Straight
Shooter é o segundo álbum de estúdio da banda britânica Bad
Company. Seu lançamento oficial ocorreu em abril de 1975, através
dos selos Island e Swan Song. As gravações aconteceram em setembro
de 1974, no Clearwell Castle, em Gloucestershire, na Inglaterra. A
produção ficou a cargo da própria banda.
11 de dezembro de 2017
6 de dezembro de 2017
THE JIMI HENDRIX EXPERIENCE - AXIS: BOLD AS LOVE (1967)
6 de dezembro de 2017
Axis:
Bold as Love é o segundo álbum do grupo Inglês/Americano Jimi
Hendrix Experience. Seu lançamento oficial aconteceu em 1º de
dezembro de 1967 através do selo Track Records. As gravações
ocorreram entre maio e junho daquele mesmo ano, no Olympic Studios,
em Londres, na Inglaterra. A produção ficou por conta de Chas
Chandler.
19 de novembro de 2017
KISS - LOVE GUN (1977)
19 de novembro de 2017
Love
Gun é o sexto álbum de estúdio da banda norte-americana chamada
KISS. Seu lançamento oficial aconteceu em 30 de junho de 1977
através do selo Casablanca. As gravações ocorreram em maio de
1977, no Record Plant Studios, em New York City, Estados Unidos. A
produção ficou por conta de Eddie Kramer e da própria banda.
18 de novembro de 2017
LED ZEPPELIN - LED ZEPPELIN (1969)
18 de novembro de 2017
Led
Zeppelin é o álbum de estreia da banda de mesmo nome, ou seja, o
Led Zeppelin. Seu lançamento oficial ocorreu em 12 de janeiro de
1969 através do selo Atlantic Records. As gravações aconteceram
entre setembro e outubro de 1968, no Olympic Studios, em Londres, na
Inglaterra. A produção ficou por conta de Jimmy Page.
11 de novembro de 2017
YES - THE YES ALBUM (1971)
11 de novembro de 2017
The
Yes Album é o terceiro álbum de estúdio da banda inglesa Yes. Seu
lançamento oficial aconteceu em 19 de fevereiro de 1971, através do
selo Atlantic Records. As gravações ocorreram no segundo semestre
de 1970, no Advision Studios, em Londres, na Inglaterra. A produção
ficou por conta de Eddie Offord e do próprio Yes.
28 de outubro de 2017
REO SPEEDWAGON - RIDIN' THE STORM OUT (1973)
28 de outubro de 2017
13 de outubro de 2017
DUST - HARD ATTACK (1972)
13 de outubro de 2017
2 de outubro de 2017
U.D.O. - FACELESS WORLD (1990)
2 de outubro de 2017
Faceless
World é o terceiro álbum de estúdio da banda alemã chamada UDO.
Seu lançamento oficial aconteceu em 25 de fevereiro de 1990, através
da gravadora RCA Records. As gravações ocorreram entre outubro de
1989 e janeiro do ano seguinte no Dierks Studios, em Colônia, na
Alemanha. A produção ficou por conta de Stefan Kaufmann.
22 de setembro de 2017
OVERKILL - THE YEARS OF DECAY (1989)
22 de setembro de 2017
The
Years of Decay é o quarto álbum de estúdio da banda
norte-americana chamada Overkill. Seu lançamento oficial ocorreu em
13 de outubro de 1989 através dos selos Atlantic e Megaforce
Records. As gravações aconteceram entre junho e julho daquele mesmo
ano, no Carriage House Studios, em Stamford, no estado
norte-americano de Connecticut. A produção ficou a cargo de Terry
Date, Jon Zazula, Marsha Zazula e do próprio conjunto.
16 de setembro de 2017
FOGHAT - FOOL FOR THE CITY (1975)
16 de setembro de 2017
Fool
for the City é o quinto álbum de estúdio da banda britânica
chamada Foghat. Seu lançamento oficial aconteceu em 15 de setembro
de 1975, através do selo Bearsville. As gravações ocorreram
durante o ano de 1974, nos estúdios Suntreader Studios em Sharon,
Vermont, nos Estados Unidos. A produção ficou por conta de Nick
Jameson.
8 de setembro de 2017
ROUGH CUTT - ROUGH CUTT (1985)
8 de setembro de 2017
Rough
Cutt é o álbum de estreia da banda norte-americana de mesmo nome,
obviamente, o Rough Cutt. Seu lançamento oficial aconteceu em 30 de
novembro de 1985, através do selo Warner Bros. As gravações
ocorreram no estúdio The Record Plant, em Los Angeles, nos Estados
Unidos. A produção ficou por conta do renomado Tom Allom.
19 de agosto de 2017
MONTROSE - PAPER MONEY (1974)
19 de agosto de 2017
14 de agosto de 2017
AVENGED SEVENFOLD - NIGHTMARE (2010)
14 de agosto de 2017
Nightmare
é o quinto álbum de estúdio da banda norte-americana Avenged
Sevenfold. Seu lançamento oficial aconteceu em 27 de julho de 2010,
através do selo Warner Bros. As gravações ocorreram entre novembro
de 2009 e abril do ano seguinte, nos The Pass and Phantom Studios,
nos Estados Unidos. A produção ficou por conta de Mike Elizondo.
5 de agosto de 2017
TALISMAN - GENESIS (1993)
5 de agosto de 2017
Genesis
é o segundo álbum de estúdio da banda sueca Talisman. Seu
lançamento oficial aconteceu em 7 de julho de 1993, através do selo
Dino Records. As gravações ocorreram em dezembro de 1992 no
Stocksund Recording Studios, próximo a Estocolmo, na Suécia. A
produção ficou a cargo do baixista Marcel Jacob.
