Ritchie
Blackmore's Rainbow é o álbum de estreia da banda britânica
chamada Rainbow. Seu lançamento oficial se deu em 4 de agosto de
1975, através dos selos Oyster (Reino Unido) e Polydor Records
(Internacional). As gravações ocorreram entre 20 de fevereiro e 14
de março daquele mesmo ano, no Musicland Studios, em Munique, na
Alemanha. A produção ficou por conta de Martin Birch, Ronnie James
Dio e de Ritchie Blackmore.
O Rainbow
é uma das mais fantásticas bandas da história do Rock. O Blog vai
tratar um pouco de sua formação para depois falar do álbum.
Stormbringer,
o nono álbum de estúdio do Deep Purple, foi lançado em novembro de
1974. Neste trabalho, os elementos de soul e funk que foram apenas
pincelados no disco antecessor, Burn (1974), são muito mais
proeminentes.
Além da
faixa-título, o álbum Stormbringer teve um bom número de canções
que receberam bastante circulação nas rádios, como "Lady
Double Dealer", "The Gypsy" e "Soldier Of
Fortune".
Desta
forma, Stormbringer chegou ao 6º lugar da principal parada de
sucessos no Reino Unido, conquistando a 20ª posição na
correspondente norte-americana.
No
entanto, o guitarrista da banda, Ritchie Blackmore, não gostou nenhum
pouco do álbum, especialmente dos elementos de soul e funk,
execrando-o publicamente como "música de engraxate".
Além
disso, outro fator que desagradou profundamente Blackmore foi que seu
desejo em regravar “Black Sheep of the Family”, da banda
Quatermass, juntamente com a autoral “Sixteenth Century
Greensleeves”, ambas prontamente rejeitadas pelo resto do Deep Purple.
Ritchie Blackmore |
Simultaneamente,
Ronnie James Dio estava tocando em um grupo chamado Elf, o qual foi
formado por ele mesmo em 1967, com o nome de The Electric Elves.
Em 1975,
a banda Elf estava trabalhando em seu terceiro (e que seria o último)
álbum de estúdio, Trying to Burn the Sun (1975).
O grupo
havia lançado seu álbum de estreia, autointitulado, em 1972,
apresentando uma sonoridade que encontrava o Hard Rock e o Blues
Rock.
O Elf
conseguiu um moderado sucesso comercial, especialmente por ser
constantemente a banda de abertura para o Deep Purple. Ali nascia o
início de envolvimento entre Ritchie Blackmore e Ronnie James Dio.
Com a
negativa do Deep Purple em regravar “Black Sheep of the Family”,
Ritchie Blackmore decidiu, ainda em 1974, gravar a faixa sozinho.
Assim,
Ronnie James Dio e o baterista Gary Driscoll, também do Elf, foram
convidados a se juntarem a Blackmore nos Estados Unidos e gravarem
com o guitarrista.
O
resultado das gravações, em conjunto com o ótimo ambiente,
encantaram Ritchie Blackmore, que ao final do trabalho, deixou o
local com a ideia de gravar um trabalho solo.
Ainda em
1974, Blackmore tomou aulas de violoncelo com Hugh McDowell, do ELO.
Mais tarde, o guitarrista afirmou que quando se toca um instrumento
musical diferente, há um sentimento refrescante, pois existe um
senso de aventura em não saber exatamente o acorde que se está
tocando.
Estando
satisfeito com os resultados das canções gravadas em Tampa,
Blackmore decidiu recrutar os demais músicos da Elf e formar sua
própria banda, ao invés de entrar em uma carreira-solo.
Inicialmente,
a banda foi nomeada como Ritchie Blackmore's Rainbow, para depois ser
encurtado para apenas Rainbow.
Assim, em
sua primeira versão, o grupo era formado pelo guitarrista Ritchie
Blackmore e os demais músicos que compunham o Elf: Ronnie James Dio
nos vocais, Micky Lee Soule no piano/teclado, Craig Gruber no baixo e
Gary Driscoll na bateria.
Desta
forma, o Elf interrompeu as gravações de seu terceiro disco, Trying
to Burn the Sun (1975), para gravar o primeiro trabalho do Rainbow.
