Rolling Stone descreveu-as como uma ousadia do grupo naquele tempo, embora não
carregassem o mesmo efeito de choque que o faria se tivesse sido lançada meia
década antes.
“Sweet
Leaf” se tornou um clássico do Black Sabbath, permanecendo uma marca quase
obrigatória nas turnês da banda e uma das músicas favoritas dos fãs. Ozzy
Osbourne também a manteve em seu set list de sua carreira solo por algum tempo.
Também é tocada nas turnês de reunião que o grupo faz com a formação original.
Inúmeras
bandas fizeram versões para “Sweet Leaf”. Citando como
exemplo, Ugly Kid Joe, Sacred Reich, Stuck Mojo e Six Feet Under. Entretanto, o que não faltam são
covers da canção.
O
produtor Rick Rubin fez um ‘sample’ do riff de “Sweet Leaf” e o usou na canção
"Rhymin' & Stealin’", do grupo Beastie Boys. O guitarrista do Red
Hot Chili Peppers, John Frusciante, toca o riff principal na música “Give It
Away” de seu grupo. São apenas outros exemplos de como a canção se tornou uma
referência.
Também
é possível encontrar “Sweet Leaf” em games como Guitar Hero e Rock Band.
AFTER
FOREVER
A
segunda canção de Mater Of Reality é “After Forever”.
A
canção alterna em variações do mesmo riff, com momentos mais velozes e outros
em que ele fica mais pesado e arrastado. O principal destaque da faixa é mesmo
a guitarra de Tony Iommi, bastante criativa. Ozzy faz um bom trabalho nos
vocais.
No
lançamento original do álbum, “After Forever” foi creditada como uma composição
apenas de Tony Iommi. Entretanto, quando
a banda lançou um Box que continha vários álbuns, a canção veio com créditos
para todos os membros do grupo, respeitando o desejo de ser vista como um
conjunto democrático.
As
letras de “After Forever” foram escritas pelo baixista Geezer Butler. Naquele
momento do lançamento do álbum, o Black Sabbath era tido como uma banda
satânica, devido ao visual, sonoridade e temática bastante sombrios do grupo.
Embora a banda sistematicamente tenha negado todas as acusações como sendo um
grupo voltado a esta temática.
Assim
sendo, Butler escreveu uma canção em que aborda uma temática absolutamente
cristã, quase uma ode às suas crenças.
“After
Forever” acabou sendo lançada como um single, em conjunto com a faixa “Fairies
Wear Boots”, mas acabou não obtendo maior repercussão.
Lester
Bangs, da revista Rolling Stone, criticou a temática cristã da faixa em sua
análise do álbum à época, mas acabou elogiando os arranjos.
A
banda Biohazard fez um cover da canção para o álbum tributo ao Black Sabbath
chamado Nativity In Black. Também as bandas Deliverancy e Shelter possuem
versões para a canção “After Forever”.
EMBRYO
“Embryo”
é a terceira faixa do álbum. Na verdade, contém apenas pouco mais de 25
segundos de duração, e, durante os shows do Black Sabbath, funciona como
abertura para a próxima canção.
CHILDREN
OF THE GRAVE
O
clássico “Children Of The Grave” é a quarta faixa de Master Of Reality.
Um
dos riffs mais criativos da história do Black Sabbath embala a canção,
tornando-a rápida, pesada e empolgante. O trabalho da ‘cozinha’ formada por
Butler e Ward é praticamente perfeito, contribuindo decisivamente para o
sucesso da música. Maior destaque é merecido a Ozzy Osbourne, que realiza uma
interpretação perfeita das letras, construindo o clima exato da mensagem
passada pela banda. O solo final é perfeito. Um clássico!
As
letras de “Children Of The Grave” são das melhores da discografia do Black
Sabbath. Ela segue a temática anti-guerra proposta por Butler em canções como “Eletric
Funeral” e “War Pigs”, sendo novamente abordada, mas desta vez Butler inova com
seus ideais pacifistas e de desobediência civil não violenta.
Butler
convoca uma revolução pacífica e baseada no amor, chamando as crianças a
plantarem a semente da paz, trazendo uma visão otimista (acreditando na
vitória) para a mudança do mundo, como se vê no trecho abaixo:
They're
tired of being pushed around
And
told just what to do
They'll
fight the world until they've won
And love comes flowing through
Já
na segunda estrofe, Butler revela seu medo com a situação que o mundo vivia à
época, a ameaça de uma guerra nuclear entre as superpotências União Soviética e
Estados Unidos – sem falar que a guerra do Vietnã estava acontecendo. Pode-se
também inferir o receio que o autor tinha com o mundo que seria deixado para as
futuras gerações:
Children
of tomorrow live in
The
tears that fall today
Will
the sunrise of tomorrow
Bring
them peace in any way
Must
the world live
In
the shadow of atomic fear
Can
they win the fight for peace
Or
will they disappear?