19 de julho de 2017
DOKKEN - TOOTH AND NAIL (1984)
19 de julho de 2017
Tooth
and Nail é o segundo álbum de estúdio da banda norte-americana
chamada Dokken. Seu lançamento oficial aconteceu em 14 de setembro
de 1984, através do selo Elektra Records. As gravações ocorreram
entre abril e agosto daquele mesmo ano, nos estúdios Cherokee
Studios, em Hollywood, nos Estados Unidos. A produção é assinada
por Tom Werman e por Roy Thomas Baker.
14 de julho de 2017
JORN - THE DUKE (2006)
14 de julho de 2017
8 de julho de 2017
TED NUGENT - TED NUGENT (1975)
8 de julho de 2017
Ted
Nugent é o álbum de estreia da carreira-solo do músico
norte-americano de mesmo nome, obviamente, Ted Nugent. Seu lançamento
oficial aconteceu em setembro de 1975, com as gravações ocorrendo
naquele mesmo ano, no estúdio The Sound Pit, em Atlanta, nos Estados
Unidos. O selo responsável foi a Epic Records e a produção ficou
por conta de Tom Werman e Lew Futterman.
23 de junho de 2017
DREAM THEATER - AWAKE (1994)
23 de junho de 2017
Awake
é o terceiro álbum de estúdio da banda norte-americana Dream
Theater. Seu lançamento oficial aconteceu em 4 de outubro de 1994,
através do selo East West Records. As gravações ocorreram entre
maio e julho daquele mesmo ano, nos estúdios One on One Studios e
Devonshire Studios, em North Hollywood, em Los Angeles, nos Estados
Unidos. A produção ficou sob a responsabilidade de John Purdell e
Duane Baron.
Quase
6 anos depois, o Dream Theater retorna às nossas páginas. O
primeiro post sobre o grupo pode ser lido aqui. O RAC
vai focar nos acontecimentos que antecederam o lançamento do disco
para depois se ater às faixas, conforme nossa tradição.
Images
and Words
Como
se apontou, você encontra nosso post sobre este álbum aqui.
O
primeiro álbum a ser gravado sob seu novo contrato de gravação
(com a ATCO Records; hoje, East West, subsidiária da Elektra
Records) foi Images and Words, de 1992. Para sua promoção, o
selo lançou um CD Single e um videoclipe para a música
“Another Day”, mas também não causou um significativo impacto
comercial.
A
música “Pull Me Under”, no entanto, conseguiu obter um alto
nível de veiculação nas rádios, sem qualquer promoção
organizada pela banda ou pela gravadora.
Mas,
devido ao inesperado sucesso, a ATCO Records produziu um videoclipe
para “Pull Me Under” e este viu uma grande rotação na MTV
norte-americana. Um terceiro videoclipe foi produzido para “Take
the Time”, mas não foi tão bem-sucedido quanto “Pull Me Under”.
O
sucesso de “Pull Me Under”, combinado a uma turnê implacável em
todo os EUA e Japão, fez com que Images and Words obtivesse sucesso
comercial nos Estados Unidos e no Japão. Uma turnê pela Europa
seguiu em 1993, que incluiu um show no famoso Marquee Club, em
Londres.
O
show foi gravado e lançado como Live at the Marquee, o
primeiro álbum Ao Vivo oficial do Dream Theater.
Além disso, foi lançada uma compilação de vídeos de seus shows
japoneses (em conjunto com um livreto com imagens) como Images and
Words: Live in Tokyo.
John Petrucci |
Próximo
álbum
Após
uma pausa de um mês, o Dream Theater começou a trabalhar em
seu terceiro álbum de estúdio, em fevereiro de 1994. As sessões de
composição, que durariam dois meses, deram-se no Prince Studios, em
Nova York, nos Estados Unidos.
A
falta de um líder dentro da banda aumentou as tensões naquilo que
já seriam tensas sessões. A luta nunca chegou às vias de fato, mas
houve muita disputa por cada segundo das músicas, como os finos detalhes de cada uma
das composições.
O
sucesso do álbum anterior do Dream Theater, Images and
Words, e, particularmente, do single “Pull Me Under”,
pressionou a banda para produzir um sucessor que fosse, pelo menos,
similarmente bem-sucedido.
Naquela
época, a popularidade do metal alternativo e do groove metal
significaram que a gravadora da banda, a East West, desejou que o
conjunto criasse um álbum mais pesado e sombrio.
Awake
foi a primeira vez em que o guitarrista do conjunto, John Petrucci,
gravou com uma guitarra de sete cordas, estabelecendo um estilo de
composição baseado em riffs.
“Este
estilo consolidaria, ainda mais, a fusão entre o metal e a música
progressiva, sendo aquilo pelo que o Dream Theater é
conhecido”, disse Petrucci. O vocalista, James LaBrie, descreveu
seus vocais em Awake como “mais variados e muito mais
agressivos” que em Images and Words, na medida em que
pessoas chegaram a pensar que a banda tinha um novo vocalista para o
trabalho.
As
sessões de gravação para o álbum começaram em maio de 1994, no
One On One Studios, em North Hollywood, Los Angeles, com o trabalho
de overdub realizado em Devonshire Studios, em Los Angeles.
John
Purdell e Duane Baron foram contratados para produzirem o disco. A
banda, que teve um relacionamento difícil com David Prater, que
produziu Images and Words, porém, gostava de trabalhar com
Purdell e Baron.
Awake
foi mixado no Unique Studios, em Nova York. Durante o processo,
Purdell e Baron foram, inicialmente, acompanhados pelos membros do
grupo. Com cada músico querendo a ênfase da mixagem em seu
respectivo instrumento, a banda foi banida das sessões de mixagem,
permitindo que Purdell e Baron produzissem o álbum com um padrão
suficientemente alto. Entretanto, o Dream Theater acabou
gostando do resultado final, bem diferente do que acontecera no disco
anterior.
