Led
Zeppelin IV é o quarto álbum de estúdio da banda inglesa chamada
Led Zeppelin. Seu lançamento oficial ocorreu em 8 de novembro de
1971, através do selo Atlantic. As gravações aconteceram entre
dezembro de 1970 e março do ano subsequente, com a produção sob
responsabilidade do guitarrista da banda, Jimmy Page.
Dispensável
qualquer apresentação sobre o Led Zeppelin. O Blog irá
contextualizar o momento do lançamento de seu quarto álbum, na
verdade sem nome, mas que será tratado pelo Blog como IV.
Em 1970,
Page e Plant se “refugiaram” para Bron-Yr-Aur, uma locação
remota no País de Gales, para começarem a trabalhar em seu terceiro
álbum, Led Zeppelin III. O resultado foi um estilo mais acústico
que foi fortemente influenciado pelo folk e música celta, e mostrou
a versatilidade da banda.
O disco
foi lançado em outubro de 1970, com um som acústico bem
proeminente, e o trabalho recebeu reações mistas, com os críticos
e fãs sendo surpreendidos pela sonoridade menos pesada em comparação
aos dois primeiros álbuns, alimentando ainda mais a hostilidade da
banda com a imprensa musical. O disco continha clássicos do grupo
como “Immigrant Song” e “Since I've Been Loving You”, por
exemplo.
Led
Zeppelin III alcançou o número um nas paradas do Reino Unido e
Estados Unidos, mas a sua permanência seria a menor dentre seus
primeiros cinco álbuns.
A faixa
de abertura do disco, "Immigrant Song", foi lançada como
single nos Estados Unidos em novembro de 1970, contra a vontade da
banda, alcançando o top vinte da parada norte-americana desta
natureza.
Depois, a
banda se preparou para as gravações de seu novo álbum, que se
tornaria IV.
Robert Plant |
O álbum
foi inicialmente registrado no recém-inaugurado Basing Street
Studios, baseado no Island Records, em Londres, ao mesmo tempo em que o
Jethro Tull registrava seu Aqualung, em dezembro de 1970.
Após a
sugestão de Fleetwood Mac, a banda, em seguida, mudou-se para a
Headley Grange, uma remota casa vitoriana em East Hampshire,
Inglaterra, para realizar gravações adicionais. Nela, o grupo usou o Rolling Stones Mobile Studio.
Uma vez
que as faixas básicas haviam sido gravadas, a banda mais tarde
acrescentou overdubs no Island Studios. Em seguida, completaram a
mixagem no Sunset Sound, em Los Angeles, mas o resultado final não
foi satisfatório, criando um atraso indesejado no lançamento do
disco.
Por fim,
a mixagem teve que ser realizada em Londres, empurrando a data de
lançamento final para frente por mais alguns meses.
Depois
das críticas ruidosas que o álbum antecessor, Led Zeppelin III,
recebeu ao final de 1970, Page decidiu que o próximo álbum do Led
Zeppelin não teria um título, mas, ao invés disto, quatro símbolos
desenhados à mão no encarte e símbolo da gravadora.
Cada
símbolo escolhido pelo respectivo membro da banda o representaria.
Assim, não haveria qualquer nome que identificaria o Led Zeppelin na
capa do álbum e este nem mesmo seria batizado.
Page
também declarou que a decisão de lançar um álbum sem qualquer
informação escrita na capa do mesmo foi contrária a um forte
conselho, dado a ele por um assessor de imprensa, de que este movimento
seria semelhante a um “suicídio profissional”.
Segundo
Jimmy Page: “Não foi fácil. A gravadora insistia para que o nome
constasse (na capa). Havia olhos olhando para o céu, se quiser. Foi
sugerido que seria um suicídio profissional lançar um álbum sem
título. A realidade era que nós tínhamos sofrido com os
comentários austeros sobre nossos álbuns ao longo do caminho. Na
época em que o álbum saiu era difícil, às vezes, para os críticos, entrarem em acordo com o que estava por lá, sem um ponto imediato de
referência para um álbum anterior. Mas a ética da banda foi muito assumida, onde estávamos, coletivamente, naquele ponto no tempo. Um
álbum sem título me pareceu a melhor resposta a todos os críticos
-. Porque sabíamos que o caminho que a música estava sendo
recebida, tanto pelas vendas quanto pela recepção em shows”.
