Meddle
é o sexto álbum de estúdio da banda britânica Pink Floyd. Seu
lançamento oficial ocorreu em 31 de outubro de 1971, através dos
selos Harvest e Capitol Records. As gravações aconteceram entre
janeiro e agosto daquele mesmo ano, nos estúdios AIR Studios, Abbey
Road Studios e Morgan Studios, todos na Inglaterra. A produção
ficou a cargo do próprio Pink Floyd.
Os
gigantes do progressivo inglês, Pink Floyd, retornam ao RAC
com outra de suas valorosas obras: Meddle. Como de costume, um
breve relato dos fatos que antecedem o lançamento do disco vai
preceder o tradicionalíssimo faixa a faixa.
Atom
Heart Mother
Em 2
de outubro de 1970, o Pink Floyd lançava Atom Heart
Mother, seu quinto álbum de estúdio.
O
RAC já fez um post sobre o disco e o leitor que
quiser pode acessá-lo neste link.
Em
termos gerais, Atom Heart Mother é um álbum de transição e
aponta para aquilo que o grupo viria a se transformar.
O
trabalho atingiu o topo da parada britânica, além de transformar o
conjunto, finalmente, em um projeto economicamente viável.
Durante
o ano de 1970, a banda excursionou exaustivamente pelos Estados
Unidos e por todo o Reino Unido, promovendo o disco. Em janeiro de
1971, era chegado o momento de se fazer um sucessor.
Nick Mason |
Antecedentes
Em
1971, o Pink Floyd continuava com sua clássica formação:
David Gilmour nos vocais e guitarra, Roger Waters no baixo, Nick
Mason na bateria e Rick Wright nos teclados.
Sem
material para trabalhar e sem uma ideia clara da direção do novo
álbum, o grupo planejou uma série de novos experimentos os quais
inspirariam a faixa emblemática do disco, “Echoes”.
Embora
muitos dos álbuns posteriores do conjunto fossem unificados por um
tema central, com letras escritas principalmente por Roger Waters,
Meddle foi um esforço de conjunto com contribuições líricas
de cada membro, e é considerado um disco de transição entre o
grupo influenciado pelo ex-vocalista Syd Barrett daquele que estava
emergindo.
Gravações
Com
a banda voltando de uma série de turnês pela América do Norte e
Inglaterra, em apoio a Atom Heart Mother, no início de 1971,
o Pink Floyd começou a trabalhar em novos materiais no Abbey
Road Studios, em Londres.
Na
época, o Abbey Road era equipado apenas com instalações de
gravação multitrilha de oito pistas, o que o grupo considerou
insuficientes para as crescentes demandas técnicas de seu projeto. A
banda transferiu seus melhores esforços, incluindo a abertura do que
se tornaria “Echoes”, para fitas de 16 pistas, em estúdios
menores de Londres (AIR e Morgan, em West Hampstead) e retomou o
trabalho com a vantagem de um equipamento de gravação mais
flexível.
Os
engenheiros John Leckie e Peter Bown gravaram as principais sessões
do Abbey Road e do AIR, enquanto que, para os trabalhos menores no
Morgan Studios, Rob Black e Roger Quested cuidaram das tarefas de
engenharia.
Na
falta de um tema central para o projeto, o grupo usou vários métodos
experimentais na tentativa de estimular o processo criativo.
Um
exercício envolveu cada membro tocando em separado, sem referência
ao que os outros membros estavam fazendo. O ritmo era inteiramente
aleatório enquanto a banda tocava em torno de uma estrutura de
acordes combinada, e humores como “primeiros dois minutos
românticos, próximos dois tempos”.
Cada
seção registrada foi nomeada, mas o processo foi, em grande parte, improdutivo; depois de várias semanas, nenhuma música completa foi
criada.
John
Leckie trabalhou em álbuns como All Things Must Pass, de
George Harrison, e Sentimental Journey, de Ringo
Starr, e foi contratado como operador de fita em Meddle,
em parte por sua propensão a trabalhar até as primeiras horas da
manhã.
Leckie
disse que as sessões do Pink Floyd geralmente começavam à
tarde, e terminavam cedo na manhã seguinte, “durante os quais nada
seria feito. Não havia nenhum contato da gravadora, exceto quando o
gerente aparecia de vez em quando, com um par de garrafas de vinho e
um pedaço de carne”.
Roger Waters |
Aparentemente,
a banda passava longos períodos de tempo trabalhando em sons
simples, ou um riff de guitarra em particular. Ela também passara
vários dias no AIR tentando criar música usando uma variedade de
objetos domésticos, um projeto que seria revisado em seus próximos
álbuns, The Dark Side of the Moon e Wish You Were Here.
Seguindo
esses primeiros experimentos - chamados Nothings - a banda
desenvolveu “Son of Nothings”, a qual foi seguida por “Return
of the Son of Nothings” - o título provisório do novo álbum.
