No
More Tears é o sexto álbum de estúdio do vocalista britânico Ozzy
Osbourne. Seu lançamento oficial aconteceu em 17 de setembro de
1991, através do selo Epic. As gravações ocorreram durante aquele
mesmo ano no A&M Studios e no Devonshire Studios, ambos em Los
Angeles, nos Estados Unidos. A produção ficou por conta dos
produtores Duane Baron e John Purdell.
Após
um tempo, Ozzy Osbourne volta ao Blog com um de seus trabalhos mais
bem-sucedidos em sua vitoriosa carreira solo. Vai-se tratar dos fatos
que antecederam o lançamento do disco para depois passar-se ao faixa
a faixa.
Praticamente
3 anos antes, em 28 de setembro de 1988, Ozzy lançava seu quinto
álbum de estúdio, No Rest for the Wicked.
O
trabalho marcou a estreia do ótimo guitarrista Zakk Wylde, então
com 21 anos de idade, como membro permanente na banda de Osbourne.
Também foi o retorno do baixista Bob Daisley ao grupo, ausente desde
Bark at the Moon, de 1983.
O
álbum foi muito bem-sucedido, alcançando a 13ª posição na
principal parada norte-americana de discos, a Billboard. Também
conquistou a 23ª colocação na sua correspondente britânica.
No
Rest for the Wicked contém algumas faixas muito interessantes
como “Tattooed Dancer”, “Bloodbath in Paradise” e “Devil's
Daughter (Holy War)”. Além disso, também traz o clássico
“Miracle Man”, várias vezes presente nos shows do vocalista.
Zakk Wylde |
O
álbum também fez muito sucesso em termos comerciais, superando a
casa dos 2 milhões de cópias vendidas apenas nos Estados Unidos.
A
turnê que se seguiu ao lançamento do álbum viu Osbourne se reunir
com seu antigo colega de banda, Geezer Butler, baixista do Black
Sabbath.
Um
EP, ao vivo, batizado de Just Say Ozzy, com Geezer como
baixista, foi lançado dois anos depois. Butler continuou com
Osbourne para as subsequentes quatro “pernas” da turnê, sendo
uma presença impactante por toda parte, atraindo ainda mais público.
Também
em 1988, Osbourne participou de uma gravação, a balada "Close
My Eyes Forever", um dueto com Lita Ford, que conquistou o 8º
lugar na Billboard.
Em
1989, Osbourne se apresentou no Moscow Music Peace Festival.
Já
em 1991, era tempo de Ozzy se preparar para lançar um sucessor a No
Rest for the Wicked: este seria No More Tears.
O
guitarrista Zakk Wylde contribuiu não apenas com as guitarras para o
álbum, mas também na composição de todas as faixas.
O
velho amigo de Osbourne, o saudoso baixista e vocalista do Motörhead,
Lemmy Kilmister, coescreveu a letra de quatro músicas.
Ozzy Osbourne |
Embora
Mike Inez esteja presente em videoclipes e turnês promocionais do
álbum, é o baixista Bob Daisley quem toca pelo álbum inteiro.
Inez
é creditado como compositor da faixa-título e, embora ele não
execute a gravação real, o riff de introdução, no baixo, foi
composto por ele.
A
capa, belíssima, e que se tornou uma imagem icônica de Ozzy, é
obra de Matt Mahurin.
Vamos
às faixas:
MR.
TINKERTRAIN
O álbum começa com uma vinheta que remete a crianças, mas logo depois se encontra com a feroz guitarra de Zakk Wylde. O baixo de Bob Daisley e a bateria de Randy Castillo constroem uma boa base para a guitarra de Wylde. Intercalando momentos mais pesados com outros menos intensos, a faixa segue um ritmo mais cadenciado. Os vocais de Ozzy são bastante competentes.
A
letra pode ser interpretada como uma referência à pedofilia:
Close
the curtains and turn out the lights
Beneath my wing it's gonna be all right
A little secret just for you and me
I've got the kind of toys you've never seen
Manmade and a bit obscene
Little angel come and sit upon my knee
Beneath my wing it's gonna be all right
A little secret just for you and me
I've got the kind of toys you've never seen
Manmade and a bit obscene
Little angel come and sit upon my knee
Lançada
como single, não obteve maior repercussão nas principais paradas de
sucesso desta natureza.