Mike Portnoy |
Kevin
Moore deixa o Dream Theater
No
final das sessões de gravação de Awake, o tecladista Kevin
Moore anunciou aos seus companheiros de banda que ele estava deixando
o grupo. Petrucci, que era amigo de infância do tecladista, achou a
notícia, particularmente, difícil de se assimilar. Já o baixista
John Myung observou que o anúncio “não partiu do nada”.
O
vocalista James LaBrie notou mudanças no comportamento de Moore já
ao final da tour de Images and Words. “Ele parecia mais
distante e fechado em si mesmo... Não que ele fosse rude ou
desagradável com qualquer um”, disse James. E continuou: “Mas
quando Mike (Portnoy, o baterista), John Petrucci e John Myung
estavam no estúdio de ensaio compondo para Awake, ele não estava lá
como havia estado no passado. E quando estava, os caras me disseram
que ele ficava sentado lendo uma revista enquanto eles estavam
tentando desenvolver riffs”.
Moore
afirmou que decidiu sair do conjunto porque sua abordagem para compor
música mudou. Ele se tornou mais interessado em escrever e gravar
seu próprio material.
O
gerente de negócios da banda, Rob Shore, sugeriu que a ideia de uma
turnê prolongada foi um contribuinte primordial na decisão de
Moore. Depois de deixar o Dream Theater, Moore continuou a
fazer música, embora, conceitualmente, bem distante de seu trabalho
com a banda.
Larry
Freemantle, que havia desenhado a capa de Images and Words,
também concebeu a obra para Awake. Tal como acontece com
Images and Words, a banda instruiu Freemantle a incluir várias
referências líricas na capa, como um relógio que mostra o tempo
6:00, um espelho e uma aranha no meio de uma teia.
A
Access Images, a empresa que Freemantle usara para construir a capa
de Images and Words, havia quebrado, o que significu que ele
teve que montar a capa usando suas próprias imagens de arquivo: “Foi
feito de forma muito rápida e sempre me senti frustrado com essa
capa, já que perdi muito tempo”, disse Freemantle.
Vamos
às faixas:
6:00
O álbum começa com uma faixa mais densa, com a seção rítmica não ditando apenas o ritmo, mas imprimindo um peso considerável na sonoridade. A atmosfera é mais tensa e isto está representado pelo trabalho de Moore nos teclados, somente sendo cortado pela guitarra de Petrucci. Boa canção.
A
letra é em tom de amargura:
So
many ways to drown a man
So many ways to drag him down
Some are fast and some take years and years
Can't hear what he's saying when he's talking in his sleep
He finally found the sound but he's in too deep
So many ways to drag him down
Some are fast and some take years and years
Can't hear what he's saying when he's talking in his sleep
He finally found the sound but he's in too deep
As
letras foram escritas pelo tecladista Kevin Moore e, de certa forma,
revelam seu afastamento do restante do conjunto.
CAUGHT
IN A WEB
Bastante groove e peso no início de "Caught in a Web". LaBrie continua apostando em vocais mais "agressivos" e rasgados, tentando os casarem com a sonoridade mais densa optada pela banda. O refrão é mais ameno, lembrando a proposta do grupo em Images and Words. Ótima composição.
A
letra pode ser inferida como o desejo de liberdade:
Caught
in a web
Removed from the world
Hanging on by a thread
Spinning the lies devised in my head
Removed from the world
Hanging on by a thread
Spinning the lies devised in my head
Lançada
como single, não repercutiu nas principais paradas desta natureza.
INNOCENCE
FADED
O baixo de John Myung, magistral como de costume, continua ditando os passos do álbum e assim o é na linda "Innocence Faded". Outro ponto altíssimo da composição é como o guitarrista John Petrucci constrói ótimos riffs e belíssimas linhas melódicas com seu instrumento. Para ser perfeita a faixa só precisava de vocais melhores.
A
letra mostra um contraste entre a imagem aparente e os sentimentos
internos de alguém:
Callow
and vain fixed like a fossil, shrouding pain
Passionless stage
Distant like brothers
Wearing apathetic displays
Sharing flesh like envy in cages
Condescending
Not intending to end
Passionless stage
Distant like brothers
Wearing apathetic displays
Sharing flesh like envy in cages
Condescending
Not intending to end
A
letra foi escrita pelo guitarrista John Petrucci e teria sido
inspirada no fim da amizade entre ele e o tecladista Kevin Moore.
A
MIND BESIDE ITSELF: I. EROTOMANIA
"Erotomania" é uma típica passagem instrumental do Dream Theater: complexa, intrincada, técnica e pesada; ou seja, brilhante. Brilho intenso especialmente da guitarra de John Petrucci.
A
MIND BESIDE ITSELF: II. VOICES
"Voices" é um ótimo exemplo daquilo que de melhor o Dream Theater pode produzir: passagens com a beleza e a complexidade do Rock Progressivo, e, outras, com a fúria e o poder do Heavy Metal, mas se complementando de maneira harmoniosa e orgânica. Momento magnífico do álbum!
A
letra é uma reflexão em meio a devaneios:
Thought
disorder
Dream control
Now they read my mind on the radio
But where was the Garden of Eden?
Dream control
Now they read my mind on the radio
But where was the Garden of Eden?
John
Petrucci escreveu a letra de “Voices”, baseado em suas leituras
sobre esquizofrenia e outros distúrbios mentais, associando-os à
temática religiosa.
A
MIND BESIDE ITSELF: III. THE SILENT MAN
"The Silent Man" aparece como uma balada acústica e quebra o clima mais pesado e denso do trabalho até este instante. Embora simples, sua sutileza conta com uma melodia muito bonita.
