Pyromania
é o terceiro álbum de estúdio da banda inglesa chamada Def
Leppard. Seu lançamento oficial aconteceu em 20 de janeiro de 1983,
através dos selos Vertigo (Europa) e Mercury (EUA). As gravações
se deram entre janeiro e novembro de 1982, nos estúdios Park Gates
Studios e Battery Studios, ambos na Inglaterra. A produção ficou a
cargo do lendário Robert John “Mutt” Lange.
O Def
Leppard apareceu nos primórdios do Blog por meio de seu álbum
Hysteria. O Blog vai tratar um pouco dos fatos que antecedem o
lançamento do disco para depois se concentrar no álbum
propriamente.
Por volta
de 1981, a banda começou a chamar a atenção de Robert John "Mutt"
Lange, notório produtor que trabalhava com o AC/DC.
Lange
concordou em trabalhar com o Def Leppard em seu segundo álbum, High
'n' Dry, o qual foi lançado em 11 de julho de 1981 e se caracteriza pela meticulosa abordagem do produtor no disco.
High 'n'
Dry é um excelente trabalho e possui faixas exuberantes como “Let
It Go”, “High 'n' Dry (Saturday Night)”, “Lady Strange” e
“Bringin' On the Heartbreak”, sendo que a última atingiu a 64ª
posição da principal parada de singles dos Estados Unidos.
Além do
mais, High 'n' Dry possui uma importância vital na história do Def
Leppard. O trabalho do grupo juntamente a Lange, no estúdio, ajudou
a começar a definir uma identidade sonora para a banda.
Joe Elliott |
Apesar
dos números de vendas inexpressivos para o álbum, o videoclipe de
"Bringin' On the Heartbreak" tornou-se um dos primeiros da
vertente Heavy Metal tocado na MTV, em 1982, trazendo visibilidade
para banda nos Estados Unidos.
Após o
lançamento do álbum, uma turnê européia se seguiu. O grupo era a
atração de abertura para Ozzy Osbourne e Blackfoot.
Phil
Collen, ex-guitarrista da banda glam chamada Girl, substituiu Pete
Willis, em 12 julho de 1982, que havia sido demitido no dia anterior
por causa do consumo excessivo de álcool no trabalho.
Willis
viria a ressurgir com as bandas Gogmagog e Roadhouse. Esta mudança
de guitarristas ocorreu durante a gravação do terceiro álbum do
grupo, Pyromania, de 1983.
O álbum
foi parcialmente gravado com o guitarrista original, Pete Willis,
cujo trabalho na guitarra-base aparece em todas as músicas.
Phil
Collen contribuiu com solos de guitarra e outras partes que ainda não
haviam sido gravadas por Willis. No lançamento do LP original,
Willis é visível ao fundo da fotografia do cantor Joe Elliott,
enquanto Collen possui sua própria foto pessoal como novo membro, em
tempo integral, do grupo.
O álbum
também pode ser visto como uma transição entre um som mais Heavy
Metal de seus dois primeiros álbuns e o início de uma direção
mais “comercial” dos lançamentos seguintes.
Steve Clark |
O disco
causou certa polêmica por sua arte da capa, a qual mostra uma imagem
animada de um edifício arranha-céu com uma grande chama e fumaça
preta que sai de um andar elevado e uma mira apontando para a chama.
Alguns
comerciantes se sentiram ofendidos pela imagem e se recusaram,
inicialmente, a venderem o álbum.
Vamos às
faixas:
ROCK!
ROCK! (TILL YOU DROP)
Teclados proeminentes bem no início dão lugar a um riff bastante empolgante, com uma boa pegada Rock 'n' Roll. O refrão é simples, mas funciona de forma perfeita. Os Backing Vocals também são reforçados no refrão. Os vocais de Joe Elliott são bons e intensificam o instrumental. Ótimo início.
