Homenagem
aos 30 anos do lançamento deste álbum
Piece Of Mind é o quarto álbum de estúdio da banda
inglesa chamada Iron Maiden. Seu lançamento oficial ocorreu no dia 16 de maio
de 1983, sob o selo EMI. A produção ficou por conta do lendário Martin Birch,
com as gravações acontecendo no Compass Point Studios, em Nassau, nas Bahamas,
entre janeiro e março daquele ano.
Neste post, vamos tratar dos acontecimentos
imediatos que antecederam o lançamento deste clássico do Iron Maiden. O Blog já
tratou do álbum anterior, o incrível The Number Of The Beast, e, caso o leitor
se interesse, pode acessá-lo:
Após a extensa e exaustiva turnê que promoveu o
álbum anterior, a Beast On The Road Tour, a banda já estava pensando no álbum
que seria o sucessor do já clássico trabalho.
Não seria fácil para ninguém ter que preparar um disco
que, pelo menos, aproximasse-se da qualidade indiscutível do primeiro trabalho
do Iron Maiden com Bruce Dickinson. Mas, mesmo diante de tal desafio, conforme
será visto, o grupo obteve êxito.
Bruce Dickinson
Logo em dezembro, o grupo sofreria uma baixa. O
baterista Clive Burr, que fez um excelente trabalho em The Number Of The Beast,
deixa o conjunto devido a problemas particulares e também devido às extensas
turnês e o pouco tempo permitido para se estar com os familiares.
O substituto escolhido foi um inglês que, a partir
daquele momento, teria sua imagem firmemente associada ao grupo. Seu nome era
Nicko McBrain, o qual tocava em uma banda baseada em Paris de nome Trust.
Pouco depois, a banda viaja ainda nas ilhas
britânicas, indo para a localidade de Jersey com o propósito de comporem as
novas canções para o álbum vindouro.
Em Jersey, o grupo alugou o hotel Le Chalet, que
estava fora de temporada, usando o restaurante do mesmo para fazer seus
ensaios. Em fevereiro o grupo viaja para Nassau, nas Bahamas, para gravarem o
disco no Compass Point Studios.
As gravações durariam até março e depois a mixagem
final aconteceria no Eletric Lady Studios, em Nova York, nos Estados Unidos.
O primeiro nome pensado para o trabalho era Food
For Thought, pois o Maiden havia decidido que sua mascote Eddie apareceria
lobotomizada na capa do álbum. Entretanto, o nome Piece Of Mind acabou surgindo
em um dos dias em que eles estavam em Jersey, compondo o trabalho, em um
momento de relaxamento em um pub.
Piece of Mind foi o primeiro álbum do Iron Maiden a
ter seu nome escolhido sem que existisse uma canção homônima dentro do mesmo.
Embora na faixa “Still Life” haja a expressão ‘peace of mind’.
Nicko McBrain
Incluído no encarte, há um trecho inspirado no
livro bíblico do Apocalipse, que se segue:
“And
God shall wipe away all tears from their eyes; and there shall be no more
Death. Neither sorrow, nor crying. Neither shall there be any more brain; for
the former things are passed away.”
O texto real (Capítulo 21, versículo 4), contém os
dizeres "neither shall there be any more pain", ao contrário do
encarte que usa a palavra “brain”, em brincadeira com o Eddie lobotomizado ou
com o sobrenome do novo baterista (McBrain).
Também, em um canto inferior do lado de trás da
capa do álbum, há a seguinte mensagem: "Não há sintetizadores ou segundas
intenções".
A capa, clássica, conta com uma arte na qual Eddie
se apresenta lobotomizado, em uma camisa de força e acorrentado. Obra do genial
Derek Riggs.
WHERE EAGLES DARE
Abre o trabalho a magnífica “Where Eagles Dare”.