A
letra possui certa inspiração religiosa:
When
there is reason
Tonight I'm Awake
When there's no answer
Arrive the Silent Man
If there is balance
Tonight he's Awake
But if they have to suffer
There lies the Silent Man
Tonight I'm Awake
When there's no answer
Arrive the Silent Man
If there is balance
Tonight he's Awake
But if they have to suffer
There lies the Silent Man
Escrita
por John Petrucci, a letra segue parte da temática que envolve
religião já exposta em “Voices”.
Também
lançada como single, não repercutiu nas principais paradas de
sucesso.
THE
MIRROR
O riff inicial de "The Mirror" está entre as coisas mais pesadas que o Dream Theater já fez, flertando com o Thrash Metal. A sonoridade muito pesada e com considerável groove se casa perfeitamente com a letra sombria. Faixa bem interessante.
A
letra fala de autoconhecimento e medo:
It's
time for me to deal
Becoming all too real living in fear-
Why did you lie and pretend?
This has come to an end
I'll never trust you again
It's time you made your amends
Look in the mirror my friend
Becoming all too real living in fear-
Why did you lie and pretend?
This has come to an end
I'll never trust you again
It's time you made your amends
Look in the mirror my friend
“The
Mirror” possui letras do baterista Mike Portnoy, relatando sua luta
contra o alcoolismo e que seria novamente abordada nos, então,
futuros álbuns do Dream Theater.
LIE
"Lie" mantém o peso, mas com um toque de modernidade (para a época), com LaBrie praticamente recitando os primeiros versos. Portnoy está preciso na bateria e Myung destroça no baixo. Mas o grande destaque é mesmo a guitarra de Petrucci.
A
letra contrapõe justiça e merecimento:
Mother
Mary quite contrary
Kiss the boys and make them wary
Things are getting just a little bit scary
It's a wonder I can still breathe
Kiss the boys and make them wary
Things are getting just a little bit scary
It's a wonder I can still breathe
“Lie”
foi o principal single para a promoção de Awake. Atingiu a mais que
modesta 175ª posição da principal parada britânica desta
natureza.
Segundo
James LaBrie, “Lie”, originalmente, foi concebida como parte da
canção “The Mirror”. Mas o vocalista, ao ouvir as primeiras
versões da faixa, achou que ela era forte demais e poderia ser
desenvolvida em uma nova e diferente música. Assim surgiu “Lie”.
“Lie”
também se tornou um clássico dos shows do Dream Theater, sendo
costumeiramente presente nos set lists da banda.
LIFTING
SHADOWS OFF A DREAM
Nesta música, o grupo opta por deixar o peso um pouco de lado, apostando em passagens mais suaves e na beleza das melodias. O resultado final é uma composição interessante e bonita, contando com a melhor atuação de LaBrie no disco.
A
letra é, na realidade, um belo poema:
He
pours his soul into the water
Reflecting the mystery
She carries him away
And the winds die slowly
Reflecting the mystery
She carries him away
And the winds die slowly
SCARRED
Durante os quase 11 minutos de "Scarred", o Dream Theater aposta em uma sonoridade mais intricada, variando em passagens mais ou menos velozes, abusando da habitual técnica, mas alternando o peso conforme a guitarra de Petrucci ou o teclado de Moore seja o fator preponderante. Muito interessante!
A
letra menciona medo e desânimo:
I
never bared my emotion
My passion always strong
I never lost my devotion
But somewhere fate went wrong
My passion always strong
I never lost my devotion
But somewhere fate went wrong
Preliminarmente,
John Petrucci fez as letras de “Scarred” baseado na canção
“Rock the Casbah”, da banda The Clash. Mas a versão final
presente no disco já não contém mais esta inspiração.
SPACE-DYE
VEST
A décima-primeira - e última - faixa de Awake é "Space-Dye Vest". A composição traz um inegável sentimento de tristeza em sua melodia e, até certo ponto, mesmo uma áurea de melancólica despedida. Mas isto não a impede de possuir uma melodia belíssima. A atuação do tecladista Kevin Moore é incrível.
A
letra é muito introspectiva, uma espécie de procura de si:
Love
is an act of blood and I'm bleeding
a pool in the shape of a heart
Beauty projection in the reflection
Always the worst way to start
a pool in the shape of a heart
Beauty projection in the reflection
Always the worst way to start
A
canção foi totalmente composta pelo tecladista Kevin Moore,
especialmente a partir da turnê do álbum anterior, Images and
Words.
Considerações
Finais
Awake
continuou a ascensão de sucesso do Dream Theater.
O
álbum atingiu a boa 32ª posição da principal parada
norte-americana de discos, conquistando a 65ª colocação em sua
correspondente britânica. Ainda ficou com os 5º, 7º e 15º lugares
nas paradas de Suécia, Japão e Alemanha; respectivamente.
Awake
recebeu a aclamação de críticos de música. A revista britânica Q
escreveu que “os fãs do Marillion podem adorar isso e mesmo
o ouvinte cético pode aproveitar as radiofônicas “Scarred” e
“Caught in a Web””. A revista norte-americana Guitar
World classificou o disco como um dos dez melhores
lançamentos do ano. A revista britânica Metal Hammer
descartou Awake classificando-o como “masturbação
musical”.
As
avaliações mais recentes são mais favoráveis. Os avaliadores
louvam a produção do álbum, observando que é o trabalho mais
sombrio e pesado do Dream Theater até então. A musicalidade
da banda foi louvada. Phil Carter, do AllMusic,
destacou as performances de Petrucci e Portnoy; a Metal Storm
elogiou LaBrie e Portnoy.
Em
1995, para uma entrevista na Guitar World, Chuck
Schuldiner, líder da banda Death, elogiou tanto Awake
quanto o Dream Theater, em geral, afirmando que “sua música
é muito complexa, mas eles definitivamente têm ganchos, o que é
crucial para tornar a música escutável”, citando-os como uma
influência na natureza mais progressiva do material tardio de sua
banda, em oposição à cena Death Metal estagnada dos primórdios do
Death.
