Nightmare
é o quinto álbum de estúdio da banda norte-americana Avenged
Sevenfold. Seu lançamento oficial aconteceu em 27 de julho de 2010,
através do selo Warner Bros. As gravações ocorreram entre novembro
de 2009 e abril do ano seguinte, nos The Pass and Phantom Studios,
nos Estados Unidos. A produção ficou por conta de Mike Elizondo.
Neste
post o RAC vai abordar o Avenged Sevenfold, um grupo que
ganhou bastante notoriedade entre o público de música mais pesada
nas 2 últimas décadas. Vai-se abordar a história da banda antes de
se focar no álbum propriamente dito.
Origens
da banda
A
banda foi formada em 1999 em Huntington Beach, Califórnia, nos
Estados Unidos, pelos membros originais: o vocalista M. Shadows, o
guitarrista Zacky Vengeance, o baterista The Rev e o baixista Matt
Wendt.
Shadows
foi quem sugeriu o nome do grupo como uma referência à história
bíblica de Caim e Abel, a qual pode ser encontrada em Gênesis 4:24,
embora eles jamais se tornassem uma banda religiosa.
Após
a sua formação, cada membro da banda também assumiu um pseudônimo
os quais já eram apelidos deles desde o ensino médio. (Nota do
Blog: M. Shadows é o nome artístico de Matthew Charles Sanders;
Zacky Vengeance é o nome artístico de Zachary Baker e The Rev era o
nome artístico de James Owen Sullivan).
M. Shadows |
Depois,
Matt Wendt foi substituído por Justin 'Sane' Meacham que era o
baixista da banda Suburban Legends.
Antes
do lançamento de seu álbum de estreia, a banda gravou duas demos em
1999 e 2000. Em meados de 2001, foi relatado que o baixista Meacham
havia tentado suicídio por beber quantidades excessivas de xarope
para a tosse. Durante sua hospitalização, ele permaneceu em mau
estado e foi substituído por Dameon Ash.
O
álbum de estreia do Avenged Sevenfold, Sounding the
Seventh Trumpet, foi gravado enquanto os membros da banda ainda
estavam no final da adolescência e continuavam no ensino médio. O
trabalho foi lançado originalmente por seu primeiro selo, Good Life
Recordings, em 2001.
O
guitarrista Synyster Gates se juntou à banda depois que o álbum foi
lançado e a faixa introdutória “To End the Rapture” foi
regravada com a banda completa. O álbum foi posteriormente relançado
pela gravadora Hopeless Records, em 2002. (Nota do Blog:
Synyster Gates é o nome artístico de Brian Elwin Haner, Jr.).
A
banda começou a receber reconhecimento, atuando em conjunto com
nomes como Mushroomhead e Shadows Fall e tocando na turnê Take
Action Tour.
Entre
as faixas preferidas em Sounding the Seventh Trumpet,
para o site, estão “Turn the Other Way” e “Warmness on the
Soul”.
Tendo
encontrado um novo baixista, Johnny Christ, o grupo lançou seu
segundo álbum de estúdio, intitulado Waking the Fallen,
pela Hopeless Records, em agosto de 2003. O disco apresenta uma
produção mais refinada e um som mais maduro quando comparado com
seu álbum anterior. (Nota
do Blog: Johnny Christ é
o nome artístico de Jonathan Lewis Seward).
A
banda recebeu revisões pela revista Billboard
e pelo jornal The Boston Globe,
além de tocar na turnê itinerante Vans Warped Tour.
Em
2004, o Avenged Sevenfold
participou novamente da Vans Warped Tour
e gravou um vídeo para sua música “Unholy Confessions”, o qual
entrou no famoso programa Headbanger's Ball,
do canal de televisão MTV2 norte-americano.
Pouco
depois do lançamento de Waking the Fallen,
o Avenged Sevenfold
deixou a Hopeless Records e assinou contrato com a gravadora
Warner Bros. Records.