Em
um desses primeiros trabalhos envolveu o uso do piano de Richard
Wright. Wright tinha alimentado uma única nota através de um
alto-falante Leslie, produzindo algo como um ‘sonar’ de
submarino. A banda tentou repetidamente recriar esse som no estúdio,
mas não teve sucesso, e assim a versão demo foi usada no que mais
tarde se tornaria “Echoes”, esta, mixada quase exclusivamente no
AIR Studios.
Combinado
com a guitarra de David Gilmour, a banda conseguiu desenvolver a
música ainda mais, experimentando efeitos sonoros acidentais (como a
guitarra de Gilmour sendo conectada a um pedal wah-wah de trás para
frente, um efeito que eles usaram em 1970 para a seção central de
“Embryo”).
Diferentemente
de Atom Heart Mother, os novos recursos de várias trilhas do
estúdio permitiram que o grupo criasse a faixa em etapas, em vez de
executá-la em uma única cena. A peça final de 23 minutos acabaria
por ocupar todo o segundo lado do álbum.
“One
of These Days” foi desenvolvida em torno de uma linha de baixo
ostinato criada por Roger Waters, alimentando a saída através de um
Binson Echorec. A linha de baixo foi executada por Waters e Gilmour
usando dois baixos, um com cordas velhas. O abstruso do baterista
Nick Mason “One of these days I'm going to cut you into little
pieces” foi gravado em velocidade dupla, usando uma voz em falsete,
e repetida na velocidade normal. (Nota do Blog: Em música, um
ostinato é um motivo ou frase musical que é persistentemente
repetido numa mesma altura. A ideia repetida pode ser um padrão
rítmico, parte de uma melodia ou uma melodia completa).
Rick Wright |
Meddle
foi gravado entre vários compromissos de shows da banda e, portanto,
sua produção foi espalhada por um período considerável de tempo.
O
conjunto gravou na primeira metade de abril de 1971, mas na segunda
metade tocou em Doncaster e Norwich, antes de voltar a gravar no
final do mês. Em maio eles dividiram seu tempo entre as sessões no
Abbey Road, e os ensaios e shows em Londres, Lancaster, Stirling,
Edimburgo, Glasgow e Nottingham.
Junho
e julho foram focados, principalmente, nos eventos pela Europa. Em agosto o grupo viajou pelo extremo oriente e Austrália, em setembro
pela Europa e, de outubro a novembro, pelos EUA. No mesmo período, o
grupo também produziu Relics, uma coletânea de alguns
trabalhos anteriores do Pink Floyd.
Uma
mixagem quadrafônica do álbum foi preparada no Command Studios, em
21 e 26 de setembro, mas permanece inédita. Os novos mixes, estéreo
de 2016 e 5.1 do álbum, foram inadvertidamente lançados como faixas
ocultas no disco Blu-ray Reverberation, na caixa The Early
Years.
Trabalho
de composição
Embora
suas faixas possuam uma variedade de sentidos, Meddle é
geralmente considerado mais coeso que seu antecessor, Atom Heart
Mother.
A
música “Fearless” emprega gravações do campo do Liverpool FC,
com o coro de sua torcida cantando a emblemática “You're Never
Walk Alone”, seu hino, a qual encerra a música em um fade-out
altamente reverberado.
“San
Tropez”, por outro lado, é uma música pop inflada pelo jazz, com
um ritmo aleatório, composta por Waters em seu estilo cada vez mais
usado de composição alegre e improvisada. A canção foi inspirada
na viagem da banda ao sul da França, em 1970.
O
Pink Floyd exibiu seu senso de humor com “Seamus”, uma
faixa de novidade pseudo-blues apresentando o cachorro de Steve
Marriott (que Gilmour estava cuidando) uivando através da canção.
A banda, mais tarde, usaria sons de animais novamente, em Animals.
(Nota do Blog: Stephen Peter Marriott, popularmente conhecido
como Steve Marriott, foi um cantor, compositor e guitarrista
britânico. Ele é mais lembrado por sua poderosa voz e sua técnica
de guitarra agressiva em grupos como o Small Faces e o Humble
Pie).
A
última música do álbum é “Echoes”, de 23 minutos.
Primeiramente tocada como “Return of the Son of Nothing”, em 22
de abril de 1971, em Norwich, a banda passou cerca de seis meses
trabalhando na faixa, em três estúdios (Morgan, AIR e Abbey Road).
A
música abre com o supracitado ‘sonar’ de Wright. “Echoes”
foi gravada quase inteiramente no Air Studios e concluída em julho
de 1971.
“Echoes”
também deu seu nome à coletânea Echoes: The Best of Pink Floyd,
na qual uma versão muito editada da faixa-título foi incluída. Na
compilação, várias edições em toda a música reduzem o tempo de
execução em cerca de sete minutos.