Em
2005, Awake foi classificado no 390º lugar, no livro da
revista Rock Hard, The 500 Greatest Rock & Metal
Albums of All Time. Em julho de 2014, o disco foi 1º colocado na
lista, da revista Guitar World, Superunknown: 50
Iconic Albums That Defined 1994.
Com
Kevin Moore fora do Dream Theater, a banda precisava encontrar
um tecladista substituto para a próxima turnê mundial, em apoio a
Awake. Antes do início da turnê, o grupo fez um show, como
atração principal, em 9 de setembro de 1994, no Foundations Forum,
em Burbank, Califórnia.
Jordan
Rudess foi o tecladista nesta apresentação, impressionando o
conjunto, mas declinando do convite de permanecer com o Dream
Theater para o restante da turnê. Ao mesmo tempo, o tecladista
havia recebido uma oferta para tocar com o Dixie Dregs em
shows mais curtos. Além disso, Rudess tinha uma família jovem e
estava inseguro se o Dream Theater seria apenas uma passagem
fugaz.
Jordan
Rudess finalmente se juntou ao Dream Theater, como membro da
banda, em 1999.
A
banda realizou outra rodada de audições e ficou impressionada com
Derek Sherinian. Sherinian, que estudou no Berklee College of
Music, um ano antes de Petrucci, Portnoy e Myung, já havia
tocado com Alice Cooper e Kiss e possuía afinidade
musical semelhante aos outros membros do Dream Theater. O
tecladista foi oficialmente convidado a se juntar ao grupo, como
membro de pleno direito, em fevereiro 1995.
O
grande terremoto de Hanshin atingiu o Japão enquanto o Dream
Theater estava tocando por lá. Embora nenhuma das bandas tenha
ficado ferida, eles consideraram seriamente pelo cancelamento da
turnê, mas acabaram por cancelar apenas um show. A banda também
manteve um minuto de silêncio em cada show no Japão, em memória
das vítimas.
Durante
as checagens de som para os shows japoneses, o grupo ensaiava uma
série de covers. Estas canções foram tocadas em um show exclusivo
de covers, no Ronnie Scott's Jazz Club, em Londres. O show,
realizado para um público-alvo exclusivo de trezentas pessoas,
apresentou músicos convidados como Barney Greenway, Steve Hogarth,
Steve Rothery e Steve Howe.
Awake
supera a casa das 500 mil cópias vendidas no mundo.
Formação:
James
LaBrie - Vocal
John
Petrucci - Guitarra, Backing Vocals
Kevin
Moore - Teclados, Vocais em “Space-Dye Vest”
John
Myung - Baixo
Mike
Portnoy - Bateria, Percussão, Backing Vocals em “The Mirror”
Faixas:
01.
6:00 (LaBrie/Moore/Myung/Petrucci/Portnoy) - 5:31
02.
Caught in a Web (LaBrie/Moore/Myung/Petrucci/Portnoy) - 5:28
03.
Innocence Faded (LaBrie/Moore/Myung/Petrucci/Portnoy) - 5:42
04.
A Mind Beside Itself: I. Erotomania
(LaBrie/Moore/Myung/Petrucci/Portnoy) - 6:44
05.
A Mind Beside Itself: II. Voices
(LaBrie/Moore/Myung/Petrucci/Portnoy) - 9:53
06.
A Mind Beside Itself: III. The Silent Man (Petrucci) - 3:47
07.
The Mirror (LaBrie/Moore/Myung/Petrucci/Portnoy) - 6:45
08.
Lie (LaBrie/Moore/Myung/Petrucci/Portnoy) - 6:33
09.
Lifting Shadows Off a Dream (LaBrie/Moore/Myung/Petrucci/Portnoy) -
6:05
10.
Scarred (LaBrie/Moore/Myung/Petrucci/Portnoy) - 10:59
11.
Space-Dye Vest (Moore) - 7:29
Letras:
Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/dream-theater/
Muito 'metal' para fãs de Rock Progressivo ou muito 'progressiva' para fãs de Heavy Metal: essa foi uma das definições que vi, há muito tempo, sobre o Dream Theater. A realidade é que o grupo norte-americano possui uma fiel e devotada massa de fãs, os quais conseguem percorrer estes dois estilos com tranquilidade.
O Dream Theater possui uma longa carreira, bastante sólida, lançando álbuns com regularidade e de boa qualidade. Mas, durante a década de 90, o conjunto estava 'voando'!
Fazer um sucessor para o clássico Images and Words não seria uma tarefa tranquila, ainda mais, como se demonstrou no post, com a banda passando por certa turbulência com seu tecladista e a gravadora tentando influenciar na composição e sonoridade do álbum.
Awake não apenas conseguiu ser um sucessor à altura de Images and Words, como se tornou um dos principais discos da história do Dream Theater. Passeie pelas faixas que o formam e o ouvinte saberá que aqui não há nenhuma faixa mediana ou de enchimento.
Dispensável qualquer explicação sobre a qualidade de músicos do calibre de John Myung, Mike Portnoy, Kevin Moore e John Petrucci. São todos de capacidade inquestionável.
Mas o calcanhar de aquiles do conjunto, para o RAC, é o vocalista. Embora o Blog não consiga ver, depois de tanto tempo, o Dream Theater com outro vocalista, o fato é que James LaBrie está em um patamar inferior ao de seus companheiros. Embora não comprometa o resultado final do álbum, um vocalista de primeira linha conseguiria expandir as possibilidades das composições a outros níveis.
A pesada "The Mirror" é um dos grandes destaques do álbum, com um riff magnífico a embalando. "Lie" é também sensacional, bem como a lindíssima e tocante "Space-Dye Vest".