City
of Evil, o terceiro álbum da
banda e sua estreia em uma grande gravadora, foi lançado em 7 de
junho de 2005 e já estreou na 30ª posição da Billboard, a
principal parada de sucessos norte-americana. Além disso, vendeu
mais de 30 mil
cópias na sua primeira semana de lançamento.
O
trabalho apresentou uma
sonoridade mais próxima ao
Heavy Metal
clássico, especialmente se
comparado aos álbuns
anteriores do
Avenged Sevenfold,
que foram agrupados no gênero metalcore. (Nota
do Blog: Metalcore é um
gênero amplo do heavy metal que consiste em uma fusão de gêneros
de metal extremo e hardcore punk. Entre suas principais
características estão vocais cantados de forma leve e harmoniosa,
em contraste com outros guturais; guitarras com afinações baixas,
riffs rápidos e dobras; baixos rápidos e na maioria das vezes com o
uso de palhetas e a bateria veloz e alternando com condução e
pedais duplos encaixando com as palhetadas das guitarras e baixo,
algumas vezes com o uso de blast beats (metranca), e algumas vezes
D-beat).
City
of Evil também é notável pela
ausência de gritos e grunhidos vocais já
que M. Shadows trabalhou com
o professor de canto
Ron Anderson - cujos clientes incluíam Axl Rose e Chris Cornell -
durante meses antes do lançamento do álbum.
Zacky Vengeance |
O
disco
recebeu críticas positivas de várias revistas e sites e é
creditado como
um propulsor
a popularidade internacional do
grupo. Entre as faixas de destaque do álbum estão “Beast and the
Harlot”, “Burn It Down”, “Seize the Day” além
de, claro, “Bat Country”.
Aumento
de popularidade
Depois
de tocar no festival Ozzfest, em 2006, o Avenged
Sevenfold bateu de forma
memorável os cantores Rihanna e Chris Brown, Panic! At the Disco,
Angels & Airwaves e James Blunt para vencer o título de Best
New Artist no prêmio MTV
Video Music Awards, graças,
em parte, ao sucesso de “Bat Country”.
Eles
voltaram a tocar no festival Vans Warped Tour,
desta vez como banda principal e, em seguida, continuaram em sua
própria Cities of Evil Tour.
Além
disso, seu single principal, “Bat Country”, alcançou a 2ª
posição na principal parada de singles norte-americana voltada
para o Rock. O
videoclipe da canção
chegou a ser o mais pedido na
MTV dos
Estados Unidos.
Impulsionado
por esse sucesso, o disco
vendeu bem e tornou-se o primeiro a
superar a casa de 500 mil cópias vendidas pelo
Avenged Sevenfold.
Em 2009, City of
Evil já ultrapassava a casa de
1 milhão de cópias comercializadas.
O
Avenged Sevenfold
foi convidado para participar da turnê Ozzfest, no palco principal,
juntamente a nomes como DragonForce,
Lacuna Coil,
Hatebreed,
Disturbed
e System of a Down
pela primeira vez em 2006.
No
mesmo ano, eles também completaram uma turnê mundial, a
qual incluía EUA, Reino
Unido, Europa continental, Japão, Austrália e Nova Zelândia.
Depois de uma promoção de dezesseis meses para
City of Evil, a banda
anunciou que estava cancelando uma
turnê no terceiro trimestre
de 2006 para gravar música
nova.
Entretanto,
a banda lançou seu primeiro DVD, intitulado All Excess,
em 17 de julho de 2007. All Excess,
estreou como o DVD nº 1 nos EUA e
incluía
performances ao vivo e filmagens nos bastidores que abrangiam a
carreira de oito anos da banda.
Em
26 de outubro de 2007, o Avenged
Sevenfold lançou seu
álbum homônimo, o
quarto de estúdio do conjunto. Ele estreou no excepcional 4º lugar
da principal parada de sucesso dos Estados Unidos, com mais de 90.000
cópias vendidas.
