Iron
Maiden é o primeiro álbum de estúdio da banda inglesa de mesmo
nome, ou seja, o Iron Maiden. Seu lançamento oficial aconteceu em 14
de maio de 1980, através do selo EMI Records. As gravações
ocorreram no Kingsway Studios, em janeiro daquele mesmo ano. A
produção ficou por conta de Will Malone.
O
Iron Maiden volta ao Blog com seu debut, sendo uma boa oportunidade
para se passar pelos primórdios da banda. Depois, como é tradição,
percorrer-se-á as faixas do trabalho.
O
Iron Maiden foi formado no dia de Natal do ano de 1975, pelo baixista
Steve Harris, logo depois que ele deixou seu grupo anterior, o
Smiler. Harris atribuiu o nome da banda devido a uma adaptação
cinematográfica de O Homem da Máscara de Ferro, baseada no
romance de Alexandre Dumas, cujo título lhe lembrava um dispositivo
de tortura conhecido no Reino Unido como iron maiden.
Depois
de meses de ensaio, o Iron Maiden fez sua estréia em St. Nicks Hall
in Poplar, em 1º de maio de 1976, antes de assumir uma quase
residência no Cart and Horses Pub, em Maryland Point, Stratford.
O
line-up original não durou muito tempo, pois o vocalista Paul Day
acabou sendo a primeira vítima já que, de acordo com Harris,
faltava-lhe “energia e carisma no palco”. Ele foi substituído
por Dennis Wilcock, um fã declarado do KISS e que usava maquiagem e
sangue falso durante as performances ao vivo.
Steve Harris |
Um
amigo de Wilcock, chamado Dave Murray, foi convidado a participar da
banda, para o desespero dos guitarristas do grupo, Dave Sullivan e
Terry Rance. O conjunto de insatisfação e frustração levou a
Harris dissolver temporariamente o Iron Maiden, em 1976.
O
grupo foi reformado logo depois, com Murray como o único
guitarrista. Steve Harris e Dave Murray permanecem os membros mais
antigos da banda e únicos a terem participado de todos os seus
lançamentos.
O
Iron Maiden recrutou mais um guitarrista em 1977, Bob Sawyer, que foi
demitido por envergonhar a banda no palco, fingindo tocar guitarra
com os dentes. A tensão continuava, causando um racha entre Murray e
Wilcock, o qual convenceu Harris a demitir o guitarrista, bem como o
baterista original, Ron Matthews.
A
nova line-up foi colocada em prática, incluindo o futuro tecladista do
Cutting Crew, Tony Moore; Terry Wapram na guitarra e o baterista
Barry Purkis. Um mau desempenho no Bridgehouse, um pub localizado em
Canning Town, em novembro de 1977, foi o primeiro e único show com
esta formação e levou a Purkis ser substituído por Doug Sampson.
Ao
mesmo tempo, Moore foi 'convidado' a deixar a banda, pois Harris
decidiu que os teclados não combinavam com a sonoridade do grupo.
Alguns meses mais tarde, Dennis Wilcock decidiu que ele tinha perdido
bastante tempo com o grupo e saiu para formar a sua própria banda, o
V1, e Dave Murray foi imediatamente reintegrado ao Iron Maiden.
Como
Dave preferia ser o único guitarrista da banda e Wapram desaprovava
o retorno de Murray, Terry também foi demitido.
Steve
Harris, Dave Murray e o baterista Doug Sampson passaram o verão e o
outono ingleses de 1978 ensaiando, enquanto procuravam um vocalista
para completar a nova line-up da banda. Um encontro casual no
pub Red Lion, em Leytonstone, em novembro de 1978, evoluiu para uma
audição bem-sucedida com o vocalista Paul Di'Anno.
Steve
Harris afirmou: “Há uma espécie de qualidade na voz de Paul, uma
rispidez em sua voz, ou o que você quiser chamá-la, que apenas
deu-lhe esta grande margem”.