David Gilmour |
Parte
do material composto durante a criação de Meddle não foi
utilizado; no entanto, uma música acabaria por se tornar “Brain
Damage”, de The Dark Side of the Moon.
Título
e Capa
O
título do álbum, Meddle, é um jogo de palavras: uma medalha
(medal) e interferir (interfere).
Storm
Thorgerson, do grupo de arte design Hipgnosis, sugeriu originalmente
um ‘close’ do ânus de um babuíno para a fotografia da capa do
álbum. A ideia foi rejeitada pela banda, que o informou, através de
um telefonema intercontinental, enquanto em turnê no Japão, que
eles preferiam ter “um ouvido embaixo d'água”.
A
imagem da capa foi fotografada por Bob Dowling. A imagem representa
uma orelha, debaixo d'água, coletando ondas de som (representadas
por ondulações na água).
Thorgerson,
posteriormente, expressou insatisfação com a capa, alegando que ela
era a sua menos favorita de álbuns do Pink Floyd: “Eu acho
que Meddle é um álbum muito melhor do que a capa”.
O
colega de Thorgerson, Aubrey Powell, compartilhou seus sentimentos,
dizendo: “Meddle era uma bagunça. Eu odiei essa capa. Eu não acho
que nós fizemos justiça a eles, é meio desanimada”.
O
encarte contém uma fotografia da banda (a última do Floyd
até A Momentary Lapse of Reason, de 1987).
Vamos
às faixas:
ONE
OF THESE DAYS
A introdução de "One of These Days", com a 'parceria' dos baixos comandados por Roger Waters e David Gilmour, é uma pequena amostra da força demolidora desta instigante faixa instrumental. É um início arrebatador para a obra!
A
canção foi lançada como single, mas não obteve maior repercussão
em termos das principais paradas de sucesso pelo mundo.
A
composição é instrumental, exceto pela única fala do baterista
Nick Mason, “One of these days I'm going to cut you into little
pieces”.
O
elemento predominante da peça é o de um baixo tocado através de uma unidade de delay (eco), configurada para produzir
repetições em triplets de semínimas. O Pink Floyd usaria
novamente essa técnica na linha de baixo para “Sheep”.
Os
acentos distintivos de teclado nesta faixa são compostos de três
componentes: um órgão Hammond forma o ‘fade in’, seguido por um
‘Stab’ composto por um segundo órgão Hammond com parada de
percussão, e um piano acústico alimentado através de um alto
falante Leslie, como também foi usado em “Echoes”. Para versões
ao vivo, a parte ‘fade in’ foi tocada em um órgão Farfisa.
A
letra ameaçadora, uma rara contribuição vocal de Nick Mason, foi
gravada através de um modulador de anel desacelerado para criar um
efeito misterioso. Foi dirigida a Sir Jimmy Young, então DJ da BBC
Radio 1 e Radio 2, que a banda supostamente não gostava por causa de
sua tendência a balbuciar.
Durante
os primeiros anos da década de 70, eles tocaram uma colagem de
clipes do programa de rádio de Young, a qual foi editada para soar
completamente sem sentido, assim, figurativamente, “cortando-o em
pedacinhos”.
A
compilação bootleg A Treeful of Secrets contém uma versão
demo de “One of These Days”, em que a colagem de Jimmy Young faz
um loop em segundo plano durante a apresentação. No entanto, a
autenticidade desta demo não foi confirmada.
De
acordo com John Peel, Waters descreveu “One of These Days” como
uma “avaliação pungente da situação social contemporânea”.
Gilmour afirmou que ele a considera como a peça mais colaborativa já
produzida pelo grupo.
A
música foi um marco nas turnês da banda entre 1971 e 1973 e de 1987
a 1994. A versão Live at Pompeii foi renomeada como “One of
These Days I'm Going to Cut You into Little Pieces”.
Ela
foi ressuscitada para as turnês de 1987–1989 de A Momentary
Lapse of Reason e Another Lapse e da The Division Bell
Tour, realizada por David Gilmour na guitarra, Tim Renwick na
guitarra base, Guy Pratt no baixo, Richard Wright e Jon Carin nos
teclados, com Nick Mason e Gary Wallis na bateria e percussão.
Em
25 de junho de 2016, David Gilmour e sua banda solo tocaram a música
durante o show no Plac Wolności, em Wrocław, Polônia, pela
primeira vez em que Gilmour a tocou ao vivo em mais de 20 anos, e a
primeira vez que ela fez parte de um set list da sua carreira solo.
Roger
Waters toca a música no primeiro conjunto da turnê Us + Them de
2017. A música também faz parte do 'Saucerful of secrets show’,
de Nick Mason, fechando o set principal. O desempenho novamente
apresenta Guy Pratt no baixo.
Entre
as versões cover para “One of These Days” estão a de grupos
como Girls Under Glass e Men of Porn.
