Ted
Nugent é o álbum de estreia da carreira-solo do músico
norte-americano de mesmo nome, obviamente, Ted Nugent. Seu lançamento
oficial aconteceu em setembro de 1975, com as gravações ocorrendo
naquele mesmo ano, no estúdio The Sound Pit, em Atlanta, nos Estados
Unidos. O selo responsável foi a Epic Records e a produção ficou
por conta de Tom Werman e Lew Futterman.
Ted
Nugent é conhecido não apenas pela música incrível que criou, mas
por sua personalidade incisiva e opiniões fortes, quase sempre
causando certa polêmica. Mas o foco do Rock: Álbuns Clássicos
é a música e é nisto que o post vai se focar.
Theodore
Anthony Nugent nasceu em 13 de dezembro de 1948, em Redford, Estados
Unidos, sendo o terceiro filho de uma família de 4 irmãos. Ainda na
adolescência, ele se mudou para a cidade de Palatine, no estado
americano de Illinois.
Nascido
católico, Nugent mencionou seus laços com a religião muitas vezes,
durante suas entrevistas, afirmando que ele frequenta regularmente a
igreja.
The
Amboy Dukes
Incrivelmente,
Ted Nugent começou a se apresentar musicalmente desde os 10 anos de
idade. Ele tocou em um grupo chamado The Royal High Boys, de 1960 a
1962, e, mais tarde, em um grupo chamado The Lourds, no qual conheceu
o futuro vocalista do The Amboy Dukes, John Drake.
Nugent
tocou com o The Lourds até que sua família se mudou para Illinois,
onde fundaria o The Amboy Dukes,
na área de Chicago, em 1964, tocando no famoso clube adolescente de
nome The Cellar, em um subúrbio da cidade conhecido como
Arlington Heights, entre outros locais.
Mais
tarde, o grupo se mudou para a cidade natal de Nugent, próximo a
Detroit. Na época, a formação do conjunto consistia em: Ted Nugent
(Guitarra), Bob Lehnert (Vocais), Gary Hicks (Guitarra), Dick Treat
(Baixo) e Gail Uptadale (Bateria).
A
formação acima não chegou a lançar nenhuma gravação. O precoce
estilo de tocar guitarra de Nugent, com sua Gibson Byrdland
posicionada no alto de seu peito, tornou-se um modelo icônico o qual
o diferenciava visualmente de outros guitarristas. (Nota do Blog:
a Byrdland é uma guitarra elétrica feita pela Gibson. Seu nome
deriva dos nomes dos guitarristas Billy Byrd e Hank Garland, para
quem a Gibson originalmente construiu a guitarra. A Byrdland é o
primeiro modelo da série Thinline da Gibson).
Nugent
combinou isso com seu virtuosismo natural e um estilo frenético na
guitarra, adicionando esta diferenciação sonora à sua abordagem
visual incomum. Isso lhe rendeu uma vantagem como artista quanto à
performance.
The
Amboy Dukes, lançado em novembro de 1967, pela Mainstream
Records, foi o álbum de estreia do conjunto. A banda The Amboy
Dukes despertou o interesse de um selo discográfico que
produzia, principalmente, álbuns de jazz em seu catálogo.
Nugent
montou uma nova banda, com os melhores músicos locais de Detroit,
para garantir um contrato de gravação com a Mainstream Records.
Nugent
imediatamente trouxe a voz de barítono de John Drake como vocalista,
com o qual Ted teve uma longa história em uma banda local chamada
The Lourds.
Nugent
e Drake, então, recrutaram os músicos restantes. Steve Farmer era
conhecido como um guitarrista-base sólido, além de letrista,
compositor e vocalista, tornando-se um ajuste natural com Nugent. Ele
veio de um grupo local chamado The
Gang. Dave Palmer era um sólido baterista e percussionista
com experiência em duas bandas locais, The Galaxy Five e The
Citations. Bill White era um bom baixista e Lober era um tecladista
eclético que arredondava o novo grupo de garagem.
O
álbum apresentou sete composições originais, com seis delas
escritas pela equipe emergente formada por Nugent e Farmer. O disco
apresenta uma sonoridade com elementos soul, bluesy, e psicodélico.