I
DON'T WANT TO CHANGE THE WORLD
Já em sua segunda música, o estilo bem característico de Zakk Wylde é encontrado, na construção de um ótimo riff base, o qual embala a canção. O ritmo é mais cadenciado e lento, seguindo a mesma estrutura proposta na faixa anterior. O refrão funciona, mesmo soando um pouco cansativo.
A
letra fala de fé e resignação:
Don't
tell me stories
'Cause yesterday's glories
Have gone away, so far away
I've heard it said there's light up ahead
Lord I hope and pray
I'm here to stay
'Cause yesterday's glories
Have gone away, so far away
I've heard it said there's light up ahead
Lord I hope and pray
I'm here to stay
Sem
dúvidas, “I Don't Want to Change the World” é um dos grandes
clássicos da carreira de Ozzy Osbourne.
Há
um videoclipe para a faixa, retirado do ao vivo Live & Loud, de
1993. A performance do grupo para “I Don't Want to Change the
World” nesta gravação, valeu a Ozzy Osbourne seu primeiro prêmio
Grammy, na categoria Best Metal Performance, em 1994.
MAMA,
I'M COMING HOME
Já em "Mama, I'm Coming Home", o ritmo cai ainda mais e a melodia é tomada pela suavidade e pela leveza. Os vocais de Ozzy se adequam ao clima perfeitamente. O peso aparece notoriamente domado pela sutileza. O destaque é o belo solo de guitarra de Zakk, com bastante feeling.
A
letra fala da relação entre Ozzy e Sharon, sua esposa:
Selfish
love, yeah, we're both alone
The ride before the fall, yeah
But I'm gonna take this heart of stone
I just got to have it all
The ride before the fall, yeah
But I'm gonna take this heart of stone
I just got to have it all
“Mama,
I'm Coming Home” é um dos maiores sucessos de Ozzy Osbourne.
Lançada
como single, atingiu a 28ª posição da principal parada desta
natureza nos Estados Unidos. Também conquistou a 46ª colocação na
correspondente britânica.
Está
presente em várias coletâneas e álbuns ao vivo de Ozzy desde que
foi lançada em No More Tears. Também há dois videoclipes feitos
para a canção.
DESIRE
"Desire" se opõe às músicas que a antecedem, pois notoriamente é mais pesada e rápida. A bateria de Castillo está mais presente, mas quem dita o jogo é mesmo a guitarra de Zakk, dando bastante intensidade à faixa. O refrão é muito criativo e funciona de maneira perfeita. Uma das melhores do disco!
A
letra pode ser entendida como aquilo que leva uma pessoa adiante:
It's
the same old desire
Nothing has changed
Nothing's the same
Burning like fire
Don't you ever take my name in vain, oh yeah
Nothing has changed
Nothing's the same
Burning like fire
Don't you ever take my name in vain, oh yeah
NO
MORE TEARS
A impressionante e inconfundível linha de baixo que introduz "No More Tears", criada pelo baixista Mike Inez, apresenta o clima soturno desta composição. As aparições da guitarra de Zakk Wylde são pontuais, mas, simultaneamente, precisas e intensas. O clima é mesmo mais obscuro, sombrio, fechado; muito, também, por conta de uma atuação impecável de Ozzy Osbourne nos vocais. Facilmente, "No More Tears" figura entre as melhores faixas da carreira de Ozzy. Interessante o momento de calmaria que antecede o brutal solo de guitarra de Zakk.
A
letra se refere a assassinos:
So
now that it's over can we just say goodbye?
I'd like, I'd like
I'd like to move on and make the most of the night
Maybe a kiss before I leave you this way
Your lips are so cold I don't know what else to say
I'd like, I'd like
I'd like to move on and make the most of the night
Maybe a kiss before I leave you this way
Your lips are so cold I don't know what else to say
“No
More Tears” é outro grande clássico da carreira-solo de Ozzy
Osbourne.
Lançada
como single, atingiu a 32ª colocação da principal parada britânica
desta natureza. Também conquistou a 71ª posição na correspondente
norte-americana.