“One
of These Days” tem sido usada em vários contextos esportivos. O
melhor exemplo disso foi a patinadora húngara Krisztina Czakó, a
qual usou a faixa (junto com “Shine On You Crazy Diamond”) como a
música de seu longo programa nos Jogos Olímpicos de Inverno de
1992, uma das poucas vezes que uma canção de rock clássico já foi
destaque em uma competição de patinação no gelo.
A
música também aparece em programas de TV como The Sopranos e
Life on Mars. Também foi sampleada na música “Johnny
Ryall”, presente no álbum Paul's Boutique (1989), do
Beastie Boys.
A
PILLOW OF WINDS
Já em "A Pillow of Winds", a banda aposta em uma abordagem mais contida, com inegável aspecto bucólico e, porque não, melancólico. Há clara influência Folk na belíssima melodia, a qual se combina perfeitamente com o excelente vocal de Gilmour.
A
letra possui conteúdo romântico:
And
deep beneath the ground the early morning sounds
And
I go down
Sleepy
time when I lie with my love by my side
And
she's breathing low
And
I rise like a bird,
In
the haze when the first rays touch the sky
And
the night winds die
Esta
suave canção de amor, acústica, pode não ser tão característica
do material anterior e nem futuro da banda. O guitarrista David
Gilmour compôs a sequência de acordes, usando uma afinação Open
E, tocada em uma série de arpejos, a melodia e parte das letras.
Esta
música também apresenta o trabalho de ‘slide guitar’ de
Gilmour, bem como um baixo fretless, interpretado por Waters. (Nota
do Blog: Slide guitar, ou Bottleneck guitar, é uma forma de
tocar guitarra, em que se utiliza no dedo médio, anular, mínimo ou
indicador (este último menos comum), um pequeno tubo oco cilíndrico,
feito de metal, vidro ou cerâmica. Com o objetivo de alterar o tom
em que se toca, deslizando esse tubo pelas cordas da guitarra. Este
método, introduzido inicialmente na música do Havaí, passou a ser
utilizado nos blues (Blues rock) e no country). (Nota do Blog:
Fretless refere-se a uma guitarra ou a um baixo em que não há
trastes. O baixo fretless é muito popular no Jazz, Funk e R&B).
De
acordo com Nick Mason, o título da música se origina de uma
possível mão no jogo de mahjong, com o qual a banda ficou fissurada
durante as turnês. (Nota do Blog: Mahjong (Mah Jongg,
Majiang, Majongue, Majong, Ma-Jong, Mahjongg) é um jogo de mesa de
origem chinesa que foi exportado, a partir de 1920, para o resto do
mundo e principalmente para o ocidente. É composto de 144 peças,
chamadas comumente de “pedras”).
As
letras da música se referem a um edredom (eiderdown), mais conhecido
nos EUA como um ‘consolador’ (comforter). Duas outras canções
conhecidas do Pink Floyd fazem referência a um edredom, “Flaming”,
de Syd Barrett, e “Julia Dream”, de Waters.
FEARLESS
"Fearless" segue com o grupo apostando em influências de Folk, em outra canção mais contida, mas, novamente, com uma melodia incrível. Gilmour abusa de vocais suaves e encantadores. Belíssima canção!
A
letra fala sobre determinação e coragem:
And
who's the fool who wears the crown?
And
go down
in
your own way
And
every day is the right day
And
as you rise above the fearlines in his brow
You
look down, hear the sound of the faces in the crowd
O
ritmo lento da música e o som acústico suave têm semelhanças com
algumas das outras faixas do primeiro lado de Meddle.
David
Gilmour e Roger Waters compuseram a música na guitarra usando uma
afinação aberta em sol maior, ensinada a Waters pelo ex-membro Syd
Barrett.
Perto
do começo e no final da canção, uma gravação de campo dos fãs
do Liverpool FC, cantando “You're Never Walk Alone”, é
sobreposta à música. (Nota do Blog: O Liverpool Football
Club ou L.F.C é um clube de futebol inglês com sede na cidade de
Liverpool. Fundado em 1892, ingressou na Football League no ano
seguinte e desde então atua no Anfield Road. Seu uniforme, que
originalmente adotava camisas vermelhas e calções brancos, é todo
vermelho desde 1965. O lema do clube é “You'll Never Walk Alone”
, que traduzido significa ‘Você Nunca Caminhará Sozinho’).
Embora
não tenha sido lançada como single no Reino Unido e nunca tenha
sido tocada ao vivo, a faixa foi escolhida como ‘B-side’ do
single “One of These Days”, em 1971.
Roger
Waters ressuscitou, brevemente, a música, para um pequeno número de
shows em 2016, e a música foi tocada pelo Saucerful of Secrets,
de Nick Mason, em 2018.
A
canção foi incluída no álbum Side Orders, de Circe Link
e Christian Nesmith.
