Corridors
Of Power é o terceiro álbum da carreira-solo do guitarrista
norte-irlandês Gary Moore. Seu lançamento oficial aconteceu em
setembro de 1982 através do selo Virgin. As gravações ocorreram
entre março e maio daquele mesmo ano, no Townhouse Studios, em
Londres, na Inglaterra. A produção ficou a cargo de Jeff Glixman.
Gary Moore é um dos mais criativos e talentosos guitarristas da história do Rock. Seja como membro de bandas ou em sua brilhante carreira-solo, algumas vezes investindo no Blues, Gary conquistou uma considerável base de fãs e gravou música de altíssima qualidade. Vamos abordar um pouco da carreira do músico para depois ater-se ao álbum em questão.
Gary Moore é um dos mais criativos e talentosos guitarristas da história do Rock. Seja como membro de bandas ou em sua brilhante carreira-solo, algumas vezes investindo no Blues, Gary conquistou uma considerável base de fãs e gravou música de altíssima qualidade. Vamos abordar um pouco da carreira do músico para depois ater-se ao álbum em questão.
Moore
cresceu na cidade de Belfast, Irlanda do Norte, tendo deixado a
cidade enquanto era um adolescente, devido a problemas familiares e
também aos conflitos étnicos-nacionalistas que estavam aflorando
mais intensamente em sua terra natal.
Moore
começou a se apresentar em uma idade bastante jovem, depois de ter
pego um violão surrado com apenas oito anos. Ele ganhou sua
primeira guitarra de qualidade com a idade de 14 anos, aprendendo a
tocar o instrumento com a mão direita no modo padrão mesmo sendo
canhoto.
Com o
objetivo de se tornar um músico, Gary se mudou para Dublin, na
República da Irlanda, com a idade de 16 anos. Moore, nos seus
primeiros dias, teve como principal influência e mentor o
guitarrista Peter Green, do Fleetwood Mac.
Um
parenteses: a contínua influência de Green em Moore foi
posteriormente efetivada com uma homenagem a Peter no álbum Blues
For Greeny, de 1995, disco no qual Gary Moore gravou músicas que
consistem inteiramente em composições de Peter Green. Neste álbum
tributo, Moore tocou uma guitarra Les Paul Standard de Green, a
qual Peter havia emprestado a Gary, depois de deixar o Fleetwood Mac.
Moore acabou comprando a guitarra, a pedido de Green, em suas
palavras para "ela ter uma boa casa".
Voltando,
outras primeiras influências musicais de Gary Moore foram artistas
como Albert King, Elvis Presley, The Shadows e The Beatles. Mais
tarde, depois de ter visto Jimi Hendrix e John Mayall's
Bluesbreakers, em sua cidade natal, Belfast, seu próprio estilo foi
se tornando um som mais voltado ao blues-rock, que seria a forma
dominante de sua carreira musical.
Gary Moore |
Em
Dublin, Moore se juntou ao grupo Skid Row com Noel Bridgeman e
Brendan "Brush" Shiels. Foi com esse grupo que ele ganhou
reputação na indústria musical e iniciou sua associação com Phil
Lynott, o líder do Thin Lizzy.
Em 1970,
Moore se mudou para a Inglaterra e lá se fixou, embora tenha passado
dois períodos curtos nos Estados Unidos.
Em 1973,
sob o nome de "The Gary Moore Band", lançou seu primeiro
álbum solo, Grinding Stone.
Em 1974,
ele se juntou a Lynott, quando entrou pela primeira vez no Thin Lizzy,
após a saída do membro fundador Eric Bell.
De 1975 a
agosto de 1978, Gary foi parte do Colosseum II. Com a banda, ele
também colaborou com Andrew Lloyd Webber, no álbum Variations, em
1978.
Em 1977,
Moore se juntou novamente ao Thin Lizzy, em um primeiro momento como
um substituto temporário para Brian Robertson, e, de forma
permanente, um ano depois.
Em 1978,
Gary lançou o álbum Back on The Streets, que contou com o auxílio
de seu amigo Phil Lynott. Neste disco há a maravilhosa “Parisienne
Walkways”, a qual atingiu o Top Ten da parada britânica de
singles.
Já em
1979, com o Thin Lizzy, Gary Moore fez parte do excelente álbum
Black Rose: A Rock Legend, que atingiu a exclente 2ª posição da
parada britânica e possuía hits como “Waiting For An Alibi” e
“Do Anything You Want To”.
Mas em
julho de 1979 Gary Moore deixa definitivamente o Thin Lizzy para se
dedicar inteiramente à sua carreira-solo.
Em 1980,
Gary Moore acabou participando de um projeto nomeado G-Force, junto
com o baixista Tony Newton, o baterista Mark Nauseef (Elf, Ian Gillan
Band) e o vocalista Willie Dee (Captain Beyond). Eles lançaram
apenas um álbum, também chamado G-Force, fazendo turnê com o
Whitesnake, sendo até relativamente bem-sucedido. Mas a banda teve
fim logo após o lançamento do disco.