A letra é
simples e em tom de diversão:
Ridin'
into danger, laughin' all the way
Fast,
free and easy, livin' for today
Gotta
lip service, get it while you can
Hot,
sweat'n'nervous love on demand
Anything
goes! (Oh)
Anything
goes! (All night long)
A canção
teve um videoclipe lançado para a promoção do álbum e que obteve
boa circulação na MTV norte-americana.
PHOTOGRAPH
Outro riff inspirado abre a segunda faixa de Pyromania, "Photograph". O ritmo é o mesmo da canção anterior, oscilando o relativo peso das guitarras com uma melodia simples e bastante acessível. Tudo isto é embalado pela boa voz de Elliott. O refrão é bem suave e contagia. O solo de guitarra perto dos 3 minutos também é bom. Outra música bem acima da média.
A letra é
em conteúdo romântico:
I'd be
your lover, if you were there
Put your hurt on me, if you dare
Such a woman, you got style
You make every man feel like a child, oh
You got some kinda hold on me
You're all wrapped up in mystery
So wild and free, so far from me
You're all I want, my fantasy
Put your hurt on me, if you dare
Such a woman, you got style
You make every man feel like a child, oh
You got some kinda hold on me
You're all wrapped up in mystery
So wild and free, so far from me
You're all I want, my fantasy
“Photograph”
é um dos maiores clássicos da história do Def Leppard.
Foi o
principal single lançado para promover Pyromania, atingindo a 12ª
posição da principal parada norte-americana desta natureza. Também
alcançou a 32ª e a 66ª colocações nas correspondentes canadense
e britânica, respectivamente.
Há duas
versões ligeiramente diferentes do videoclipe. A versão sem censura
mostra uma cena de faca no início, e, na versão censurada do vídeo,
praticamente idêntica, a cena da faca é substituída por um gato
preto estacionário, entre outros pedaços menores removidos.
Há
várias aparições de uma modelo representando Marilyn Monroe no
vídeo, pois a música é realmente sobre a estrela e a declaração
de Joe Elliott de que ele não apenas "quer [sua] fotografia",
mas que é tudo o que ele tem dela, e deve admirá-la de longe.
Entre as
versões cover mais famosas estão a de Jani Lane (Warrant), The
All-American Rejects e do Santana. Aparece em vários games como
Grand Theft Auto V, Guitar Hero III: Legends of Rock e Rock Band 3.
Em 2009,
duas premiações para “Photograph” foram oferecidas pelo canal
de TV VH1: a 13ª posição na lista greatest hard rock songs of
all time e foi nomeada a 17ª greatest song of the past 25
years.
STAGEFRIGHT
"Stagefright" começa com um peso extra, graças a um riff bem encorpado. Imediatamente, desde seu princípio, o ouvinte é levado de volta aos primeiros álbuns do Def Leppard, pois a verve da New Wave Of British Heavy Metal está fervendo. Apenas o refrão é contagiado por uma melodia suave e mais comercial. Excelente momento do trabalho.
A letra é
sobre flerte e sedução:
You
come on like a lady dressed to kill
Never
thought you could be caught, but you will
A
little understanding, a little love
A
headline act around the back, is what I'm thinkin' of
TOO
LATE FOR LOVE
Já em sua quarta faixa, Pyromania apresenta um Def Leppard apostando em um ritmo mais cadenciado, contando com guitarras bastante pesadas e uma seção rítmica bastante presente e marcante. O andamento arrastado intensifica a pegada da canção que está na linha tênue entre o Heavy Metal e o Hard Rock. Outra música muito acima da média.
A letra
fala de garotas:
Standing
by the trapdoor aware of me and you
Are the actor and the clown they're waiting for their cue
And there's a lady over there she's acting pretty cool
But when it comes to playing life she always plays the fool
Are the actor and the clown they're waiting for their cue
And there's a lady over there she's acting pretty cool
But when it comes to playing life she always plays the fool
“Too
Late For Love” também foi lançada como single para promover o
álbum e acabou atingindo a modesta 86ª posição da parada
britânica desta natureza.