Lançar o
álbum sem um título oficial tornou difícil até mesmo
identificá-lo de maneira consistente. Embora mais comumente ele seja
chamado de Led Zeppelin IV, Atlantic Records usa os nomes de Four
Symbols e Fourth Album.
Jimmy Page |
Também o
disco tem sido referido como ZoSo (em referência ao símbolo
escolhido por Page), Untitled e Runes.
Page
frequentemente se refere ao álbum, em entrevistas, como “o quarto
álbum” e “Led Zeppelin IV”, enquanto Robert Plant usa “o
quarto álbum”.
Não
somente o álbum não possui nenhum título, mas não há nenhuma
impressão em qualquer lugar de frente ou de trás das capas, ou até
mesmo um número de catálogo na coluna que o identificasse (pelo
menos, na versão original - LP de vinil).
A ideia
para cada membro da banda escolher um emblema pessoal a ser inserido
na capa do disco foi de Jimmy Page. Em uma entrevista de 1977, ele
lembrou:
“Depois
de toda essa porcaria que acontecera com os críticos, eu divulguei
para todos nós que seria uma boa ideia lançar algo totalmente
anônimo. No começo eu queria apenas um símbolo nele, mas, em
seguida, foi decidido que, uma vez que era o quarto álbum e havia
quatro de nós, cada um poderia escolher o seu próprio símbolo. Eu
projetei o meu e todos os outros possuíam suas próprias razões
para usar os símbolos que eles usaram.”
Page
declarou que ele projetou seu próprio símbolo e nunca revelou
publicamente qualquer raciocínio por trás dele. Há argumentações
de que o seu emblema já aparecera em 1557 para representar Saturno.
O símbolo é por vezes referido como “ZoSo”, embora Page tenha
explicado que não era sua intenção, de fato, assemelhar-se a uma
palavra.
O símbolo
do baixista John Paul Jones foi escolhido do Livro Book Of Signs,
de Rudolf Koch, sendo um único círculo com a interseção de três
vesica piscis. Destina-se a simbolizar uma pessoa que possui tanto a
confiança quanto a competência.
O símbolo
do baterista John Bonham, os três anéis em interseção (anéis de
Borromeu), foi escolhido pelo baterista do mesmo livro visto pelo
baixista Jones. Ele representa a tríade de mãe, pai e filho, mas,
invertido, também representa o logotipo da cerveja Ballantine.
O símbolo
do vocalista Robert Plant, uma pena dentro de um círculo, era um
próprio projeto, baseando-se no sinal da suposta civilização Mu.
Há
também um quinto símbolo, menor escolhido pela vocalista convidada Sandy Denny representando sua contribuição para a faixa “The
Battle of Evermore”; sendo que o mesmo aparece na lista de
créditos, no encarte do LP, servindo como um asterisco e tem o
formato de três triângulos que tocam em seus pontos.
Durante a
turnê do Led Zeppelin, no Reino Unido, durante o inverno de 1971,
ocorrida logo após o lançamento do álbum, a banda projetava os
quatro símbolos em seus equipamentos de palco.
O símbolo
de Page era colocado em um de seus amplificadores Marshall, os três
círculos interligados de Bonham adornavam a pele exterior do seu
bumbo, Jones tinha o seu símbolo em material que foi envolto em seu
teclado Fender Rhodes, e, finalmente, o símbolo da pena de Plant foi
pintado em um alto-falante lateral de seu gabinete PA.
Apenas os
símbolos de Bonham e de Page permaneceram para as turnês
subsequentes do Led Zeppelin.
Agora o
Blog vai se ater à imagem da capa do álbum.
A pintura
a óleo, rústica, do século 19, na parte frontal do disco, foi
comprada de uma loja de antiguidades, em Reading, Berkshire, por
Robert Plant. A pintura foi então justaposta e aposta internamente,
em uma parede forrada de uma casa suburbana parcialmente demolida
para, então, uma fotografia ser tirada.
