Awake
é o terceiro álbum de estúdio da banda norte-americana Dream
Theater. Seu lançamento oficial aconteceu em 4 de outubro de 1994,
através do selo East West Records. As gravações ocorreram entre
maio e julho daquele mesmo ano, nos estúdios One on One Studios e
Devonshire Studios, em North Hollywood, em Los Angeles, nos Estados
Unidos. A produção ficou sob a responsabilidade de John Purdell e
Duane Baron.
Quase
6 anos depois, o Dream Theater retorna às nossas páginas. O
primeiro post sobre o grupo pode ser lido aqui. O RAC
vai focar nos acontecimentos que antecederam o lançamento do disco
para depois se ater às faixas, conforme nossa tradição.
Images
and Words
Como
se apontou, você encontra nosso post sobre este álbum aqui.
O
primeiro álbum a ser gravado sob seu novo contrato de gravação
(com a ATCO Records; hoje, East West, subsidiária da Elektra
Records) foi Images and Words, de 1992. Para sua promoção, o
selo lançou um CD Single e um videoclipe para a música
“Another Day”, mas também não causou um significativo impacto
comercial.
A
música “Pull Me Under”, no entanto, conseguiu obter um alto
nível de veiculação nas rádios, sem qualquer promoção
organizada pela banda ou pela gravadora.
Mas,
devido ao inesperado sucesso, a ATCO Records produziu um videoclipe
para “Pull Me Under” e este viu uma grande rotação na MTV
norte-americana. Um terceiro videoclipe foi produzido para “Take
the Time”, mas não foi tão bem-sucedido quanto “Pull Me Under”.
O
sucesso de “Pull Me Under”, combinado a uma turnê implacável em
todo os EUA e Japão, fez com que Images and Words obtivesse sucesso
comercial nos Estados Unidos e no Japão. Uma turnê pela Europa
seguiu em 1993, que incluiu um show no famoso Marquee Club, em
Londres.
O
show foi gravado e lançado como Live at the Marquee, o
primeiro álbum Ao Vivo oficial do Dream Theater.
Além disso, foi lançada uma compilação de vídeos de seus shows
japoneses (em conjunto com um livreto com imagens) como Images and
Words: Live in Tokyo.
John Petrucci |
Próximo
álbum
Após
uma pausa de um mês, o Dream Theater começou a trabalhar em
seu terceiro álbum de estúdio, em fevereiro de 1994. As sessões de
composição, que durariam dois meses, deram-se no Prince Studios, em
Nova York, nos Estados Unidos.
A
falta de um líder dentro da banda aumentou as tensões naquilo que
já seriam tensas sessões. A luta nunca chegou às vias de fato, mas
houve muita disputa por cada segundo das músicas, como os finos detalhes de cada uma
das composições.
O
sucesso do álbum anterior do Dream Theater, Images and
Words, e, particularmente, do single “Pull Me Under”,
pressionou a banda para produzir um sucessor que fosse, pelo menos,
similarmente bem-sucedido.
Naquela
época, a popularidade do metal alternativo e do groove metal
significaram que a gravadora da banda, a East West, desejou que o
conjunto criasse um álbum mais pesado e sombrio.
Awake
foi a primeira vez em que o guitarrista do conjunto, John Petrucci,
gravou com uma guitarra de sete cordas, estabelecendo um estilo de
composição baseado em riffs.
“Este
estilo consolidaria, ainda mais, a fusão entre o metal e a música
progressiva, sendo aquilo pelo que o Dream Theater é
conhecido”, disse Petrucci. O vocalista, James LaBrie, descreveu
seus vocais em Awake como “mais variados e muito mais
agressivos” que em Images and Words, na medida em que
pessoas chegaram a pensar que a banda tinha um novo vocalista para o
trabalho.
As
sessões de gravação para o álbum começaram em maio de 1994, no
One On One Studios, em North Hollywood, Los Angeles, com o trabalho
de overdub realizado em Devonshire Studios, em Los Angeles.
John
Purdell e Duane Baron foram contratados para produzirem o disco. A
banda, que teve um relacionamento difícil com David Prater, que
produziu Images and Words, porém, gostava de trabalhar com
Purdell e Baron.
Awake
foi mixado no Unique Studios, em Nova York. Durante o processo,
Purdell e Baron foram, inicialmente, acompanhados pelos membros do
grupo. Com cada músico querendo a ênfase da mixagem em seu
respectivo instrumento, a banda foi banida das sessões de mixagem,
permitindo que Purdell e Baron produzissem o álbum com um padrão
suficientemente alto. Entretanto, o Dream Theater acabou
gostando do resultado final, bem diferente do que acontecera no disco
anterior.