O
videoclipe lançado promovendo a faixa tem duração bem menor que a
música original constante do álbum.
DIE
HARD THE HUNTER
Em "Die Hard The Hunter", o Def Leppard aposta em uma longa introdução mais soturna para, após o encerramento dessa, introduzir uma melodia mais suave e acessível, abusando da presença do baixo e com as guitarras distorcidas dando às caras eventualmente. A canção não chega a ser tão leve quanto as duas primeiras do álbum, mas está longe do peso de suas antecessoras imediatas.
A letra
tem temática violenta:
Back in
the city, he's a man on the loose
He is the shadow that's-a following you
He takes no prisoners when he's hunting for game
He's got a bullet and it carries your name
(You can't do that) You can't do that
He is the shadow that's-a following you
He takes no prisoners when he's hunting for game
He's got a bullet and it carries your name
(You can't do that) You can't do that
FOOLIN'
"Foolin'" conta com uma levada suave e, ao mesmo tempo, sóbria que traz um clima menos animado à canção. As guitarras estão bem acentuadas e, por diversas vezes, 'cortam' a música de forma pesada e certeira. Joe Elliott tem uma boa atuação, intercalando vocais mais contidos com outros mais agudos.
Novamente,
a temática é sobre garotas:
Close
your eyes don't run and hide
Easy love is an easy ride
Just wakin' up from what we had
Could stop good love from going bad
Easy love is an easy ride
Just wakin' up from what we had
Could stop good love from going bad
“Foolin'”
é outro grande sucesso do Def Leppard. Lançada como single, atingiu
a 28ª posição da principal parada norte-americana desta natureza.
Também
teve um videoclipe para promoção do disco. “Foolin'” faz parte
da trilha sonora do game Rock Band 3.
ROCK
OF AGES
"Rock Of Ages" possui uma pegada bem suave e leve, com a canção flertando deliberadamente (e de maneira bastante profunda) com a música Pop do início da década de 80. O resultado é que, embora emblemática, a música carece bastante de algo que está explícito em seu nome: Rock. Um pequeno, mas muito bom, solo de guitarra aparece bem no meio da execução da faixa.
A letra é
simples e divertida:
Rise up!
gather 'round
Rock this place to the ground
Burn it up let's go for broke
Watch the night go up in smoke
Rock on! Rock on!
Drive me crazier, no serenade
No fire brigade, just-a pyromania
Rock this place to the ground
Burn it up let's go for broke
Watch the night go up in smoke
Rock on! Rock on!
Drive me crazier, no serenade
No fire brigade, just-a pyromania
“Rock
Of Ages” é um dos principais clássicos da história do Def
Leppard e também grande responsável pelo sucesso do álbum. Seu
nome foi inspirado no homônimo hino de louvor cristão.
Lançada
como single, atingiu a 16ª posição da principal parada
norte-americana desta natureza, bem como alcançou a 41ª colocação
da correspondente britânica. Seu videoclipe promocional foi
intensamente veiculado nos Estados Unidos.
A banda
estava em um estúdio de gravação quando o vocalista Joe Elliott
tropeçou em um hinário deixado por um membro de um coral de
crianças que havia acabado de usar o estúdio. No livro, ele viu as
palavras "Rock of Ages", as quais o levaram a escrever a
letra da canção.
A canção
aparece várias vezes no filme Balls of Fury, de 2007, assim como no
longa metragem Rock Of Ages, de 2012.
Está
presente nos games Brutal Legend, Guitar Hero III e Rock Band 3.
COMIN'
UNDER FIRE
"Comin' Under Fire" apresenta uma pegada Heavy bem oitentista, com a banda abusando do peso no baixo de Rick Savage. As guitarras estão bem pesadas, cortando a canção em diversos momentos com solos, sendo o principal contagiante e inspirado. Grande momento do álbum.