Ted Nugent |
O
lançamento incluía seu primeiro single, “Baby, Please Don't Go”,
um cover da famosa canção delta blues de Big Joe Williams. Também
incluía versões para canções de grupos como The Coasters,
Cream e The Who. (Nota do Blog: Delta blues é
um dos mais antigos estilos da música blues. Foi originado na região
do delta do rio Mississippi, nos Estados Unidos, que se estende de
Memphis, Tennessee a norte, a Vicksburg, Mississippi no sul, e do Rio
Mississippi a oeste ao Rio Yazoo a leste. Essa área é famosa tanto
pelos solos férteis como pela sua pobreza extrema. Guitarra e gaita
são os instrumentos predominantes da região. Os estilos vocais vão
dos mais introspectivos e calmos aos mais ferozes e entusiásticos).
O
álbum de estreia soa intenso e foi uma grande exibição inicial,
especialmente para um novo grupo de rock em um selo voltado para o
jazz.
Já
em abril de 1968, saía o segundo e, considerado pela maioria dos
fãs, melhor álbum do The Amboy Dukes: Journey to the
Center of the Mind.
Journey
to the Center of the Mind foi gravado com um orçamento mais
elevado que o álbum precedente, seguindo o sucesso de seu single,
“Baby, Please Don't Go”, e conta com dois membros novos no
line-up; Greg Arama substituindo Bill White no baixo, e Andy Solomon
substituindo Rick Lober no piano/órgão.
Estilisticamente,
o disco é uma inovação frente a seu antecessor, abandonando muitas
de suas influências blues completamente (com exceção de
“Mississippi Murderer”). Este foi, também, o primeiro álbum do
conjunto a apresentar todas as músicas originais, as quais foram
escritas por Ted Nugent e pelo guitarrista/cantor Steve Farmer.
O
álbum foi, em parte, uma tentativa comercial de chegar ao mercado da
contracultura, reproduzindo um pouco de um álbum conceitual. (Nota do Blog: Contracultura
é um movimento que teve seu auge na década de 1960, quando teve
lugar um estilo de mobilização e contestação social e utilizando
novos meios de comunicação em massa. Jovens inovando estilos,
voltando-se mais para o anti-social aos olhos das famílias mais
conservadoras, com um espírito mais libertário, resumido como uma
cultura underground, cultura alternativa ou cultura marginal, focada
principalmente nas transformações da consciência, dos valores e do
comportamento, na busca de outros espaços e novos canais de
expressão para o indivíduo e pequenas realidades do cotidiano,
embora o movimento Hippie, que representa esse auge, almejasse a
transformação da sociedade como um todo, através da tomada de
consciência, da mudança de atitude e do protesto político).
Originalmente,
os lados A e B do disco foram estilisticamente contrastantes entre si
e escritos separadamente por Nugent e Farmer, respectivamente.
Enquanto
as músicas de Nugent são mais voltadas para o Hard Rock, sendo
considerado um pioneiro, ou mesmo um precursor precoce da música
Heavy Metal; o trabalho de Farmer tem muito mais de Psicodélico, em
um sentido que tende a fazer sátira da cena musical da época, em
vez de abraçá-la, chegando até a tocar como um álbum conceitual
contínuo.
Apesar
das diferenças musicais, os dois lados do disco são, ambos,
experimentais em seu próprio caminho, como um reflexo de um conjunto
que ainda estava no processo de desenvolvimento de seu som e que
Nugent acabaria por continuar a se reinventar até o final da
carreira da banda.
Pouco
depois do lançamento do álbum, Drake deixou a banda por disputas
criativas, e foi substituído pelo vocalista Rusty Day ainda no mesmo
ano.
Comercialmente,
o grupo obteve um sucesso moderado. Ainda em 5 de abril de 1968,
Nugent, em conjunto com um grupo de músicos, homenageou Martin
Luther King com uma jam session de folk, rock e blues. Joni Mitchell
tocou primeiro, seguida por Buddy Guy, Cactus e Jimi
Hendrix. Outros músicos que participaram do espetáculo foram BB
King e Al Kooper. (Nota
do Blog: Martin Luther King Jr.