Page
explicou que a capa do quarto álbum foi concebida para trazer à
tona uma dicotomia cidade /campo que tinha inicialmente surgido no
Led Zeppelin III:
“Ela
representou a mudança no equilíbrio que estava acontecendo. Lá
estava o velho conterrâneo e os blocos de apartamentos sendo
derrubados. Foi apenas uma maneira de dizer que devemos cuidar da
terra, não estuprá-la e pilhá-la.”
No
entanto, a respeito do significado da capa do álbum, Page também
afirmou:
“A capa
era para ser algo para as outras pessoas saborearem um pouco ao invés
de mim, na verdade, soletrar tudo para fora, o que tornaria a coisa
toda bastante decepcionante no nível de sua própria aventura
pessoal na música.”
A capa do
álbum foi uma das dez escolhidas pelo Royal Mail para um conjunto de
“Capa de Álbum Clássico”; selos postais emitidos em janeiro de
2010.
A
ilustração no interior, intitulada "O Eremita" e
creditada para Barrington Colby MOM, foi influenciada pelo desenho do
cartão com o mesmo nome no baralho de tarô Rider-Waite.
Esta
personagem, mais tarde, foi retratada pelo próprio Page no
filme-concerto do Led Zeppelin, The Song Remains the Same (1976). A
pintura interna também é referido como View in Half or Varying
Light e foi vendida em leilão com esse nome em 1981.
Existem
versões variadas para o trabalho artístico dentro do álbum.
Algumas versões retratam um suplicante de longos cabelos e barba
comprida na base de uma montanha, enquanto outros não mostram a
estrela de seis pontas dentro da lanterna do eremita.
John Bonham |
Se a
imagem do interior do álbum for colocada na posição vertical
frente a um espelho, o rosto de um homem pode ser visto escondido nas
rochas abaixo do eremita. Existe a especulação de que o rosto é,
na verdade, de um cão preto.
O tipo de
fonte para a letra de “Stairway to Heaven”, impressa na capa do
interior do álbum, foi uma contribuição de Page.
Ele
encontrou-a em uma revista de artes e ofícios antigos chamada The
Studio, que datava do final do século 19. Ele pensou que o
estilo era interessante e organizado para alguém criar um alfabeto
inteiro.
Vamos às
faixas:
BLACK
DOG
Um riff sensacional, contando com uma pegada com os dois pés fincados no Blues é a fantástica abertura do álbum IV. Plant tem uma atuação soberba, casando seus vocais harmoniosamente com a sonoridade estabelecida pelo instrumental da banda. Um dos grandes clássicos do Led Zeppelin perfazendo um início incrível para o trabalho.
A letra
se refere a um romance na maturidade:
All I
ask for when I pray
Steady
rolling woman won't come my way
Need a
woman gonna hold my hand
Tell
me no lies, make me a happy man
A
inspiração para a composição de “Black Dog” foi um cão de
idade avançada, o qual ficava rondando a Headley Grange, uma das
locações onde o álbum foi gravado.
Lançada
como single nos Estados Unidos, acabou alcançando a 15ª posição
da principal parada norte-americana desta natureza.
O riff
principal é uma criação de John Paul Jones e a canção acabou se
tornando um clássico da banda, presença obrigatória nos shows do
conjunto.
Inúmeras
são as versões cover para a música, citando como exemplos o
Masterplan, Tracy G e Keith Emerson.
Entre as
principais premiações recebidas pela canção, destacam-se a 1ª
posição da lista The 20 Greatest Guitar Tracks, da Q
Magazine e a 300ª colocação na lista The 500 Greatest
Songs of All Time, da Revista Rolling Stone, de 2010.
ROCK
AND ROLL
A segunda faixa de IV é outro grande clássico do Led Zeppelin, "Rock And Roll". A ousadia da banda em batizar uma de suas canções com o mesmo nome do estilo é plenamente justificada por uma composição memorável, a qual mistura ritmo envolvente, malícia, peso e um riff magistral de guitarra. Uma das mais incríveis músicas do Rock.