Nicko McBrain mostra a que veio nos primeiros
segundos do álbum com uma breve intro na bateria, no que é logo acompanhado
pela dupla incrível de guitarristas: Dave Murray e Adrian Smith. Bruce
Dickinson faz vocais incríveis na canção, que passa boa parte de sua duração em
um contexto instrumental. O trabalho do baixo de Steve Harris é notável. Ótimos
solos. Há toda uma sonorização com barulhos de guerra na parte mais
instrumental da música.
A inspiração para “Where Eagles Dare” vem de um filme
homônimo à canção, de 1968, estrelado por Richard Burton e Clint Eastwood, com
direção de Brian G. Hutton:
Bavarian Alps that lay all around
They seem to stare from below
The enemy lines a long time passed
Are lying deep in the snow
REVELATIONS
A segunda música de Piece Of Mind é a incrível
“Revelations”.
O que mais impressiona na belíssima “Revelations” é
a sua notável alternância de ritmos e intensidade. Ela contém partes bem suaves
e melódicas e outras mais intensas e fortes, calcada nas guitarras típicas do
Iron Maiden. O que também se destaca é como o vocalista Bruce Dickinson
consegue adequar seus vocais a todos os momentos, cantando de maneira
magnífica. Belíssima faixa.
Segundo Bruce Dickinson, boa parte da inspiração
para a bela canção veio de leituras em textos de Aleister Crowley:
Just a babe in a black abyss,
No reason for a place like this
The walls are cold and souls cry out
in pain
An easy way for the blind to go,
A clever path for the fools who know
The Secret of the Hangman the
smile on his lips
The light of the Blind you'll see,
The venom that tears my spine,
The Eyes of the Nile are opening
you'll see
FLIGHT OF ICARUS
A clássica “Flight Of Icarus” é a terceira canção
do trabalho.
Um riff mais lento e cadenciado é a base da curta
terceira faixa do álbum. O ritmo segue assim por praticamente toda sua
extensão, acelerando mais no final. Dickinson abusa do poder de sua incrível
voz, dando um tom bem intenso à música, com o uso de vozes dobradas no refrão.
O solo é muito bom. Ótimo trabalho!
A canção tem notória inspiração no mito grego de
Ícaro e suas asas de cera:
Fly, on your way, like an eagle,
Fly as high as the sun,
On your way, like an eagle,
Fly touch the
sun
Lançada como single, “Flight Of Icarus” se deu
muito bem nas paradas de sucesso desta natureza. Atingiu a 11ª posição na
parada britânica e a ótima 8ª posição na parada norte-americana de singles.
A capa do single, genial criação de Derek Riggs,
demonstra um Eddie alado que acabara de colocar fogo nas asas de Ícaro.
Há certa controvérsia no lançamento do single nos
Estados Unidos. Steve Harris disse que a banda deveria ter esperado para que
lançassem uma versão ao vivo da canção como single nas terras ianques, pois ela
era bem mais intensa e pesada nos palcos. Já Dickinson afirma que a versão de
estúdio foi propositalmente composta e gravada desta maneira, justamente para
receber a atenção que a mídia americana da época deu ao trabalho.
Foi feito um videoclipe para promover a canção.
DIE WITH YOUR BOOTS ON
A
quarta música do disco é “Die With Your Boots On”.
O tradicional Heavy Metal da banda volta com tudo
na quarta canção do trabalho. Ela é intensa, forte e com mais velocidade. Os
vocais de Dickinson estão mais uma vez perfeitos para o ritmo da faixa. Os solos
são bem legais.
As letras brincam com o fato de haver previsões
futurísticas sobre o apocalipse:
No point asking when it is,
No point asking who's to go,
No point asking what's the game,
No point asking who's to blame
'cos if you're gonna die, if you're
gonna die,
'cos if you're gonna die, if you're
gonna die
THE TROOPER
A quinta canção de Piece Of Mind é um dos maiores
clássicos do Heavy Metal: “The Trooper”.