(nascido Michael King Jr., 15 de janeiro de 1929 - 4 de abril de
1968) foi um ativista e ministro batista americano o qual foi um
líder no Movimento dos Direitos Civis. Ele é mais conhecido por seu
papel no avanço dos direitos civis usando a desobediência civil
não-violenta baseada em suas crenças cristãs).
Entre várias mudanças de formação, a banda seguiu gravando e
lançando discos.
Em
setembro de 1974, o grupo lançou Tooth
Fang & Claw, seu
sétimo álbum de estúdio. O trabalho não chegou a ser um sucesso
comercial, mas traz um dos grandes sucessos da carreira de Nugent, a
faixa “Great White Buffalo”.
Holmes e Nugent |
Mudanças de rumo
Cansado
da falta de esforço e de disciplina do The Amboy Dukes,
Nugent decidiu que ele havia se empenhado o suficiente neste projeto
e deixou o grupo. Tooth Fang &
Claw acabou
sendo o último trabalho de estúdio do conjunto.
Nugent
tirou três meses de férias (pela primeira vez na carreira),
esvaziando a cabeça no deserto do Colorado, gastando seu tempo na
caça de cervos e desfrutando do ar livre.
Renovado,
Nugent retornou à civilização em busca de uma nova direção e uma
nova banda.
Juntando-se
ao novo projeto de Ted Nugent, estaria o ex-The Amboy Dukes,
Rob Grange, no baixo. Ao seu lado, Cliff Davies (ex-If), na bateria
e, finalmente, oriundo de uma banda local (de Michigan) chamada
Scott, a qual havia sido banda de abertura para o The Amboy Dukes
anteriormente, um vocalista/guitarrista chamado Derek St. Holmes.
O
novo grupo tomou a estrada e depois o estúdio, formando as canções
que iriam constituir seu primeiro álbum, Ted Nugent.
O
álbum foi produzido por Tom Werman e o ex-manager da banda If,
Lew Futterman. O disco foi gravado no estúdio The Sound Pit, em
Atlanta, nos Estados Unidos.
Para
a estreia de sua carreira-solo, Ted Nugent trouxe uma imagem
de si mesmo tocando guitarra e que se tornaria icônica para os seus
fãs.
Vamos
às faixas:
STRANGLEHOLD
O primeiro momento da carreira-solo de Ted Nugent já é uma amostra do que ele estava disposto a propor. O riff principal da canção é espetacular, pesado e intenso na mesma medida. A guitarra de Ted comanda toda a música com solos criativos e contagiantes. Tudo isto é ainda mais realçado pela ótima atuação vocal de Derek St. Holmes. São 8 minutos de uma verdadeira catarse!
A
letra fala menciona a busca por uma garota:
Gonna
road is cruise is a bitch now, baby
But no you cant turn me round
And if a house gets in my way, baby
Ya know I'm burning down
You ran the night that you left me
You put me in my place
Got you in a stranglehold, baby
You better cross your way
But no you cant turn me round
And if a house gets in my way, baby
Ya know I'm burning down
You ran the night that you left me
You put me in my place
Got you in a stranglehold, baby
You better cross your way
“Stranglehold”
é um dos maiores clássicos da carreira de Ted Nugent.
A
faixa se tornaria um estandarte para os shows por toda a carreira de
Nugent, uma faixa potente de guitarra, com mais de oito minutos de
duração – e, curiosamente, o seu famoso solo de guitarra teria
sido gravado em uma única tomada no estúdio!
No
livro do jornalista musical Martin Popoff, Epic Ted Nugent,
Nugent admite que a música “Stranglehold” foi coescrita pelo
baixista Rob Grange, mas este nunca recebeu qualquer crédito pela
coautoria.
A
famosa revista norte-americana Guitar World elegeu o solo de
guitarra de “Stranglehold”, como o 31º melhor solo de todos os
tempos.
A
banda norte-americana Cross Canadian Ragweed gravou uma versão
para “Stranglehold” em seu álbum Soul Gravy, de 2004.