Mas o Blog se rende ao brilhantismo da peça principal do disco "A Mind Beside Itself", em seus 3 atos incríveis, absolutamente diferentes entre si e incrivelmente complementares.
Enfim, Awake é um dos melhores álbuns não apenas do Dream Theater, mas um dos principais discos da década de 90. Pesado, complexo e genial, o trabalho não possui faixas de enchimento e é uma aula em como aliar peso e técnica com maestria. Demonstra uma banda próxima de seu ápice criativo. Obrigatório e indispensável!
15 de junho de 2017
HURRICANE - OVER THE EDGE (1988)
15 de junho de 2017
Over
the Edge é o segundo álbum de estúdio da banda norte-americana
chamada Hurricane. Seu lançamento oficial aconteceu em outubro de
1988, através do selo Enigma, ligado à Capitol Records. A produção
ficou a cargo do famoso Bob Ezrin.
A
cena musical norte-americana que ficou conhecida como Glam Metal
produziu uma grande quantidade de bandas, com algumas alcançando o
estrelato, mas muitas outras relegadas ao ostracismo. Neste post, o
Blog apresenta um breve resumo do grupo Hurricane.
As
origens da banda
A
história do Hurricane está diretamente ligada à do guitarrista
Robert Sarzo, um dos fundadores do conjunto. E é com ele que se vai
começar a contar sobre os primórdios da banda.
Robert
é cubano, mas desde bem jovem foi para os Estados Unidos com a
família.
Robert
trabalhou com Jimmy Iovine, da Interscope/Universal Records e com os
lendários produtores Bob Ezrin e Mike Clink.
Ainda
nos anos 70, Sarzo trabalhou com o produtor Robert Stigwood,
responsável por trilhas sonoras de filmes como Saturday Night
Fever e Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band.
Entre as inúmeras trilhas sonoras de que particpou, está em filmes
como Times Square, de 1980, dirigido por Allan Moyle.
Robert Sarzo |
Sarzo
também esteve com DL Byron, o compositor do sucesso “Shadows of
the Night”, de Pat Benatar.
Curiosamente,
Robert Sarzo foi contratado por Ozzy
e Sharon Osbourne, como o substituto original para Randy Rhoads,
morto em um acidente em 1982.
Nesta
época, o baixista da banda de Ozzy Osbourne era Rudy Sarzo,
irmão mais velho de Robert, e que havia sido indicado para o grupo
de Osbourne por Rhoads, pois ambos haviam tocado juntos no Quiet Riot.
Robert
nunca chegou a sair em turnê com Ozzy, porque Don Arden, da Jet
Records, e também pai de Sharon, contratou um guitarrista diferente,
Bernie Torme, sem contar a ninguém.
Após
a morte de Rhoads, Rudy Sarzo deixou a banda de Ozzy e se juntou ao
vocalista Kevin DuBrow para gravar uma música, mas que acabou
resultando na reforma do Quiet Riot.
Nesta
nova versão do Quiet Riot, o guitarrista era o mexicano
Carlos Cavazo, o qual possuía um irmão baixista chamado Tony
Cavazo.
Foi
Kevin DuBrow quem apresentou Robert Sarzo a Tony Cavazo. E, assim
como seus irmãos mais velhos, os dois decidiram formar um novo
grupo.
Em
1984, Robert e Tony encontrariam o vocalista para a banda: o nome
dele era Kelly Hansen.
Hansen
já possuía experiência musical, pois atuava como cantor
independente para gravações em estúdios. Além da posição de
vocalista, Hansen também seria o guitarrista-base do novo conjunto
que se formava.
O
posto de baterista do novo grupo foi ocupado por Jay Schellen.
Em
1979, ainda como um adolescente, Jay foi apresentado aos palcos
atuando com a lenda do R&B norte-americano, Al Wilson, apoiando a
banda Ohio Players. (Nota do Blog: o Ohio Players foi
uma banda norte-americana de Funk, Soul e R&B, de muito sucesso
especialmente nos anos 70, mais conhecida pelos seus sucessos “Fire”
e “Lover Rollercoaster”).
Depois
de se mudar para Los Angeles, em 1981, Jay entrou na cena da musical
da cidade e tocou localmente com a banda do ex-guitarrista do Yes,
Peter Banks.
Kelly Hansen |
Ao
mesmo tempo, Schellen adentrava as arenas nacionais com o grupo Danny
Johnson and The Bandits, o qual estava em turnê como banda de
abertura na turnê do ZZ Top.
Em
1982, Schellen foi convidado para se juntar à banda inglesa
Badfinger, tocando
com nomes como Tommy Evans, Joey Molland, Glen Sherba e o tecladista
Tony Kaye.
Em
1984, Schellen fez parte do Stone Fury, trabalhando com o
cantor Lenny Wolf e o guitarrista Bruce Gowdy.
Em
1985, Jay Schellen se uniu ao Hurricane, a tempo de gravar seu
primeiro álbum.
O
grupo chegou a ter um segundo guitarrista, Michael Guy, mas ele não
participou das gravações do disco de estreia.
Take
What You Want
Lançado
em 1986, Take What You Want é o álbum de estreia do
Hurricane.
A
banda procurou várias gravadoras anteriormente ao lançamento do
trabalho, mas despertou pouco, ou mesmo nenhum interesse, por parte
dos selos importantes.
Desta
forma, o grupo resolveu gravar e lançar o disco de forma
independente.
Take
What You Want possui 7 faixas e algumas muito boas como
“Hurricane” e “Take Me in Your Arms”.
Entre
1986 e 1987, o Hurricane foi banda de abertura para a turnê do
Stryper, o qual promovia seu clássico disco To Hell with
the Devil, de 1986.