A letra
possui teor sensual:
It's so
easy to put on a show
Your body says yes but you won't let it go
But my passion won't let it slip away
Oh am I goin' crazy?
Your body says yes but you won't let it go
But my passion won't let it slip away
Oh am I goin' crazy?
Lançada
como single, não obteve maior repercussão nas principais paradas de
sucesso.
ACTION!
NOT WORDS
Nesta faixa, a pegada é bem mais Hard Rock e suave, com menos peso nas guitarras e apostando mais em uma contagiante melodia. Os vocais de Elliott são bons e combinam de maneira harmoniosa com o instrumental.
A letra é
em tom de rebeldia:
Oh Shock
me! Make it electric
Shock me! Make it last
Shock me! Gimme thunder'n'lightning
Shock me! Ooh babe I need it fast
'Cos all I need is some action
Action, action, action not words
Gimme action, action, action not words
C'mon and shock me
Let the cameras roll!
Shock me! Make it last
Shock me! Gimme thunder'n'lightning
Shock me! Ooh babe I need it fast
'Cos all I need is some action
Action, action, action not words
Gimme action, action, action not words
C'mon and shock me
Let the cameras roll!
Foi mais
um single retirado de Pyromania, mas sem grande repercussão nas
paradas de sucesso.
BILLY'S
GOT A GUN
A décima - e última - faixa de Pyromania é "Billy's Got A Gun". A banda aposta em uma canção mais pesada e densa. O ritmo é bem cadenciado, arrastado e o peso está presente, em doses generosas, com outra boa atuação de Elliott. Encerra muito bem os trabalhos.
A letra é
boa e em sinal de rebeldia:
His
innocence he suffered for
In a world of black and white
They were wrong and he was right
He's just looking for a clue
It's a nightmare come true
He's going underground to track that danger down
Oh Billy, and why you got that gun?
In a world of black and white
They were wrong and he was right
He's just looking for a clue
It's a nightmare come true
He's going underground to track that danger down
Oh Billy, and why you got that gun?
Outro
single do álbum que não causou maior barulho nas principais paradas
de sucesso.
Considerações
Finais
Catapultado
por singles de muito sucesso, a fusão de Heavy Metal, Hard Rock e
generosas pitadas Pop mostrou-se uma escolha mais que acertada e a banda alçou voos até então inimagináveis.
Pyromania
atingiu a espetacular 2ª posição da principal parada de álbuns
norte-americana, a Billboard. Também alcançou a boa 18ª colocação
da correspondente britânica. Além disso, conquistou o 4º, o 23º e o
26º lugares nas paradas de Canadá, Suécia e Nova Zelândia,
respectivamente.
Pyromania
recebeu críticas, em sua maioria positivas, sendo comumente
considerado, junto com seu sucessor Hysteria, um dos melhores
esforços da banda até hoje.
O revisor
Steve Huey, do AllMusic, deu ao álbum uma classificação máxima,
de cinco estrelas, afirmando que era "onde a visão da banda se
uniu e consolidou em algo mais." Ele também descreveu as
músicas como "cativantes, com brilhantes ganchos melódicos em
vez de riffs de guitarra pesados, embora estes últimos apareçam de
vez em quando".
Huey
ainda marca Pyromania como um disco extremamente influente.
Com seus
ganchos melódicos e extraordinária exposição na MTV
norte-americana, Pyromania tornou-se um enorme sucesso comercial,
agindo como um dos principais catalisadores do movimento Glam Metal
do Hard Rock norte-americano dos anos 80.
O álbum
vendeu seis milhões de cópias nos EUA apenas em 1983 (cerca de
100.000 cópias foram vendidas por semana durante grande parte do ano
de lançamento). Só não atingiu o topo da Billboard porque lá
estava Thriller (1982), o álbum de Michael Jackson considerado o
mais vendido da história da música.