Mike Portnoy |
Kevin
Moore deixa o Dream Theater
No
final das sessões de gravação de Awake, o tecladista Kevin
Moore anunciou aos seus companheiros de banda que ele estava deixando
o grupo. Petrucci, que era amigo de infância do tecladista, achou a
notícia, particularmente, difícil de se assimilar. Já o baixista
John Myung observou que o anúncio “não partiu do nada”.
O
vocalista James LaBrie notou mudanças no comportamento de Moore já
ao final da tour de Images and Words. “Ele parecia mais
distante e fechado em si mesmo... Não que ele fosse rude ou
desagradável com qualquer um”, disse James. E continuou: “Mas
quando Mike (Portnoy, o baterista), John Petrucci e John Myung
estavam no estúdio de ensaio compondo para Awake, ele não estava lá
como havia estado no passado. E quando estava, os caras me disseram
que ele ficava sentado lendo uma revista enquanto eles estavam
tentando desenvolver riffs”.
Moore
afirmou que decidiu sair do conjunto porque sua abordagem para compor
música mudou. Ele se tornou mais interessado em escrever e gravar
seu próprio material.
O
gerente de negócios da banda, Rob Shore, sugeriu que a ideia de uma
turnê prolongada foi um contribuinte primordial na decisão de
Moore. Depois de deixar o Dream Theater, Moore continuou a
fazer música, embora, conceitualmente, bem distante de seu trabalho
com a banda.
Larry
Freemantle, que havia desenhado a capa de Images and Words,
também concebeu a obra para Awake. Tal como acontece com
Images and Words, a banda instruiu Freemantle a incluir várias
referências líricas na capa, como um relógio que mostra o tempo
6:00, um espelho e uma aranha no meio de uma teia.
A
Access Images, a empresa que Freemantle usara para construir a capa
de Images and Words, havia quebrado, o que significu que ele
teve que montar a capa usando suas próprias imagens de arquivo: “Foi
feito de forma muito rápida e sempre me senti frustrado com essa
capa, já que perdi muito tempo”, disse Freemantle.
Vamos
às faixas:
6:00
O álbum começa com uma faixa mais densa, com a seção rítmica não ditando apenas o ritmo, mas imprimindo um peso considerável na sonoridade. A atmosfera é mais tensa e isto está representado pelo trabalho de Moore nos teclados, somente sendo cortado pela guitarra de Petrucci. Boa canção.
A
letra é em tom de amargura:
So
many ways to drown a man
So many ways to drag him down
Some are fast and some take years and years
Can't hear what he's saying when he's talking in his sleep
He finally found the sound but he's in too deep
So many ways to drag him down
Some are fast and some take years and years
Can't hear what he's saying when he's talking in his sleep
He finally found the sound but he's in too deep
As
letras foram escritas pelo tecladista Kevin Moore e, de certa forma,
revelam seu afastamento do restante do conjunto.
CAUGHT
IN A WEB
Bastante groove e peso no início de "Caught in a Web". LaBrie continua apostando em vocais mais "agressivos" e rasgados, tentando os casarem com a sonoridade mais densa optada pela banda. O refrão é mais ameno, lembrando a proposta do grupo em Images and Words. Ótima composição.
A
letra pode ser inferida como o desejo de liberdade:
Caught
in a web
Removed from the world
Hanging on by a thread
Spinning the lies devised in my head
Removed from the world
Hanging on by a thread
Spinning the lies devised in my head
Lançada
como single, não repercutiu nas principais paradas desta natureza.
INNOCENCE
FADED
O baixo de John Myung, magistral como de costume, continua ditando os passos do álbum e assim o é na linda "Innocence Faded". Outro ponto altíssimo da composição é como o guitarrista John Petrucci constrói ótimos riffs e belíssimas linhas melódicas com seu instrumento. Para ser perfeita a faixa só precisava de vocais melhores.
A
letra mostra um contraste entre a imagem aparente e os sentimentos
internos de alguém:
Callow
and vain fixed like a fossil, shrouding pain
Passionless stage
Distant like brothers
Wearing apathetic displays
Sharing flesh like envy in cages
Condescending
Not intending to end
Passionless stage
Distant like brothers
Wearing apathetic displays
Sharing flesh like envy in cages
Condescending
Not intending to end
A
letra foi escrita pelo guitarrista John Petrucci e teria sido
inspirada no fim da amizade entre ele e o tecladista Kevin Moore.