SAN TROPEZ
"San Tropez" mantém o ar bucólico das faixas anteriores e o clima mais leve. Aqui, há também um elemento de elegância na música, com uma abordagem levemente jazzística. Os vocais de Waters são ótimos.
A
letra possui um ar bucólico:
Backward
and homebound,
The
pigeon, the dove,
Gone
with the wind
And
the rain, on an airplane
Owning
a home
With
no silver spoon,
I'm
drinking champagne
Like
a good tycoon
Ao
contrário das outras faixas de Meddle, “San Tropez” não
foi composta de forma colaborativa; em vez disso, Roger Waters
escreveu a peça e levou-a para o estúdio já praticamente
finalizada.
É a
única música de Meddle não coescrita por David Gilmour.
Esta
canção versa sobre um lugar chamado Saint-Tropez, uma comuna do
departamento de Var, no sul da França, localizada na Riviera
Francesa. A faixa reflete uma visão idealizada de como poderia ser
um dia naquela localidade.
Uma
curiosidade: “Ao longo da década de 1970, o verso da música,
‘Making a date for later by phone’, tem sido compreendida, na
Itália principalmente, por conta da pronúncia distorcida de Waters
(‘... lita-pah-fon’), como sendo ‘Making a date for Rita
Pavone’, como uma referência à famosa cantora italiana dos
anos 1960.
A
própria Pavone afirmou várias vezes, em entrevistas de TV e
em outras mídias, que realmente acredita que o verso seja sobre ela.
SEAMUS
"Seamus" é uma canção bem curta, com pouco mais de 2 minutos. A gaita tocada por Gilmour é um destaque e há uma abordagem Country em sua musicalidade. Bastante interessante.
A
letra fala sobre um cão:
I
was in the kitchen
Seamus
(that's the dog) was outside
Well,
I was in the kitchen
Seamus,
my old hound, was outside
Well
you know the sun was sinkin' slowly
But
my old hound dog sat right down and cried
A
canção foi nomeada por causa do cão da raça Collie (pertencente
ao líder da banda Humble Pie, Steve Marriott) que uiva ao
longo da peça.
O
biógrafo do grupo, Nicholas Schaffner, chama a música de
‘dispensável’; no que David Gilmour adicionou “Eu acho que não
é realmente tão engraçado para todos os outros [como] foi para
nós”.
O
diretor de cinema Adrian Maben capturou a única performance ao vivo
de “Seamus” (em uma forma muito alterada, excluindo as letras, e
a renomeou “Mademoiselle Nobs”) em seu filme Pink Floyd: Live
at Pompeii.
Para
recriar a música, David Gilmour tocou gaita, em vez de cantar, e
Roger Waters tocou uma das guitarras Stratocaster de Gilmour. Uma
fêmea da raça Borzoi chamada Nobs, que pertencia a Madonna
Bouglione (filha do diretor de circo Joseph Bouglione), foi levada ao
estúdio para fornecer um acompanhamento uivante, como Seamus fizera
na versão do álbum.
Há
também um baixo audível nesta gravação, provavelmente adicionado
durante a mixagem da trilha sonora do filme, em outro estúdio.
Algumas
fontes afirmam que “Seamus” também foi tocada no Charlotte Park
Center, como bis, em 23 de março de 1973, durante a turnê de Dark
Side of the Moon, mas isso nunca foi confirmado.
ECHOES
A sexta - e última - faixa de Meddle é "Echoes". Sem medo de soar muito bajulador, mas "Echoes" é uma das mais incríveis composições do Rock. Sua diversidade e riqueza de melodias, improvisações e dinâmicas encantam qualquer bom ouvinte do Rock. É apenas ouvir e aproveitar sua beleza.
A
letra possui um sentido existencial:
And
no one calls us to move on
And
no one forces down our eyes
And
no one speaks and no one tries
And
no one flies around the sun
“Echoes”
é um clássico incontestável do Pink Floyd.
“Echoes”
é uma composição que inclui extensas passagens instrumentais,
efeitos sonoros contínuos e larga improvisação musical. Composta
em 1970, por todos os quatro membros do grupo, a faixa tem um tempo
de execução de 23:31 minutos e compreende todo o segundo lado das
gravações de Meddle em vinil e em cassete.
Ela
também aparece, de forma abreviada, como a quinta canção da
coletânea que recebeu seu nome, Echoes: The Best of Pink Floyd.
A
composição foi originalmente montada a partir de fragmentos
separados, e, mais tarde, foi dividida em duas partes para servir
tanto como abertura quanto como fechamento do filme da banda, Live
at Pompeii.
A
peça teve sua gênese em uma coleção de experimentos musicais
separados, escritos pela banda, alguns dos quais foram sobras de
sessões anteriores. O grupo então organizou estes ‘pedaços’
para fazer uma composição coerente de 23 minutos originalmente
chamada de ‘Nothing, Parts 1–24’.