Paul Di'Anno |
Naquele
momento, Murray normalmente seguiu como o único guitarrista, com
Harris comentando, “Dave era tão bom que poderia fazer um monte de
coisas por conta própria. O plano sempre foi ter um segundo
guitarrista, mas encontrar um que poderia combinar com Dave era
realmente difícil”.
Na
véspera de final de ano de 1978, o Iron Maiden gravou uma demo,
composta por quatro músicas, no Spaceward Studios, em Cambridge. A
esperança era que a gravação fosse ajudá-los a garantir mais
shows.
A
banda apresentou uma cópia para Neal Kay, quem geria um clube de
Heavy Metal chamado Bandwagon Heavy Metal Soundhouse,
localizado em Kingsbury Circle, no noroeste de Londres.
Após
ouvir a fita, Kay começou a tocar a demo regularmente no Bandwagon,
e uma das músicas, "Prowler", acabou atingindo 1º lugar na
parada chamada Soundhouse, que era publicada semanalmente na revista
Sounds.
Uma
cópia também foi adquirida por Rod Smallwood, que logo acabou se
tornando o empresário da banda, e, como a popularidade do Iron
Maiden só aumentava, eles lançaram uma demo na sua própria
gravadora, batizada de The Soundhouse Tapes, em homenagem ao
clube.
Com
apenas três faixas (uma canção, "Strange World", foi
excluída, pois a banda estava insatisfeita com sua produção) todas as cinco mil cópias foram vendidas dentro de algumas semanas.
Todas
as 3 canções presentes na The Soundhouse Tapes foram
compostas pelo baixista Steve Harris. Eram elas: “Iron Maiden”,
“Invasion” e “Prowler”.
Em
dezembro de 1979, a banda fechou contrato com uma grande gravadora, a
EMI, e pediu ao amigo de infância de Dave Murray, de nome Adrian
Smith, para se juntar ao grupo como seu segundo guitarrista.
Smith
declinou do pedido, pois estava ocupado com sua própria banda, o
Urchin, e, assim, o Iron Maiden terminou contratando o guitarrista
Dennis Stratton. Pouco tempo depois, Doug Sampson deixou o conjunto
devido a problemas de saúde e foi substituído pelo baterista Clive
Burr, ex-Samson, por sugestão de Stratton, em 26 de dezembro de
1979.
A
primeira aparição do Iron Maiden em um álbum foi na coletânea
chamada Metal for Muthas (lançada em 15 de fevereiro de
1980), com duas versões prévias de "Sanctuary" e
"Wrathchild".
O
lançamento da compilação levou a uma turnê a qual contou com
várias outras bandas relacionadas com o movimento que ficou
conhecido como New Wave Of British Heavy Metal, ou NWOBHM.
Para
seu álbum de estreia, o produtor foi Will Malone, que o Iron Maiden,
desde então, alegou não possuir interesse no projeto e efetivamente
deixou que a própria banda produzisse a maior parte do disco por si
mesma, que, de acordo com o baixista Steve Harris, foi concluído em
apenas 13 dias.
A
gravação ocorreu no Kingsway Studios, oeste de Londres, em janeiro
de 1980, com a banda se ausentando em alguns momentos por conta da
supracitada turnê Metal for Muthas, concluindo as mixagens
finais no Morgan Studios, no noroeste de Londres, em fevereiro
daquele ano.
Antes
das sessões com Malone, a banda fez duas tentativas, em dezembro de
1979, com dois produtores diferentes, enquanto ainda era um quarteto.
Guy
Edwards, o primeiro produtor, foi demitido, pois a banda estava
descontente com a qualidade 'enlameada' de sua produção. Já o
segundo, Andy Scott, também foi dispensado após insistir que Harris
usasse uma palheta, em vez de seus dedos, para tocar seu baixo.
Dave Murray, Steve Harris e Dennis Stratton |
Após
esses esforços, a banda decidiu não despedir Malone. O grupo
criticou a qualidade da produção, embora muitos fãs ainda prefiram
a qualidade sonora mais crua da gravação.