A letra é
simples em tom de nostalgia e celebração:
Seems
so long since we walked in the moonlight
Making
vows that just can't work right
Open
your arms, open your arms
Open
your arms, baby, let my love come running in
It's
been a long time, been a long time
A
composição de “Rock And Roll” se deu de maneira orgânica e
quase espontânea. A banda havia acabado de terminar uma tomada para
“Four Sticks” e o baterista John Bonham tocou a introdução de
“Keep A Knockin”, de Little Richard (presente em IV, mas não
creditada), no que foi seguido pelos demais companheiros de banda, em
uma espécie de Jam Session. Cerca de 15 minutos depois, estava
pronta a base para a música.
A letra é
baseada em alguns hits dos anos 50 e 60 do Rock e foi escrita por
Robert Plant.
Trata-se
de outro clássico do Led Zeppelin, presença garantida em seus shows
a partir de 1971.
Lançada
como single, atingiu a 47ª posição na parada norte-americana desta
natureza.
Entre as
inúmeras versões cover, dá-se destaque para as do Foo Fighters
(com Page e Plant), Kid Rock e Van Halen.
Em
relação aos prêmios, “Rock And Roll” está na 66ª posição
da lista The 100 Greatest Rock Songs of All Time, do canal de
TV VH1 (do ano 2000); e na 201ª colocação da lista The 1001
Best Songs Ever, da Q Magazine de 2003.
THE
BATTLE OF EVERMORE
A terceira música do disco traz um pouco do que a banda tentou em seu trabalho anterior, com a pegada mais folk e a sonoridade mais acústica. O dueto composto por Robert Plant e Sandy Denny funciona de maneira graciosa. Quebra-se um pouco o ritmo estabelecido pelas duas faixas anteriores, mas trata-se de uma composição de beleza ímpar.
A letra
tem inspiração no livro O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien:
Oh,
dance in the dark of night
Sing
to the morning light
The
magic runes are written in gold
To
bring the balance back, bring it back
“The
Battle Of Evermore” tem a participação especial de Sandy Denny (da banda Fairport Convention) nos vocais, fazendo um dueto com Robert
Plant.
Page
compôs a canção no mandolim que era de propriedade de Robert Plant. A
música esteve poucas vezes presente nos shows da banda, mais
fortemente na turnê de 1977.
Bandas
como Heart e Stonecircle fizeram versões para a música. Está na
lista 1010 Songs You Must Own!, da Q Magazine, de 2004.
STAIRWAY
TO HEAVEN
Uma melodia suave e tocante domina a abertura da quarta faixa de IV até se encontrar com uma interpretação vocal impressionante de Robert Plant. O ritmo continua leve e lento até a entrada de John Bonham, que ocorre após os 4 minutos de canção. A partir de então a música entra em um movimento ascendente até chegar no esplendoroso solo de guitarra de Jimmy Page que esbanja feeling, em um momento indescritível do álbum. Não há muito como se descrever a beleza de "Stairway to Heaven", uma das mais brilhantes composições de toda a história da música.
A letra é
ótima e pode ser inferida como uma metáfora do sucesso:
And as
we wind on down the road
Our
shadows taller than our souls
There
walks a lady we all know
Who
shines white light and wants to show
How
everything still turns to gold
And if
you listen very hard
“Stairway
To Heaven” é uma das mais famosas canções de todos os tempos e,
possivelmente, a mais famosa de toda a carreira do Led Zeppelin.
Entre
várias entrevistas que Jimmy Page deu sobre a composição do
clássico, o guitarrista afirma que as primeiras ideias para a música
surgiram quando ele e Plant estavam em Bron-Yr-Aur, em Gales, durante
uma noite. Page também disse que “Stairway To Heaven” é o
resultado final de uma construção que foi feita por partes, ao
longo do tempo.
Há uma
certa controvérsia acerca de “Stairway To Heaven”, sobre a qual
a introdução da música seria semelhante à faixa “Taurus”, da
banda Spirit, que foi lançada em 1968. Somente em maio de 2014 que
Mark Andes, baixista do Spirit, acionou a justiça em um processo
contra o Led Zeppelin acerca desta controvérsia e ainda não há
decisão legal sobre o mérito da questão. Fato é que o Led
Zeppelin excursionou com o Spirit em sua primeira turnê nos Estados
Unidos.
