Captain
Beyond é o álbum de estreia da banda britânica/norte-americana de
mesmo nome, ou seja, Captain Beyond. Seu lançamento oficial
aconteceu em Julho de 1972, através do selo Capricorn Records. As
gravações ocorreram entre 1971 e 1972, no Sunset Sounds Recorders,
em Hollywood, nos Estados Unidos. A produção ficou a cargo da
própria banda.
O Captain
Beyond foi uma banda que gravou apenas três álbuns de estúdio, mas
que se tornou um verdadeiro mito entre os aficionados em Hard Rock
setentista, especialmente por conta de seu álbum de estreia. O Blog
vai apresentar um resumo do aparecimento do grupo para depois
adentrar em seu primeiro disco mais especificamente.
Para se
entender melhor a história do Captain Beyond, o Blog optou por
voltar alguns anos antes ao lançamento de seu primeiro trabalho,
abordando a figura de seu futuro vocalista.
Em 21 de
Junho de 1969, nos Estados Unidos, era lançado o terceiro álbum de
estúdio do Deep Purple, homônimo ao grupo (e algumas vezes
mencionado como Deep Purple III). Nesta época, o Deep Purple era
formado pelo tecladista Jon Lord, o baterista Ian Paice, o
guitarrista Ritchie Blackmore, o baixista Nick Simper e o vocalista
Rod Evans.
Rod Evans |
Foi com
esta formação que o Deep Purple gravou seus três primeiros discos,
Shades Of Deep Purple (1968), The Book Of Taliesyn (1968) e o
supracitado Deep Purple (1969).
O álbum
continha instrumentos de cordas e sopros em uma das faixas, “April”,
apresentando referências clássicas de Jon Lord, como Bach e
Rimsky-Korsakov. Além disto, várias outras influências estavam em
evidência, mais claramente o Vanilla Fudge. (Lord e Blackmore alegaram que o grupo, na época, gostaria de ser um "clone do
Vanilla Fudge".)
E,
entretanto, esta seria a última gravação da formação original.
Na
realidade, a sonoridade do Deep Purple em seus trê primeiros álbuns
é consideravelmente distante daquilo que a banda faria a partir de
então. Em seu início, o Purple apresentava uma sonoridade Rock, com
bastantes influências Psicodélicas e distante do Hard Rock que o
consagraria.
Retornando
à história, o selo norte-americano responsável pelo álbum Deep
Purple, Tetragrammaton, atrasou a produção do disco até depois que
a turnê americana da banda, em 1969, estivesse terminada. Isto, bem
como a promoção sem brilho por um selo quase em falência, fez com
que o álbum tivesse péssimo desempenho comercial, passando longe do
Billboard Top 100.
Logo após
o lançamento do terceiro álbum, o selo Tetragrammaton saiu dos
negócios, deixando a banda sem dinheiro e com um futuro incerto.
Durante a
já supracitada turnê americana de 1969, Lord e Blackmore se
reuniram com Paice para discutirem o desejo de levarem a banda em uma
direção mais pesada. Sentindo que Evans e Simper não se
encaixariam bem com um novo estilo de rock bem mais pesado, ambos
acabariam substituídos naquele verão (no hemisfério norte).
Ian
Paice, declarou: "A mudança tinha que vir. Se eles não
tivessem deixado, a banda teria se desintegrado totalmente."
Ambos, Simper e Blackmore, observaram que Rod Evans já tinha um pé
para fora do grupo. Simper declarou que Evans havia conhecido uma
menina em Hollywood e tinha pretensões em ser um ator, enquanto
Blackmore foi mais incisivo: "Rod só queria ir para a América
e viver na América."
Quase ao
mesmo tempo, outra ótima banda do final dos anos 60 e início dos
anos 70, o Iron Butterfly, lançava seu quarto álbum de estúdio,
Metamorphosis, em 13 de agosto de 1970. Naquele ponto o grupo era
formado pelo tecladista Doug Ingle, o baterista Ron Bushy e pelo
baixista Lee Dorman, além de contar com o guitarrista Larry “Rhino”
Reinhardt e o vocalista Mike Pinera.