A
boa repercussão da turnê, aliada com a qualidade musical de Take
What You Want, permitiram ao Hurricane assinar com uma gravadora
grande, a Enigma Records, a mesma do Stryper.
Tony Cavazo |
Ainda
em 1987, o Hurricane também foi banda de abertura para a turnê
norte-americana do grande Gary Moore, que promovia o ótimo
Wild Frontier.
Já
em 1988, a banda começou a trabalhar em seu segundo disco, o qual se
tornaria Over the Edge.
Na
produção, o experiente Bob Ezrin, o qual havia trabalhado com
bandas do calibre de KISS, Pink Floyd e Alice
Cooper, por exemplo.
A
capa, idealizada pelo próprio grupo, explora a sensualidade, como já
havia feito no álbum anterior.
Vamos
às faixas:
OVER
THE EDGE
Após uma longa introdução, a canção se desenvolve em um Hard Rock típico dos anos 80, com um bom balanceamento entre peso e melodia. Ótimos vocais de Kelly Hansen e um solo de guitarra muito legal de Robert Sarzo. Destaque para o refrão, o qual funciona muito bem.
A
letra é sobre viver intensamente:
I'll
think about tomorrow
When yesterday's begun
My life is spinning faster
Like a rollercoaster on the run
When yesterday's begun
My life is spinning faster
Like a rollercoaster on the run
“Over
the Edge” é um dos maiores clássicos do Hurricane. Foi lançada
como single para promover o álbum homônimo, mas não obteve maior
repercussão em termos das principais paradas de sucesso desta
natureza.
I'M
EIGHTEEN
Seguindo a proposta da faixa anterior, o Hard Rock pesado e cadenciado continua conduzindo o álbum em uma versão eficiente para o clássico "I'm Eighteen". O destaque é a guitarra de Robert Sarzo que aparece de maneira contagiante.
Obviamente,
a letra fala sobre ter 18 anos de idade:
I'm
eighteen
And I don't know what I want
Eighteen
I just don't know what I want
Eighteen
Got to get away
I've got to get out of this place
I'll go running in outer space again
And I don't know what I want
Eighteen
I just don't know what I want
Eighteen
Got to get away
I've got to get out of this place
I'll go running in outer space again
“I'm
Eighteen” é uma canção originalmente composta e criada pela
banda de Alice Cooper,
primeiramente lançada como single em novembro de 1970 e, depois,
presente no álbum Love It to Death, de 1971.
I'M
ON TO YOU
O peso, moderado, é verdade, continua dando às cartas. Em "I'm on to You", a seção rítmica dita o andamento da canção de maneira ainda mais evidente, com a bateria de Jay Schellen mais evidente e o baixo eficiente de Tony Cavazo. Faixa divertida.
A
letra possui teor romântico:
You
can play with your money
But you can't play with love
The company you keep
You put yourself above
What I wanna know is
What you want with me
You've got my attention
But not my sympathy
But you can't play with love
The company you keep
You put yourself above
What I wanna know is
What you want with me
You've got my attention
But not my sympathy
“I'm
on to You” é, bem possivelmente, a canção mais conhecida do
Hurricane. Também foi lançada como single para promover Over the
Edge.
A
música, na realidade, foi composta pelo músico Jeff Jones, mais
reconhecido pelo seu trabalho nas bandas Ocean e Red Rider.
MESSIN'
WITH A HURRICANE
Na quarta música do disco, o Hurricane aposta em um Hard Rock muito semelhante à sonoridade de bandas como o Ratt. O ritmo é mais cadenciado, o peso mediano, mas o refrão funciona de maneira bem convincente. Os vocais de Kelly Hansen são bem eficientes e o baixo de Tony Cavazo está bem presente. Boa canção!
A
letra é em tom de ameaça:
So
come on I tell you
Just
step across that line
I'll
show you what I mean
One
on one
I'll
drag you through the dirt
Banging
on your knees
Cause
when you mess with me
You're
messin' with a hurricane
INSANE
Em "Insane", a banda aposta em um som ainda mais pesado, mas muito mais lento, flertando mais deliberadamente com o Blues. O resultado é uma faixa divertida, eficiente e muito contagiante! A guitarra de Robert Sarzo aparece com brilho. O Mötley Crüe assinaria a faixa facilmente.
A
letra é divertida:
All
in all
I've
been wonderin'
If
you're insane
When
you play that game
If
you're insane
You're
messin' with my brain
Oh
if I didn't know the truth
It
is gonna drive me insane
WE
ARE STRONG
Um Glam Metal típico é o resultado final de "We Are Strong". A música permanece naquela tênue e praticamente intangível linha que separa o Hard Rock do Heavy Metal. Um refrão muito eficiente se casa perfeitamente com um riff bastante pesado e a seção rítmica muito marcante. Ótima faixa!
A
letra possui sentido romântico:
Facing
hard times
Hold
on
Time's
still on our side
You
can surrender
But
you will remember
It
was the best love
The
best love of all
SPARK
IN MY HEART
Em "Spark in My Heart", a banda continua apostando em um riff pesado e um andamento um pouco mais acelerado, flertando ainda mais com o Heavy Metal. O refrão, com um trabalho bem elaborado de backing vocals, é bem legal.
A
letra é sobre amadurecimento pessoal:
Now
there's nowhere to run to
Nowhere to hide
I'm gonna pack up my things
And leave them all behind
And go away
Nowhere to hide
I'm gonna pack up my things
And leave them all behind
And go away
GIVE
ME AN INCH
"Give Me an Inch" flerta com a música pop dos anos 80, com teclados bem evidentes e se abdicando quase completamente do peso. O baixo de Tony Cavazo está bem presente e o refrão acaba funcionando.