Evidentemente,
a faixa se tornou presença obrigatória em praticamente todos os
shows do grupo. Muitas vezes o Led Zeppelin estendia a música para
mais de 10 minutos, com Page esticando seu solo e Plant adicionando
mais vocais ao que é a versão de estúdio.
Como
várias vezes ocorreu no Rock, também com “Stairway To Heaven”
há uma lenda dos tempos dos discos vinis que dizia que, se a música
fosse tocada “ao contrário”, conteria mensagens de cunho
satanista. Plant refuta todas estas inferências afirmando
categoricamente que nunca existiu isto e que não é esta a forma que
ele concebeu de fazer música.
Outro
fato curioso sobre a canção é o fato dela ter se tornado um hino
do Rock sem nunca ter sido lançada como single.
Entre
diversas premiações, a revista Guitar World a colocou na 1ª
posição de sua lista 100 Greatest Guitar Solos, mesma posição que
outra revista, Classic Rock, a pôs na lista Ten of the Best Songs
Ever! A Q magazine, em 2006, deixou “Stairway To Heaven” na 8ª
colocação de sua lista 100 Greatest Songs of All Time e o canal
VH1, em 2000, classificou-a com o 3º lugar de sua lista The 100
Greatest Rock Songs of All Time.
Entre as
inúmeras versões cover, citam-se as feitas por Frank Zappa, Heart e
Orquestra Sinfônica de Londres.
MISTY
MOUNTAIN HOP
Um criativo e pesado riff volta a elevar o ritmo do álbum. "Misty Mountain Hop" retorna a pegada Hard Rock do Led Zeppelin, mas claro, com a inconfundível identidade da banda. Plant faz vocais excelentes enquanto a guitarra de Page brilha de maneira intensa. Outro ótimo momento do disco.
A letra
representa o espírito de rebeldia juvenil:
There
you sit, sitting spare like a book on a shelf rusting
Not
trying to fight it
You
really don't care if they're coming, woh-oh-oh
I know
that it's all a state of mind
O nome da
canção, “Misty Mountain Hop” é uma referência ao livro de
J.R.R. Tolkien, O Hobbit. Esteve no set list do grupo na turnê que
se seguiu ao lançamento do álbum para depois aparecer mais
esporadicamente nos shows.
Glenn
Hughes e Dream Theater estão entre os nomes que fizeram versões
para a faixa.
FOUR
STICKS
Repleta de ritmo e swing, com ótimos vocais maliciosos de Robert Plant, é assim que se inicia a canção "Four Sticks". O peso está presente em boa parte pela atuação marcante de John Bonham, um dos destaques da faixa. Trata-se de uma composição bastante interessante e que mantém o nível estratosférico estabelecido no álbum.
A letra é
sobre uma garota:
Oh,
yeah, brave I endure
Woo,
yeah, strong shields and lore
Tthey
can't hold the wrath of those who walk
In the
boots of those who march
Baby,
through the roads of time so long ago
O título
da música, “Four Sticks”, é uma referência ao fato do
baterista John Bonham ter usado dois pares de baquetas para a
gravação da canção, a qual foi uma das mais difíceis de serem
gravadas para o disco.
É uma
faixa que foi pouquíssimas vezes tocada nos shows do conjunto.
Os covers
de Rollins Band e do Soufly estão entre os mais destacados.
GOING
TO CALIFORNIA
Uma simples, mas cativante melodia acústica domina toda a sétima canção de IV, sendo esta "Going To California". O destaque principal da faixa vai para os vocais de Robert Plant, perfeitamente encaixados com a sonoridade da canção. Bela, mas um degrau abaixo do restante do trabalho.
A letra
remete à procura de um amor, tendo como palco a Califórnia:
To
find a queen without a king
They
say she plays guitar and cries and sings la la la la
Ride a
white mare in the footsteps of dawn
Trying
to find a woman who's never, never, never been born
Standing
on a hill in my mountain of dreams
Telling
myself it's not as hard, hard, hard as it seems
Como o
próprio nome diz, a letra se refere ao estado norte-americano da
Califórnia, apontando, inclusive, a infeliz característica natural
dos terremotos.