A
capa do primeiro álbum iniciou uma intensa parceria com o artista
Derek Riggs. Quando a banda assinou contrato com a gravadora EMI, o
empresário do grupo, Rod Smallwood, sugeriu que a banda deveria
possuir uma marca única, que a diferenciasse das outras. Eis que
surgiu a ideia de um mascote.
Derek
Riggs foi quem criou o Eddie The Head, a mascote do grupo, a qual se
tornaria praticamente sinônimo de Iron Maiden e que estampa a capa
de seu primeiro disco.
Vamos
às faixas:
PROWLER
Um riff bastante criativo é a base da primeira canção do álbum. A faixa combina certa velocidade com muita intensidade. Uma das marcas da banda, a onipresença do baixo de Steve Harris, já dá as caras e comanda o andamento da música. Uma atuação agressiva do vocalista Paul Di'Anno é outro ponto alto. Excelente!
A
letra é simples e fala sobre juventude:
Walking
through the city, looking oh so pretty
I've
just got to find my way
See
the ladies flashing
All
there legs and lashes
I've
just got to find my way
REMEMBER
TOMORROW
A introdução de "Remember Tomorrow" é comandada pelo baixo de Steve Harris e o ritmo é lento, muito melódico, leve, mas com o clima sombrio. A atuação de Di'Anno é mais contida, casando-se perfeitamente com o instrumental. A faixa, aos poucos, transforma-se no Metal típico da New Wave of British Heavy Metal. Ótima composição.
A
letra possui um tom de resignação:
Tears
for remembrance, and tears for joy
Tears
for somebody and this lonely boy
Out
in the madness, the all seeing eye
Flickers
above us, to light up the sky
RUNNING
FREE
"Running Free" possui uma pegada interessantíssima, construindo a fusão do Heavy Metal típico do Iron Maiden com o Rock clássico. O riff base da música é muito criativo e a seção rítmica dita o andamento da faixa de maneira muito presente. Cadenciada, melódica e 'caótica', esta canção é um clássico. Ótima atuação de Di'Anno.
Obviamente,
o sentido da letra é por liberdade:
Just
sixteen, a pickup truck
Out
of money, out of luck
I've
got nowhere to call my own
Hit
the gas, and here I go
“Running
Free” é um clássico do Iron Maiden.
Lançada
como single, atingiu a 34ª posição da principal parada britânica
desta natureza.
De
acordo com o vocalista Paul Di'Anno, que escreveu a letra da canção,
é "uma canção muito autobiográfica, embora, naturalmente, eu
nunca passei a noite em uma prisão de Los Angeles. É sobre ter 16
anos e, como ela diz, apenas correndo selvagem e correndo livre. Ela
vem de meus dias como skinhead".
A
canção é conhecida por ser uma das composições com pegada mais
de Rock tradicional da banda, que Mick Wall descreve como "Iron
Maiden em sua apoteose punk-metal".
Esporadicamente,
ainda aparece nos set lists da banda.
A
arte da capa do single é notoriamente conhecida como a primeira
aparição oficial da mascote do Iron Maiden, Eddie, embora seu rosto
esteja obscurecido, pois a banda não queria que ele fosse
apresentado até o lançamento do álbum (o single foi lançado em
fevereiro, 2 meses antes do disco).
Vários
nomes de banda (como Scorpions, Judas Priest , AC/DC, Sex Pistols e
Led Zeppelin) são pintadas com tinta spray na parede atrás do jovem
na imagem, assim como a palavra "Hammers", uma homenagem ao
West Ham United (time de coração do baixista Steve Harris).
Ironicamente,
a arte da capa do single ao vivo (lançado em 1985) é a primeira que
não apresenta o Eddie, pois mostra uma imagem real da banda no
palco.
A
faixa "Burning Ambition", que é o lado B do single, foi
gravada no final de novembro 1979, no Wessex Studios com o produtor
Guy Edwards, enquanto a banda possuía 4 membros, pouco antes das contratações de Dennis Stratton e Clive Burr. É uma das primeiras
composições de Harris, escrita por volta do tempo em que ele estava
em uma banda chamada Gypsy's Kiss. É uma das poucas gravações do
grupo com Doug Sampson na bateria.