A música
do Rainbow foi parcialmente inspirada por música clássica (desde
que Blackmore começou a tocar violoncelo para ajudá-lo a construir
progressões de acordes interessantes), e Dio escreveu letras sobre
temas medievais.
Além
disso, Dio possuía um alcance vocal versátil capaz de cantar tanto
Hard Rock quanto baladas mais leves, e, de acordo com Blackmore, ao
ouvir o vocalista: "eu senti arrepios na espinha."
Ronnie James Dio |
As
gravações foram feitas em Munique, na Alemanha, no Musicland
Studios e duraram três semanas, entre fevereiro e março de 1975.
Como o
trabalho fluiu de maneira orgânica, Blackmore sentiu que deveria
deixar o Deep Purple para se dedicar de forma integral ao seu novo
projeto. Segundo o guitarrista:
“Eu
deixei o Deep Purple porque eu me encontrei com Ronnie Dio, e era tão
fácil de trabalhar com ele. Ele foi originalmente só para fazer uma
faixa de um LP solo, mas acabamos fazendo todo o LP em três semanas, e eu fiquei muito animado com tudo”.
Em 21 de
junho de 1975, Ritchie Blackmore deixava o Deep Purple (pela primeira
vez).
Com a
influência musical e lírica do período medieval, a arte da capa
contém um castelo e, obviamente, um arco-íris. Obra de David
Willardson.
Vamos às
faixas:
MAN
ON THE SILVER MOUNTAIN
Um genial riff criado por Ritchie Blackmore é a base da canção. O ritmo é bem cadenciado e a sonoridade possui a intensidade exata. É o mais puro extrato do Hard Rock setentista, contando com uma boa presença do baixo de Craig Gruber. Para coroar a faixa brilhante, Ronnie James Dio tem uma atuação exemplar e Blackmore faz um solo sensacional no meio de "Man On The Silver Mountain". Espetacular!
A letra é
fantasiosa sobre um homem a que todos clamam como um deus:
I'm the
man on the silver mountain
I'm the man on the silver mountain
Come down with fire
Lift my spirit higher
Someone's screaming my name
Come and make me holy again
I'm the man on the silver mountain
Come down with fire
Lift my spirit higher
Someone's screaming my name
Come and make me holy again
“Man On
The Silver Mountain” é um dos maiores clássicos do Rainbow.
Foi o
primeiro single lançado pelo grupo, mas não obteve maior
repercussão em termos de paradas de sucesso.
Entretanto,
tornou-se uma das canções favoritas do público e era bastante
presente nos shows do grupo.
Entre
versões covers mais famosas, encontram-se as da banda espanhola Mago
de Oz, da sueca HammerFall e a presente no álbum tributo lançado em
2014 This Is Your Life, a qual conta com nomes como Rob
Halford e Vinny Appice.
Dio, em
sua carreira-solo, manteve “Man On The Silver Mountain” como
parte constante de seu set-list. Após sua morte, em 2010, seu corpo
foi sepultado em Los Angeles, nos Estados Unidos, e sua sepultura
contém os dizeres “The man on the silver mountain Ronnie James
Dio”.
SELF
PORTRAIT
A banda mantém a pegada Hard Rock na faixa seguinte, "Self Portrait". O andamento continua cadenciado em um ritmo mais lento, mas com o peso necessário para abrilhantar a música. A guitarra de Blackmore continua insana e os vocais de Dio tornam tudo mais saboroso.
A letra
possui conteúdo de magia:
Down,
down, down
Spin me around and around
Draw me away to the night from the day
Leave not a trace to be found
Down, down
Spin me around and around
Draw me away to the night from the day
Leave not a trace to be found
Down, down
A banda
de Ricthie Blackmore, chamada Blackmore's Night, fez uma versão folk
para “Self Portrait”.
BLACK
SHEEP OF THE FAMILY
Em sua terceira faixa, o álbum perde um pouco do peso presente anteriormente, ganhando um ritmo mais acelerado. Trata-se de um Rock muito bem executado, mas que não mantém totalmente o nível altíssimo das canções que a precedem.
A letra
fala de destino:
The hour
was wrong
And my shadow's getting long
My real life's a song, don't need much
But I've got an ache in my head
I wanna go to bed
Tomorrow I don't have to wake up, no
And my shadow's getting long
My real life's a song, don't need much
But I've got an ache in my head
I wanna go to bed
Tomorrow I don't have to wake up, no
“Black
Sheep Of The Family” é uma versão para a música originalmente
gravada pela banda Quatermass, presente em seu álbum homônimo de
1970.