Também o Ministry fez um cover para a canção presente em
seu disco Undercover, de 2010.
Também
o grupo Tool costumava tocar “Stranglehold” em sua turnê
de 1998.
A
música está presente em várias mídias. É encontrada nos seguintes
filmes: Pain & Gain, Dazed and Confused, Rock
Star, Invincible, Superbad, Beer for my Horses
e Bad News Bears.
A faixa aparece nos seguintes programas da TV norte-americana: Freaks and
Geeks, Supernatural, Entourage, Friday Night
Lights, House M.D. e Ash vs Evil Dead.
“Stranglehold”
marca presença nos seguintes games: Guitar Hero World Tour,
Grand Theft Auto: Vice City Stories e Battlefield:
Hardline.
Também
é música tema de alguns jogadores de Baseball, como o arremessador
Cliff Lee, do Philadelphia Phillies, por exemplo. Também é tema do
time de hóquei sobre o gelo Chicago Blackhawks.
STORMTROOPIN'
Outro riff bastante criativo e melódico comanda a ótima "Stormtroopin'". A música é bastante dinâmica, com um andamento rápido e o inconteste clima de urgência. Desnecessário dizer que a guitarra de Nugent está infernal, na melhor acepção que o termo pode conter. Trabalho perfeito da seção rítmica em outra grande canção!
A
letra possui uma temática bélica:
Comin'
up that street, jackboots steppin' high
Got
to make a stand
Looking
in your windows and listen to your phone
Keep
a gun in your hand
HEY
BABY
Já em "Hey Baby", o Hard Rock visceral apresentado nas duas primeiras faixas cede espaço para um Blues Rock repleto de malícia e melodia. Claro que Nugent dá um show de feeling, especialmente no solo de guitarra. Também há uma grande atuação vocal de Holmes. Música incrível!
A
letra possui teor de envolvimento romântico:
Hey
Baby jump in the back of my car
I'm
gonna kiss and hug you baby I'm gonna stir your heart
All
you pretty woman your so far and in between
I
don't need no fancy tarts I need the one's thats clean
“Hey
Baby” é outro grande sucesso de Ted Nugent.
É a
única faixa do disco que foi composta e arranjada apenas pelo
vocalista e guitarrista Derek St. Holmes.
Lançada
como single, atingiu a 72ª posição da principal parada
norte-americana desta natureza.
JUST
WHAT THE DOCTOR ORDERED
Os teclados estão mais perceptíveis nesta canção, a qual retoma a pegada Hard Rock inicial do disco, mas com um tom abaixo das 2 primeiras faixas. O riff é bom, apostando mais na consistência melódica que propriamente na ferocidade. Outra música muito criativa!
A
letra é divertida e uma ode ao Rock:
I
jammed everyday
I
jammed everynight
I
practiced till I knew all the licks
Now
I'm on the verge of a
nervous
breakdown
I
don't know the meaning of quit
SNAKESKIN
COWBOYS
O riff sensacional de "Snakeskin Cowboys" possui o casamento perfeito entre peso e melodia, repleta de malícia. A canção é um Hard Rock classudo, com aquele toque bluesy magistral. A presença forte dos teclados, feita com absoluta classe, é a cereja do bolo de uma faixa alucinante!
A
letra possui um sentido divertido:
Snakeskin
cowboys
Who
the hell you think you are
Just
strutting around with your fancy hairdos
I
know you'd like to be a star no-no
MOTOR
CITY MADHOUSE
O riff de "Motor City Madhouse" flerta deliberadamente com o Heavy Metal dos anos 70, ou seja, é bem pesado e rápido. Ele me traz à memória os primeiros anos do Motörhead (embora o este álbum seja anterior à banda de Lemmy Kilmister). Outra grande composição a qual somente não é ainda melhor por conta dos vocais de Nugent, que não possuem a mesma potência dos de Holmes.