Uma
versão editada, mais curta, da canção foi liberada para algumas
estações de rádio, e pode ser ouvida na coletânea The Ozzman
Cometh, de 1997. A versão completa aparece em outra compilação,
chamada The Essential Ozzy Osbourne, de 2003.
O
vídeo da música foi filmado para acomodar tanto a versão do álbum
quanto a versão editada da música. Alguns canais de TV passavam o
vídeo completo e, outros, a versão abreviada.
A faixa também aparece no filme de Adam Sandler, Little Nicky, de
2000. Na cena da batalha final, na qual Osbourne aparece, “No More
Tears” pode ser ouvida em segundo plano.
Osbourne
considera esta canção para ser "um presente de Deus",
como relata no encarte do box Prince
of Darkness, de 2005.
A
canção foi refeita pelo guitarrista Zakk Wylde, como faixa bônus,
na segunda reedição do álbum Sonic Brew (1998), do Black
Label Society, bem como em um EP promocional chamado de No More
Tears Sampler, de 1999.
S.I.N.
"S.I.N." é uma canção típica da fase da carreira-solo de Ozzy em que teve Zakk Wylde como guitarrista. É pesada, mas o ritmo é mais cadenciado e, ao mesmo tempo, o refrão cresce em intensidade. Desnecessário apontar os solos de guitarra como melhores momentos.
A
letra é um pedido de libertação:
Shattered
dreams lay next to broken glass
I wonder if tonight will be my last
I need an angel who will rescue me
To save me from my mental symphony
I wonder if tonight will be my last
I need an angel who will rescue me
To save me from my mental symphony
HELLRAISER
A bateria de Randy Castillo está bem intensa e ditando o ritmo em "Hellraiser", bem como o baixo de Bob Daisley, este, o grande destaque da faixa. O refrão é excelente, com intensidade e peso. O riff de guitarra principal é especialmente criativo. Outra vez, Ozzy usa sua voz para interpretar perfeitamente a letra. Ótima canção!
A
letra se divide entre obrigação e prazer:
I'm
living on an endless road
Around the world for rock and roll
Sometimes it feels so tough
But I still ain't had enough
Feeling all right in the noise and the light
But that's what lights my fire
Around the world for rock and roll
Sometimes it feels so tough
But I still ain't had enough
Feeling all right in the noise and the light
But that's what lights my fire
A
canção apareceu no primeiro trailer do game Painkiller. Uma
regravação de maior qualidade é destaque no popular game, Grand
Theft Auto: San Andreas, de 2004, na estação de rádio do jogo
"Radio: X".
O
Motörhead fez uma versão para “Hellraiser”, lançada em seu
álbum March ör Die, de1992. É esta versão que é trilha
sonora do filme Hellraiser III: Hell on Earth (1992), dirigido
por Anthony Hickox e estrelado por Doug Bradley.
TIME
AFTER TIME
"Time After Time" possui a guitarra de Zakk Wylde com seu típico peso, principalmente no refrão. Mas sua constituição prima pela suavidade, domada essencialmente por uma melodia cativante que a embala. É uma balada, mas fundamentalmente intercalando passagens pesadas em contraste com outras quase acústicas. Ótima atuação de Ozzy.
A
letra fala sobre o passar do tempo:
Day
after day
I watched love fade away
I wanted love to stay
Day after day
The games we play
The foolish things we say
The pain won't go away
Day after day
I watched love fade away
I wanted love to stay
Day after day
The games we play
The foolish things we say
The pain won't go away
Day after day
Lançada
como single, não obteve maior repercussão em termos de paradas de
sucesso.
ZOMBIE
STOMP
"Zombie Stomp" possui uma introdução que supera a casa dos 2 minutos de extensão. Após isto, a música se desenvolve de forma direta, um Heavy Metal clássico, pesado e cadenciado, com a guitarra de Zakk dando as cartas, tanto pelo riff criativo, quanto pelo ótimo solo por volta dos 4 minutos de execução.
A
letra é um estereótipo de insanidade:
Flirting
with disaster
Morning after killing me again
Hiding from the laughter
And the demons dancing round my brain
Morning after killing me again
Hiding from the laughter
And the demons dancing round my brain
A. V. H.
"A.V.H." segue a sonoridade de sua antecedente, com um Heavy Metal pesado e cadenciado, conduzido pela criativa guitarra de Zakk Wylde. O riff principal é bom e o refrão interessante. Destaque para o bom solo de guitarra de Wylde.