CATCH
THE RAINBOW
Uma lindíssima melodia, suave e delicada, sai da guitarra de Ritchie Blackmore e hipnotiza o ouvinte. O ritmo é bem lento, o peso desaparece, mas a sonoridade envolve e contagia. A seção rítmica faz um belo trabalho e toda a angústia das letras é transferida à sonoridade da faixa. Mas nada adiantaria se a atuação de Ronnie James Dio não fosse espetacular, contando com sua interpretação perfeita. Uma das baladas mais tocantes de todos os tempos.
A letra
pode ser inferida como uma metáfora para a vida:
When
evening falls
She'll run to me
Like whispered dreams
Your eyes can't see
She'll run to me
Like whispered dreams
Your eyes can't see
Embora
nunca tenha sido lançada como single, “Catch The Rainbow” é um
dos maiores clássicos da história do Rainbow.
Melodicamente,
a canção se inspira na clássica "Little Wing", do The
Jimi Hendrix Experience.
A banda
Opeth e o Burning Starr fizeram versões para a canção como forma
de homenagear Dio após seu falecimento.
SNAKE
CHARMER
O Hard Rock forte e pesado está de volta em "Snake Charmer", com Ritchie Blackmore construindo um riff inspirado, mas, simultaneamente, repleto de malícia. O grande destaque vai mesmo para o guitarrista, o qual abusa do feeling. Boa presença, também, da bateria de Gary Driscoll.
A letra é
em tom de fantasia e magia:
Close
your door
He's on his way
He's coming out of the shadows now, now
No hope for you, ooh
Snake charmer
Snake charmer, now listen to me yeah
He's on his way
He's coming out of the shadows now, now
No hope for you, ooh
Snake charmer
Snake charmer, now listen to me yeah
TEMPLE
OF THE KING
O peso some novamente e Blackmore, outra vez, cria uma melodia incrivelmente bela e suave com sua guitarra. O andamento é lento e a sonoridade quase acústica envolve o ambiente, conquistando o ouvinte. O bom gosto é gigante, mas o grande destaque vai para a atuação espetacular de Ronnie James Dio e seu vocal impecável. Outra balada de nível estratosférico.
A letra,
belíssima, também é sobre fantasia e encantamento:
Back with
the people in the circle
He stands
Giving, feeling
With just one touch of a strong right hand
They know
Of the temple and the king
He stands
Giving, feeling
With just one touch of a strong right hand
They know
Of the temple and the king
“Temple
Of The King” é mais um clássico do Rainbow.
Também
foi lançada como single, mas sem maior repercussão em termos de
paradas de sucesso.
Entre as
versões cover para a canção, encontram-se a de bandas como Mago de
Oz (com letras em espanhol), Angel Dust, Axel Rudi Pell e do
Scorpions.
IF
YOU DON'T LIKE ROCK 'N' ROLL
Na menor canção do álbum, o Rainbow faz um Hard Rock brilhante com muita influência do Rock dos anos 50. O resultado é um faixa simples, direta, mas totalmente contagiante. Quem brilha bastante é o teclado de Micky Lee Soule. Empolgante!
A letra
fala do espírito do Rock:
That just
about explained it all
Well if you don't like rock 'n' roll
If you don't like rock 'n' roll
Well if you don't like rock 'n' roll
Then you're too late now
Then you're too late now
Well if you don't like rock 'n' roll
If you don't like rock 'n' roll
Well if you don't like rock 'n' roll
Then you're too late now
Then you're too late now
SIXTEENTH
CENTURY GREENSLEEVES
Abusando de um ritmo mais lento, mas encontrando a cadência perfeita, o Rainbow apresenta a canção mais pesada presente no disco. A guitarra de Blackmore está brilhante, executando um solo sensacional exatamente no meio da faixa. Os vocais de Dio se casam de maneira simbiótica com a musicalidade apresentada. Outro momento incrível do trabalho!