As guitarras gêmeas dão o tom de um dos maiores
clássicos do Heavy Metal em todos os tempos. Elas surgem baseadas por um baixo
galopante sensacional, tocado magistralmente por Steve Harris. A atuação de
Dickinson é soberba, dando o tom exato para que a música contagie qualquer
ouvinte. Os solos são excepcionais.
A letra é baseada na chamada ‘Charge of the Light
Brigade’, parte da Batalha de Balaclava, em 1854, que ocorreu durante a Guerra
da Crimeia, em que tropas russas e britânicas se enfrentaram. Também, o poema
de Lord Tennyson (de mesmo nome) inspirou Steve Harris, seu autor:
The horse he sweats with fear we
break to run
The mighty roar of the Russian guns
And as we race towards the human
wall
The screams of pain as my comrades
fall
Um dos maiores clássicos do Iron Maiden e presença
garantida nos shows do grupo, “The Trooper” é um sucesso indiscutível. Nos
shows, é comum o vocalista Bruce Dickinson ostentar a bandeira britânica
durante a execução da música, incluindo, mais recentemente, o cantor trajar a
indumentária da cavalaria britânica da época.
Lançada como single, foi extremamente bem-sucedida
em ambos os lados do Atlântico. Atingiu a 28ª posição na parada norte-americana
e a 12ª colocação na correspondente britânica.
A capa do single, feita pelo artista Derek Riggs, é
das mais comuns a estampar camisetas dos fãs dos britânicos. Clássica.
Há um videoclipe que promove a canção sendo que o
mesmo se utiliza de imagens de um filme que tem como base a supracitada guerra
da Crimeia.
Está presente nos games Guitar Hero 2, Carmaggedon
2 e Rock Band. Versões covers
incluem bandas como Setenced e Iced Earth.
STILL LIFE
A sexta faixa do trabalho é “Still Life”.
O início de “Still Life” é bem mais suave, com uma
linda melodia lenta e tocante, com um Dickinson cantando de maneira bastante
macia. Logo esta breve introdução termina, o riff típico do Heavy Metal
oitentista entra em cena, forte, grudento e marcante com o vocalista
acompanhando o ritmo intenso no mesmo tom. Faixa incrível!
As letras levam em conta a transitoriedade da vida:
All my life's blood is slowly
draining away
And I feel that I'm weaker every day
Somehow I know I haven't long to go
Joining them at the bottom of the
pool
Em “Still Life”, há uma brincadeira do grupo que se
refere às acusações que a banda sofria sobre o fato de serem satanistas. No
início da canção há uma mensagem que só é entendível quando de tocava o vinil
de trás para frente. Na
mensagem, Nicko McBrain, imitando Idi Amin (Presidente de Uganda), diz:
"What ho said the t'ing with the three 'bonce', do not meddle with things
you don't understand..."
QUEST FOR FIRE
“Quest For Fire” é a sétima música do disco.
Uma bateria marcante em conjunto com guitarras bem
fortes dão o tom introdutório da faixa. Logo após, o clima proposto pelo grupo
é bem pesado, intenso, mas, entretanto, eles optam por certa cadencia. A
velocidade mais lenta não impede o clima forte da canção, muito devido à
atuação de Bruce Dickinson, em um tom bem alto e firme. Sensacional.
As letras são baseadas no filme homônimo à canção,
de Jean-Jacques Annaud, de 1981:
In a time when dinosaurs walked the
earth
When the land was swamp and caves
were home
In an age when prize possession was
fire
To search for landscapes men would
roam
SUN AND STEEL
A oitava canção do álbum é “Sun And Steel”.
A menor faixa do trabalho possui, também, um riff
bastante eficiente. O estilo galopante do Maiden se perpetua por toda duração
da música, que é bastante empolgante. O refrão é ótimo e contagia ao ouvinte,
em um trabalho que é mais simples, mas, mesmo assim, brilhante.