Depois,
Gary Moore chegou a participar de um projeto com Greg Lake, da
lendária banda Emerson, Lake & Palmer.
Entre
1981 e 1982, Gary Moore começou a reunir um “time de peso” para
gravar seu terceiro álbum solo, mas desta vez com mais foco para sua
carreira-solo.
Para a
bateria, um monstro sagrado: Ian Paice, do Deep Purple, um dos
notáveis melhores bateristas do Rock.
Ian Paice |
Para o
baixo, Neil Murray, que havia tocado com o Whitesnake de David
Coverdale. Nos teclados, Tommy Eyre, que era um renomado músico de
estúdio, tendo participado de diversos álbuns de diferentes
artistas.
O estilo
adotado foi um Hard/Heavy muito bem tocado. Vamos às faixas:
DON'T
TAKE ME FOR A LOSER
O álbum é aberto com uma faixa cujo riff é pesado, intenso, mas cadenciado, na zona em que Hard e Heavy são pouco diferenciáveis. Os vocais de Moore são bons, combinando perfeitamente com o ritmo empolgante da canção. O solo é bem legal. Ótimo começo.
A letra
tem conotação de romantismo:
Baby,
you used to be the one who could run around.
But
now my heart is in my head,
and
nothing you have said can pull me down
One
day, I told you everything would come back on you.
And
now you've had all your chances,
and
your one night romances are through
Lançada
como single nos Estados Unidos, atingiu a 31ª posição da parada
exclusiva de música Rock.
ALWAYS
GONNA LOVE YOU
Um piano em notas comoventes é a abertura de uma belíssima balada, "Always Gonna Love You". O riff possui certo peso, mas é completamente consumido pela melodia suave e envolvente. É uma das mais belas composições da carreira de Moore.
A letra é
uma grande declaração de amor:
It's
not the same when I look in her eyes,
The
magic's not there.
And
when I look I realise
What
we could have shared.
I'm
always gonna love you,
If
loving means forever,
I'm
always gonna want you,
I
don't think I could ever
Também foi lançada como single, mas não repercutiu em nenhuma parada de sucesso desta natureza.
Também foi lançada como single, mas não repercutiu em nenhuma parada de sucesso desta natureza.
WISHING
WELL
O Hard Rock forte e pesado volta à tona com "Wishing Well". O ritmo se altera em passagens mais cadenciadas enquanto acelera no refrão. O riff é um primor e a guitarra de Gary Moore é o grande destaque desta excelente música.
A letra
tem uma clara mensagem pacífica:
You've
always got somethin' to hide.
Somethin'
you just can't tell.
And
the only time that you're satisfied,
is
with your feet in the wishing well.
In the
wishing well
“Wishing
Well” é um grande clássico do Rock, gravado originalmente pela
excelente banda britânica Free. Gary Moore fez uma competente versão
em Corridors Of Power.
GONNA
BREAK MY HEART AGAIN
Outra música em que a sonoridade Hard Rock domina é "Gonna Break My Heart Again". Os vocais de Moore estão precisos e se casam perfeitamente com a sonoridade, mas, novamente, o destaque vai para sua guitarra inquietante. Ótima canção.
A letra
tem conotação de provável decepção amorosa:
You've
been turnin' me upside down
Since
the day I met you
But no
matter how hard I try,
I
can't seem to forget you
You've
been turning me inside out
Since
the day I found you
So why
do I spend all of my time
Just
hangin' around you?
FALLING
IN LOVE WITH YOU
Outra vez a veia sensível de Moore se aflora e ele entrega uma bela balada no álbum. Desta vez ele opta por linhas de guitarra bem suaves e tocantes, compondo ótimo efeito com sua voz. O ritmo é leve e cativante. O solo é formidável!
Novamente,
a letra é uma declaração de amor:
And
when I look into your eyes I see it,
Everything
that I've been searchin' for
Darlin',
I don't understand this feeling,
I just
know it's growing more and more
Lançada
como single, não obteve repercussão em nenhuma parada de sucessos
desta natureza.
END
OF THE WORLD
Contando com a participação nos vocais do lendário baixista/vocalista do Cream, Jack Bruce, "End Of The World" se inicia com Gary Moore fazendo um solo bastante criativo e inspirado com sua guitarra. Depois, a música se transforma em um Hard Rock com fortes inspirações no Deep Purple setentista. Excepcional momento do álbum!
A letra
fala de uma ameaça vinda da antiga União Soviética:
The
storm clouds are forming,
take
heed of the warning to come
The
Kremlin has told every nation
there's
no place to run
Também
lançada como single, outra vez não repercutiu em termos de paradas
de sucesso.