Já
na última estrofe (a genial canção não possui refrão, em uma construção
absolutamente brilhante do grupo!) Butler conclama as crianças a espalharem as
mensagens de amor e coragem, para sensibilizarem as pessoas na construção de um
futuro pacífico. Entretanto, o baixista alerta que o fracasso destas ações
teriam como consequência um futuro de morte:
So
you children of the world
Listen
to what I say
If
you want a better place to live in
Spread
the words today
Show
the world that love
Is
still alive you must be brave
Or
you children of today
Are children of the grave
É
possível se ver uma mensagem positiva na canção. É a esperança que através das
crianças e das mensagens pacíficas e com base no amor é possível se mudar o mundo.
Interessante pensar que a canção foi lançada há mais de quatro décadas e que as
crianças daquela época são os adultos de hoje. Será que a mensagem que Butler
desejava foi espalhada? Que o leitor tire suas conclusões.
“Children
Of The Grave” se tornou um grande clássico do Black Sabbath, sendo presença
quase que constante nos shows da banda, assim como nas apresentações da
carreira solo de Ozzy Osbourne durante muito tempo.
Versões
covers da canção também são inúmeras. Para o supracitado tributo Nativity In
Black, quem tocou a faixa foi White Zombie. Bandas como Amon Amarth e Grave
Digger também já fizeram suas versões do clássico. A música também aparece em
versões do game Guitar Hero.
ORCHID
Com
pouco mais de um minuto, “Orchid” é a quinta faixa do trabalho. Suave e
bastante melódica, a canção mostra o lado mais intimista de Tony Iommi e
introduz a próxima música do álbum.
LORD OF THIS WORLD
“Lord Of This World” é a sexta faixa do álbum.
Um
riff bastante pesado é a marca registrada de “Lord Of This World”. Ele se
desenvolve por praticamente toda a canção de maneira mais ‘arrastada’, dando
lugar a um solo bastante inspirado no meio da faixa. Os vocais característicos
de Ozzy Osbourne são, mais uma vez, um destaque da faixa. Sem falar na
brilhante atuação de Bill Ward. Mais um clássico.
Bandas
como Exhorder e Sleep fizeram versões cover da canção. Para o Nativity In
Black, a banda Corrosion Of Conformity foi quem gravou a música.
SOLITUDE
A sétima
faixa de Master Of Reality é “Solitude”.
Consideravelmente
diferente das outras faixas do álbum, “Solitude” é uma balada, que mostra um
Black Sabbath soando muito mais suave que anteriormente. Uma canção totalmente
leve, com alguma influência psicodélica em um estilo inovador na discografia da
banda até então.
Ozzy
Osbourne canta a música de uma maneira também suavizada, em oposição aos seus
vocais sombrios, agressivos e marcantes, que foram fundamentais para o sucesso
do Sabbath. Tanto que muita gente acreditava que foi Bill Ward que teria
gravado o vocal da canção, mas isso não corresponde à verdade.
“Solitude”
demonstra o talento de Tony Iommi como instrumentista, pois na faixa ele também
toca flauta e piano.
“Solitude”
traz letras românticas, mas de uma perspectiva totalmente depressiva, de alguém
que sofre por amor. Isso pode ser comprovado pelo trecho:
The
world is a lonely place - you're on your own
Guess
I will go home - sit down and moan.
Crying
and thinking is all that I do
Memories
I have remind me of you
Talvez
a versão cover mais conhecida de “Solitude” é a que foi realizada pela banda
Cathedral, que foi lançada como bônus para a versão europeia do tributo ao
Black Sabbath, Nativity in Black.
É um
dos temas do personagem principal (Zombie) do filme Zombie and The Ghost Train
(1991) do diretor finlandês Mika Kaurismäki.
INTO
THE VOID
A
oitava e derradeira canção do álbum é “Into The Void”.
Um
riff espetacular, lento, arrastado e pesadíssimo, abre a canção, mostrando o
porquê de Tony Iommi ser chamado de “The Riff Master”. Pouco depois, o
guitarrista apresenta uma variação um pouco mais acelerada do riff, fantástico,
através do qual a música se desenvolve. Os vocais característicos de Ozzy
Osbourne estão de volta na faixa e esta é uma das melhores atuações do mesmo à
frente da banda!
É
necessário que se realce, novamente, o trabalho da seção rítmica da banda nesta
canção, pois Ward e Butler têm uma atuação determinante para a qualidade da
faixa. Outro solo inspirado de Iommi.
As
letras de “Into The Void” revelam o desejo de fuga de um mundo que é dilacerado
por conflitos e guerras, em uma perspectiva angustiante.
Muitas
versões covers foram lançadas por bandas como Kyuss, Sleep, Exhorder,
Soundgarden, Monster Magnet (para o Nativity In Black II), entre outras.