O álbum
Metamorphosis tem um som pesado, com bases fincadas no Hard Rock,
contando com faixas como “Easy Rider” e “Stone Believer”. O
disco atingiu a 16ª posição da parada norte-americana, a
Billboard.
Doug
Ingle deixou o grupo logo após o lançamento de Metamorphosis. Sem
um tecladista, pela primeira vez em sua história, os quatro membros
remanescentes lançaram um single, “Silly Sally”, que não obteve
maiores repercussões e acabou por ser a sua última gravação em algum tempo.
A banda
se separou depois de fazer seu último show em 23 de maio de 1971.
Dorman e Reinhardt seriam, posteriormente, encontrados no Captain
Beyond.
Foi
exatamente em 1971 que surgiria o Captain Beyond, fundado pelo
ex-vocalista do Deep Purple, Rod Evans.
Evans
havia se estabelecido na Califórnia e se juntou a dois ex-membros do
Iron Butterfly: o baixista Lee Dorman e o guitarrista Larry 'Rhino'
Reinhardt. Bobby Caldwell, ex-membro da banda de Johnny Winter, foi o
baterista.
Bobby Caldwell |
Também o
tecladista Lewie Gold tomou parte da banda, mas acabou saindo antes
mesmo da gravação de seu álbum de estreia.
Rapidamente,
a banda conseguiu um contrato de gravação com a Warner Bros. O
álbum de estreia seria auto-intitulado.
Na capa
do álbum o próprio “Capitão do Além”, sendo que nas primeiras
2000 cópias prensadas, o próprio vinha em formato de holograma.
Neste
primeiro trabalho, Evans parecia querer provar aos seus ex-colegas de
Deep Purple que seria capaz de tomar parte em um álbum pesado. E,
como se verá a seguir, conseguiu. Vamos às faixas:
DANCING
MADLY BACKWARDS (ON A SEA OF AIR)
Bobby Caldwell apresenta uma interessante levada em sua bateria antes que a guitarra de 'Rhino' apresente um riff pesado, mas cadenciado, que se casa perfeitamente com a atuação vocal de Rod Evans. A partir de pouco mais de 1 minuto e meio, a canção ganha intensidade e rapidez, perfazendo um Hard Rock de primeira! Ótimo início.
A letra
pode ser entendida como uma mensagem de esperança:
Wishing
all your wishes
Landing
on a star
Knowing
you are planted here
Knowing
that('s) so far
Dance,
dance faster
Madly
dance away
But
remember underneath you
Is
just a sea of air
Just
remember underneath you
Is
just a sea of air
ARMWORTH
"Armworth" aposta em um criativo riff o qual traz consigo toda a influência e musicalidade da década imediatamente anterior ao que o álbum foi lançado. É uma música muito curta, mas que vai direto ao ponto, sem rodeios.
A letra
tem tom de resignação:
What
has my arm gained
In a
the balance of things
Are
there still birds a-flying
And a
brushing of wings
Or
could it still be disguised
Could
it still be disguised
As a
terrible thing
And
spoiling all their singing, babe
And
smashing up their wings
Wish I
could go with them brother
But of
all things
It's
only a stub of the original thing
That
was there when I signed and then saluted my king
MYOPIC
VOID
Já em "Myopic Void", o grupo apresenta um pouco da influência psicodélica do mesmo. Uma melodia mais suave e leve envolve a atmosfera do álbum. A atuação de Rod Evans merece destaque por intensificar a musicalidade desenvolvida pelo Captain Beyond nesta faixa. Da metade para o final o Hard Rock volta à tona, com a melodia da primeira música do trabalho!
A letra é
fantasiosa:
You
know i can't feel nothing
Ah you
push me all the time
You
know, you know
You
know i can't feel nothing
Oh,
you're looking really fine
MESMERIZATION
ECLIPSE
Peso, intensidade e fúria já podem ser sentidos nos primeiros momentos da quarta faixa do trabalho. A atuação de Evans é bem mais agressiva que aquela apresentada nas canções anteriores. Certamente a guitarra de 'Rhino' também merece destaque, em um dos melhores momentos do disco.
