Fool
for the City é o quinto álbum de estúdio da banda britânica
chamada Foghat. Seu lançamento oficial aconteceu em 15 de setembro
de 1975, através do selo Bearsville. As gravações ocorreram
durante o ano de 1974, nos estúdios Suntreader Studios em Sharon,
Vermont, nos Estados Unidos. A produção ficou por conta de Nick
Jameson.
Como
é nossa tradição, o RAC vai contar um pouco da história da banda
Foghat antes de abordar o álbum propriamente dito, com o objetivo de
contextualizar o momento pelo qual o grupo passava quando este disco
foi lançado.
Savoy
Brown
Para
se começar a contar a história do Foghat, é obrigatório voltar-se
ao ano de 1970.
Em
março de 1970, foi lançado o álbum Raw Sienna, o quinto
disco de estúdio da banda britânica Savoy Brown.
O
Savoy Brown foi formado em 1965, pelo guitarrista Kim Simmonds
e pelo homem da gaita/harmônica John O'Leary. Ao longo do tempo, o
conjunto foi amadurecendo uma sonoridade que caminhava entre o Blues
e o Rock.
Em
Raw Sienna, a banda estava formada pelo vocalista Chris
Youlden, o guitarrista Kim Simmonds, o guitarrista-base 'Lonesome'
Dave Peverett, o baixista Tony Stevens e o baterista Roger Earl.
Peverett
era um ávido fã do Blues e do Rock baseado no Blues, dominando
estes formatos durante suas apresentações. Nos anos “pré-Beatles”
da década de 1960, ele foi o vocalista e guitarrista principal de um
grupo chamado The Nocturnes, o qual incluía seu irmão John
Peverett (mais tarde, o gerente de turnês de Rod Stewart
antes de se tornar um pastor batista nos EUA) na bateria, Keith
Sutton na guitarra-base e Al 'Boots' Collins (mais tarde, editor de
revistas de turismo nas Índias Ocidentais e Oriente Médio) no
saxofone.
Lonesome Dave Peverett |
O
The Nocturnes alcançou a popularidade em Londres como uma banda de
pubs e clubes noturnos, além de fornecer apoio para outros artistas
em um estúdio de gravação na região de Soho, em Londres.
Depois
de uma breve turnê com uma banda suíça de Blues chamada Les
Questions (com a qual Peverett foi creditado como 'Lonesome Dave
Jaxx'), Dave se juntou ao Savoy Brown como guitarrista-base,
eventualmente assumindo o papel de vocalista.
Já
o londrino Tony Stevens, adentrou o Savoy Brown em 1968,
quando tinha apenas 19 anos de idade. O baterista Roger Earl também
entrou no conjunto no mesmo ano que Stevens, mas já com 22 anos de
idade. Além disso, Earl participou de uma audição para integrar a
lendária The Jimi Hendrix Experience.
Voltamos
para 1970 e o lançamento de Raw Sienna.
Infelizmente,
o líder Kim Simmonds perderia o seu maior trunfo quando o vocalista
Chris Youlden, após a gravação do disco, deixou o grupo para
seguir em uma carreira-solo. Youlden tinha uma das vozes mais
distintivas do blues britânico e o Savoy Brown nunca se recuperaria
completamente de sua saída.
Raw
Sienna marcou a primeira vez em que a mesma formação da banda
havia gravado álbuns consecutivamente sem mudanças no pessoal. O
grupo gravou seu próximo álbum, Looking In, de 1970, como um
quarteto.
Looking
In atingiu a 39ª posição da principal parada de álbuns dos
Estados Unidos, sendo bem-sucedido comercialmente. “Leavin' Again”
é uma das famosas canções do disco.
Depois
de uma turnê de concertos nos EUA, para apoiar Looking In,
Kim Simmonds, o líder de fato do Savoy Brown, dissolveu esta
versão do grupo.