A
MIND BESIDE ITSELF: I. EROTOMANIA
"Erotomania" é uma típica passagem instrumental do Dream Theater: complexa, intrincada, técnica e pesada; ou seja, brilhante. Brilho intenso especialmente da guitarra de John Petrucci.
A
MIND BESIDE ITSELF: II. VOICES
"Voices" é um ótimo exemplo daquilo que de melhor o Dream Theater pode produzir: passagens com a beleza e a complexidade do Rock Progressivo, e, outras, com a fúria e o poder do Heavy Metal, mas se complementando de maneira harmoniosa e orgânica. Momento magnífico do álbum!
A
letra é uma reflexão em meio a devaneios:
Thought
disorder
Dream control
Now they read my mind on the radio
But where was the Garden of Eden?
Dream control
Now they read my mind on the radio
But where was the Garden of Eden?
John
Petrucci escreveu a letra de “Voices”, baseado em suas leituras
sobre esquizofrenia e outros distúrbios mentais, associando-os à
temática religiosa.
A
MIND BESIDE ITSELF: III. THE SILENT MAN
"The Silent Man" aparece como uma balada acústica e quebra o clima mais pesado e denso do trabalho até este instante. Embora simples, sua sutileza conta com uma melodia muito bonita.
A
letra possui certa inspiração religiosa:
When
there is reason
Tonight I'm Awake
When there's no answer
Arrive the Silent Man
If there is balance
Tonight he's Awake
But if they have to suffer
There lies the Silent Man
Tonight I'm Awake
When there's no answer
Arrive the Silent Man
If there is balance
Tonight he's Awake
But if they have to suffer
There lies the Silent Man
Escrita
por John Petrucci, a letra segue parte da temática que envolve
religião já exposta em “Voices”.
Também
lançada como single, não repercutiu nas principais paradas de
sucesso.
THE
MIRROR
O riff inicial de "The Mirror" está entre as coisas mais pesadas que o Dream Theater já fez, flertando com o Thrash Metal. A sonoridade muito pesada e com considerável groove se casa perfeitamente com a letra sombria. Faixa bem interessante.
A
letra fala de autoconhecimento e medo:
It's
time for me to deal
Becoming all too real living in fear-
Why did you lie and pretend?
This has come to an end
I'll never trust you again
It's time you made your amends
Look in the mirror my friend
Becoming all too real living in fear-
Why did you lie and pretend?
This has come to an end
I'll never trust you again
It's time you made your amends
Look in the mirror my friend
“The
Mirror” possui letras do baterista Mike Portnoy, relatando sua luta
contra o alcoolismo e que seria novamente abordada nos, então,
futuros álbuns do Dream Theater.
LIE
"Lie" mantém o peso, mas com um toque de modernidade (para a época), com LaBrie praticamente recitando os primeiros versos. Portnoy está preciso na bateria e Myung destroça no baixo. Mas o grande destaque é mesmo a guitarra de Petrucci.
A
letra contrapõe justiça e merecimento:
Mother
Mary quite contrary
Kiss the boys and make them wary
Things are getting just a little bit scary
It's a wonder I can still breathe
Kiss the boys and make them wary
Things are getting just a little bit scary
It's a wonder I can still breathe
“Lie”
foi o principal single para a promoção de Awake. Atingiu a mais que
modesta 175ª posição da principal parada britânica desta
natureza.
Segundo
James LaBrie, “Lie”, originalmente, foi concebida como parte da
canção “The Mirror”. Mas o vocalista, ao ouvir as primeiras
versões da faixa, achou que ela era forte demais e poderia ser
desenvolvida em uma nova e diferente música. Assim surgiu “Lie”.
“Lie”
também se tornou um clássico dos shows do Dream Theater, sendo
costumeiramente presente nos set lists da banda.
LIFTING
SHADOWS OFF A DREAM
Nesta música, o grupo opta por deixar o peso um pouco de lado, apostando em passagens mais suaves e na beleza das melodias. O resultado final é uma composição interessante e bonita, contando com a melhor atuação de LaBrie no disco.
A
letra é, na realidade, um belo poema:
He
pours his soul into the water
Reflecting the mystery
She carries him away
And the winds die slowly
Reflecting the mystery
She carries him away
And the winds die slowly
SCARRED
Durante os quase 11 minutos de "Scarred", o Dream Theater aposta em uma sonoridade mais intricada, variando em passagens mais ou menos velozes, abusando da habitual técnica, mas alternando o peso conforme a guitarra de Petrucci ou o teclado de Moore seja o fator preponderante. Muito interessante!