Nem
todas as partes foram usadas para a faixa final e algumas tomadas
incluíam dizer uma frase ‘de trás para frente’, de modo que
soaria correto (e estranho) quando a fita fosse invertida.
Fitas
subsequentes do trabalho em andamento foram rotuladas como “The Son
of Nothing” e “The Return of the Son of Nothing”; o último
título acabou sendo usado para introduzir o trabalho ainda não
lançado durante suas primeiras apresentações ao vivo, no início
de 1971.
A
gravação foi dividida entre Abbey Road Studios, Morgan Studios e
AIR Studios, em Londres; os dois últimos foram usados porque
possuíam um gravador de 16 pistas, o que facilitou a montagem dos
componentes individuais das músicas.
Em
uma entrevista em 2008, para a revista britânica Mojo, quando
perguntado sobre quem havia composto “Echoes”, Wright afirmou que
compusera a longa introdução ao piano e a principal progressão de
acordes da canção.
Na
mesma entrevista, Wright confirmou que Waters escreveu as letras.
Durante esse estágio de desenvolvimento, o primeiro verso da música
ainda não havia sido finalizado. Ele se referia, originalmente, ao
encontro de dois corpos celestes. O primeiro verso originalmente
tirou palavras do poema Two Planets, de Muhammad Iqbal, e
posteriormente sendo reescrito com a incorporação de imagens
subaquáticas originais em seu lugar.
O
título “Echoes” também foi submetido a revisões significativas
antes e depois do lançamento de Meddle: Waters, um fã
aficionado de futebol, propôs que a banda chamaria sua nova peça
“We Won the Double” em comemoração às vitórias do Arsenal em
1971.
E,
durante uma turnê de 1972, pela Alemanha, Waters introduziu-a
jovialmente, por duas noites consecutivas, como “Looking Through
the Knothole in Granny's Wooden Leg” (uma referência a The Goon
Show) e The Dam Busters, respectivamente.
O Pink
Floyd tocou “Echoes”, pela primeira vez, no Norwich Lads
Club, em 22 de abril de 1971. Foi uma parte regular criada para o
show no Knebworth Park, em 5 de julho de 1975.
A
música foi executada no Live at Pompeii, onde foi dividida em
duas partes para abrir e fechar o filme.
As
performances de 1974 e de 1975 incluíam backing vocals de Venetta
Fields e Carlena Williams, e solos de saxofone de Dick Parry, em vez
dos solos de guitarra das performances entre 1971-73.
A
faixa também foi tocada onze vezes na turnê mundial da banda, em
1987, para A Momentary Lapse of Reason, em uma versão
ligeiramente rearranjada reduzida para 17 minutos. Foi, então,
descartada, pois a banda não estava feliz com as performances.
Semelhante
ao efeito Dark Side of the Rainbow, grandes rumores
sugeriram que “Echoes” coincidentemente sincronizaria com o filme
de Stanley Kubrick, 2001: Uma Odisséia no Espaço, de 1968,
exatamente quando tocado simultaneamente com o segmento final de 23
minutos, intitulado ‘Júpiter e Além do Infinito’.
Na
época da produção do filme, entre 1967 e 1968, o Pink Floyd não
trabalhou em qualquer material para ele e nem foram contatados sobre
fornecimento de música para tal. É até mesmo possível que Kubrick
nunca tenha ouvido a música da banda até o final do filme.
Kubrick
apresentaria imagens de cópias da trilha sonora de 2001 e do álbum
Atom Heart Mother (do Pink Floyd) como figurantes, na cena da loja de
discos, em A Clockwork Orange, de 1971.
O
filme Crystal Voyager, de 1973, de George Greenough, termina com um
segmento de 23 minutos em que a versão completa de “Echoes”
acompanha uma montagem de imagens de Greenough com uma câmera
montada em suas costas enquanto navega em sua prancha.
Em
entrevistas promovendo Amused to Death, Waters afirmou que
Andrew Lloyd Webber havia plagiado o riff de “Echoes” para seções
do musical O Fantasma da Ópera; no entanto, Roger decidiu não
entrar com uma ação judicial sobre o assunto. Ele afirmou:
“Sim,
o começo daquela maldita musica do Phantom é de “Echoes”.
* DAAAA-da-da-da-da *. Eu não pude acreditar quando ouvi isso. É a
mesma assinatura de tempo - é 12/8 - e é a mesma estrutura e são
as mesmas notas e é o mesmo tudo. Desgraçado. Provavelmente é
acionável. E é realmente! Mas eu acho que a vida é muito longa
para se preocupar em processar Andrew fucking Lloyd Webber”.
O
músico britânico Ewan Cunningham fez um cover de “Echoes”, em
um vídeo do YouTube, no qual ele interpretou todas as partes. Esta
versão foi fortemente baseada naquela de Live at Pompeii e
recebeu elogios de Nick Mason.
O
projeto britânico de música eletrônica Banco de Gaia fez
uma versão de “Echoes” em seu álbum de 2009, Memories Dreams
Reflections.