A
letra faz referência a Detroit, onde Nugent viveu:
Woh,
welcome to my town
High energy is all around tonight
Woh, you best beware
There's violence in the air tonight. Huh
Well, Detroit city, she's the place to be
This mad dog town's gonna set you free
High energy is all around tonight
Woh, you best beware
There's violence in the air tonight. Huh
Well, Detroit city, she's the place to be
This mad dog town's gonna set you free
Quem
faz os vocais nesta canção é o próprio Ted Nugent.
WHERE
HAVE YOU BEEN ALL MY LIFE
Mais uma vez, Nugent acerta em cheio na construção de um riff de guitarra poderoso, extremamente melódico e swingado, mas sem abrir mão do peso que o Hard Rock necessita. O toque bluesy na faixa, externado por uma atuação cirúrgica da seção rítmica, fica mais evidenciado pelos ótimos vocais de Holmes. Que canção, meus amigos!
A
letra possui teor de busca por um relacionamento:
Oh,
you naked women, running 'round in my head
I
said, all you naked women, running 'round in my head
Lord,
you'll just have to be there
Till
I'm buried and dead
I
said, Lord you'll just have to be there
Till
I'm buried and dead
Lançada como single, não obteve maior repercussão em termos das principais parada de sucesso desta natureza.
YOU
MAKE ME FEEL RIGHT AT HOME
O peso e o ritmo caem vertiginosamente em "You Make Me Fell Right at Home". A proposta da faixa é mais introspectiva e suave, contando com vocais mais amenos e que se casam perfeitamente com esta abordagem mais intimista.
A
letra pode ser interpretada como um agradecimento:
Cruisin'
down the highway of life so long
You
barely remember my name
Something
you do brings me back to life
I
can barely feel the pain
Ted
Nugent teria confirmado que o baterista Cliff Davies é quem faz os
vocais nesta canção.
QUEEN
OF THE FOREST
A nona - e última - faixa de Ted Nugent é "Queen of the Forest". O ritmo e intensidade do disco voltam à carga máxima na derradeira composição que o forma. O riff principal é simples, mas pesado na medida certa. A guitarra de Nugent novamente brilha intensamente, demonstrando seu feeling fenomenal no álbum. Fecha o trabalho de maneira entusiasmante.
A
letra é divertida:
She
takes care of the creatures
She
provide all of their needs
With
her they have a much better chance now
To
stay happy and free
Considerações
Finais
O
álbum de estreia da carreira-solo de Ted Nugent acabou fazendo
sucesso, tanto de crítica quanto comercialmente.
Em
termos de paradas de sucesso, o disco conquistou a muito boa 28ª posição
na principal parada norte-americana, a Billboard, alcançando a 56ª
colocação na sua correspondente britânica.
Greg
Prato, do site AllMusic, em retrospectiva, dá ao trabalho uma
nota 4 de um máximo de 5 possíveis, apontando: “(...) a trilha de
abertura, “Stranglehold”, estende-se além de oito minutos e
contém vários prolongados, ferozes, quentes solos de guitarra, não
sendo como seu típico indulgente rock da época - cada nota única
conta, como lamentos de Nugent e como se sua vida dependesse disso.
Outros clássicos do disco incluem “Motor City Madhouse”, além
da canção de St. Holmes, “Hey Baby”, e “Just What The Doctor
Ordered”, todas se tornando estandartes ao vivo e fazendo da banda
um dos concertos essenciais do final dos anos 70”.
Por
fim, Prato atesta: “É um clássico essencial do hard rock”.
O
próprio Ted Nugent, em entrevistas, considera seu álbum de estreia
da carreira-solo como seu melhor trabalho, afirmando: “Se alguém
quisesse saber o que era rock'n roll, esse é o único álbum que
eles precisariam (ouvir)”.
Em
2005, Ted Nugent foi classificado como o 487º colocado, no
livro da revista alemã Rock Hard, The 500 Greatest Rock &
Metal Albums of All Time.
Após
excursionar extensamente, Nugent, já em 1976, entraria no mesmo
estúdio The Sound Pit para gravar o sucessor de seu disco de
estreia, o ótimo Free-for-All, o qual seria lançado em
outubro daquele ano.
Ted
Nugent supera a casa de 2 milhões de cópias vendidas apenas nos
Estados Unidos.