A letra
pode ser interpretada como uma alusão à uma viagem espacial:
Sun
and moon in the valley at the same time
Bringing
out the golden braid
Guess
we're gonna reach the peak in no time
Optic
nerve just rot away (I think earth is a runaway)
Mesmerization
eclipse in the movement, hey
Desperation
is setting in, baby
Erratic
movement to and fro
Need
your love to make it right, baby
Cause
I have no place to go
RAGING
RIVER OF FEAR
Mais um precioso e furioso riff de guitarra traz o Hard Rock setentista à tona em "Raging River Of Fear". Novamente a atuação de Rod Evans é impecável, permitindo à sonoridade instrumental da faixa ganhar ainda mais peso. Atuação impecável de todos os instrumentistas em uma música totalmente brilhante!
A letra é
uma metáfora sobre o medo:
The
raging river of fear my friend
Is
running through us all
The
mind is just a mental battlefield
Memories
full of thought
Raging
river of fear
Questions
to us all
THOUSAND
DAYS OF YESTERDAYS (INTRO)
Com pouco mais de um minuto, esta curta faixa apresenta uma sonoridade leve, mas simultaneamente sombria.
A letra é
em tom de esperança:
I said
soon
Gonna
wake, no sleepy eyes
And
soon, sun will light your (the) entire (tired?) sky
Today
is just as soon again
Reflections
see myself are (on) them
Where
the start and where's the end
Ooo
pala dan dan da da pala pa la
Days
gone by never to return...
FROZEN
OVER
"Frozen Over" apresenta um novo riff forte e intenso pela guitarra de 'Rhino', transbordando peso, mas sem perder nenhuma miligrama de melodia. A seção rítmica formada por Caldwell e Dorman faz um trabalho primoroso, propiciando que a guitarra tenha destaque absoluto. Mais uma obra-prima da banda!
A letra é
em tom de rompimento amoroso:
Honey,
your face is frozen
Frozen
as could be
Baby,
your face is like a block of ice
Cold
as the deep dark sea
THOUSAND
DAYS OF YESTERDAYS (TIME SINCE COME AND GONE)
Já nesta canção, a banda abusa de uma bela e envolvente melodia, mas com um sensível e palpável toque mais leve em comparação às canções imediatamente precedentes. Evans opta por vocais bem mais comedidos, casando-os com a sonoridade de maneira perfeita. Ótimo solo de 'Rhino'.
Assim
como sua primeira parte, o tom é de esperança:
A
thousand days of yesterdays
Time
since come and gone
A
thousand days of yesterdays
Are
all goodbye so long
I
CAN'T FEEL NOTHIN' (PART 1)
Nesta música muito interessante, é difícil destacar algum músico em especial, pois o conjunto funciona de maneira impecável. Caldwell e Dorman estão ótimos e a guitarra de 'Rhino' está especialmente saborosa, com o peso e feeling irretocáveis. Outro momento brilhante do álbum de estreia do Captain Beyond.
Desta
vez, a letra é em sentido desolador:
Thinking
of oceans
Birds
in the sky
A
feeling's coming
But it
just ain't right
Skys
fly to next stars
Winking
at the night
The
orange worlds are sinking
My
love's (?) burning bright
AS
THE MOON SPEAKS (TO THE WAVES OF THE SEA)
A música apresenta uma grande variação, mesmo sendo bastante curta em seus poucos mais de 2 minutos. Em sua primeira metade, uma melodia leve e suave com inspiração no Led Zeppelin e, já na parte final, um Hard Rock pesado e veloz.
A letra
possui significado amoroso:
As the
moon speaks
To the
waves of the sea
An
open ocean relic
Of the
times that used to be
Many
years have passed
Since
your vision came to me
And I
think of you only
As the
moon speaks to the sea
ASTRAL
LADY
"Astral Lady" é uma pequena vinheta com 15 segundos.
AS
THE MOON SPEAKS (RETURN)
Nesta pequena faixa, há uma bela fusão de melodia e peso com a banda abusando da mistura de sonoridades. Mais para o final, a parte percussiva ganha força, demonstrando um lado instigante do grupo.