Considerações
Finais
Meddle
manteve a curva ascendente de sucesso comercial e crítico do Pink
Floyd.
O
álbum atingiu a excelente 3ª posição da principal parada
britânica, alcançando apenas a modesta 70ª colocação em sua
correspondente norte-americana. Também conquistou os 2º, 11º e 21º
lugares nas paradas de Holanda, Alemanha e Espanha; respectivamente.
Meddle
foi lançado em 31 de outubro de 1971 nos EUA e em 13 de novembro no
Reino Unido.
Embora
no Reino Unido tenha atingido o terceiro lugar da principal parada de
sucessos, a fraca publicidade, por parte da Capitol Records, levou a
vendas fracas do disco nos EUA e a uma baixa posição na Billboard.
“O
Pink Floyd tinha um público forte no Reino Unido e em outras
partes da Europa”, lembrou Rupert Perry, então chefe da A&R na
Capitol. “Mas eles precisavam ser maiores nos Estados Unidos, onde
estavam vendendo apenas 200 mil unidades. Eles eram muito mais um
álbum – e não singles - o que era uma má notícia para nós.
Eles tinham um alto fator de credibilidade sem as vendas”.
Meddle
foi, depois, certificado como disco de ouro, em 29 de outubro de 1973
e, em seguida, recebeu o duplo de platina, em 11 de março de 1994,
após a atenção adicional conquistada pelos sucessos posteriores da
banda nos Estados Unidos.
No
lançamento, Meddle recebeu críticas positivas. Jean-Charles
Costa, da revista norte-americana Rolling Stone, escreveu:
“Meddle não apenas confirma o surgimento do guitarrista David
Gilmour como uma verdadeira força formadora do grupo, mas também
afirma que o grupo está no caminho do crescimento novamente”.
A
revista britânica NME chamou de “um álbum excepcionalmente
bom”. Steve Peterson, da revista musical norte-americana Hit
Parader, citou “Fearless” como sua melhor música e afirmou
sobre o álbum “Esse tem que ser o melhor de todos”.
Ed
Kelleher, da revista norte-americana Circus, chamou o disco de
“outra obra prima de um grupo magistral”, apontando-o como
“destemido” e “fascinante”, e elogiando “Echoes” como “um
poema tônico que permite aos quatro membros do grupo muito tempo
para alongarem seus músculos”.
No
entanto, o britânico Melody Maker foi mais reservado,
descrevendo o trabalho como “uma trilha sonora de um filme
inexistente”.
Robert
Christgau afirmou que Meddle foi uma progressão bastante boa
sobre o trabalho anterior do grupo e apresentou canções ‘folk’
destacadas por melodias únicas, embora tenha lamentado a letra de “A
Pillow of Winds”, afirmando: “A palavra 'behold' nunca deve
cruzar seus filtros novamente”.
Stephen
Thomas Erlewine, do site AllMusic, dá ao trabalho uma nota 4,5 (de
5), afirmando: “o álbum é uma das explorações de humor mais
consistentes do Floyd, especialmente a partir de seu tempo na
Harvest, e se destaca como o álbum mais forte lançado entre a saída
de Syd e The Dark Side”.
Meddle
foi lançado mais tarde como um LP remasterizado pelo Mobile Fidelity
Sound Lab, e, em abril de 1989, em seu formato de CD de ouro
‘Ultradisc’. O álbum também foi incluído como parte do box set
Shine On, em 2 de novembro de 1992.
O
trabalho seguinte do grupo seria o álbum Obscured by Clouds,
sétimo disco do conjunto, e trilha sonora do filme francês La
Vallée, de 1972.
Meddle
supera 2,3 milhões de cópias vendidas pelo mundo.
Formação:
David
Gilmour - Guitarra, Vocal, Harmonia Vocal em 03, Baixo (em uníssono
com Waters) em 01, Gaita em 05
Roger
Waters - Baixo, Violão e Vocal em 04
Nick
Mason - Bateria, Percussão, Frase Vocal em 01
Rick
Wright - Órgão (Hammond e Farfisa), Piano, Vocal em 06, EMS VCS 3
em 01
Faixas:
01.
One of These Days (Waters/Gilmour/Wright/Mason) - 5:57
02.
A Pillow of Winds (Waters/Gilmour) - 5:13
03.
Fearless (Waters/Gilmour) - 6:08
04.
San Tropez (Waters) - 3:43
05.
Seamus (Waters/Gilmour/Wright/Mason) - 2:16
06.
Echoes (Waters/Gilmour/Wright/Mason) - 23:31
Letras:
Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/pink-floyd/
Opinião
do Blog:
Dando continuidade a resgatar a história de uma das maiores formações da história da música do século XX, o RAC encerra 2018 com um novo post sobre o Pink Floyd.