Dois singles, “Critical Acclaim” e “Almost Easy” foram
lançados antes da estreia do disco. Em dezembro de 2007, um vídeo
animado foi feito para “A Little Piece of Heaven”. Devido ao tema
controverso da canção, entretanto, a gravadora Warner Brothers só
o lançou para usuários registrados na MVI pela internet.
O
terceiro single, “Afterlife”, e seu vídeo, foram
lançados
em janeiro de 2008. O
quarto single, “Dear God”, foi lançado em 15 de junho de 2008.
Embora a recepção da
crítica tenha
sido mista,
Avenged Sevenfold
ultrapassou as
500 mil
cópias
comercializadas e
foi premiado com o prêmio de
Álbum do Ano
pela conceituada revista
britânica Kerrang!
O
Avenged Sevenfold encabeçou a turnê Taste of Chaos, em 2008,
com nomes do calibre de Atreyu, Bullet for My Valentine,
Blessthefall e Pilot Idiot.
O
grupo usou as imagens de seu último show em Long Beach, nos Estados
Unidos, para Live in the LBC & Diamonds in the Rough, um
CD duplo de B-sides e um DVD ao vivo, que foi lançado em 16 de
setembro de 2008.
Eles
também gravaram vários covers, incluindo “Walk” do Pantera,
“Flash of the Blade” do Iron Maiden e “Paranoid” do
Black Sabbath.
A morte de The Rev
Em janeiro de 2009, Shadows confirmou que a banda estaria compondo o
sucessor de seu autointitulado quarto álbum nos próximos
meses. O grupo tocou no festival anual chamado Rock on the Range,
entre 16 e 17 de maio daquele ano.
Em 16 de abril, o conjunto tocou uma versão de “It's So Easy”,
do Guns N 'Roses, ao vivo com a participação do
ex-guitarrista do Guns, Slash, no Nokia Theater, em Los Angeles.
Tragicamente, em 28 de dezembro de 2009, o baterista da banda, James
'The Rev' Sullivan, foi encontrado morto em sua casa, aos 28 anos. Os
resultados da autópsia foram inconclusivos, mas, em 9 de junho de
2010, a causa de morte revelou-se uma “intoxicação aguda por
'polidroga' devido a efeitos combinados de Oxicodona, Oxymorfona,
Diazepam/Nordiazepam e etanol”.
The Rev |
Em uma declaração da banda, seus membros expressaram seus pesares
pela morte de The Rev e, mais tarde, postaram uma mensagem oriunda da
família de Sullivan que expressava sua gratidão aos fãs por seu
apoio. Os membros da banda admitiram, em uma série de entrevistas
posteriores, que eles cogitaram a dissolução do grupo naquele
momento.
No entanto, em 17 de fevereiro de 2010, o Avenged Sevenfold
afirmou que havia entrado no estúdio, juntamente com o ex-baterista
do Dream Theater, Mike Portnoy, quem cumpriria o papel de
baterista para um novo álbum, no lugar de The Rev.
Nightmare
Nightmare começou a ser trabalhado ainda em 2009. A banda
começou a gravar seu próximo disco, o seu “mais pessoal e
épico que vai levá-lo definitivamente a uma viagem muito escura”.
No final do ano, o conjunto produziu o álbum até a
morte de seu baterista.
A morte de The Rev, evidentemente, atrasou a produção do disco por
algum tempo.
Depois de alguns meses, mais avisos sobre o álbum se tornaram
disponíveis. Uma curta mensagem de Zacky Vengeance foi postada no
twitter oficial do Avenged Sevenfold, em 17 de abril de 2010:
“As faixas estão completas, não há palavras que descrevam a
sensação de ouvir este álbum enquanto dirijo sozinho para casa às
4 da manhã”.
