1984 é o
sexto álbum de estúdio da banda norte-americana Van Halen. Seu
lançamento oficial aconteceu no dia 9 de janeiro de 1984, através
do selo Warner Bros. As gravações ocorreram no 5150 Studios, na
Califórnia, durante o ano de 1983. A produção ficou a cargo de Ted
Templeman.
O Van
Halen é uma das mais bem sucedidas bandas de todos os tempos. O Blog
vai tratar um pouco do período que se antecedeu ao lançamento do álbum
em questão para, posteriormente, focar nas músicas que o compõem.
Em 14 de
abril de 1982, o Van Halen lançava Diver Down, seu quinto álbum de
estúdio. Cinco das doze canções presentes no disco eram covers,
sendo a que mais fez sucesso foi “(Oh) Pretty Woman”, de Roy
Orbison e William Dees.
Diver
Down teve melhor desempenho comercial que seu antecessor, Fair
Warning, de 1981. Acabou passando 65 semanas consecutivas na parada
da Billboard. O single “(Oh) Pretty Woman” atingiu a 12ª posição
de sua parada de sucessos específica.
Por volta
da mesma época, a banda ganhou um lugar no Guinness Book of World
Records para o show mais bem pago de um grupo (até aquele momento):
US $ 1,5 milhão por 90 minutos de set no US Festival de 1983.
Foi
também naquele momento em que as diferenças entre David Lee Roth e
Eddie Van Halen foram ficando mais intensas, causando mais atrito com
os demais membros do grupo.
Billy
Sheehan, após sua banda Talas completar uma turnê com o Van Halen,
afirma que foi abordado por Eddie Van Halen com um convite para
substituir Michael Anthony. As razões para isso nunca foram
devidamente esclarecidas por Sheehan.
Durante
este tempo, Eddie e Alex Van Halen contribuíram para a trilha sonora
do filme The Wild Life, estrelado por Eric Stoltz.
David Lee Roth |
O
resultado desta contribuição musical, com o uso pesado nos
teclados, trazia algumas semelhanças com o som produzido nos 2
últimos álbuns do Van Halen, mas estava ainda mais alinhado com a
sonoridade do então futuro lançamento da banda.
Foi
também em 1983 que Eddie Van Halen foi convidado a fazer o solo de
um dos grandes sucessos da música pop, gravando o solo de guitarra
de “Beat It”, de Michael Jackson.
O foco do
grupo era preparar o sucessor de Diver Down.
Alegadamente
insatisfeito com as concessões que havia feito ao vocalista do Van
Halen, David Lee Roth, e ao produtor da banda, Ted Templeman, no
álbum anterior do grupo (Diver Down), Eddie Van Halen construiu seu
próprio estúdio em seu “quintal”.
Tanto
Roth quanto Templeman haviam desanimado Eddie a fazer dos teclados um
instrumento de destaque na música do Van Halen em Diver Down.
Então,
Eddie Van Halen batizou seu estúdio de 5150 (o código da polícia
de Los Angeles para "fuga de doente mental").
No 5150,
Eddie compôs o sucessor de Diver Down sem a famosa "interferência"
de Roth ou Templeman.
O
resultado final foi um acordo entre as duas facções criativas da
banda: uma mistura de canções com o uso pesado dos teclados e o
rock intenso que tornou o grupo mundialmente famoso.
Segundo
Ted Templeman, a grande diferença entre o sucesso que seria obtido por 1984 em relação aos álbuns anteriores do Van Halen, foi que Eddie acabou
“descobrindo” os sintetizadores. Enquanto Eddie construía seu
estúdio particular, passava o tempo brincando com sintetizadores e
acabou extraindo deles um som altamente distintivo.
Eddie Van Halen |
Templeman
também afirma que a união do uso dos sintetizadores com certo apelo
pop, com um frontman como Roth e uma poderosa seção rítmica acabou
cativando mesmo o público mediano que consome música.
Outro
fator preponderante foi o uso de videoclipes de baixo orçamento e
extremamente divertidos os quais tiveram intensa veiculação junto a
MTV norte-americana. Foi uma ajuda essencial para a divulgação de
1984.