A
letra menciona medo e desânimo:
I
never bared my emotion
My passion always strong
I never lost my devotion
But somewhere fate went wrong
My passion always strong
I never lost my devotion
But somewhere fate went wrong
Preliminarmente,
John Petrucci fez as letras de “Scarred” baseado na canção
“Rock the Casbah”, da banda The Clash. Mas a versão final
presente no disco já não contém mais esta inspiração.
SPACE-DYE
VEST
A décima-primeira - e última - faixa de Awake é "Space-Dye Vest". A composição traz um inegável sentimento de tristeza em sua melodia e, até certo ponto, mesmo uma áurea de melancólica despedida. Mas isto não a impede de possuir uma melodia belíssima. A atuação do tecladista Kevin Moore é incrível.
A
letra é muito introspectiva, uma espécie de procura de si:
Love
is an act of blood and I'm bleeding
a pool in the shape of a heart
Beauty projection in the reflection
Always the worst way to start
a pool in the shape of a heart
Beauty projection in the reflection
Always the worst way to start
A
canção foi totalmente composta pelo tecladista Kevin Moore,
especialmente a partir da turnê do álbum anterior, Images and
Words.
Considerações
Finais
Awake
continuou a ascensão de sucesso do Dream Theater.
O
álbum atingiu a boa 32ª posição da principal parada
norte-americana de discos, conquistando a 65ª colocação em sua
correspondente britânica. Ainda ficou com os 5º, 7º e 15º lugares
nas paradas de Suécia, Japão e Alemanha; respectivamente.
Awake
recebeu a aclamação de críticos de música. A revista britânica Q
escreveu que “os fãs do Marillion podem adorar isso e mesmo
o ouvinte cético pode aproveitar as radiofônicas “Scarred” e
“Caught in a Web””. A revista norte-americana Guitar
World classificou o disco como um dos dez melhores
lançamentos do ano. A revista britânica Metal Hammer
descartou Awake classificando-o como “masturbação
musical”.
As
avaliações mais recentes são mais favoráveis. Os avaliadores
louvam a produção do álbum, observando que é o trabalho mais
sombrio e pesado do Dream Theater até então. A musicalidade
da banda foi louvada. Phil Carter, do AllMusic,
destacou as performances de Petrucci e Portnoy; a Metal Storm
elogiou LaBrie e Portnoy.
Em
1995, para uma entrevista na Guitar World, Chuck
Schuldiner, líder da banda Death, elogiou tanto Awake
quanto o Dream Theater, em geral, afirmando que “sua música
é muito complexa, mas eles definitivamente têm ganchos, o que é
crucial para tornar a música escutável”, citando-os como uma
influência na natureza mais progressiva do material tardio de sua
banda, em oposição à cena Death Metal estagnada dos primórdios do
Death.
Em
2005, Awake foi classificado no 390º lugar, no livro da
revista Rock Hard, The 500 Greatest Rock & Metal
Albums of All Time. Em julho de 2014, o disco foi 1º colocado na
lista, da revista Guitar World, Superunknown: 50
Iconic Albums That Defined 1994.
Com
Kevin Moore fora do Dream Theater, a banda precisava encontrar
um tecladista substituto para a próxima turnê mundial, em apoio a
Awake. Antes do início da turnê, o grupo fez um show, como
atração principal, em 9 de setembro de 1994, no Foundations Forum,
em Burbank, Califórnia.
Jordan
Rudess foi o tecladista nesta apresentação, impressionando o
conjunto, mas declinando do convite de permanecer com o Dream
Theater para o restante da turnê. Ao mesmo tempo, o tecladista
havia recebido uma oferta para tocar com o Dixie Dregs em
shows mais curtos. Além disso, Rudess tinha uma família jovem e
estava inseguro se o Dream Theater seria apenas uma passagem
fugaz.
Jordan
Rudess finalmente se juntou ao Dream Theater, como membro da
banda, em 1999.
A
banda realizou outra rodada de audições e ficou impressionada com
Derek Sherinian. Sherinian, que estudou no Berklee College of
Music, um ano antes de Petrucci, Portnoy e Myung, já havia
tocado com Alice Cooper e Kiss e possuía afinidade
musical semelhante aos outros membros do Dream Theater. O
tecladista foi oficialmente convidado a se juntar ao grupo, como
membro de pleno direito, em fevereiro 1995.