Formação:
Derek
St. Holmes - Vocal, Guitarra-Base
Ted
Nugent – Guitarra-Solo, Backing Vocal, Percussão, Arranjos, Vocal
em 06
Rob
Grange - Baixo
Cliff
Davies - Bateria, Vibrafone, Backing Vocal, Vocal em 08
Músicos
Adicionais:
Steve
McRay - Teclados
Brian
Staffeld - Percussão
Tom
Werman - Percussão
Faixas:
01 -
Stranglehold (Nugent) – 8:22
02 -
Stormtroopin' (Nugent) – 3:07
03 -
Hey Baby (Holmes) – 4:00
04 -
Just What the Doctor Ordered (Nugent) – 3:43
05 -
Snakeskin Cowboys (Nugent) – 4:38
06 -
Motor City Madhouse (Nugent) – 4:30
07 -
Where Have You Been All My Life (Nugent) – 4:04
08 -
You Make Me Feel Right at Home (Nugent) – 2:54
09 -
Queen of the Forest (Nugent) – 3:34
Letras:
Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/ted-nugent/
Seria até desnecessário dizer isto para quem acompanha nosso site desde o início, mas cabe ressaltar isto novamente, em especial, para os novos visitantes que por ventura vejam este post primeiro: este é um site de música e o que interessa para quem publica o site, aqui, é somente este aspecto do trabalho dos grupos e artistas que aparecem por aqui.
Muitos críticos musicais se deixam levar pelas polêmicas em que Ted Nugent se envolve para também avaliar sua obra musical. O Rock: Álbuns Clássicos vai se ater exclusivamente ao álbum Ted Nugent e a atuação de seu protagonista neste trabalho.
Dito isto, vamos ao que interessa de verdade.
42 anos depois, é muito fácil afirmar que abandonar o The Amboy Dukes e partir para uma vitoriosa carreira-solo foi uma decisão certeira de Ted. Mas, o que se percebe ao se ouvir Ted Nugent, é que a liberdade em se poder fazer uma abordagem musical da forma que queria e bem entendia proporcionou a Nugent construir um álbum fabuloso.
Ted Nugent se cercou de ótimos músicos para compor seu time. A seção rítmica formada pelo baixista Rob Grange e o baterista Cliff Davies constroem uma base sólida para que a guitarra de Ted seja a protagonista.
O guitarrista/vocalista Derek St. Holmes é o parceiro ideal para potencializar as faixas poderosas construídas por Nugent. Sua voz é poderosa e sua interpretação é perfeita para combinar com a sonoridade proposta. Holmes ainda nos brindou com a composição da excelente "Hey Baby".
É óbvio que a grande estrela do trabalho é mesmo a guitarra de Ted Nugent. Infernal, ela nos brinda com riffs poderosos e certeiros, além de solos brutais e repletos de feeling. Nugent abusa de seu talento e o resultado é primoroso.
As letras são uma pequena amostra da forma como Nugent enxergava a vida naqueles tempos. Confira e tire suas próprias conclusões.
Ted Nugent não possui nenhuma faixa sequer mediana. Aqui não há canções de complemento. É um trabalho que poderia ser confundido com uma coletânea.
A espetacular "Stranglehold" é uma das melhores composições Hard Rock de todos os tempos, com sua indulgência encantadora. Enfim, são 8 minutos de puro prazer e palavras não farão justiça ao que ela proporciona para os fãs.
Mas não é apenas dela que o disco vive, muito pelo contrário. O rock visceral e com toques 'cinquentistas' de "Just What the Doctor Ordered" é incrível. A bluesy "Hey Baby" merece grande destaque, bem como a força impactante de Stormtroopin'".
E ainda há a malícia cativante de "Snakeskin Cowboys", uma faixa que sintetiza tudo o que o Hard Rock pode ter de melhor.
Enfim, Ted Nugent é um dos melhores álbuns de estreia de todos os tempos. É uma joia, uma pérola do Rock setentista que o RAC pensa que deveria ser ainda mais celebrada devido a sua qualidade estratosférica. Mais que obrigatório, fãs de Hard Rock necessitam de conhecer este trabalho simplesmente sensacional!
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