Formação
do Foghat
O
vocalista/guitarrista Dave Peverett, o baixista Tony Stevens e o
baterista Roger Earl decidiram continuar juntos e formaram uma nova
banda.
Simultaneamente,
em 1969, também era lançado Barbed Wire Sandwich, o único
álbum do grupo Black Cat Bones.
O
Black Cat Bones era uma banda também voltada para a
sonoridade Blues/Rock e que teve em suas prévias formações o
guitarrista Paul Kossoff e o baterista Simon Kirke. Ambos deixariam o
grupo para formarem o lendário Free.
Quem
substituiu Paul Kossoff nas guitarras e gravou o único registro do
conjunto, Barbed Wire Sandwich,
foi o guitarrista Rod Price.
Roderick
Michael "Rod" Price, nascido em Willesdem, ao norte de
Londres, entrou no Black
Cat Bones com apenas 21
anos de idade.
O álbum foi gravado no Tangerine Studios e no Decca Studios, lançado
em novembro de 1969, no novo selo da Decca, chamado Nova, dedicado à
música rock progressiva.
Rod Price |
Quando o álbum foi incapaz ganhar a aclamação da crítica, os
membros Brian Short, Rod Price e Phil Lenoir deixaram a banda,
efetivamente encerrando sua existência.
Primeiros
movimentos
Rod Price, o guitarrista, juntou-se ao grupo depois que deixou o
Black Cat Bones, em dezembro de 1970. A nova formação foi
chamada de Foghat (uma palavra sem sentido, a qual era um jogo
de infância de Peverett e seu irmão), em janeiro de 1971.
O álbum de estreia surgiu em julho de 1972, Foghat, e foi
produzido por Dave Edmunds. O trabalho apresenta um cover para “I
Just Want To Make Love to You”, do bluesman Willie Dixon, e
que recebeu considerável divulgação, especialmente nas estações
de FM. (Nota do Blog: William James Dixon foi um músico,
vocalista, compositor, arranjador e produtor de discos americano.
Vencedor do Prêmio Grammy, era proficiente tanto no baixo como na
guitarra e vocal, talvez seja mais conhecido como um dos compositores
mais prolíficos de seu tempo. Ao lado de Muddy Waters, Dixon é
reconhecido como a pessoa mais influente na formação do som
pós-Segunda Guerra Mundial conhecido por Chicago blues).
O álbum também incluiu uma versão do clássico do Savoy Brown,
“Leavin 'Again (Again!)”, e a ótima “Sarah Lee”, um
estonteante blues em que desperta o brilho de Rod Price.
O disco atingiu a modesta 127ª posição da principal parada
norte-americana de álbuns.
Em março de 1973, saiu o segundo autointitulado álbum do grupo,
Foghat, mas que por conta de sua capa, ficou conhecido entre
os fãs como Rock and Roll. Além do cover para “I Feel So
Bad”, de Chuck Willis, o Blog destaca a boa “Road Fever”. O
disco atingiu a 67ª colocação na principal parada norte-americana
de discos.
Em janeiro de 1974 sai o terceiro álbum do grupo, Energized,
o qual mantém o viés de crescente da popularidade do grupo. O álbum
atingiu a 34ª posição da parada norte-americana e contém as
ótimas faixas “Step Outside”, “Golden Arrow” e “Nothin' I
Won't Do”.
Aproveitando a boa fase, ainda em 1974, o grupo compõe, grava e
lança seu quarto disco de estúdio, Rock and Roll Outlaws.
Foi a primeira vez que a banda contou com a produção de Nick
Jameson, o qual havia produzido os primeiros álbuns do cantor Tim
Moore.
O trabalho ficou com a 40ª colocação na parada norte-americana e
contava com a ótima “Dreamer”.
Rock and Roll Outlaws também marca a despedida da formação
inicial do grupo que se mantinha a mesma desde o início.