Já o baixista Johnny Christ chegou a comentar: “Nós
definitivamente tínhamos tomado a decisão que seria um registro
conceitual. Queríamos um álbum de conceito escuro, algo como The
Wall ou Operation: Mindcrime. Ao mesmo tempo, queríamos
incorporar algo do que havíamos feito no passado com o trabalho das
guitarras. Queríamos torná-lo mais pesado em geral. Ao final de
tudo, as músicas que surgiram já estavam tão escuras como
gostaríamos. Depois, liricamente, (tudo) tomou um rumo diferente
quando Jimmy faleceu. As letras, em seguida, tornaram-se
principalmente – embora não 100 por cento - mas a se relacionarem
com a sua morte e sua vida”.
Shadows e Synyster Gates, em entrevista ao The Pulse of Radio,
confirmaram a aparição especial do The Rev no disco. De acordo com
os membros da banda, ele deixou vocais, antes de sua morte, que eles
usaram no registro e também algumas passagens de bateria,
obviamente, gravadas antes de seu falecimento.
Vamos às faixas:
NIGHTMARE
"Nightmare" abre o álbum com uma mistura de Hard/Heavy criativa. O ritmo é acelerado e o trabalho da bateria, por parte de Mike Portnoy, como sempre, é soberbo. Os vocais variam entre suaves e agressivos, por vezes flertando com o Rap/Hip Hop. O solo do guitarrista Synyster Gates é muito bom. Faixa longa, mas bem interessante.
A letra fala sobre alguém condenado ao inferno:
You should have known the price of evil
And it hurts to know that you belong here, yeah
No one to call
Everybody to fear
Your tragic fate is looking so clear, yeah
Ooh, it's your fucking nightmare
And it hurts to know that you belong here, yeah
No one to call
Everybody to fear
Your tragic fate is looking so clear, yeah
Ooh, it's your fucking nightmare
“Nightmare” é um dos grandes sucessos do Avenged Sevenfold.
Liricamente, “Nightmare” trata de um indivíduo que é condenado
por seus erros na Terra. A canção, desta maneira, é cantada do
ponto de vista de um residente do inferno, o qual, provavelmente, foi
uma pessoa viva, zombando da outra personagem e apontando que é sua
própria culpa se ela está no inferno.
“Nightmare” é o primeiro single lançado sem o baterista The
Rev. A canção foi lançada, digitalmente, em 18 e 21 de maio de
2010, nos EUA e no mundo, respectivamente, pelo iTunes, assim como no
formato de um vídeo animado no YouTube, o qual recebeu mais de 275
mil visualizações em 24 horas.
O single atingiu a 51ª posição da principal parada norte-americana
de singles, conquistando a 65ª colocação na sua correspondente
britânica.
“Nightmare” foi indicada para o prêmio de Melhor Single na
premiação Kerrang!Awards, em 2010, mas acabou não a
vencendo. A faixa também esteve disponível para download no jogo
Rock Band 2. Também é um prêmio dentro de outro game, Call
of Duty: Black Ops, ficando disponível em caso de completar
determinada fase.
Também foi descoberto, por fãs, que o rosto de Jimmy "The Rev"
Sullivan, o falecido baterista da banda, pode ser visto tanto na capa
do single como do álbum.
“Nightmare” foi a música número 1 de rock, no iTunes, nos EUA
(e também no Reino Unido), vendendo mais de 23.000 unidades em seu
primeiro dia. Ademais, tornou-se a música de rádio mais tocada nos
EUA em 2010, batendo a casa de 35 mil rotações.
O videoclipe de “Nightmare” contem várias homenagens ao
baterista The Rev, inclusive sendo baseado no filme Jacob's
Ladder, de 1990 (dirigido por Adrian Lyne), pois este era um dos
favoritos do falecido baterista.
WELCOME
TO THE FAMILY
A segunda canção do álbum é "Welcome to the Family". A faixa segue em um ritmo bem acelerado, com riffs bem rápidos, mas leves, especialmente nas pontes e refrão. Há momentos em que o peso e o groove aumentam bastante. Outro bom solo do guitarrista Gates.
A letra retrata um jovem que comete muitos erros:
Hey, why won't you listen?