A capa
icônica foi criada pela artista gráfica Margo Nahas.
Nahas foi
convidada para criar uma capa que mostrava quatro mulheres dançando,
mas não quis.
Seu
marido trouxe, então, sua carteira para a banda e foi a partir desse
material que a mesma escolheu a pintura de um querubim a roubar
cigarros e que acabou usando um deles.
O modelo
foi Carter Helm, que era o filho de um dos melhores amigos de Nahas,
que ela fotografou segurando um cigarro doce.
A capa,
com o querubim fumando, foi "censurada" no Reino Unido
através da adição de um adesivo que obscureceu o cigarro na mão
do querubim assim como o maço de cigarros.
Vamos às
faixas:
1984
Pequena introdução ao álbum que já demonstra o que virá, com o uso de sintetizadores.
JUMP
Uma sonoridade bem diferente daquela que o Van Halen classicamente fazia já está presente no início da canção. O uso dos sintetizadores e os teclados dominantes deixam a guitarra de Eddie Van Halen quase irrelevante na faixa, apesar do solo brilhante que o guitarrista executa. Mas a melodia é cativante e Roth tem uma atuação das melhores em sua carreira.
As letra
é divertida e animada:
Might
as well jump (jump)
Might
as well jump
Go
ahead and jump (jump)
Go
ahead and jump
“Jump”
é uma – senão a mais – das principais músicas da carreira do
Van Halen. Presença obrigatória nos shows, sendo considerada uma
divisora de águas na história do grupo: é o ponto inicial da
transformação de uma típica banda de Hard Rock para uma sonoridade
mais voltada às estações de rádio.
“Jump”
também contrariava a ideia de David Lee Roth que desejava que o Van
Halen não fizesse uso massivo de sintetizadores e ficasse focado
mais em um tradicional som Hard Rock.
A letra
da canção é inspirada no mestre em artes marciais chamado Benny
Urquidez, do qual Roth foi aluno.
Grande
clássico do Rock, foi lançada como single e foi um tremendo
sucesso: 1º lugar na principal parada de singles norte-americana
(posição na qual permaneceu por 5 semanas). Também ficou no topo
das paradas canadense e italiana, e acabou com o 7º lugar na parada
britânica.
Somente o
single “Jump” vendeu mais de 3 milhões de cópias!
Um
videoclipe bastante simples foi feito para promover a canção e seu
sucesso e intensa veiculação na MTV norte-americana também
catapultaram o sucesso de 1984.
Foi
colocada na 15ª posição da lista de 100 Greatest Songs of the
1980s, do canal VH1. E a música foi usada na entrada dos times do
Olympique de Marseille (França) e Brondby (Dinamarca) no campo em
dias de jogos.
PANAMA
Agora a brilhante e envolvente guitarra de Eddie Van Halen volta com força total em um dos riffs mais brilhantes e empolgantes da história da banda. Roth demonstra sua inspiração em mais uma atuação formidável. "Panama" é uma das mais facilmente reconhecíveis melodias criadas pela banda. Um verdadeiro clássico!
A letra é
simples e se refere a um carro:
She's
blinding, I'm flying
Right
behind the rear-view mirror now
Got
the feeling, power steering
Pistons
popping, ain't no stopping now
David Lee
Roth afirma que a canção é sobre um carro que ele viu em uma
corrida em Las Vegas e o seu nome era Panama Express. Depois, Roth
chegou a ter um carro chamado Panama. Durante a música é possível
ouvir o ronco do motor da Lamborghini de Eddie Van Halen.
A música
também se tornou um clássico do Van Halen. “Panama”, embora sem
repetir o status de “Jump”, também foi lançada como single.
Atingiu a
13ª posição da principal parada norte-americana de singles,
ficando com a 64ª colocação na correspondente britânica.
Seu
videoclipe também teve intensa circulação na MTV norte-americana.
Está presente em diferentes filmes, games e séries de TV.
Entre as
versões cover, pode-se citar as realizadas por nomes como Pat Boone
e The Smashing Pumpkins.