Entre as
versões cover, citam-se as de Zakk Wylde, Paul Gilbert e Great
White.
WHEN
THE LEVEE BREAKS
A oitava - e última - faixa de Led Zeppelin IV é "When The Levee Breaks". A gaita, tocada por Robert Plant, é um claro ponto alto da canção. Assim como o riff incrível de Jimmy Page e a bateria magistral de John Bonham. Um Blues Rock de primeiríssima, com uma pegada Hard Rock inquestionável, fechando o álbum com chave-de-ouro.
A letra é
em tom de lamento:
If it
keeps on raining, levee's going to break
If it
keeps on raining, levee's going to break
When
the levee breaks I'll have no place to stay
Mean
old levee taught me to weep and moan
Mean
old levee taught me to weep and moan
Got
what it takes to make a mountain man leave his home
Esta é a
versão do Led Zeppelin para a canção de mesmo nome, “When The
Levee Breaks”, originalmente composta e gravada por Kansas Joe
McCoy e sua esposa, Memphis Minnie. A letra original foi modificada
pelos membros do conjunto, embora baseada na original.
A
introdução de bateria criada por John Bonham é bastante usada em
samples por músicos do estilo Hip-Hop.
Devido à
complexidade da gravação e de recursos de estúdio utilizados na
gravação de “When The Levee Breaks”, a canção foi
pouquíssimas vezes executada ao vivo.
Mas a
versão do Led Zeppelin originou covers como os feitos por bandas do
calibre de W.A.S.P., Razor e Virgin Steele.
Considerações
Finais
É
impossível, em um pequeno resumo como este, dimensionar o tamanho do
sucesso e todo o legado de Led Zeppelin IV, bem como refletir toda a
sua importância para a história da música como um todo.
O álbum
atingiu a 1ª posição na parada britânica de álbuns, bem como a
2ª colocação na sua correspondente norte-americana. Também foi 1º
lugar no Canadá e conquistou a 2ª posição em países como
Austrália, França, Japão e Itália.
Logo após
o seu lançamento, Led Zeppelin IV foi um sucesso comercial e de
crítica praticamente instantâneo. Permaneceu na parada inglesa por
77 semanas consecutivas.
O crítico
Robert Christgau, que inicialmente deu ao álbum uma crítica
mediana, depois o elogiou como uma “obra-prima do gênero”. Stephen
Thomas Erlewine, do Allmusic, revela que Led Zeppelin IV não apenas
“define o Led Zeppelin, mas o som e estilo do Hard Rock
Setentista”.
Entre
premiações, a revista Classic Rock colocou o disco na 1ª posição
de sua lista 100 Greatest Rock Albums Ever, de 2001. Já o
Hall da Fama do Rock deixa o disco na 4ª colocação da lista The
Definitive 200: Top 200 Albums of All-Time, de 2007.
Também
está na 24ª posição da lista The 100 Greatest Albums Ever
Made, de 1996, da Revista Mojo e na 69ª colocação da lista 500
Greatest Albums Ever, de 2012. Entre inúmeras outras premiações.
Em
seguida ao lançamento do disco a banda partiu em turnês que
percorreram Reino Unido, Austrália e Ásia, América do Norte, Japão
e Reino Unido novamente, que compreendeu o período do fim de 1971 ao
início de 1973.
Estima-se
que Led Zeppelin IV, somente de vendas certificadas, supere a casa de
29 milhões de cópias vendidas.
Formação:
John
Bonham - Bateria
John Paul
Jones - Baixo, Piano Elétrico, Mellotron, Bandolim, Guitarra
Acústica em “The Battle of Evermore”
Jimmy
Page - Guitarra e Violão, Bandolim
Robert
Plant - Vocal, Pandeiro, Gaita em “When The Levee Breaks”
Músicos
Adicionais:
Sandy
Denny - Vocal em “The Battle of Evermore”
Ian
Stewart - Piano em “Rock and Roll”
Faixas:
01. Black
Dog (Jones/Page/Plant) - 4:54
02. Rock
and Roll (Bonham/Jones/Page/Plant) - 3:40
03. The
Battle of Evermore (Page/Plant) - 5:51
04.