Can't help the people you're missing
Won't be undone, a casualty rerun
Welcome to the family
Can't help the people you're missing
Won't be undone, a casualty rerun
Welcome to the family
“Welcome to the Family” foi o segundo single lançado para
promover Nightmare, mas não obteve repercussão nas
principais paradas de singles.
Na série 'making of' do Avenged Sevenfold no YouTube, chamada In
Studio, Shadows e o baixista Johnny Christ dizem que The Rev
escreveu a maior parte da canção e o vocalista a finalizou quando
eles começaram a gravar o álbum.
A canção é jogável como uma DLC no game Rock Band 3.
DANGER
LINE
Bons vocais de M. Shadows são a tônica de "Danger Line". A música mantém a tônica do álbum até o momento, com o Avenged Sevenfold apostando em uma faixa direta em que o ritmo acelera no refrão. A bateria insana de Portnoy é a principal responsável pelo peso. O final da canção é mais melancólico.
A letra soa como uma despedida:
Now I find myself in my own blood
(Never thought I'd lie in my own blood)
The damage done is far beyond repair
I never put my faith in up above
(Never had much faith in up above)
But now, I'm hoping someone's there
(Never thought I'd lie in my own blood)
The damage done is far beyond repair
I never put my faith in up above
(Never had much faith in up above)
But now, I'm hoping someone's there
BURIED
ALIVE
"Buried Alive" possui uma longa, simples, mas bela introdução. Seu ritmo é arrastado, contando com uma leveza singela, permitindo o baixo de Johnny Christ aparecer mais nitidamente. A intensidade cresce no refrão, aumentando o peso, mas nada que assuste ouvintes ocasionais. O maior destaque são os ótimos vocais de M. Shadows e o seu final apocalíptico.
A letra menciona o antagonismo entre ascensão e queda:
I walked the fields through the fire
Taking steps until I found solid ground
Followed dreams reaching higher
Couldn't survive the fall
Taking steps until I found solid ground
Followed dreams reaching higher
Couldn't survive the fall
“Buried Alive” foi o quarto – e último – single retirado de
Nightmare, mas não teve maior repercussão em termos das principais
paradas de sucesso.
Em 2014, uma demo da canção vazou. Esta gravação apresenta o
falecido baterista The Rev nos vocais e algumas letras diferentes,
bem como algumas pausas nas quais Shadows canta no original.
A demo era, muito provavelmente, uma versão anterior da música,
escrita por The Rev somente, antes que Shadows a terminasse para o
disco.
NATURAL
BORN KILLER
O início de "Natural Born Killer" flerta deliberadamente com o Thrash Metal da Bay Area! Entretanto, com o desenrolar da canção, o ritmo fica mais lento, mas o peso continua bem presente, fazendo muito bem à canção. O refrão segue uma linha mais Hard Rock. Ótimo momento do disco.
A letra é sombria sobre viver e morrer:
So die alone
This is the one thing that I won't do
So say your prayers
'Cause I ain't leaving here without you
This is the one thing that I won't do
So say your prayers
'Cause I ain't leaving here without you
SO
FAR AWAY
O peso desaparece na bela "So Far Away", com sua pegada praticamente acústica. Mas as linhas melódicas são sensíveis e os vocais se casam perfeitamente com o instrumental, em uma atuação realmente impressiva de Shadows. O solo de guitarra de Gates é bonito, em uma belíssima composição do Avenged Sevenfold.
A letra remete à fugacidade da vida:
A final song, a last request
A perfect chapter laid to rest
Now and then I try to find a place in my mind
Where you can stay
You can stay away forever
A perfect chapter laid to rest
Now and then I try to find a place in my mind
Where you can stay
You can stay away forever
“So Far Away” foi o terceiro single lançado para promover o
disco. Alcançou a 1ª posição da principal parada norte-americana
exclusivamente de Rock.