TOP
JIMMY
O ritmo continua empolgante e contagiante em "Top Jimmy". O Hard Rock típico da primeira fase do grupo dá às caras nesta música. Um riff simples, mas certeiro de Eddie, rápido, com certo peso, e simultaneamente cheio de malícia. O solo é excelente. Outro ponto alto do álbum.
A letra é
bastante divertida:
Jimmy
on the television
Famous
people on there with him
Jimmy
on the news at five!
Jimmy
on the radio and even on the video
The
baddest cat alive!
DROP
DEAD LEGS
Em "Drop Dead Legs" o ritmo está mais cadenciado, embora o peso seja o maior no álbum até este momento. O riff criado por Eddie é envolvente, transbordando a mesma lascívia tão característica desta fase 'Roth' da banda. A faixa mantém o pique inicial do disco de maneira brilhante!
A letra
possui teor sexual:
Dig
that steam
Giant
butt
Makes
me scream
I get
a nut nut nuthin
but
the shakes over you
(Nothin)
Nothin' else could ever do
HOT
FOR TEACHER
Mais um clássico presente no álbum é a excelente "Hot For Teacher". A faixa se incia com um show do ótimo Alex Van Halen na bateria que depois vai de encontro a outro solo absurdo de seu irmão na guitarra. O ritmo é bastante pesado e rápido, com o riff genial de Eddie contribuindo decisivamente para isto. Mesmo com tanta intensidade sonora, a malícia da letra encontra respaldo na sonoridade: genial!
Outra
vez, a letra tem clara conotação sexual:
I
think of all the education that I missed
But
then my homework was never quite like this
Got it
bad, got it bad, got it bad
I'm
hot for teacher
I got
it bad, so bad
I'm
hot for teacher
“Hot
For Teacher” é outro grande sucesso do Van Halen presente em 1984.
Seu videoclipe é também um clássico, contando com uma professora
fazendo um strip-tease!
Pelo seu
próprio conteúdo – e também pelo vídeo – o grupo conservador
Parents Music Resource Center tentou censurar a divulgação tanto do
clipe quanto da música.
Lançada
como single, atingiu a modesta 56ª posição da parada
norte-americana desta natureza da Billboard.
Também
está presente em várias diferentes mídias e séries de TV. Foi
eleita na 36ª posição da lista de melhores canções de Hard Rock
de todos os tempos pelo canal VH1.
I'LL
WAIT
Os teclados retornam com força total em "I'll Wait", novamente relegando a guitarra de Eddie a um segundo plano. A sonoridade da canção flerta muito proximamente com o Pop oitentista, obtendo um resultado no mínimo curioso. O destaque vai para David Lee Roth com vocais impecáveis.
A letra
tem sentido romântico:
I'll
wait
'Til
your love comes down
I'm
coming straight for your heart
No way
You
can stop me now
As
fine as you are
“I'll
Wait” também faz amplo uso de sintetizadores e fez bastante
sucesso na época de lançamento do álbum 1984.
Roth
escreveu as letras da canção inspirado por uma propaganda impressa
em que havia uma mulher vestindo roupas íntimas masculinas da marca
Calvin Klein. Ela é uma parceria da banda Van Halen com o vocalista
da banda The Doobie Brothers, Michael McDonald.
Foi
lançada como single e alcançou a 13ª colocação da parada da
Billboard.
GIRL
GONE BAD
Após uma pequena introdução, o Hard Rock característico da banda está de volta, graças a mais um riff bastante inspirado de Eddie. A banda opta por uma sonoridade com certo peso, em um ritmo mais cadenciado, flertando com o Heavy Metal clássico, mas com a identidade musical indiscutível do Van Halen. Ótima faixa!
A letra
possui sentido sexual:
Found
that girl with a lonesome john
When
she should have been with me
Guess
that woman fall in love
She
don't work for free
HOUSE
OF PAIN
A guitarra de Eddie produz um riff repleto de peso e cadencia, mas simultaneamente envolvente e cativante na nona - e última - canção do álbum 1984. A banda produz um Hard/Heavy bastante intenso com relevante força e muito direto, especialmente da metade para o final. Mais um solo brilhante do guitarrista para encerrar o trabalho com chave-de-ouro.