A letra é uma pequena mensagem de esperança:
Memories have only open space to give
And as i think to the past
There's nothing left to see
So future man open your arms to me
Let me have the words as the moon speaks to the sea
I
CAN'T FEEL NOTHIN' (PART 2)
Em pouco mais de 1 minuto, temos um Hard Rock intenso e feroz para fechar o disco com chave-de-ouro!
A letra é
uma celebração:
You
know I can't a'feel a'nothin'
Oh,
you pushed me all the time
Na-na-na-na-nothin'
Ah,
you're lookin' really fine
Ow,
ow, ow, ooh!
Mm-mm-hm
Body's
kinda groovin'
Ah,
you're groovin' all the time
Ooh,
you're lookin' good, ow!
Ah,
you're lookin' so fine
Mm-mm-mm,
mm-mm
Mm-mm-mm-mm-mm
Considerações
Finais
Sem muita
repercussão e divulgação, o álbum acabou não tendo números
expressivos, comercialmente falando e também passou ao largo das
principais paradas de sucesso.
Mas o
álbum, com o passar dos anos, foi se tornando referência para as
bandas e fãs do Hard Rock setentista.
Larry 'Rhino' Reinhardt |
O disco
Captain Beyond é um dos pioneiros, entre obras predominantemente
Hard Rock, no fato de conter uma grande variedade de Rock, Heavy
Metal, e influências de jazz, muitas vezes com várias assinaturas
de tempo e ampla gama de alternâncias dentro da mesma música.
As
primeiras cinco músicas são compostas de uma forma bastante
simples, mas o resto do álbum é composto de duas "suites"
de músicas interligadas; sendo a primeira "Thousand Days Of
Yesterdays (Intro)" que continua em "Thousand Days Of
Yesterdays (Time Since Come And Gone)". A segunda começa com "I
Can't Feel Nothin' (Part 1)" e acaba em sua “Parte 2”, a
qual termina o álbum.
Outro
destaque é o fato das músicas fluírem diretamente uma para a outra
sem o benefício de qualquer intervalo de tempo entre as mesmas, uma
característica que é compartilhada com outras bandas mais
progressistas da época, como o Moody Blues e o Jethro Tull. Isto
traz a característica de tornar todo o disco uma massa única e
coesa musicalmente falando.
As
músicas foram todas oficialmente creditadas para Evans e Caldwell,
embora, já em 2010, o baterista tenha afirmado que Reinhardt também
tenha auxiliado na composição das canções, assim como Dorman em
algumas. Mas ambos ainda estavam sob contrato com o Iron Butterfly,
fato que os impedia de serem devidamente creditados como
compositores.
Ao vivo,
as apresentações do Captain Beyond eram bombásticas,
invariavelmente terminando com ovações pelo público, o qual
aplaudia a banda de pé.
Logo após
o lançamento do álbum, Bobby Caldwell deixou o grupo para se juntar
ao Derringer e foi substituído por Brian Glascock. O grupo também
acabaria adicionando o tecladista Reese Wynans e Guille Garcia no
atabaque.
Depois,
Marty Rodriguez acabaria assumindo a bateria antes do lançamento de
seu segundo álbum, Sufficiently Breathless, de 1973, um disco com
considerável direcionamento diferente que seu antecessor. Mas isto é
outra história.