Stairway to Heaven (Page/Plant) - 8:01
05. Misty
Mountain Hop (Jones/Page/Plant) - 4:38
06. Four
Sticks (Page/Plant) - 4:44
07. Going
to California (Page/Plant) - 3:31
08. When
the Levee Breaks (Bonham/Jones/Minnie/Page/Plant) – 7:07
Letras:
Para o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
http://letras.mus.br/led-zeppelin/
Opinião
do Blog:
Qualquer lista de melhores bandas de Rock de todos os tempos deve, obrigatoriamente, contar com o Led Zeppelin nas primeiras posições. A discografia da banda fala por si mesma e seus legado, influência e importância são indiscutíveis para o estilo.
O mesmo pode ser dito para o seu quarto álbum, a que o Blog preferiu se referir como Led Zeppelin IV. Um dos melhores discos da história da música como um todo.
Robert Plant dá uma aula de como um vocalista de bandas de Rock deve atuar: talentoso, repleto de categoria, casando seus vocais harmoniosamente com todas as sonoridades desenvolvidas pela banda durante o álbum. Realmente impressionante.
Dispensável, também, ressaltar todas as qualidades de Jimmy Page no disco. Riffs precisos, feeling absurdo nos solos e um talento incrível colocado à disposição de engrandecer a música da banda.
A seção rítmica é composta pelo monstro John Bonham, um dos melhores e mais influentes bateristas da história do Rock e que encontrou em John Paul Jones a parceria perfeita. Ambos têm atuação fundamental para a qualidade do disco.
As letras são boas e compõem bem o trabalho.
Parece bajulador tantos elogios para um mesmo disco, mas é impossível não se encantar por faixas tão brilhantes como "Black Dog", "Misty Mountain Hop", "Four Sticks" e "The Battle Of Evermore". Além disso, a banda tem a ousadia de nomear uma música por "Rock And Roll" e compõe um dos melhores riffs da história, uma verdadeira aula de Hard Rock!
E por mais clichê, piegas e repetitiva que seja, o Blog é incapaz de não se render à beleza e à profundidade de um hino como "Stairway to Heaven". Sua intensa e megalomaníaca exposição não traz qualquer mancha a uma das mais incríveis canções criadas pelo ser humano. Absolutamente espetacular!
Enfim, o quarto álbum do Led Zeppelin está entre os álbuns fundamentais do Rock. É, certamente, um dos pilares de tudo o que se compôs, após sua concepção, dentro do estilo. Obrigatório e essencial para qualquer fã de Rock And Roll que se preze. Uma das obras-primas da história da música.
Qualquer lista de melhores bandas de Rock de todos os tempos deve, obrigatoriamente, contar com o Led Zeppelin nas primeiras posições. A discografia da banda fala por si mesma e seus legado, influência e importância são indiscutíveis para o estilo.
O mesmo pode ser dito para o seu quarto álbum, a que o Blog preferiu se referir como Led Zeppelin IV. Um dos melhores discos da história da música como um todo.
Robert Plant dá uma aula de como um vocalista de bandas de Rock deve atuar: talentoso, repleto de categoria, casando seus vocais harmoniosamente com todas as sonoridades desenvolvidas pela banda durante o álbum. Realmente impressionante.
Dispensável, também, ressaltar todas as qualidades de Jimmy Page no disco. Riffs precisos, feeling absurdo nos solos e um talento incrível colocado à disposição de engrandecer a música da banda.
A seção rítmica é composta pelo monstro John Bonham, um dos melhores e mais influentes bateristas da história do Rock e que encontrou em John Paul Jones a parceria perfeita. Ambos têm atuação fundamental para a qualidade do disco.
As letras são boas e compõem bem o trabalho.