A
letra pode ser inferida como um misto de culpa com a necessidade de
seguir em frente:
In
the darkness I can feel
The things that makes me crazy
hands of madness cold as steel
I find it quite amazing
The things that makes me crazy
hands of madness cold as steel
I find it quite amazing
ROAD
TO NOWHERE
A décima-primeira - e última - faixa de No More Tears é "Road to Nowhere". O solo de abertura da canção é um dos melhores de toda a carreira do guitarrista Zakk Wylde, repleto de feeling e sensibilidade. A seção rítmica está presente, construindo a base para que a guitarra de Zakk dê seu show. A música se desenvolve em uma balada de uma melodia que é, ao mesmo tempo, bela e tocante. Ozzy tem mais uma atuação impactante, mas, e é necessário que se diga, acaba ofuscada pelo brilho soberbo de Wylde. Fecha o álbum de maneira esplêndida.
A
letra fala, novamente, de culpa e de arrependimento:
Through
all the happiness and sorrow
I guess I'd do it all again
Live for today and not tomorrow
It's still the road that never ends
I guess I'd do it all again
Live for today and not tomorrow
It's still the road that never ends
Lançada
como single, não obteve repercussão nas principais paradas de
sucesso.
Mesmo
assim, “Road to Nowhere” pode ser considerada um clássico, pois
está presente na maior parte das coletâneas e álbuns ao vivo
lançados por Ozzy Osbourne após No More Tears.
Considerações
Finais
No
More Tears é um dos maiores sucessos da carreira-solo de Ozzy
Osbourne.
Em
termos das principais paradas de sucesso, o álbum foi extremamente
bem-sucedido: ficou com a boa 17ª posição na principal parada
britânica de discos, conquistando a excepcional 7ª colocação na
correspondente norte-americana. Ainda atingiu os 12º, 18º e 26º
lugares nas paradas de Noruega, Suécia e Suíça, respectivamente.
A
crítica especializada também recebeu bem o trabalho. William
Ruhlmann, do AllMusic, dá ao disco uma nota 4, de um máximo
possível de 5, atestando: “Canções como "Desire" e
"S.I.N." tinham um som de metal contemporâneo e
energético, e Osbourne efetivamente mudou as engrenagens para surgir
com baladas suaves como "Mama, I'm Coming Home", que lhe
deu seu primeiro hit Top 40 nos EUA em carreira-solo”.
O
álbum gozou de muita exposição nas rádios e na MTV. Também
marcou o início da prática em trazer compositores “de fora”
para auxiliar na composição de material em vez de confiar “apenas”
em sua banda para escrever e arranjar as músicas.
O
álbum foi mixado pelo veterano produtor de rock Michael Wagener.
Conforme
dito no texto, Osbourne foi premiado com um Grammy para a faixa “I
Don't Want to Change the World”, retirada do disco ao vivo Live
& Loud, de 1993, na categoria Melhor Performance de Metal,
em 1994.
Wagener
também mixou o álbum ao vivo Live & Loud, lançado em 28
de Junho de 1993. Na época, este era para ser o último disco de
Osbourne e acabou conquistando a 10ª posição na principal parada
norte-americana de álbuns, a Billboard. Também foi um sucesso
comercial, superando a casa de 4 milhões de cópias vendidas apenas
nos Estados Unidos.
Naquele
momento, Osbourne expressou seu cansaço com o processo de turnês, e
proclamou sua "turnê de aposentadoria" (que era para ser
de curta duração). Ela foi chamada de "No More Tours", em
um trocadilho com seu álbum No More Tears.
Antes
da turnê, Mike Inez, do Alice in Chains, assumiu o baixo e Kevin
Jones pegou os teclados, pois John Sinclair estava em turnê com o
The Cult.
No
More Tears foi o último álbum de Ozzy Osbourne a conter o baixista
Bob Daisley e o baterista Randy Castillo.
Todo
o catálogo de Osbourne foi remasterizado e relançado no formato CD, no ano
de 1995.