A letra
envolve um clima medieval:
It's only
been an hour
Since he locked her in the tower
The time has come
He must be undone
By the morning
Since he locked her in the tower
The time has come
He must be undone
By the morning
STILL
I'M SAD
A nona - e última - faixa de Ritchie Blackmore's Rainbow é "Still I'm Said". O andamento é mais rápido, com a presença de pouco peso, e a guitarra de Ritchie Blackmore dá todas as cartas nesta canção. Encerra bem o álbum.
É um
cover instrumental da faixa “Still I'm Sad”, da banda The
Yardbirds, presente no álbum Having a Rave Up with The Yardbirds,
de 1965.
Considerações
Finais
Embora os
singles não tenham feito mais barulho, o álbum foi bem em termo de
paradas de sucesso.
O disco acabou atingindo a muito boa 11ª posição da principal parada
britânica de sucessos, conquistando a 30ª colocação na
correspondente norte-americana. Ainda ficou com os 10º e 24º
lugares nas paradas de Noruega e Suécia, respectivamente.
O
lançamento do vinil original possuía uma capa bem caprichada,
embora reedições posteriores sob orçamento reduzido saíram com
uma capa simples.
Muitas
canções do álbum eram tocadas por line-ups posteriores do Rainbow.
O álbum foi amplamente elogiado por seu conteúdo lírico de
fantasia/heróico e pelo estilo de rock inovador.
O
vocalista Ronnie James Dio considerou seu álbum favorito do Rainbow.
Apesar do
título, implicando o disco ser um lançamento solo de Ritchie
Blackmore, em anos posteriores, Blackmore tem brincado declarando que
as contribuições de Dio garantiriam um rebatismo do trabalho como
"Ritchie Blackmore and Ronnie James Dio' Rainbow".
Após as
gravações do álbum, o restante da banda que era o Elf retornou
para finalizar seu terceiro disco de estúdio, Trying to Burn the
Sun, que foi lançado em junho de 1975.
Ronnie
James Dio continuaria com o Rainbow e o Elf encerrava suas atividades
por ali.
Dio e
Blackmore fizeram a promoção do álbum. Logo depois de seu
lançamento, Blackmore não ficou feliz em transportar todo o line-up
do Elf junto para as performances ao vivo. Assim, o guitarrista
demitiu todo mundo do grupo, exceto Dio.
Entre
suas razões, Driscoll teria sido demitido por seu estilo R&B de
tocar bateria e Gruber, devido ao seu jeito 'funkeado' no baixo.
Desta
forma, a primeira formação do Rainbow, a qual gravou seu primeiro
álbum, nunca fez um show juntos. A intensa troca de integrantes
seria uma constante nos anos subsequentes do Rainbow.
Para a
primeira turnê mundial, que se iniciou em 10 de novembro de 1975,
Blackmore recrutou o baixista Jimmy Bain, o tecladista Tony Carey e o
baterista Cozy Powell, o qual já havia trabalhado com Jeff Beck.
Esta
também seria a formação que gravaria o segundo álbum da banda, o
inesquecível Rising (1976).
Formação:
Ronnie
James Dio - Vocal
Ritchie
Blackmore - Guitarra
Micky Lee
Soule - Piano, Mellotron, Órgão
Craig
Gruber - Baixo
Gary
Driscoll - Bateria
Músico
Adicional:
Shoshana
- Backing Vocals
Faixas:
01. Man
on the Silver Mountain (Blackmore/Dio) - 4:42
02. Self
Portrait (Blackmore/Dio) - 3:17
03. Black
Sheep of the Family (Hammond) - 3:22
04. Catch
the Rainbow (Blackmore/Dio) - 6:27
05. Snake
Charmer (Blackmore/Dio) - 4:33
06.
Temple of the King (Blackmore/Dio) - 4:45
07. If
You Don't Like Rock n' Roll (Blackmore/Dio) - 2:38
08.
Sixteenth Century Greensleeves (Blackmore/Dio) - 3:31
09. Still
I'm Sad (Samwell-Smith/McCarty) - 3:51
Letras:
Para o
conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
http://letras.mus.br/rainbow/
O Rainbow atingiu seu momento de maior sucesso comercial no início da década de 80, contando com uma sonoridade com mais influência Pop e uma abordagem mais ampla de sua música. Alguns bons trabalhos foram lançados, mas o momento apontado neste post é outro.