Fool
for the City
Em 1975, Tony Stevens deixou a banda, devido ao seu calendário de
turnê infinito. Stevens foi substituído temporariamente pelo
produtor Nick Jameson, ainda no mesmo ano, especialmente para a
gravação de Fool for the City, o vindouro quinto álbum de
estúdio do grupo.
Contando com uma pegada diferente, o disco foi gravado em 1974, nos
estúdios Suntreader Studios, no estado norte-americano do Vermont.
Roger Earl |
A capa do álbum mostra o baterista, Roger Earl, sentado, sozinho, em
uma caixa de sabão, pescando uma bula no meio da East 11th Street
(entre 2ª e 3ª Avenida) em Nova York, perto do endereço do
escritório americano do Foghat.
A capa traseira apresenta espectadores céticos, observando a
atividade incomum de Earl, e os outros membros da banda perguntando o
que ele está fazendo e/ou tentando dissuadi-lo daquilo.
Em uma entrevista, de 2014, Earl explicou como a foto foi tirada:
“Foi uma manhã de domingo e não havia dormido. Foi ideia de Nick
Jameson... pois eu tenho essa propensão para a pesca. De qualquer
forma, levantamos a tampa do bueiro e estou sentado em uma caixa.
Quase imediatamente, uma dupla da polícia de New York veio em seu
patrulhamento. Eles estão olhando para nós e desceram a janela.
Agimos como “Oh merda”. Eles gritaram: 'Ei, você tem uma licença
de pesca?' e começaram a rir. Então eles vieram e disseram: 'Que
merda você está fazendo?' Eles tiraram algumas fotos... Eu amo a
polícia de Nova York”.
Vamos às faixas:
FOOL
FOR THE CITY
Com um ritmo divertido e um bom riff, este, repleto de malícia e um inegável swing; "Fool for the City" é uma canção contagiante e que demonstra as qualidades do Foghat. A presença indelével da guitarra de Rod Price e os vocais talentosos de Dave Peverett são os destaques deste início muito mais que promissor para o disco.
A letra fala de liberdade:
I'm
like a fish out of water, I'm just a man in a hole
The
city lights turn my blues into gold
I
ain't no country boy, I'm just a homesick man
I'm
gonna hit the grit just as fast as I can
Lançada como single, não repercutiu nas principais paradas de
sucesso de álbuns.
MY
BABE
A guitarra de Rod Price aparece ainda mais pesada em "My Babe". O baixo de Nick Jameson e, principalmente, a bateria de Roger Earl constroem uma base Bluesy saborosa para a guitarra de Rod Price brilhar, com peso e melodia nas doses corretas. Excelente versão.
A letra tem sentido cordial:
I
love the way she walks, I love the way she talks,
She makes me feel so good, just like a young man should,
She never make me cry, that's why, she's my babe, she's my babe
She makes me feel so good, just like a young man should,
She never make me cry, that's why, she's my babe, she's my babe
“My Babe” é um cover para a canção de mesmo nome, composta por
Willie Dixon e originalmente gravada por Little Walter em 1955.
SLOW
RIDE
Com mais de 8 minutos, "Slow Ride" é a mais extensa faixa do álbum Fool for the City. A sonoridade da canção é um clássico Hard Rock, mas que aposta muito mais em uma melodia repleta de lascividade que propriamente no peso. O trabalho da seção rítmica é fabuloso, permitindo que a ousada guitarra de Rod Price seja a protagonista. Música incrível!
A letra é repleta de sensualidade:
Oh
come on baby, take a slow ride with me,
Come
on baby, take a slow ride
Oh
feels good, mmmm, feels so good, I like it yea,
I
feel good, oh I feel alright!
“Slow Ride” é um dos grandes clássicos do Foghat.
Lançada como single, atingiu a 20ª posição da principal parada
norte-americana desta natureza.
Existem 5 versões desta música no mercado. A versão do LP
original, Fool for the City, tem duração de 8 minutos e 14
segundos. A versão do single, encontrada em várias coletâneas, foi
encurtada para 3:56, com um final em maldito fade-out.