PHANTOM
OF THE OPERA
"Phantom of the Opera" supera a casa dos 7 minutos e é a maior composição do disco de estreia do Iron Maiden, ao menos em duração. Uma das características mais marcantes desta faixa é sua estrutura de "caos", contando com mudanças de ritmo e velocidade. A única constante na canção são a intensidade e o peso. O solo de guitarra próximo dos 3 minutos de duração é belíssimo. Destaque absoluto para o baixo de Harris. É uma amostra de que o Rock Progressivo foi uma das influências em Steve Harris.
A
letra é aterrorizante:
I'm
running and hiding in my dreams you're always there
You're
the phantom of the opera, you're the devil, you're just out to scare
You
damaged my mind and my soul it just floats through the air
Haunt
me, you taunt me, you torture me back at your lair
Claramente
baseada no clássico escrito por Gaston Leroux, "Phantom of the
Opera" é também uma das favoritas pessoais de Steve Harris e
ainda é tocada ao vivo com alguma frequência. Com pitadas de humor
e de mudanças de tempo, Harris marca-a como “a primeira música
que eu havia composto que era um pouco mais proggy”.
TRANSYLVANIA
"Transylvania" é uma música instrumental curta, com pouco mais de 4 minutos, que apresenta o Iron Maiden apostando em um Heavy Metal com doses equilibradas de peso e velocidade. A aposta em um ritmo mais cadenciado se demonstra acertada, embora em algumas passagens o andamento acelere.
"Transylvania"
é uma peça instrumental, composta por Harris, que mais tarde foi
'coverizada' pelo Iced Earth no álbum Horror Show, de 2001.
STRANGE
WORLD
"Strange World" possui uma melódica e arrastada introdução, superando 1 minuto e meio, contando com uma pegada lenta e praticamente sem peso. O clima soa melancólico e triste, sendo confirmado pela atuação vocal de Di'Anno, a qual transmite toda essa atmosfera mais depressiva. É, na realidade, uma balada, mas que fica devendo um pouco.
A
letra tem uma pegada sobre solidão:
The
only place where you can dream
Living
here is not what it seems
Ship
of white light in the sky
Nobody
there to reason why
Embora
creditada como uma composição apenas de Steve Harris, Paul Day, o
vocalista original da banda entre 1975 e 1976, afirmou que também
contribuiu para a música. É a única canção do álbum que não
foi regravada em nenhuma oportunidade pelo vocalista Bruce Dickinson.
CHARLOTTE
THE HARLOT
Rápida, intensa e criativa; assim é a clássica "Charlotte The Harlot". O riff principal da música é muito simples, mas cheio de ritmo e velocidade, dando à composição toda a ferocidade característica do Iron Maiden. O refrão é ótimo. O solo de guitarra aos 3 minutos é excelente!
A
letra fala sobre uma prostituta:
Taking
so many men to your room, don't you feel no remorse?
You
charge them a fiver, It's only for starters
And
ten for the main course
And
you've got no feelings, they died long ago
“Charlotte
The Harlot”, a única canção creditada a Dave Murray sozinho, é
a primeira de quatro faixas do Iron Maiden a fazerem referência à
prostituta ficcional 'Charlotte', embora Murray afirma que foi
“baseada em uma história real”.
IRON
MAIDEN
A oitava - e última - faixa de Iron Maiden é homônima ao álbum e ao grupo, ou seja, "Iron Maiden". O peso e o ritmo acelerado os quais eternizariam a sonoridade da banda estão presentes de modo uniforme na composição. Destaque para como o baixo de Steve Harris determina o andamento da música de maneira impressiva. Clássico!
A
letra é uma referência à própria banda:
Won't
you come into my room
I
wanna show you all my wares
I
just want to see your blood
I
just want to stand and stare
See
the blood begin to flow
As
it falls upon the floor
Iron
Maiden can't be fought
Iron
Maiden can't be sought
Considerações
Finais
Baseado
em um conjunto de canções extremamente sólido, o álbum de estreia
do Iron Maiden foi um sucesso.