Embora não coincida com seu apogeu comercial, para o Blog, o ápice criativo e musical do Rainbow foi nos seus trabalhos iniciais, quando os gênios de Ritchie Blackmore e Ronnie James Dio se encontraram e produziram músicas que entraram para a história do Rock.
Ritchie Blackmore deixou o Deep Purple e sua união com praticamente todo o Elf, formando o Rainbow, mostrou-se a atitude mais que correta. O grupo se tornaria uma referência dentro do Hard Rock produzido naquela época.
Músicos experiente e com boa qualidade, Gary Driscoll, Micky Lee Soule e Craig Gruber fazem sua parte de maneira competente, contribuindo decisivamente para a qualidade do que se ouve. Mas, obviamente, a missão deles é preparar o terreno para que as duas estrelas da banda brilhem.
Inicialmente planejado para se tornar um trabalho solo de Ritchie Blackmore, é claro que a guitarra é um grande destaque no disco. Os solos esbanjam o talento incomum de Ritchie, transbordando técnica, feeling e muita sensibilidade. Os riffs e melodias criados pelo guitarrista neste álbum estão entre os melhores que Blackmore fez surgir em sua incrível carreira.
Mas, apesar de tudo isso, quem rouba a cena é o vocalista Ronnie James Dio. Sem a atuação monumental e impecável do baixinho de voz gigantesca, o resultado não seria tão impactante. Dio transmite uma incrível emoção com sua interpretação, casando seus vocais perfeitamente com a parte instrumental.
As letras abusam da temática fantástica, mas podem ser transportadas para a realidade, fazendo um arcabouço perfeito para a obra.
Ritchie Blackmore's Rainbow é um dos discos de estreia preferidos do Blog e só não está mais em alta conta por causa dos 2 covers presentes no álbum. Não são mal tocados e executados, longe disso, mas acabam destoando do restante do material.
O trabalho apresenta algumas pauladas com o melhor que o Hard Rock setentista produziu. "Self Portrait" e "Sixteenth Century Greensleeves" são aulas de peso e melodia. "If You Don't Like Rock N' Roll" é um banho de criatividade e "Man On The Silver Mountain" é um clássico da música dos anos 70.
Não bastassem estas pérolas, o álbum ainda traz a belíssima "Temple Of The King", a qual abusa da sensibilidade melódica de Ritchie Blackmore. E há espaço para "Catch The Rainbow", com uma atuação magnífica de Dio, uma das mais lindas baladas da história da música.
É até difícil de imaginar que o Rainbow ainda faria melhor em seus álbuns seguintes, especialmente no extraordinário Rising, lançado em 1976. Mas o álbum de estreia do grupo é uma aula de Hard Rock setentista, contando com canções inspiradas e que influenciariam um incontável número de bandas que surgiriam posteriormente. É o disco que marca uma das melhores uniões de talentos da história do Rock, entre Blackmore e Dio. Obrigatório para fãs de boa música!
sem duvida o melhor album do Rainbow, meu preferido, lamentavel é não ter nenhuma execusão com esta formação ao vivo.
ResponderExcluirSim, Nelson, é uma pena que não tenhamos. Também gosto demais deste álbum. Obrigado pelo comentário.
ExcluirBlackmore e Dio na sua melhor forma. Ritchie Blackmore parecia querer mostrar ao mundo que havia vida inteligente fora do Purple - afinal, os discos do Jon Lord fugiam completamente ao padrão da banda e o Warhorse e o Captain Beyond tinham sido formados por membros periféricos da Mk I. Acho este disco superior ao Stormbringer (que é maravilhoso, não me entenda mal!), com Blackmore mais à vontade e com as músicas trabalhadas dentro do estilo que ele prefere. Gostaria que os shows de 1975 fossem lançados, afinal são os únicos em que se pode ouvir a excelente Self Portrait ao vivo.
ResponderExcluirQuanto à banda, acho que os membros do Elf eram bastante seguros, mas só cumpriram a função de não se meter no show do Blackmore e do Dio, que tinha a oportunidade da sua vida e não decepcionou!
É bem isto mesmo, Marcello. Eu acho essa estreia do Rainbow até subestimada, todos falam dos 2 álbuns posteriores, mas eu já acho este aqui muito próximo da excelência.
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