Parece bajulador tantos elogios para um mesmo disco, mas é impossível não se encantar por faixas tão brilhantes como "Black Dog", "Misty Mountain Hop", "Four Sticks" e "The Battle Of Evermore". Além disso, a banda tem a ousadia de nomear uma música por "Rock And Roll" e compõe um dos melhores riffs da história, uma verdadeira aula de Hard Rock!
E por mais clichê, piegas e repetitiva que seja, o Blog é incapaz de não se render à beleza e à profundidade de um hino como "Stairway to Heaven". Sua intensa e megalomaníaca exposição não traz qualquer mancha a uma das mais incríveis canções criadas pelo ser humano. Absolutamente espetacular!
Enfim, o quarto álbum do Led Zeppelin está entre os álbuns fundamentais do Rock. É, certamente, um dos pilares de tudo o que se compôs, após sua concepção, dentro do estilo. Obrigatório e essencial para qualquer fã de Rock And Roll que se preze. Uma das obras-primas da história da música.
Olá, Carlos, muito obrigado pelo elogio. Continue seguindo o Blog. Dei uma ouvida rápida na sua banda e vocês estão de parabéns, gostei bastante da pegada da banda. Quando tiver mais tempo ouvirei o arquivo todo com certeza. Abraço!
ResponderExcluirO Led Zeppelin é outra daquelas bandas históricas do rock que nunca despertaram meu interesse, apesar de possuir uma bem sucedida porém curta trajetória. Fui dar uma conferida neste quarto álbum dos caras e honestamente não achei esse barato todo que muitos fãs da banda dizem que é, mesmo sendo este um dos mais icônicos e bem sucedidos comercialmente de todos os tempos.
ResponderExcluirApesar de reconhecer a importância de "Stairway to Heaven" para a história do rock mundial e da música em geral, a única faixa que eu gostei deste disco foi "Misty Mountain Hop" por suas melodias cativantes e seu ritmo envolvente. O resto não me empolgou muito. Quem sabe nas próximas audições eu mude de idéia rapidamente e passe a gostar deste quarto álbum do LZ.
Para mim, não há banda melhor que o Led Zeppelin. Existem outras do mesmo patamar, mas superior, nenhuma. E o "IV", briga pelo posto de melhor álbum de todos os tempos ferrenhamente. Entretanto, não critico ninguém que não consiga gostar deste ou de qualquer outro álbum/banda. Existem alguns grupos considerados clássicos e que eu não aguento ouvir. Cada um com suas opções. Abraço e obrigado pelo comentário.
ExcluirDe nada, meu caro! Abraços pra você também e viva a sinceridade!
ExcluirDisco obrigatório que, embora seja excelente, nunca foi meu favorito do Led Zeppelin (posto que foi ocupado por anos pelo "Houses of the Holy" e hoje se alterna entre o "Led Zeppelin III" e o "Physical Grafitti"). Lembro que, quando adolescente, ouvia muito o álbum com os meus amigos e ninguém queria escutar o lado B - que eu adorava, por causa de "Misty Mountain Hop" e "When the Levee Breaks" (melhor marcação de bateria da história da banda!). Outra coisa que não esqueço é que um amigo que tocava bateria conseguia acompanhar todas as músicas à exceção de "Four Sticks" - a última vez que o encontrei, muito tempo atrás, perguntei se ele já tinha aprendido a tocá-la e ele me confessou que tinha desistido. A versão ao vivo de "The Battle of Evermore", entretanto, arruinou a música para mim - Jimmy Page cantou a parte da insubstituível Sandy Denny, e ele nunca foi um bom vocalista... Até hoje não consigo ouvir a música sem lembrar do crime que o grande Page cometeu!
ResponderExcluir"A versão ao vivo de "The Battle of Evermore", entretanto, arruinou a música para mim - Jimmy Page cantou a parte da insubstituível Sandy Denny, e ele nunca foi um bom vocalista... Até hoje não consigo ouvir a música sem lembrar do crime que o grande Page cometeu!" Hahahahahahahaha, rindo demais desta parte, hahahahahahah, muito bom!
ExcluirEntão, Daniel! Você teve oportunidade de ouvir a versão ao vivo? Acho que você vai concordar comigo...
ResponderExcluirPutz, eu achei engraçado, mas não estou ligado nesta versão.
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