Em 2004,
o álbum foi classificado como o 384º colocado na lista de 500
Greatest Albums of All Time. Em 2006, a revista Q colocou o
álbum como 35º lugar em sua lista dos 40 Best Albums of the
'80s. Também está presente no livro 1001
Albums You Must Hear Before You Die.
A turnê norte-americana do Def Leppard em apoio a Pyromania começou como banda de
abertura para Billy Squier, em março, e terminou como banda
principal diante de uma platéia de 55 mil pessoas, no Jack Murphy
Stadium, em San Diego, Califórnia, em setembro do mesmo ano.
Como um
testemunho da popularidade do grupo na época, uma pesquisa Gallup,
nos EUA, em 1984, apontou o Def Leppard como banda de rock favorita
do público votante, ficando à frente de nomes como Rolling Stones,
AC/DC e Journey. No entanto, na sua nativa Inglaterra, em pesquisa
semelhante, o Duran Duran garantiu o primeiro lugar.
Pyromania
ultrapassa a casa de 10,7 milhões de cópias vendidas apenas na
América do Norte.
Formação:
Joe
Elliott - Vocal
Steve
Clark - Guitarra
Phil
Collen - Guitarra
Rick
Savage - Baixo
Rick
Allen - Bateria
Pete
Willis - Guitarra-base
Músicos
Adicionais:
Thomas
Dolby - Teclados
Faixas:
01. Rock!
Rock! (Till You Drop) (Clark/Savage/Lange/Elliott) - 3:52
02.
Photograph (Clark/Willis/Savage/Lange/Elliott) - 4:12
03.
Stagefright (Savage/Elliott/Lange) - 3:46
04. Too
Late for Love (Clark/Lange/Willis/Savage/Elliott) - 4:30
05. Die
Hard the Hunter (Lange/Clark/Savage/Elliott) - 6:17
06.
Foolin' (Clark/Lange/Elliott) - 4:32
07. Rock
of Ages (Clark/Lange/Elliott) - 4:09
08.
Comin' Under Fire (Lange/Clark/Willis/Elliott) - 4:20
09.
Action! Not Words (Lange/Clark/Elliott) - 3:49
10.
Billy's Got a Gun (Clark/Savage/Willis/Elliott/Lange) - 5:56
Letras:
Para o
conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
http://letras.mus.br/def-leppard/
É evidente que o maior sucesso comercial do Def Leppard é seu álbum seguinte, Hysteria, lançado em 1987. Mas isto não apaga o feito de Pyromania, o trabalho que catapultou o grupo inglês a parâmetros inimagináveis, caindo no gosto do público, especialmente o norte-americano.
Outro fator que revela o valor inestimável de Pyromania é que o álbum também foi uma forte influência para o Hard Rock dos Estados Unidos, o Glam Metal. O disco foi lançado quando o movimento estava começando a borbulhar.
Embora o grupo nasceu como uma banda do movimento New Wave Of British Heavy Metal, Pyromania se encontra exatamente entre o momento no qual o conjunto abandonaria sua sonoridade inicial para apostar em um Hard Rock com elevadíssima influência Pop, construindo uma sonoridade acessível e leve, como pode ser ouvida em Hysteria.
O seu terceiro álbum, Pyromania, já apresenta o grupo nesta transição. O ouvinte encontra faixas Rock/Pop como "Rock! Rock! (Till You Drop)" ou "Photograph", as quais estariam perfeitamente encaixadas em trabalhos posteriores do grupo.
Mas também há canções que se voltam ao passado mais Heavy Metal, como "Billy's Got a Gun"; músicas, estas, que dão colorido especial ao álbum.
A banda é formada por músicos muito competentes e não há o que se discutir neste quesito. As guitarras de Steve Clark e Phil Collen trabalham bem e a voz de Joe Elliott é, no mínimo, marcante.
As letras são na média e contribuem para o sucesso do disco.
Variando em momentos mais 'pop' e outros muito mais pesados, Pyromania se sai muito bem em qualquer momento que o ouvinte escolha. Não há canções de enchimento e o disco é bastante homogêneo.