A
letra é em sentido de conquista amorosa:
Give
me an inch
Give me a chance
To find, to find, to find our love
It all relies on you
Give me an inch
Give me a chance
To find, to find, to find
What is it girl that I can do
Give me a chance
To find, to find, to find our love
It all relies on you
Give me an inch
Give me a chance
To find, to find, to find
What is it girl that I can do
SHOUT
"Shout" recupera a sonoridade Glam Metal, com muita influência do Heavy Metal, tanto no peso do riff quanto na poderosa bateria de Jay Schellen. Os vocais de Kelly Hansen são dos mais eficientes de todo o disco. Faixa bem legal!
A
letra é em tom de rebeldia:
If
you stand strong together
Back them up to the wall
We can show them mercy
Or you can try and fight all
Back them up to the wall
We can show them mercy
Or you can try and fight all
BABY
SNAKES
A décima - e última - faixa de Over The Edge é "Baby Snakes". A sonoridade é pesada e intensa, com um andamento rápido e a seção rítmica muito presente, em um estilo bem próximo do Van Halen. Mas a vinheta com a conversa telefônica arruína qualquer possibilidade da canção funcionar.
Considerações
Finais
Over
the Edge é o álbum mais bem-sucedido do Hurricane.
O
disco alcançou a 92ª posição na principal parada norte-americana
desta natureza, a Billboard. Um feito considerável para uma banda
muito pouco conhecida.
Em
uma revisão retrospectiva, Joe Viglione, do site AllMusic, dá ao
trabalho uma nota 3 de um máximo possível de 5. E atesta: “Over
the Edge é uma excelente coleção de dez canções de Rock na
extremidade final dos anos 1980, AOR metal com ganchos e viradas
inteligentes que o trazem a um patamar acima do esperado daquilo que
a infinidade das bandas de Hair Metal deram à audiência naquela
era”.
Por
fim, Viglione conclui: “As falhas são mínimas, encontradas apenas
em algumas das letras e na faixa final, “Baby Snakes”, que é
arruinada por uma conversa telefônica brega e é uma anomalia em um
trabalho muito bom. Cada uma das outras canções contêm pontos
fortes que tornam toda a oferta algo especial e acessível para além
do seu período de tempo”.
Obviamente,
ao lançamento do disco se sucedeu uma vitoriosa turnê para promoção
do trabalho.
Em
1989, Robert Sarzo deixou o grupo e foi substituído pelo
ex-guitarrista do Lion, Doug Aldrich. Esta formação gravou o
terceiro álbum de estúdio do Hurricane, Slave to the Thrill,
o qual foi lançado em 1990.
Formação:
Kelly
Hansen - Vocal, Guitarra
Jay
Schellen - Bateria, Percussão e Backing Vocal
Robert
Sarzo - Guitarras e Backing Vocal
Tony
Cavazo - Baixo e Backing Vocal
Faixas:
01 -
Over the Edge (Cavazo/Hansen/Sarzo/Schellen) – 5:35
02 -
I'm Eighteen (Cooper/Bruce/Buxton/Dunaway/Smith) – 4:15
03 -
I'm on to You (Jones) – 3:56
04 -
Messin' with a Hurricane (Cavazo/Hansen/Sarzo/Schellen) – 5:02
05 -
Insane (Cavazo/Hansen/Sarzo/Schellen) – 3:48
06 -
We Are Strong (Cavazo/Hansen/Sarzo/Schellen) – 4:41
07-
Spark in My Heart (Cavazo/Hansen/Sarzo/Schellen) – 4:56
08 -
Give Me an Inch (Cavazo/Hansen/Sarzo/Schellen) – 4:17
09 -
Shout (Cavazo/Hansen/Sarzo/Schellen) – 4:46
10 -
Baby Snakes (Cavazo/Hansen/Sarzo/Schellen) – 4:30
Letras:
Para
conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
http://www.elyrics.net/song/h/hurricane-lyrics.htm
Os leitores mais fiéis do Rock: Álbuns Clássicos sabem que o estilo conhecido como Glam Metal é um dos prediletos de quem mantém a página. Vários álbuns do estilo já passaram por aqui e, enquanto este site existir, muito provavelmente, muitos outros grupos e discos do estilo aparecerão por aqui.
O Hurricane é mais um grupo ligado a esta sonoridade a dar às caras nas páginas do nosso Site. É uma banda que não fez sucesso nos anos 80 e é praticamente desconhecida nos dias de hoje. Este post tenta resgatar o que pensamos ser seu melhor trabalho.
Em Over the Edge, o ouvinte está na presença de um grupo entrosado e em sua melhor fase. Os destaques são mesmos o entrosamento do grupo e o grande trabalho do bom vocalista Kelly Hansen, o qual se monstra eficiente e versátil.
As letras são absolutamente comuns. Sugerimos uma rápida conferida.
"Messin' with a Hurricane" é uma boa canção com a típica sonoridade Glam Metal. "Spark in My Heart" possui um quê de Europe e é bem divertida. "Shout" é praticamente um Heavy Metal repleto de melodia, com ótimos vocais de Hansen.
A pesada faixa-título, "Over the Edge", é um 'clássico' do grupo com uma grande atuação do guitarrista Robert Sarzo. Na mesma linha está outra ótima canção, "We Are Strong".
Mas a preferida do site é a bluesy "Insane", uma música envolvente e contagiante, com a cara do Mötley Crüe, facilmente entre as melhores composições do conjunto, quiçá a melhor.
Enfim, o Hurricane não conquistou o sucesso comercial e de crítica e hoje é praticamente uma banda esquecida do grande público, mesmo entre os fãs de Rock. Mas Over the Edge é um ótimo trabalho, típico de sua época, mas, ao mesmo tempo, com qualidade suficiente para ouvintes além de seu tempo. Não irá mudar a vida de ninguém que o ouvir, mas é diversão garantida para fãs de um bom Rock 'n' Roll. Recomendado pelo Rock: Álbuns Clássicos.
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