Esta foi a primeira canção do Avenged Sevenfold que o
guitarrista Synyster Gates compôs completamente sozinho desde “I
Will not See You Tonight Pt 1”, presente em Waking the Fallen.
Durante a maioria dos shows, a banda interpreta a música como uma
homenagem a The Rev, com o público segurando seus isqueiros ou
telefones celulares durante sua execução e o fundo do palco
apresentando uma bandeira reverenciando o legado do falecido
baterista.
O videoclipe da canção é outra grande homenagem a The Rev e
ultrapassa a casa de 100 milhões de visualizações no YouTube.
GOD
HATES US
A introdução mais leve até engana, mas "God Hates Us" é uma das faixas mais pesadas do disco, abusando do groove, intercalando passagens mais lentas e outras mais aceleradas. Shadows chega a apresentar vocais mais gritados e o trabalho da seção rítmica é admirável. Que paulada!
A letra é um relato de desesperança:
Nothing to heal
No one to pray
Pills had a role now
There is nothing to take
Nothing to trust
No one to fake!
You'll find out sooner
That it's best if we just know our place
No one to pray
Pills had a role now
There is nothing to take
Nothing to trust
No one to fake!
You'll find out sooner
That it's best if we just know our place
VICTIM
"Victim" aposta em uma melodia simples, mas muito cativante, constituindo uma canção predominantemente leve, com o peso aparecendo apenas no refrão. É um Hard Rock bem 'classudo', com ótima presença da guitarra de Gates e dos vocais de Shadows. Baita música!
A letra pode ser interpretada como o relato de uma perda:
Some say this can't be real
And I've lost my power to feel tonight
We're all just victims of a crime
When all's gone and can't be regained
We can't seem to shelter the pain inside
We're all just victims of a crime
And I've lost my power to feel tonight
We're all just victims of a crime
When all's gone and can't be regained
We can't seem to shelter the pain inside
We're all just victims of a crime
TONIGHT
THE WORLD DIES
O baixo de Johnny Christ está muito presente nesta faixa, a qual possui uma sonoridade que lembra Chris Cornell e o Audioslave, ou seja, um Hard Rock moderno e repleto de referências clássicas. O refrão é ótimo em uma atuação incrível de Shadows nos vocais.
A letra é uma mensagem de recomeço:
Silence all I wanna say
A tendency to run away, I run away
With you tonight
Launder all my sins away
And just like that mistakes are made, you know
Tonight the world dies
A tendency to run away, I run away
With you tonight
Launder all my sins away
And just like that mistakes are made, you know
Tonight the world dies
FICTION
"Fiction" é uma faixa surpreendente no álbum. Ela é dominada pelo piano tocado por David Palmer, em um tom melancólico e sombrio, em uma homenagem ao baterista The Rev. Sua beleza e, porque não, tristeza, são notáveis.
A letra é uma triste despedida:
Left this life to set me free
Took a piece of you inside of me
All this hurt can finally fade
Promise me you'll never feel afraid
Took a piece of you inside of me
All this hurt can finally fade
Promise me you'll never feel afraid
SAVE
ME
A décima-primeira - e última - canção de Nightmare é "Save Me". Com quase 11 minutos de duração, esta é a mais extensa faixa do álbum. O grupo volta a apostar mais no peso e na intensidade na derradeira música do trabalho. A bateria frenética de Portnoy e a guitarra de Gates são os pontos altos da composição.
A letra é em tom de desespero:
Save me
I'm trapped in a vile world
Save me
Where the end game's all the same as every other
We're only here to die
Save me
I'm losing my only dream
Save me
I can use some guiding light, some place to go
If you hear me, let me know
I'm trapped in a vile world
Save me
Where the end game's all the same as every other
We're only here to die
Save me
I'm losing my only dream
Save me
I can use some guiding light, some place to go
If you hear me, let me know
Considerações
Finais
Catapultado por singles de sucesso, Nightmare rapidamente
superou as já altas expectativas em torno de seu lançamento.