Segundo o baterista Roger Earl, a música foi criada durante uma jam
session, com o novo baixista Nick Jameson:
“Nick tinha um tocador de (fitas) cassetes e ele gravaria tudo o
que tocaria lá. Quando me lembro, toda a música foi criada - a
parte do meio, as linhas do Baixo e o final, foram ,todas, ideias de
Nick. Basicamente, Nick escreveu a música, mas acabamos por
encaixá-la, e ele cortou as coisas até a canção fazer sentido. E,
então, Dave disse: 'Eu tenho algumas palavras'. Foi assim que
aconteceu (risos)”.
Em 2009, a faixa foi nomeada pelo canal VH1 a 45ª colocada na
lista Best Hard Rock Songs de todos os tempos.
TERRAPLANE
BLUES
Em "Terraplane Blues", a banda aposta em uma excelente sonoridade Blues Rock, mas com uma inegável roupagem Hard, esta, desenvolvida pelas guitarras de Price e Peverett. Os solos são bem legais e repletos de feeling, com ótima atuação do vocalista. Outra versão bem interessante.
A letra é sobre a vida simples no campo:
The
coils ain't even buzzin' - the generator won't get that far
All
in a bad condition, I gotta have the batteries charged.
I'm
cryin', please - plea-hease don't do me wrong,
Who
been drivin' my Terraplane …
A canção é um cover para “Terraplane Blues”, um clássico
composto pelo mestre dos Blues, Robert Johnson, e lançado
originalmente em 1937.
SAVE
YOUR LOVING (FOR ME)
Já em "Save Your Loving (For Me)", o grupo aposta em uma faixa mais curta e direta, um Hard Rock em roupagem original, com uma musicalidade que remete ao Led Zeppelin. O resultado é uma canção empolgante e envolvente, com o protagonismo total das guitarras.
A letra é em tom de flerte sexual:
C'mon,
show me the games you play,
Rock
on until the break of day, hey-hey
Let
me come on over spend some time with you,
I
know a lot of things that we can do,
C'mon,
don't give it all away
DRIVE
ME HOME
As guitarras continuam brilhando e com a dose certa de peso em "Drive Me Home", mas com um teclado muito envolvente ao fundo, tocado pelo baixista Nick Jameson. A roupagem Bluesy da composição lhe dá um sabor ainda mais especial. Outra música muito contagiante.
A letra é em tom de flerte e sensualidade:
Drive
me home, drive me home,
I
can't make it on my own, drive me home,
Baby
won't you drive me, honey won't you drive me home
TAKE
IT OR LEAVE IT
A sétima - e última - faixa de Fool for the City é "Take It or Leave It". O ouvinte deve vir para esta canção derradeira do disco com o espírito aberto. A banda abandona tudo aquilo que construiu nas 6 músicas anteriores. Aqui, o Foghat aposta em uma sonoridade mais intimista e suave, com influências da escola Soul, mas com um resultado bem interessante. Ótima atuação vocal de Peverett e do baixista Jameson.
A letra é quase uma declaração de amor:
Take
it or leave it, can't I make you understand?
If
you can believe it, you hold the future in your hand
If
the choice was up to me girl, you would stay by my side,
Our
world would be a free world, ain't no lie
Considerações Finais
Fool for the City elevou o Foghat de patamar,
conquistando uma nova audiência para a banda.
Em termos da principal parada norte-americana de álbuns, o disco
conquistou a 23ª posição, o ponto mais alto do grupo até então.