Claro que canções que consagraram o trabalho como "Photograph" e "Rock! Rock! (Till You Drop)" possuem o valor incalculável de mostrar o caminho das pedras para a banda conquistar o mundo. Mas é nos momentos mais sombrios e densos do álbum que o Blog se encanta mais, como na fabulosa "Stagefright", possivelmente a melhor de Pyromania.
Portanto, o álbum Pyromania é uma obra única não só dentro da discografia do Def Leppard, bem como dentro do estilo Hard Rock. Oscilando entre o peso e a acessibilidade sonora, a banda registrou um momento único em sua carreira, muito possivelmente seu ápice na qualidade das composições. Álbum obrigatório na coleção de fãs do estilo e mais que recomendado pelo Blog!
Independente das opiniões sobre qual é o melhor disco do Def Leppard (se é este Pyromania ou o seguinte, Hysteria), o que importa é que Pyromania ainda é um discaço. Ouvi recentemente e achei este um álbum simplesmente perfeito. Sem ter o que tirar nem o que pôr, ao contrário do Hysteria, que é um pouco longo, mas que de minha parte ficaria melhor se tirassem 2 ou 3 faixas das 12 que compõem o disco de 1987.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, Igor. Como eu disse, gosto bastante de On Through the Night (1980) e High 'n' Dry (1981), embora meu favorito acabe sendo mesmo este excelente Pyromania (1983). Até gosto bem do Hysteria (1987), mas meus prediletos são mesmo os 3 primeiros. Até tenho quase todos os álbuns do Def Leppard na minha coleção, exceto o último que nem cheguei a escutar. Mas os melhores, na minha opinião, continuam os primeiros.
ExcluirEu até concordo que os primeiros anos de uma banda sejam os melhores de uma carreira, já que o que veio depois destes anos seja algo inesperado pela banda e até pelos fãs também.
Excluir"Eu até concordo que os primeiros anos de uma banda sejam os melhores de uma carreira, já que o que veio depois destes anos seja algo inesperado pela banda e até pelos fãs também."
ExcluirBem, eu não disse isso, rsrsrsrsrsrs. Desculpe se eu não me expressei bem, mas, o que quis dizer, no caso do Def Leppard, é que seus melhores álbuns são os primeiros (os 4 primeiros).
Ah tá, entendi, você quer dizer os quatro primeiros incluindo o Hysteria, não? Mas veja só que coincidência: o que você disse sobre o Def Leppard é a mesma coisa que eu penso do Metallica: os melhores discos deles pra mim também são os quatro primeiros, ou seja, de Kill 'em All ao And Justice for All. Não consigo gostar de mais nada que a banda fez do Black Album pra frente. Mil abrações pra você também, caro Daniel!
ExcluirIsto mesmo, incluindo o Hysteria.
ExcluirOs 4 primeiros do Metallica são a pedra fundamental do Heavy/Thrash Metal. Não há discussão, para mim, quanto a isto.
Acho o chamado "Black Album" brilhante também, uma nova proposta, mas com resultado brutalmente incrível, na minha modesta opinião.
Gosto do Load, mas não muito do Reload. Death Magnetic é razoável e o Hardwired, o novo, é um trabalho bem interessante. O St. Anger é uma das piores coisas que eu já ouvi na vida. Grande abraço, meu amigo!
Não gosto do Black Album pra frente justamente por conta da mudança de sonoridade do Metallica, fazendo algo mais simples e comercial. Prefiro os quatro primeiros discos de 1983 á 1988, com a banda tocando um som mais rápido, complexo e técnico. Bons tempos em que os membros do Metallica ainda não eram o que chegariam a ser nos anos 90: "Marionetes do Show Business"... Os anos 80 foram realmente a glória do rock em todas as suas vertentes (exceto o rock progressivo, que era a grande febre nos anos 70).
ExcluirSem problemas, meu caro Igor! Abraço!
Excluir