As letras são bem simples e demonstram algum jovem
que leva a vida como assassino:
Sunlight, falling on your steel
Death in life is your ideal
Life is like a wheel
Sunlight, falling on your steel
Death in life is your ideal
Life is like a wheel
TO TAME A LAND
A nona – e última – faixa de Piece of Mind é “To
Tame A Land”.
“To Tame A Land” é a maior música do disco e tem um
clima mais épico, com seus mais de 7 minutos. O que predomina nesta belíssima
composição é justamente a alternância de velocidade, peso e intensidade dentro
da mesma construção. Os riffs são todos excelentes e as melodias incríveis, em
uma das mais brilhantes faixas da discografia do Iron Maiden.
As letras são baseadas no romance Dune, de Frank
Herbert:
The time will come for him to lay
claim his crown
And then the foe, yes they'll be cut
down
You'll see, he'll be the best that
there's been
Messiah supreme, true leader of men
And when the time for judgement's at
hand
Don't fret he's strong and he'll
make a stand
'Gainst evil the fire that spreads
through the land
He has the power to make it all end
Com o desejo de batizar a canção de Dune, a banda
procurou o autor da obra pela permissão, no que obteve a seguinte resposta:
"Frank Herbert não gosta de bandas de rock, particularmente bandas de rock
pesado, e, principalmente, bandas como Iron Maiden."
Considerações
Finais
Apesar de, comercialmente falando, Piece Of Mind
não ter repetido o sucesso de seu antecessor, esteve muito longe de ser um
fracasso.
Em termos de paradas de sucesso, alcançou a 3ª
posição na parada britânica e a notável 14ª posição na correspondente
norte-americana. Ainda obteve a 8ª colocação na Alemanha e Nova Zelândia,
contando com a 9ª em países como Holanda e Noruega.
Steve Harris
A crítica especializada também recebeu o disco muito
bem. Em 1983, a revista Kerrang! publicou uma pesquisa com os melhores álbuns
de Heavy Metal de todos os tempos e Piece Of Mind estava na 1ª posição. Também
o site Sputnikmusic o coloca em posição de destaque, embora afirme que outros
álbuns da donzela o supere.
O Allmusic o coloca como essencial para qualquer fã
do estilo Heavy Metal (mesmo os menos interessados), mas afirma que o lado B é
um tanto quanto inferior ao lado A do trabalho. Já o site IGN o coloca na 21ª
colocação de sua lista dos 25 melhores álbuns de Heavy Metal de todos os tempos
feita em 2007.
Antes mesmo do lançamento do disco, em 2 de maio de
1983, teve início a World Piece Tour, para a promoção do trabalho. Passando por
Europa, Estados Unidos e Canadá, terminou em 18 de dezembro daquele mesmo ano,
contando com um total de 139 apresentações.
Estima-se que mais de 1,7 milhões de cópias do
álbum tenham sido vendidas somente no Reino Unido e Estados Unidos.
Formação:
Bruce
Dickinson – Vocal
Dave
Murray – Guitarra
Adrian
Smith – Guitarra, Backing Vocals
Steve
Harris – Baixo, Backing Vocals
Nicko
McBrain – Bateria
Faixas:
01.
Where Eagles Dare (Harris) - 6:10
02.
Revelations (Dickinson) - 6:50
03.
Flight of Icarus (Dickinson/Smith) - 3:51
04.
Die with Your Boots On (Dickinson/Harris/Smith) - 5:28
05.
The Trooper (Harris) - 4:15
06.
Still Life (Harris/Murray) - 4:53
07.
Quest for Fire (Harris) - 3:41
08.
Sun and Steel (Dickinson/Smith) - 3:26
09.
To Tame a Land (Harris) - 7:27
Letras:
Para todo o conteúdo das letras, indicamos o acesso
a: http://letras.mus.br/iron-maiden/
Opinião do
Blog:
Se comercialmente Piece Of Mind não pode ser
comparado ao anterior, The Number Of The Beast; musicalmente, o resultado final
é completamente oposto.