A
versão lançada pela banda Soundgarden teve a letra original substituída por um
manifesto de protesto original do Chief Seatlle, e foi indicada ao Grammy em
1993 como melhor performance de Heavy Metal, quando foi renomeada para “Into
The Void (Sealth)”.
“Into
The Void” é a canção do Black Sabbath favorita do vocalista e guitarrista do
Metallica, James Hetfield.
Considerações Finais
Master
Of Reality consolidou o Black Sabbath como uma das grandes bandas dos anos 70.
Conquistou a 5ª posição da parada britânica de álbuns e a 8ª posição de sua
correspondente norte-americana.
Apesar
da aclamação do público, os críticos musicais da época não aprovavam a proposta
da banda. Robert Christgau deu ao álbum uma nota ‘C-‘, declarando que este era
uma “estúpida e amoral exploração”.
O
crítico da Revista Rolling Stone, Lester Bangs, chamou o álbum de monótono, em
uma análise negativa. A mesma revista que, anos depois, colocaria Master Of
Reality na 298ª posição de sua lista 500 Greatest Albums of All Time, em 2003,
descrevendo-o como “a relíquia de estúdio definitiva da era dourada do
Sabbath”.
A
revista Q Magazine o colocou em sua lista de 50 Heaviest Albums of All Time
(2001), e, em outra edição, citou Master Of Reality como o álbum mais coeso
dentre os três primeiros do grupo.
A
banda holandesa After Forever tem este nome devido à influência do Black
Sabbath, sendo uma homenagem aos seus inspiradores.
Também,
Master Of Reality inspirou o líder da banda Mountain Goats, John Darnielle, a
escrever um curto romance que tem o álbum como plano central. O texto é escrito
na forma de um diário em que um jovem faz um tratamento mental e mostra a forma
como ele se relaciona com o mundo através das canções do disco.
Após
o lançamento do álbum, o Black Sabbath saiu em mais uma grande turnê para
promover o trabalho, a Master Of Reality World Tour.
Master
Of Reality já vendeu mais de 2 milhões de cópias apenas nos Estados Unidos.
Formação:
Ozzy Osbourne – Vocal
Tony
Iommi – Guitarra, Flauta e Piano em "Solitude"
Geezer Butler – Baixo
Bill Ward – Bateria
Faixas:
01. Sweet Leaf (Iommi/Butler/Ward/Osbourne) – 5:05
02. After Forever (Iommi/Butler/Ward/Osbourne) – 5:27
03. Embryo (Iommi) – 0:28
04. Children of the Grave (Iommi/Butler/Ward/Osbourne)
– 5:18
05. Orchid (Iommi) – 1:31
06. Lord of This World (Iommi/Butler/Ward/Osbourne) –
5:27
07. Solitude (Iommi/Butler/Ward/Osbourne) – 5:02
08. Into the Void (Iommi/Butler/Ward/Osbourne) – 6:13
Letras:
Opinião do Blog:
Master
Of Reality é um dos grandes álbuns do Heavy Metal e está na lista dos favoritos
deste que vos escreve.
O
trabalho que a seção rítmica do Black Sabbath faz neste álbum – composta pelo
baixista Geezer Butler e o baterista Bill Ward – é notável e muito além de
eficiente. É responsável direta pela qualidade das canções.
Butler
também demonstra um grande talento como letrista. Suas canções, neste trabalho,
oscilam em mensagens filosóficas de otimismo, outras vezes pessimista, mas com
uma visão crítica de seu tempo.
Ozzy
Osbourne também funciona magistralmente para criar o aspecto sombrio que as
canções do Black Sabbath apresentavam. Como quase sempre os temas são fortes e
pesados, Ozzy imprime uma interpretação igualmente marcante, por vezes
desesperadora, que era sua marca registrada no Sabbath. Osbourne também se
mostrou versátil ao dar um ar mais suave à balada “Solitude”.
Tony
Iommi criou alguns de seus mais brilhantes riffs neste álbum. “Sweet
Leaf”, “Lord Of This World”, “Into The Void” e “Children Of The Grave” possuem
a assinatura do excepcional compositor do Black Sabbath. Além disso, demonstrou sua
sensibilidade na composição de canções mais suaves, como “Solitude”.
Com
vários clássicos (6 das 8 faixas foram gravadas por outras bandas nos dois
tributos Nativity In Black), Master Of Reality influenciou inúmeros grupos que
surgiram após seu lançamento, incluindo bandas que não fazem Heavy Metal. Um
álbum para a história da música!
Parabéns pelo post, completo e conciso. Sobre o disco acho antológico, ele comprova a genialidade dos caras em fazer músicas diferentes umas das outras e continuar no alto nível, destaque para as letras do Butler.
ResponderExcluirValeu, muito obrigado, Ederson.
ExcluirMuito boa a análise. Obrigado e parabéns!
ResponderExcluirValeu, muito obrigado!
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