O
grande terremoto de Hanshin atingiu o Japão enquanto o Dream
Theater estava tocando por lá. Embora nenhuma das bandas tenha
ficado ferida, eles consideraram seriamente pelo cancelamento da
turnê, mas acabaram por cancelar apenas um show. A banda também
manteve um minuto de silêncio em cada show no Japão, em memória
das vítimas.
Durante
as checagens de som para os shows japoneses, o grupo ensaiava uma
série de covers. Estas canções foram tocadas em um show exclusivo
de covers, no Ronnie Scott's Jazz Club, em Londres. O show,
realizado para um público-alvo exclusivo de trezentas pessoas,
apresentou músicos convidados como Barney Greenway, Steve Hogarth,
Steve Rothery e Steve Howe.
Awake
supera a casa das 500 mil cópias vendidas no mundo.
Formação:
James
LaBrie - Vocal
John
Petrucci - Guitarra, Backing Vocals
Kevin
Moore - Teclados, Vocais em “Space-Dye Vest”
John
Myung - Baixo
Mike
Portnoy - Bateria, Percussão, Backing Vocals em “The Mirror”
Faixas:
01.
6:00 (LaBrie/Moore/Myung/Petrucci/Portnoy) - 5:31
02.
Caught in a Web (LaBrie/Moore/Myung/Petrucci/Portnoy) - 5:28
03.
Innocence Faded (LaBrie/Moore/Myung/Petrucci/Portnoy) - 5:42
04.
A Mind Beside Itself: I. Erotomania
(LaBrie/Moore/Myung/Petrucci/Portnoy) - 6:44
05.
A Mind Beside Itself: II. Voices
(LaBrie/Moore/Myung/Petrucci/Portnoy) - 9:53
06.
A Mind Beside Itself: III. The Silent Man (Petrucci) - 3:47
07.
The Mirror (LaBrie/Moore/Myung/Petrucci/Portnoy) - 6:45
08.
Lie (LaBrie/Moore/Myung/Petrucci/Portnoy) - 6:33
09.
Lifting Shadows Off a Dream (LaBrie/Moore/Myung/Petrucci/Portnoy) -
6:05
10.
Scarred (LaBrie/Moore/Myung/Petrucci/Portnoy) - 10:59
11.
Space-Dye Vest (Moore) - 7:29
Letras:
Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/dream-theater/
Muito 'metal' para fãs de Rock Progressivo ou muito 'progressiva' para fãs de Heavy Metal: essa foi uma das definições que vi, há muito tempo, sobre o Dream Theater. A realidade é que o grupo norte-americano possui uma fiel e devotada massa de fãs, os quais conseguem percorrer estes dois estilos com tranquilidade.
O Dream Theater possui uma longa carreira, bastante sólida, lançando álbuns com regularidade e de boa qualidade. Mas, durante a década de 90, o conjunto estava 'voando'!
Fazer um sucessor para o clássico Images and Words não seria uma tarefa tranquila, ainda mais, como se demonstrou no post, com a banda passando por certa turbulência com seu tecladista e a gravadora tentando influenciar na composição e sonoridade do álbum.
Awake não apenas conseguiu ser um sucessor à altura de Images and Words, como se tornou um dos principais discos da história do Dream Theater. Passeie pelas faixas que o formam e o ouvinte saberá que aqui não há nenhuma faixa mediana ou de enchimento.
Dispensável qualquer explicação sobre a qualidade de músicos do calibre de John Myung, Mike Portnoy, Kevin Moore e John Petrucci. São todos de capacidade inquestionável.
Mas o calcanhar de aquiles do conjunto, para o RAC, é o vocalista. Embora o Blog não consiga ver, depois de tanto tempo, o Dream Theater com outro vocalista, o fato é que James LaBrie está em um patamar inferior ao de seus companheiros. Embora não comprometa o resultado final do álbum, um vocalista de primeira linha conseguiria expandir as possibilidades das composições a outros níveis.
A pesada "The Mirror" é um dos grandes destaques do álbum, com um riff magnífico a embalando. "Lie" é também sensacional, bem como a lindíssima e tocante "Space-Dye Vest".
Mas o Blog se rende ao brilhantismo da peça principal do disco "A Mind Beside Itself", em seus 3 atos incríveis, absolutamente diferentes entre si e incrivelmente complementares.
Enfim, Awake é um dos melhores álbuns não apenas do Dream Theater, mas um dos principais discos da década de 90. Pesado, complexo e genial, o trabalho não possui faixas de enchimento e é uma aula em como aliar peso e técnica com maestria. Demonstra uma banda próxima de seu ápice criativo. Obrigatório e indispensável!
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