Atingiu
a ótima 4ª posição na principal parada britânica de álbuns,
embora não tenha repercutido nos Estados Unidos. Também alcançou o
27º lugar na correspondente sueca.
A
canção “Sanctuary”, a qual apareceu na compilação Metal for
Muthas, não estava presente no lançamento original do álbum,
embora tenha sido incluída na versão norte-americana e em
relançamentos posteriores do mesmo.
“Sanctuary”
é bastante presente nos shows do Iron Maiden e foi regravada nas
sessões para o álbum, sendo lançada como single em maio de 1980,
já durante a Iron Maiden Tour. A capa causou controvérsia, pois
apresentava a mascote Eddie assassinando a então primeira-ministra
da Inglaterra, Margaret Thatcher.
O
álbum Iron Maiden contém algumas das primeiras canções
preferidas dos fãs, como “Phantom of the Opera”, “Running
Free” e “Iron Maiden”, esta última, praticamente presente em
todos os shows do grupo desde que a mascote Eddie passou a ser uma
presença regular nas apresentações da banda.
A
crítica recebeu muito bem o álbum. Geoff Barton escreveu uma
crítica extremamente positiva para a conceituada revista Sounds.
Steve Huey, do site AllMusic, vê o disco como um “marco”
e aponta: “não há melhor lugar para ouvir como o punk e o rock
progressivo influenciaram a New Wave Of British Heavy Metal”.
O
site Sputnikmusic ainda complementa: “um dos melhores álbuns de
estréia no mundo do heavy metal”, indicando “a crueza, o poder
agressivo o qual define os primeiros anos da banda”.
Iron
Maiden também faz parte do livro 1001 Albums You Must Hear Before
You Die, de Robert Dimery.
A
Iron Maiden Tour, extensa turnê para promoção do álbum, começou
em 1º de abril de 1980 e terminou em 21 de dezembro de 1980, entre
algumas paradas e recomeços.
A
turnê conteve algumas datas como banda principal no Reino Unido,
além de atuações como banda de abertura para o KISS na Europa (em
sua Unmasked Tour) e, nas mesmas condições, em algumas datas
selecionadas para o Judas Priest (que promovia seu clássico British
Steel).
Em
13 de Outubro de 1980, o Iron Maiden encerrou sua turnê europeia com
o KISS e foi esta a data do último show do grupo com o guitarrista
Dennis Stratton, demitido por conta de suas diferenças criativas e
pessoais com o restante da banda.
Seu
substituto foi o guitarrista Adrian Smith, o qual faria seu primeiro
show com o conjunto em 21 de novembro de 1980.
Iron
Maiden ultrapassa as 500 mil cópias vendidas apenas na Europa.
Formação:
Paul
Di'Anno - Vocal
Steve
Harris - Baixo, Backing Vocals
Dennis
Stratton - Guitarra, Backing Vocals
Dave
Murray - Guitarra
Clive
Burr - Bateria
Faixas:
01.
Prowler (Harris) - 3:55
02.
Remember Tomorrow (Harris/Di'Anno) - 5:27
03.
Running Free (Harris/Di'Anno) - 3:16
04.
Phantom of the Opera (Harris) - 7:20
05.
Transylvania (Harris) - 4:05
06.
Strange World (Harris) - 5:45
07.
Charlotte the Harlot (Murray) - 4:12
08.
Iron Maiden (Harris) - 3:35
Letras:
Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/iron-maiden/
Disposto a conquistar o mundo com sua música, o baixista Steve Harris criou a banda Iron Maiden que, com o tempo, passou a ser, praticamente, sinônimo de seu nome. Após batalhar alguns anos em busca de uma gravadora disposta a apostar dinheiro em sua música inovadora e agressiva, finalmente o objetivo foi alcançado em 1980.
Já em seu álbum de estreia, o Iron Maiden apresenta algumas de suas características que estariam presentes em seus futuros discos. O ritmo acelerado, uma sonoridade pesada e ao mesmo tempo extremamente melódica, canções longas com mudanças de andamento e a onipresença do baixo de Steve Harris.