Formação:
Rod Evans
- Vocal
Larry
"Rhino" Reinhardt - Guitarras
Lee
Dorman - Baixo, Piano, Órgão Hammond, Backing Vocals
Bobby
Caldwell - Bateria, Percussão, Órgão Hammond, Sinos, Vibrafone,
Backing Vocals
Faixas:
01 -
Dancing Madly Backwards (On a Sea of Air) (Evans/Caldwell) – 4:08
02 -
Armworth (Evans/Caldwell) – 2:50
03 -
Myopic Void (Evans/Caldwell) – 3:37
04 -
Mesmerization Eclipse (Evans/Caldwell) – 3:45
05 -
Raging River of Fear (Evans/Caldwell) – 3:48
06 -
Thousand Days of Yesterdays (Intro) Evans/Caldwell – 1:30
07 -
Frozen Over (Evans/Caldwell) – 3:55
08 -
Thousand Days of Yesterdays (Time Since Come and Gone)
(Evans/Caldwell) – 4:05
09 - I
Can't Feel Nothin' (Part 1) (Evans/Caldwell) – 3:07
10 - As
the Moon Speaks (To the Waves of the Sea) (Evans/Caldwell) – 2:30
11 -
Astral Lady (Evans/Caldwell) – 0:15
12 - As
the Moon Speaks (Return) (Evans/Caldwell) – 2:16
13 - I
Can't Feel Nothin' (Part 2) (Evans/Caldwell) – 1:11
Letras:
Para o
conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
http://letras.mus.br/captain-beyond/
Os anos setenta são riquíssimos em bandas e discos que passaram muito longe de obter qualquer sucesso comercial, mas guardam em seu conteúdo verdadeiras jóias musicais. Há muita gente que se especializou em garimpar estas relíquias para os amantes da música. E o Hard Rock setentista é um dos maiores fornecedores deste tipo de preciosidade.
O álbum de estreia do Captain Beyond se tornou, muito tempo depois de seu lançamento, um marco representativo da melhor sonoridade que o Hard Rock é capaz de produzir. Aqui se tem um trabalho que mistura sonoridades e melodias com competência e um bom gosto raríssimo de se ver.
Claro, o Hard Rock é o estilo proposto e predominante, mas a banda flerta com o Folk Rock, com o Rock dos anos 60 e com o Psicodélico. Sempre com a mesma eficiência e qualidade absurdos!
Rod Evans, querendo ou não provar alguma coisa, teve sua melhor performance vocal da carreira. Alternando entre momentos agressivos e contidos, sua voz é fator determinante para a qualidade da música desenvolvida.
Poucas bandas possuíram uma seção rítmica tão presente e marcante quanto Bobby Caldwell e Lee Dorman formaram neste álbum. E Larry 'Rhino' Reinhardt dá um verdadeiro show com seus solos e riffs.
As letras retomam a temática de uma viagem espacial e estão na média em geral.
Um álbum que apresenta variedade de sonoridades dentro de um mesmo estilo sempre com a mesma qualidade não possui pontos baixos e está em um patamar altíssimo. Mesmo assim podemos citar pelo menos 4 faixas que são magníficas: "Mesmerization Eclipse", "Raging River Of Fear", "I Can't Feel Nothin' (Part 1)" e a espetacular "Frozen Over".
O álbum de estreia do Captain Beyond está entre os melhores de todos os tempos quando o assunto é Hard Rock. Apresenta criatividade, inspiração e execução em um nível dos mais elevados dentro da música em geral. Obrigatório para todo fã de Rock e uma verdadeira aula para todo mundo que quiser adentrar o estilo Hard Rock.
Ler a sua resenha me fez voltar a esse álbum. E para ser franco... Parafraseando a seção da Consultoria do Rock, este é um dos "Discos que Parece que só Eu NÃO Gosto". Comprei o CD há mais de vinte anos, quando relativamente pouca gente falava da banda, sobretudo por causa do excelente Bobby Caldwell, e em segundo plano pela presença de Rod Evans, que estava curioso em ouvir como ele soava fora do Deep Purple. E a decepção que tive me acompanha até hoje, infelizmente. Para mim parece que os caras tiveram que comprimir material para um álbum duplo num LP de menos de 40 minutos, tornando as músicas desconjuntadas. E, para piorar, não consigo engolir o Rod Evans; adoro a Mk.I do Deep Purple, mas sempre que ouço os discos fico pensando como eles teriam sido melhores se a banda tivesse encontrado um cantor decente. Para mim, o Rod Evans deveria ter seguido uma carreira cantando músicas do Neil Diamond, não rock. Agora, uma coisa eu tenho que admitir: a banda (Evans à parte) é realmente fantástica nos seus instrumentos, e as músicas, se tivessem sido mais trabalhadas, têm potencial. Saldo final, continuo sendo a única pessoa que conheço que não gosta do primeiro álbum do Captain Beyond...
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