A letra
pressupõe o fim de um relacionamento:
Heartache's
all around me
How
many times we've tried
Said
she tried to leave me
But
her hands were always tied
If I
had it all to do
I'd
keep it just the same
Considerações
Finais
Embalado
por alguns singles muito bem sucedidos – especialmente o estrondoso
barulho de “Jump” - 1984 fez um sucesso excepcional.
O álbum
atingiu a excelente 2ª posição da principal parada norte-americana
de discos, a Billboard, ficando atrás apenas do marcante Thriller,
de Michael Jackson. Também alcançou a 15ª colocação na parada
britânica e a 1ª da correspondente canadense.
A crítica
especializada recebeu bem o álbum, por exemplo os críticos Robert
Christgau e JD Considine, embora o primeiro tenha descrito “Jump”
como uma música que não fosse esperada do Van Halen. Já Stephen
Thomas Erlewine, do AllMusic, não se conteve ao elogiar o trabalho
da banda no disco.
A revista
Rolling Stone, ao final da década de 80, colocou 1984 na 81ª
posição de sua lista de 100 Greatest Albums of the 1980s.
1984
também marca o último álbum do Van Halen a contar com sua formação
original. Durante a turnê para a promoção do disco, as tensões
artísticas e pessoais entre os membros do grupo se intensificaram a
ponto de se tornarem insustentáveis.
As razões
para o rompimento de Roth com a banda variam de acordo com a fonte
consultada, mas parece senso comum que o vocalista estava
insatisfeito com o fato de Eddie tocar música fora do Van Halen sem
consultar à banda, além de seu histórico abuso de drogas.
Roth
também começou a semear uma bem sucedida carreira-solo,
especialmente com o EP Crazy from the Heat, lançado em janeiro de
1985, o qual continha os sucessos “California Girls” e “Just a
Gigolo”.
Assim, em
1º de abril de 1985, David Lee Roth deixou (pela primeira vez) o Van
Halen.
1984
supera a casa de 13 milhões de cópias vendidas pelo mundo.
Formação:
David Lee
Roth - Vocal
Eddie Van
Halen - Guitarra, Teclados, Backing Vocals
Michael
Anthony - Baixo, Backing Vocals
Alex Van
Halen - Bateria, Percussão
Faixas:
01. 1984
(Van Halen/Van Halen/Roth/Anthony) - 1:07
02. Jump
(Van Halen/Van Halen/Roth/Anthony) - 4:04
03.
Panama (Van Halen/Van Halen/Roth/Anthony) - 3:32
04. Top
Jimmy (Van Halen/Van Halen/Roth/Anthony) - 2:59
05. Drop
Dead Legs (Van Halen/Van Halen/Roth/Anthony) - 4:14
06. Hot
for Teacher (Van Halen/Van Halen/Roth/Anthony) - 4:42
07. I'll
Wait (Van Halen/Van Halen/Anthony/Roth/M. McDonald) - 4:41
08. Girl
Gone Bad (Van Halen/Van Halen/Roth/Anthony) - 4:35
09. House
of Pain (Van Halen/Van Halen/Roth/Anthony) – 3:19
Letras:
Para o
conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
http://letras.mus.br/van-halen/
Opinião
do Blog:
O Blogeiro não nega que o Van Halen está, certamente, entre suas bandas favoritas. Também não nega que são incontáveis e inúmeras vezes que ele ouviu o álbum 1984 e este está entre os discos que ele mais ouviu em sua vida.
Também deve confessar que é incapaz de escolher entre as fases Roth e Hagar do Van Halen, encontrando diferentes méritos em ambas, deixando esta disputa insana e sem sentido algum para quem não tem mais o que fazer.
1984 é um álbum excepcional em vários sentidos. O uso de teclados e sintetizadores por parte do grupo é uma amostra de que o Van Halen estava antenado no que acontecia naquele momento, especialmente na musicalidade Pop.