As guitarras, até mesmo por se tratar de um álbum de Heavy Metal, são bastante presentes no disco, com destaque para Dave Murray. Clive Burr faz um trabalho competente, assim como é sólida a atuação de Paul Di'Anno. Mas o grande destaque vai para Steve Harris, o qual faz do seu baixo um protagonista na música do Iron Maiden.
As letras possuem um algo a mais e merecem uma conferida. Elas quase sempre refletem a forma como o baixista vê o mundo.
Iron Maiden foge da média geral e apresenta canções fortes e impressivas, algumas delas se tornando favoritas dos fãs e se tornando verdadeiros clássicos do grupo.
"Prowler" é uma das faixas preferidas do Blog, um "arrasa-quarteirão" típico da banda para começar o disco com força total. A sombria "Remember Tomorrow" é uma pequena amostra de toda a potência melódica do grupo britânico. "Phantom of the Opera" comprova, mesmo que de maneira incipiente, a influência progressiva em Steve Harris.
Abrilhantam a obra as clássicas "Charlotte The Harlot" e "Iron Maiden", esta última, um verdadeiro hino do conjunto e cultuada pela enorme massa de fãs até hoje.
Mas o Blog escolhe a sensacional "Running Free" como sua faixa predileta no trabalho. Peso, ritmo e melodia em combinação perfeita!
Uma pergunta que fica é: até onde teria chegado o Iron Maiden com a formação que gravou seu primeiro álbum? É, evidentemente, uma questão sem resposta. Em um exercício de futurologia reversa, o Blog se arrisca em uma.
Pela qualidade incontestável de Iron Maiden, é fácil apontar que o grupo continuaria como expoente do movimento New Wave of British Heavy Metal. Seu segundo trabalho, o ótimo Killers, aponta para esta afirmação.
Mas é inegável, para qualquer sujeito com um mínimo de bom senso, que as adições de Bruce Dickinson e Adrian Smith não somente elevaram o nível técnico da banda. Eles trouxeram novas abordagens musicais para as composições do conjunto, elevando suas possibilidades e alçando o Iron Maiden a um patamar estratosférico. Sem eles, é pouco provável que o grupo se tornasse o que é hoje: uma das melhores e mais importantes bandas de todos os tempos.
E, Iron Maiden, é o seu primeiro esforço. Um álbum com muitas de suas principais características, fortes composições e, também, muita raça e vontade de crescer. Extremamente recomendado a fãs de Rock e essencial para os ouvintes de Heavy Metal. Clássico!
Como eu disse em outra oportunidade, prefiro mil vezes o Iron Maiden com Bruce Dickinson á frente dos microfones (a banda não tem graça nenhuma sem ele). Portanto, me abstenho de comentar sobre seus dois primeiros discos antes de sua chegada. Me desculpe.
ResponderExcluirTudo bem, cada um com suas preferências!
ExcluirFoi exatamente o que eu te disse quando você me falou que o The Number of the Beast (disco de 1982 onde tudo realmente começou para o Iron Maiden) é o melhor trabalho do Iron Maiden, já que de minha parte prefiro mais o Powerslave, disco de 1984 que representa o ápice da carreira em todos os sentidos.
ExcluirE continua valendo, meu caro!
Excluir"Mas é inegável, para qualquer sujeito com um mínimo de bom senso, que as adições de Bruce Dickinson e Adrian Smith não somente elevaram o nível técnico da banda. Eles trouxeram novas abordagens musicais para as composições do conjunto, elevando suas possibilidades e alçando o Iron Maiden a um patamar estratosférico. Sem eles, é pouco provável que o grupo se tornasse o que é hoje: uma das melhores e mais importantes bandas de todos os tempos."
ResponderExcluirSó ficou faltando citar o grande Nicko McBrain!
É verdade! Boa lembrança.
ExcluirE também o produtor Martin Birch!
ExcluirAgora sim, o time tá completo.