Piece Of Mind mantém o nível estratosférico
estabelecido pelos gigantes do Heavy Metal mundial em suas primeiras obras. O
álbum traduz todos os elementos que transformaram o Iron Maiden em uma das
maiores – se não a maior – banda da música pesada em todos os tempos.
Guitarras gêmeas permeiam todo o trabalho,
construindo solos e riffs da melhor qualidade da história do Metal. O baixo
destruidor de Steve Harris se apresenta magnífico em todo o disco. O novo
baterista, Nicko McBrain, é bastante competente e Bruce Dickinson se confirma
como um dos melhores vocalistas de todos os tempos.
A categoria das composições de Piece Of Mind não
deixa a dever em comparação com nenhum dos outros trabalhos da donzela. Temos
um clássico imortal do grupo, uma de suas canções mais conhecidas e aclamadas, “The
Trooper”.
Canções diretas e extremamente bem compostas também
estão aqui, no melhor estilo Maiden: temos pérolas (no melhor sentido) como “Flight
Of Icarus”, “Sun And Stell” e a excelente “Still Life”.
Outras músicas revelam composições mais intricadas
e igualmente brilhantes, como “Revelations”, a fantástica “Where Eagles Dare” e
a épica e notória “To Tame A Land”.
Enfim, não é preciso tecer mais elogios a este
magnífico trabalho do Iron Maiden. Piece Of Mind é um álbum obrigatório na
coleção de qualquer fã de Heavy Metal.
O Iron Maiden produziu, em série, álbuns incríveis
durante os anos oitenta. E Piece Of Mind, para muitos, é o seu ponto mais alto.
Nada mais a se declarar.
uma sugestão minha põe também o álbum de titãs cabeça dinossauro.
ResponderExcluirEu considero Piece of Mind como um dos vários pontos mais altos do Iron Maiden, mas não o definitivo, que seria atingido no ano seguinte com Powerslave (1984). Essa fase da banda que vai de The Number of the Beast (1982) até Seventh Son of a Seventh Son (1988) é ótima e não possui nenhum ponto baixo.
ResponderExcluirDe Piece of Mind destaco a abertura fodástica de "Where Eagles Dare" (welcome Mr. McBrain!), "Flight of Icarus", "Die With Your Boots On", a épica "To Tame a Land" e em especial, a música que eu considero a mais emblemática do grupo, a canção de assinatura do Iron Maiden: "The Trooper".
Obrigado por outra contribuição, Igor. Assino embaixo: a fase que vai de The Number of the Beast (1982) até Seventh Son of a Seventh Son (1988) é essencial não apenas para fãs de Iron Maiden, mas para todo e qualquer fã que queira se aprofundar no Heavy Metal.
ResponderExcluirOutra ponto muito interessante que você levantou: preciso refletir mais sobre o assunto, mas acho que você está certo: "The Trooper", talvez, seja mesmo a canção assinatura da banda...
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirDe nada, meu caro. Outra coisa que eu esqueci de constatar é que na minha versão deste Piece of Mind não tem aquela mensagem subliminar que introduz "Still Life", o que por sinal já é um ponto puramente positivo pra mim. Obrigado novamente e tamo junto sempre!
ExcluirEsqueci de destacar "Revelations" como outra das minhas favoritas do Iron Maiden, pois trata-se da primeira composição de Bruce Dickinson creditada na banda (o cara é muito mais poeta do que muita gente que eu conheço por aí), já que no álbum anterior o vocalista colaborou com algumas composições, mas não pode ter seu nome creditado nelas por que seu contrato com o Samson ainda estava em alta em 1982.
ResponderExcluirRessalto que no ano seguinte após Piece of Mind, o genial Dickinson compôs ainda a faixa-título daquele que eu considero o melhor disco da Donzela de Ferro: o imbatível clássico Powerslave, no qual também está "Flash on the Blade" também composta inteiramente pelo mestre. Longa vida ao Iron Maiden e ao Bruce Dickinson também!