Fool for the City agradou a crítica. Donald A. Guarisco, do
AllMusic, em uma revisão retrospectiva, dá ao trabalho uma
nota 4,5 de um máximo de 5 possíveis. E atesta: “Esta gema do
Hard Rock não é apenas versos riff-driven com um refrão
alto eficaz, mas também apresenta alguns momentos surpreendentes
onde as guitarras são retiradas completamente da mixagem e ao baixo
de Nick Jameson é permitido assumir a liderança em uma explosão
funky”. E continua: ““Fool for the City” também
produziu um clássico de rádio duradouro em “Slow Ride”, uma
música de rock pisoteante que transcende os clichés inerentes de
suas letras de “amor é como um carro”, com uma performance
furiosa da banda e um arranjo inteligente, a qual funciona
perfeitamente com seus efeitos em sons automotivos bem cronometrados
durante os versos e reproduz a capacidade da banda de trabalhar (…)
no estilo R&B com seu som de balanço forte”.
Por fim, Guarisco conclui: “Em suma, Fool for the City é a
melhor conquista do Foghat no estúdio e um dos pontos altos do Hard
Rock dos anos 70”.
Durante o ano seguinte, Jameson foi substituído por Craig MacGregor e o grupo lançou seu sexto álbum de estúdio, Night Shift,
em novembro de 1976.
Fool for the City supera a casa de 1 milhão de cópias
vendidas apenas nos Estados Unidos.
Formação:
Lonesome Dave Peverett - Vocal, Guitarra
Rod "The Bottle" Price - Guitarra, Slide Guitar, Steel
Guitar, Backing Vocals
Roger Earl - Bateria, Percussão
Nick Jameson - Baixo, Teclados, Violão, Backing Vocals
Faixas:
01 - Fool for the City (Peverett) – 4:33
02 - My Babe (Hatfield/Dixon/Medley) - 4:35
03 - Slow Ride (Peverett) – 8:11
04 - Terraplane Blues (Johnson) – 5:42
05 - Save Your Loving (For Me) (Price/Peverett) – 3:31
06 - Drive Me Home (Peverett) – 3:54
07 - Take It or Leave It (Jameson/Peverett) – 4:54
Letras:
Para o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/foghat/
O Foghat não é das mais conhecidas bandas pelas terras tupiniquins pelo público em geral. Até mesmo conseguir informações sobre o grupo, em português, não é das tarefas mais fáceis. Mas isto não corresponde à qualidade da música que o conjunto inglês construiu.
O mais interessante sobre a sonoridade do Foghat é que, mesmo apostando em um Hard Rock malicioso e melódico, sua base Bluesy sempre está presente nas formas como as composições são construídas.
A categoria de alto nível de Fool for the City só é conquistada porque a formação do conjunto neste disco é formidável. O trabalho das guitarras é muito bom, destacando o guitarrista Rod Price. Roger Earl é um grande baterista e Nick Jameson é um dos destaques do álbum, tanto no baixo quanto nos teclados (e na produção, é claro!). Lonesome Dave Peverett brilha nos vocais bem como na guitarra.
Em Fool for the City, o Foghat aposta na musicalidade Hard Rock, mas sem jamais abrir mão de sua base Bluesy. Isto é ainda mais óbvio na escolha dos dois covers excelentemente executados no disco, "My Babe" e "Terraplane Blues".
As letras são simples, mas valem uma conferida.
A veia Hard é bem exposta em faixas contagiantes como o clássico "Fool for the City" e o petardo direto "Save Your Loving (For Me)".
"Drive Me Home" é um Hard repleto da veia Bluesy do grupo em uma composição saborosa. E a excêntrica (para a proposta do disco) "Take It or Leave It" é uma composição interessante, com uma abordagem Soul e R&B de muito bom gosto.
Mas o Blog elege a incrível "Slow Ride" como a melhor música, não apenas do álbum, mas, bem possivelmente, de toda a carreira do Foghat.
Enfim, Fool for the City talvez seja o ponto mais alto da carreira dos ingleses do Foghat. Uma amostra perfeita da qualidade da banda e também de como o Hard Rock setentista é um estilo riquíssimo e absolutamente conquistador. Disco e banda altamente recomendados!
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