Entretanto,
já em 1995, Ozzy Osbourne retornaria com mais um álbum de estúdio,
o bom Ozzmosis.
No
More Tears supera a casa dos 4,2 milhões de cópias vendidas
apenas nos Estados Unidos.
Formação:
Ozzy
Osbourne - Vocal
Zakk
Wylde - Guitarra
Randy
Castillo - Bateria
Mike
Inez - Baixo, (não tocou no álbum)
Músicos
Adicionais:
Bob
Daisley - Baixo, (não era um membro oficial da banda)
John
Sinclair - Teclados
Faixas:
01.
Mr. Tinkertrain (Osbourne/Wylde/Castillo) - 5:57
02.
I Don't Want to Change the World (Osbourne/Wylde/Castillo/Kilmister)
- 4:06
03.
Mama, I'm Coming Home (Osbourne/Wylde/Kilmister) - 4:12
04.
Desire (Osbourne/Wylde/Castillo/Kilmister) - 5:45
05.
No More Tears (Osbourne/Wylde/Castillo/Inez/Purdell) - 7:24
06.
S.I.N. (Osbourne/Castillo/Wylde) - 4:47
07.
Hellraiser (Osbourne/Wylde/Kilmister) - 4:53
08.
Time After Time (Osbourne/Wylde) - 4:20
09.
Zombie Stomp (Osbourne/Wylde/Castillo) - 6:14
10.
A.V.H. (Osbourne/Wylde/Castillo) - 4:13
11.
Road to Nowhere (Osbourne/Wylde/Castillo) - 5:11
Letras:
Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/ozzy-osbourne/
Obviamente que em 1991 Ozzy Osbourne já era uma figura totalmente consagrada, não apenas no Heavy Metal, mas no Rock em geral. Entretanto, as 2 décadas anteriores de abuso de substâncias e constantes turnês estavam cansando o carismático vocalista que chegou até mesmo em pensar em sua aposentadoria.
O nome de Osbourne, naquela altura, também já estava cravado na história da música, seja pelo seu ótimo álbum de estréia de sua carreira solo, Blizzard of Ozz, mas, claro, principalmente, pelo que fez na década de 70 com o Black Sabbath!
Um dos grandes méritos da carreira-solo do vocalista foi o de se cercar de músicos muito competentes, principalmente na posição de guitarrista. Se Ozzy já estava com a vida ganha, seu então recém-chegado guitarrista, Zakk Wylde, ainda tinha o que provar, após sua estreia com o Madman no bom No Rest for the Wicked, de 1988.
Em que pese seus bons trabalhos em vários projetos paralelos, não é nenhum exagero dizer que é bem possível que No More Tears seja o melhor álbum o qual Zakk Wylde gravou, tanto como guitarrista quanto como compositor.
Zakk, conhecido pelo uso da técnica de harmônicos artificiais, tem uma atuação soberba no álbum. Não somente pelo fato de ter contribuindo na composição de todas as faixas, mas pela sua presença com riffs marcantes e inspirados, bem como na sensibilidade melódica de seus solos. Basta ouvir o que ele faz em "Road to Nowhere".
Claro, a seção rítmica é mais que competente com o eficiente Randy Castillo na bateria, bem como o ótimo Bob Daisley, responsável por deixar o baixo como um dos protagonistas das canções.
Ozzy Osbourne se destaca por fazer aquilo que melhor sabe: se não é um vocalista com uma voz soberba, Osbourne é um verdadeiro mago em interpretar as letras, construindo harmonias vocais perfeitas para combinar a parte instrumental com as palavras das canções. "Hellraiser" e "No More Tears" são exemplos perfeitos disto.
As letras são boas, especialmente aquelas em que o sentimento de culpa é realçado, revelando um pouco da vida pessoal de Ozzy naquela época.
Algumas das canções mais famosas da carreira-solo de Ozzy Osbourne estão neste disco. Desta forma, a audição flui naturalmente e o ouvinte nem percebe a passagem do tempo. Clássicos como "I Don't Want to Change The World" e "Mama, I'm Coming Home" são amplamente conhecidas mesmo por não fãs do vocalista.
Mas o álbum também possui canções menos badaladas e que o Blog as considera de um patamar superior como a pesada "Desire", a intensa "Zombie Stomp" e a emblemática "Hellraiser".