Alcançou a estratosférica 1ª posição da principal parada
norte-americana de álbuns, atingindo a excepcional 5ª colocação
em sua correspondente britânica. Além disso, conseguiu os
significativos 1º, 2º e 9º lugares nas paradas de Finlândia,
Canadá e Austrália; respectivamente.
Como dito, o disco acabou estreando em número um na Billboard
200, com vendas de 163 mil unidades apenas em sua primeira
semana.
Nightmare recebeu críticas geralmente positivas de
especialistas em música.
Na edição de agosto de 2010 da revista Metal Hammer, Terry
Beezer classificou o álbum com uma nota de oito em dez. Em sua
revisão, ele elogiou os membros da banda por sua coragem, a despeito
da morte de The Rev, e chamou o disco de “o tributo final a um
amigo caído”. Ele também elogiou Mike Portnoy por sua parte no
álbum e encontrou-o como um substituto adequado para The Rev.
O site 411 Mania deu ao trabalho uma longa, mas altamente
positiva revisão, atribuindo-lhe uma pontuação de 9 em 10. Como
conclusão, eles declararam: “Este álbum é incrivelmente
emocionante e é melhor do que qualquer tributo ao Rev que poderíamos
ter imaginado”.
A renomada revista Kerrang! deu ao álbum uma nota 4 de 5,
concluindo: “Onde o Avenged for a partir daqui está no colo
dos deuses”.
Depois de terminada a gravação, em dezembro, Portnoy e a banda
postaram declarações simultâneas em seus respectivos sites
afirmando que ele não seria o substituto para The Rev.
No entanto, Portnoy viajou com a banda ao exterior, em dezembro de
2010, para três shows no Iraque e Kuwait, patrocinados pela
organização chamada USO. Eles tocaram para soldados dos EUA em Camp
Adder, Camp Beuhring e Balad Air Base. (Nota do Blog: A United
Service Organizations Inc. (USO) é uma organização sem fins
lucrativos que oferece programas, serviços e entretenimento ao vivo
aos membros e suas famílias em serviço pelos Estados Unidos).
Em 20 de janeiro de 2011, o Avenged Sevenfold anunciou através
do Facebook que o ex-baterista da banda Confide, Arin Ilejay,
começaria a fazer turnês com eles naquele ano. Ele ainda não era
considerado um membro do grupo tempo integral naquele momento.
O Avenged Sevenfold se apresentou nos festivais Rock am
Ring e Rock im Park nos dias 3 e 5 de junho de 2011, ao
lado de bandas como Alter Bridge, System of a Down e In
Flames.
Em abril de 2011, a banda encabeçou o Golden God Awards,
realizado pela revista Metal Hammer. Na mesma noite, o grupo
ganhou três prêmios, nas categorias Melhor Vocalista (M.
Shadows), Epiphone Melhor Guitarrista(s) (Synyster Gates e
Zacky Vengeance) e Affliction's Album do Ano para Nightmare,
enquanto Mike Portnoy venceu o prêmio Drum Workshop Melhor
Baterista por seu trabalho no álbum.
O Avenged Sevenfold encabeçou o Festival Uproar
de 2011 com as bandas Three Days Grace, Seether, Bullet
For My Valentine, Escape The Fate, entre outros. Em
novembro e dezembro de 2011, a banda fez sua turnê Buried
Alive suportada pelos grupos Hollywood Undead, Asking
Alexandria e Black Veil Brides.
Nightmare suplanta a casa de 900 mil cópias vendidas apenas
nos Estados Unidos.