ROCKIN'
EVERY NIGHT
Um riff bem pesado e direto é a característica principal de "Rockin' Every Night", uma faixa curta e intensa, sendo a mesma representante do Heavy Metal tradicional no álbum. Destaque total para o trabalho magnífico de Ian Paice na bateria.
A letra é
em tom festivo:
I
don't care if they call the cops
I'm
gonna keep on rockin' till the party stops
You
can leave if there's too much noise
You
know what they say, boys will always be boys
That's
right
You
know what I mean
Aaah
Foi mais
uma faixa que foi lançada como single e não produziu efeitos nas
paradas de sucesso.
COLD
HEARTED
O peso e a veia mais metálica continuam presentes no trabalho com "Cold Hearted", mas a banda opta por um andamento mais cadenciado, com a ponte e o refrão bastante cativantes. A seção rítmica emprega um peso absurdo à música, especialmente notável no momento em que Gary Moore faz mais um solo belíssimo. Outro momento magnífico do trabalho.
A letra
tem novamente conotação romântica:
I'm a
man, but so often to say
I
don't need nobody, to show me the way
I
don't care if it's day or if it's night
Ain't
nobody that's gonna teach me wrong from right
'Cause
every hungry woman
Has
tried to make a fool out of me
I
CAN'T WAIT UNTIL TOMORROW
A nona - e última - faixa de Corridors Of Power é "I Can't Wait Until Tomorrow". A música volta com uma pegada bastante setentista, mas mais puxada para um Blues Rock. A melodia é belíssima e envolvente, com Moore mostrando um feeling descomunal nos solos. O disco é fechado de maneira extraordinária, com chave-de-ouro.
A letra é
bem legal, versando sobre o imediatismo humano:
I've
been reaching for something I might never touch
And
I've been dreaming of something that I want so much
I've
been counting all the tears in the falling rain
I've
been trying to hide my fears, but it's all the same
And I
don't know if I'll ever pass this way again
Considerações
Finais
Corridors
Of Power não foi nenhum retumbante sucesso comercial, especialmente
em termos de vendagem, mas foi um álbum importantíssimo para a
carreira de Gary Moore.
Ele deu
ao guitarrista a noção de que poderia mesmo investir em sua
carreira-solo, pois a repercussão, especialmente em termos da
crítica especializada, foi bastante positiva.
O álbum
atingiu a boa 30ª posição na parada britânica desta natureza
enquanto alcançou a modestíssima 149ª em sua correspondente
norte-americana.
Já em
1983, Gary Moore lançaria os álbuns Dirty Finger (que foi gravado
em 1981 e lançado apenas em 1983) e Victims Of The Future.
Formação:
Gary
Moore – Guitarras e Vocal
Ian Paice
– Bateria e Percussão
Neil
Murray - Baixo
Tommy
Eyre - Teclados
Músicos
Adicionais
John
Sloman - Backing Vocals
Jack
Bruce - Vocais em "End Of The World"
Bobby
Chouinard - Bateria em "End Of The World"
Mo Foster
- Baixo em "Falling in Love with You"
Don Airey
- Teclados em "Falling in Love with You"
Faixas:
01. Don't
Take Me for a Loser (Moore) - 4:17
02.
Always Gonna Love You (Moore) - 3:56
03.
Wishing Well (Rodgers/Kirke/Yamauchi/Bundrick/Kossoff) - 4:06
04. Gonna
Break My Heart Again (Moore) - 3:19
05.
Falling in Love with You (Moore) - 4:52
06. End
of the World (Moore) - 6:53
07.
Rockin' Every Night (Moore/Paice) - 2:48
08. Cold
Hearted (Moore) - 5:12
09. I
Can't Wait Until Tomorrow (Moore) – 7:47
Letras:
Para o
conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
http://letras.mus.br/gary-moore/
Opinião
do Blog:
Não existem elogios suficientes que possam demonstrar toda a admiração que o Blogeiro sente pela obra de Gary Moore. Seja em sua belíssima fase voltada para o Rock, ou mesma na magnífica carreira em que o guitarrista optou por uma sonoridade Blues; ambas são igualmente cativantes e extremamente recomendadas aos leitores.
Mesmo sendo um álbum da carreira-solo de um guitarrista, Moore não se volta a apenas virtuoses, tendo seu foco principal sempre apontando para a construção de músicas e melodias que cativem o ouvinte. Seu trabalho, desta maneira, é excepcional.
Corridors Of Power é uma amostra de seu talento como guitarrista, claro, mas acima de tudo como compositor de Rock. Todas as faixas autorais do álbum possuem sua pegada 'rockeira' e apresentam composições de muito bom gosto.