No entanto, deve-se destacar clássicos como a pesada e sombria faixa-título, "No More Tears", a qual conta com uma das melhores atuações de Ozzy em toda a sua carreira-solo.
Bem como a belíssima balada "Road to Nowhere", uma fortíssima candidata à faixa preferida de toda carreira-solo do Madman para o blogueiro, muito graças à atuação soberba do guitarrista Zakk Wylde.
Enfim, No More Tears é um dos mais emblemáticos álbuns de toda a carreira-solo de Ozzy Osbourne, muito por contar com faixas que se tornaram clássicos de sua extensa discografia, bem como por ser, simultaneamente, um dos melhores discos de toda a obra do guitarrista Zakk Wylde. Se não está no mesmo patamar de Blizzard of Ozz (e, para o Blog, não está), No More Tears possui um nível bastante elevado e conta com algumas das melhores composições que Ozzy gravou fora do Black Sabbath. Extremamente recomendado!
Mais um disco do nosso Madman Ozzy Osbourne, do qual apenas conheço a faixa-título "No More Tears" que eu considero como a segunda melhor música dele (a primeira é "Mr. Crowley"). Eu ainda estou apegado na fase inicial dos tempos de Randy Rhoads, mas eu prometo dar uma ouvida neste e em outros discos de Osbourne para ver se vai evoluir em alguma coisa.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, meu amigo Igor. Eu também sou grande fã da fase Randy Rhoads e penso que Blizzard of Ozz está em um patamar bastante elevado, sendo seguido por perto de Diary of a Madman. Coloco No More Tears na sequência, empatado com o, para mim, muito bom Bark at the Moon.
ExcluirMas o álbum No More Tears é muito legal, possui muitas faixas agradáveis, como coloquei no texto. Registro, novamente, que minha preferida é mesmo "Road to Nowhere", minha balada preferida de Ozzy e, no mínimo, Top 5 das canções do vocalista no meu gosto. Abração!
Como eu disse antes, vou tentar ouvir todos os discos dessa fase clássica do Madman Osbourne pra ver se chego a um senso dignamente poético.
ExcluirMuito obrigado pelos elogios. As sugestões estão anotadas, nem sempre é possível atender a todas em um prazo curto, mas são sempre levadas - e muito - em consideração.
ResponderExcluirA enquete deu um resultado positivo. É bem possível que faça mais vezes, mas o Blog já tem um cronograma pré-estabelecido até mesmo como forma de me organizar. Como não tenho muito tempo disponível, é algo que vai ser estudado. O Blog tem várias formas de interagir com os leitores, através da página no Facebook, Twitter, email e até os comentários mesmo, todos são extremamente bem-vindos a interagir com quem faz o Blog.
Que bom que o post tenha agradado. O estilo do Blog é esse mesmo, passar para o leitor a emoção e o sentimento que o álbum me traz. Com um pouquinho de informação.
De toda forma, muito obrigado pelo comentário e sugestões. Grande abraço!
Ok, sem problemas! de qualquer forma o seu trabalho aqui é de muita qualidade, e sempre quer sair algo novo eu fico de olho, seu blog ja virou ponto turístico pra mim rsrs, Aliás ... meu voto para a nova enquete foi para o Guns N Roses, acredito que seria os Illusions, torço muito pra ver esses discos no blog, mais uma vez Valeu e Abraço !
ResponderExcluirObrigado novamente pelos elogios e pela participação! Continue ligado que vem mais coisa boa por aí!
ResponderExcluirPara mim, simplesmente o melhor disco solo do Ozzy. Sei que isso vai soar um pecado mortal para os fãs de Randy Rhoads, mas em No More Tears as músicas estão muito mais bem construídas e as performances estão no mínimo à altura dos dois primeiros discos. Até aceito discutir se este é melhor do que o Blizzard of Ozz ou não, mas do Diary of a Madman ele ganha disparado, na minha opinião.
ResponderExcluirBom dia, Marcello. Não acho nenhum pecado este ser o álbum preferido da carreira solo do Ozzy. No More Tears é realmente um discaço! Eu realmente prefiro os discos com o Rhoads, mas é só questão de gosto mesmo.
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