A banda então opta por flertar deliberadamente com esta musicalidade típica dos anos oitenta e se sai bem com a curiosa "I'll Wait" e a ótima e contagiante "Jump", talvez, seu maior sucesso.
Mas é quando o Van Halen toca seu Hard Rock lascivo e malicioso que a banda brilha como poucas no cenário do estilo. E em 1984 temos o grupo em um dos seus melhores momentos.
Eddie Van Halen dispensa maiores apresentações e elogios: ele personifica a figura do 'Guitar Hero' e está, como de costume, brilhante no álbum. A seção rítmica possui o excelente irmão de Eddie, Alex, também atuando de maneira especial na bateria e Michael Anthony correto com o baixo.
É claro que David Lee Roth é bastante lembrado por sua incrível presença de palco e um carisma acima da média. Mas a verdade é que Roth canta de maneira perfeita a trazer toda a malícia de suas letras para a sonoridade da banda. Em 1984 ele está em um de seus melhores momentos.
Se "Jump" e "I'll Wait" mostram o Van Halen em sintonia com a música mais popular daquele tempo, o grupo se destaca mesmo quando flerta com sua sonoridade original. Há as ótimas e 'roqueiras' "Girl Gone Bad" e "Top Jimmy", a incrível "Hot For Teacher" e não é preciso muito para ressaltar o brilho intenso de "Panama".
As letras transpiram o espírito do Rock 'N' Roll. Simples e funcionam de maneira deliciosa.
Enfim, 1984 (gravado em romanos na capa do álbum, MCMLXXXIV) é um clássico do Rock. Apresenta o último álbum da formação clássica de uma banda importantíssima no cenário do estilo e bem próxima de seu auge. Obrigatório para fãs de Hard Rock!
O Blogeiro não nega que o Van Halen está, certamente, entre suas bandas favoritas. Também não nega que são incontáveis e inúmeras vezes que ele ouviu o álbum 1984 e este está entre os discos que ele mais ouviu em sua vida.
Também deve confessar que é incapaz de escolher entre as fases Roth e Hagar do Van Halen, encontrando diferentes méritos em ambas, deixando esta disputa insana e sem sentido algum para quem não tem mais o que fazer.
1984 é um álbum excepcional em vários sentidos. O uso de teclados e sintetizadores por parte do grupo é uma amostra de que o Van Halen estava antenado no que acontecia naquele momento, especialmente na musicalidade Pop.
A banda então opta por flertar deliberadamente com esta musicalidade típica dos anos oitenta e se sai bem com a curiosa "I'll Wait" e a ótima e contagiante "Jump", talvez, seu maior sucesso.
Mas é quando o Van Halen toca seu Hard Rock lascivo e malicioso que a banda brilha como poucas no cenário do estilo. E em 1984 temos o grupo em um dos seus melhores momentos.
Eddie Van Halen dispensa maiores apresentações e elogios: ele personifica a figura do 'Guitar Hero' e está, como de costume, brilhante no álbum. A seção rítmica possui o excelente irmão de Eddie, Alex, também atuando de maneira especial na bateria e Michael Anthony correto com o baixo.
É claro que David Lee Roth é bastante lembrado por sua incrível presença de palco e um carisma acima da média. Mas a verdade é que Roth canta de maneira perfeita a trazer toda a malícia de suas letras para a sonoridade da banda. Em 1984 ele está em um de seus melhores momentos.
Se "Jump" e "I'll Wait" mostram o Van Halen em sintonia com a música mais popular daquele tempo, o grupo se destaca mesmo quando flerta com sua sonoridade original. Há as ótimas e 'roqueiras' "Girl Gone Bad" e "Top Jimmy", a incrível "Hot For Teacher" e não é preciso muito para ressaltar o brilho intenso de "Panama".
As letras transpiram o espírito do Rock 'N' Roll. Simples e funcionam de maneira deliciosa.
Enfim, 1984 (gravado em romanos na capa do álbum, MCMLXXXIV) é um clássico do Rock. Apresenta o último álbum da formação clássica de uma banda importantíssima no cenário do estilo e bem próxima de seu auge. Obrigatório para fãs de Hard Rock!