Formação:
M. Shadows - Vocal
Zacky Vengeance – Guitarra-Base, Guitarra Acústica em “So Far
Away”
The Rev – arranjos de Bateria, demo, co-vocal principal em
“Fiction”, grito em “Save Me”
Synyster Gates – Guitarra-Solo, Backing Vocal
Johnny Christ - Baixo, Backing Vocal
Músicos Adicionais:
Mike Portnoy - Bateria
Brian Haner, Sr. - Solo de guitarra em “Tonight the World Dies” e
guitarra adicional em “So Far Away”
Sharlotte Gibson - Backing Vocal em “Victim”
Jessi Collins - Backing Vocal em “Fiction”
David Palmer - piano em “Nightmare”, “Danger Line”, “Fiction”
e “Save Me”, teclados em “Danger Line” e “Save Me”, B3 em
“Tonight the World Dies” e “Save Me”
Stevie Blacke - Cordas, arranjo de cordas em “Nightmare”, “Danger
Line”, “Buried Alive”, “So Far Away”, “Fiction” e “Save
Me”
Stewart Cole - trompete em “Danger Line”
The Whistler - assobio em “Danger Line”
Faixas:
01. Nightmare (Shadows/Rev) - 6:15
02. Welcome to the Family (Vengeance/Shadows/Rev) - 4:05
03. Danger Line (Christ/Vengeance) - 5:28
04. Buried Alive (Rev/Shadows) - 6:44
05. Natural Born Killer (Rev) - 5:15
06. So Far Away (Gates) - 5:26
07. God Hates Us (Shadows) - 5:19
08. Victim (Gates/Vengeance/Christ) - 7:29
09. Tonight the World Dies (Christ/Rev) - 4:41
10. Fiction (Rev) - 5:18
11. Save Me (Shadows/Rev) - 10:57
Letras:
Para o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/avenged-sevenfold/
Há quem ame, há quem odeie. Mas chegou o momento do RAC abordar o Avenged Sevenfold em um de seus trabalhos mais aclamados. O site, como os leitores fiéis sabem, vai realizar um comentário isento e não dado a paixões.
Um fato incontestável é que a banda norte-americana se tornou um dos maiores nomes da música pesada que surgiu nas últimas duas décadas, arrastando uma grande legião de fãs realmente devotados. Os números de discos vendidos são impressivos especialmente se se levar em conta o grupo ter se tornado famoso já na era de downloads e streaming.
Nightmare, o quinto álbum de estúdio do grupo, para o RAC, precisa ser ouvido e pensado sob duas óticas: a primeira, e mais importante, é que o disco foi construído sob o signo da trágica morte do baterista The Rev.
O segundo fato importante é que Nightmare é uma evolução natural da sonoridade do grupo. Aos poucos a banda se afastou do som 'metalcore' de seus primeiros trabalhos, sem perder sua indiscutível identidade musical, mesclando-a com o Heavy Metal e, principalmente, com o Hard Rock mais clássicos.
Sendo assim, Nightmare, possui uma incontestável carga dramática, seja em seu conteúdo lírico ou mesmo em sua sonoridade. Há várias canções que apostam em melodias mais melancólicas e sensíveis. A atmosfera dolorosa chega a ser palpável.
O álbum conta com a participação do grande baterista Mike Portnoy, ex-Dream Theater, garantia de qualidade nas baquetas. Impressionam também as ótimas atuações do vocalista M Shadows e do guitarrista Synyster Gates.
A partir de sua quarta faixa, Nightmare entra em estado de graça e suas composições conquistaram nossos ouvidos. As pesadas "Natural Born Killer" e "God Hates Us" demonstram que o Avenged Sevenfold bebeu em ótimas fontes de Heavy Metal.
As belas "Buried Alive" e "So Far Away" cativam o ouvinte. Outra canção tocante é "Tonight the World Dies" e seu ar de Audioslave. Mas a preferida do RAC é a lindíssima "Victim" e seu ar doloroso, mas cativante.
Enfim, sob o signo da dor, Nightmare é um álbum que foge da média e mostra uma banda em franca evolução (o que seria confirmado no ótimo sucessor, Hail to the King, de 2013). Tratar o Avenged Sevenfold como apenas mais uma banda é cair no lugar comum. O grupo não tenta inventar a roda, mas possui uma identidade musical forte e boas referências. Disco muito bem recomendado!
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