Moore apresenta bons trabalhos nos vocais e dispensa quaisquer comentários sobre sua qualidade como guitarrista. Ele reuniu um timaço de músicos que o acompanham, com destaque para o baixo sempre presente de Neil Murray e a desnecessária exaltação da qualidade do monstro Ian Paice na bateria.
As letras, talvez, sejam o ponto de menor brilho do trabalho, por serem simples. Mas nada que denigra o álbum, pois situam-se na média geral. A temática romântica é a principal veia do álbum.
Não há muito o que dizer sobre a coleção formidável de canções. Há as brilhantes "Cold Hearted" e "End Of The World", a direta "Rockin' Every Night" e a excepcional composição "I Can't Wait Until Tomorrow". Mesmo quando opta por baladas, Moore se saiu muito bem com "Falling In Love With You" e o clássico "Always Gonna Love You".
Até o cover é certeiro, com uma brilhante versão da sensacional "Wishing Well", do Free.
Desta maneira, conclui-se que Corridors Of Power é um álbum bastante cativante, devendo ser ouvido atentamente por fãs de Rock e Hard Rock. Gary Moore é um músico extraordinário e sua carreira brilhante fala por si mesmo. Vá correndo procurar a discografia deste saudoso músico excepcional! Até o próximo post.
Não existem elogios suficientes que possam demonstrar toda a admiração que o Blogeiro sente pela obra de Gary Moore. Seja em sua belíssima fase voltada para o Rock, ou mesma na magnífica carreira em que o guitarrista optou por uma sonoridade Blues; ambas são igualmente cativantes e extremamente recomendadas aos leitores.
Mesmo sendo um álbum da carreira-solo de um guitarrista, Moore não se volta a apenas virtuoses, tendo seu foco principal sempre apontando para a construção de músicas e melodias que cativem o ouvinte. Seu trabalho, desta maneira, é excepcional.
Corridors Of Power é uma amostra de seu talento como guitarrista, claro, mas acima de tudo como compositor de Rock. Todas as faixas autorais do álbum possuem sua pegada 'rockeira' e apresentam composições de muito bom gosto.
Moore apresenta bons trabalhos nos vocais e dispensa quaisquer comentários sobre sua qualidade como guitarrista. Ele reuniu um timaço de músicos que o acompanham, com destaque para o baixo sempre presente de Neil Murray e a desnecessária exaltação da qualidade do monstro Ian Paice na bateria.
As letras, talvez, sejam o ponto de menor brilho do trabalho, por serem simples. Mas nada que denigra o álbum, pois situam-se na média geral. A temática romântica é a principal veia do álbum.
Não há muito o que dizer sobre a coleção formidável de canções. Há as brilhantes "Cold Hearted" e "End Of The World", a direta "Rockin' Every Night" e a excepcional composição "I Can't Wait Until Tomorrow". Mesmo quando opta por baladas, Moore se saiu muito bem com "Falling In Love With You" e o clássico "Always Gonna Love You".
Até o cover é certeiro, com uma brilhante versão da sensacional "Wishing Well", do Free.
Desta maneira, conclui-se que Corridors Of Power é um álbum bastante cativante, devendo ser ouvido atentamente por fãs de Rock e Hard Rock. Gary Moore é um músico extraordinário e sua carreira brilhante fala por si mesmo. Vá correndo procurar a discografia deste saudoso músico excepcional! Até o próximo post.
parabéns pela resenha !!! GARY MOORE ETERNO , AMEI TUDO Q VI AQUI DO SAUDOSO MESTRE LENDÁRIO GARY MOORE.
ResponderExcluirMuito obrigado, Bernardo. Gary Moore foi exatamente isto: um mestre!
ExcluirResenha MAGNÍFICA parabéns.GARY MOORE foi um MESTRE das 6cordas,partiu mais deixou sua OBRA !!
ResponderExcluirMuito obrigado pela generosidade. Tentei passar pelo menos um pouquinho do talento gigantesco do saudoso Gary Moore.
ExcluirDisco fantástico, como quase todos os que Moore lançou nos anos 80 (acho que ele só derrapou de leve com "Dark Days in Paradise", mas mesmo este tem músicas boas como a maravilhosa, inacreditável, monumental "Business as Usual", cuja letra até hoje me dá um nó na garganta), com uma banda praticamente insuperável. "Always Gonna Love You" é possivelmente a mais bela das baladas do irlandês, e ele gravou várias. Gosto bastante da versão dele para "Wishing Well", embora, no meu ponto de vista, seja inferior à registrada pelo Blackfoot - mas nenhuma bate o original do Free.
ResponderExcluirMoore é outro daqueles mestres que nos deixou cedo demais. A carreira dele estava meio em baixa, mas tenho certeza de que ele estaria nos trazendo coisa boa.
Exato, Free, para mim, é uma banda incomparável. Adoro o Moore, gosto muito da fase Blues Rock dele, tanto ou mais que a Hard/Rock.
Excluir