Para o Blog, não existem muitas formações tão impressionantemente capacitadas e talentosas quanto Gilmour, Waters, Wright e Mason. Ao ouvir atentamente Meddle, o leitor amigo poderá chegar a esta conclusão tranquilamente.
O RAC pensa que Meddle é uma evolução quando comparado ao já bom Atom Heart Mother, no ponto de vista da qualidade de suas canções. Aqui, a banda aposta em melodias e sonoridades mais bem desenhadas e melhores desenvolvidas.
Desta forma, as músicas mais curtas, as quais compõem a primeira parte do disco, são enxutas, mas, ao mesmo tempo, dinâmicas, permitindo que a qualidade dos músicos integrantes da banda sejam expostas. Há uma nítida influência Folk nesta parte do álbum, deixando-o com um ar bucólico e nostálgico, em passagens predominantemente acústicas.
Mas, é óbvio, "Echoes" por si só já vale todo Meddle. Abusando de efeitos sonoros, longas passagens instrumentais e improvisações, a canção briga fortemente pelo posto de melhor suíte da discografia do Pink Floyd.
Se no disco anterior, para o RAC, o grupo já havia acertado na boa "Atom Heart Mother", em Meddle, "Echoes" representa o passo seguinte, com o conjunto aprofundando no experimentalismo e caprichando ainda mais no seu desenvolvimento e em seus arranjos. Totalmente brilhante.
Enfim, concluindo nossos trabalhos no ano de 2018, cabe ao Blog ressaltar a qualidade ímpar de Meddle, um álbum que, além de toda a sua virtude, é uma comprovação de que o Pink Floyd seria capaz de compor músicas que entrariam para a eternidade. Um disco mais que obrigatório!
Dando continuidade a resgatar a história de uma das maiores formações da história da música do século XX, o RAC encerra 2018 com um novo post sobre o Pink Floyd.
Para o Blog, não existem muitas formações tão impressionantemente capacitadas e talentosas quanto Gilmour, Waters, Wright e Mason. Ao ouvir atentamente Meddle, o leitor amigo poderá chegar a esta conclusão tranquilamente.
O RAC pensa que Meddle é uma evolução quando comparado ao já bom Atom Heart Mother, no ponto de vista da qualidade de suas canções. Aqui, a banda aposta em melodias e sonoridades mais bem desenhadas e melhores desenvolvidas.
Desta forma, as músicas mais curtas, as quais compõem a primeira parte do disco, são enxutas, mas, ao mesmo tempo, dinâmicas, permitindo que a qualidade dos músicos integrantes da banda sejam expostas. Há uma nítida influência Folk nesta parte do álbum, deixando-o com um ar bucólico e nostálgico, em passagens predominantemente acústicas.
Mas, é óbvio, "Echoes" por si só já vale todo Meddle. Abusando de efeitos sonoros, longas passagens instrumentais e improvisações, a canção briga fortemente pelo posto de melhor suíte da discografia do Pink Floyd.
Se no disco anterior, para o RAC, o grupo já havia acertado na boa "Atom Heart Mother", em Meddle, "Echoes" representa o passo seguinte, com o conjunto aprofundando no experimentalismo e caprichando ainda mais no seu desenvolvimento e em seus arranjos. Totalmente brilhante.
Enfim, concluindo nossos trabalhos no ano de 2018, cabe ao Blog ressaltar a qualidade ímpar de Meddle, um álbum que, além de toda a sua virtude, é uma comprovação de que o Pink Floyd seria capaz de compor músicas que entrariam para a eternidade. Um disco mais que obrigatório!
Meddle é mais uma das minhas sugestões anteriores atendidas pelo blog recentemente, afinal, trata-se de um dos cinco álbuns históricos lançados pela minha banda favorita de todos os tempos, que é o Pink Floyd. Inclusive no post anterior da banda, que falava sobre o álbum Atom Heart Mother (1970), eu comentei que o famoso "disco da vaca" (por causa de sua estranha e curiosa capa) em si, musicalmente é bom, mas que para mim está um pouco abaixo do que a banda iria fazer nos anos seguintes, a começar por este excelente álbum aqui resenhado, que eu considero o embrião da chamada "segunda fase" do Pink Floyd, a mais produtiva da banda, marcada por uma sucessão de quatro maravilhosas obras-primas: o aclamado e multiplatinado The Dark Side of the Moon (1973), Wish You Were Here (1975) que é até hoje o meu disco favorito da discografia deles (e que foi resenhado aqui nos primórdios deste blog), Animals (1977) que foi o meu primeiro contato verdadeiro com o Pink Floyd há uns 16 anos atrás, e por fim, o também aclamado e multiplatinado The Wall (1979), álbum duplo que no ano que vem completará 40 anos de lançamento.
ResponderExcluirPosso dizer que se Meddle não existisse, essas quatro obras-primas citadas em sequência não existiriam também. Destaque óbvio e merecido para a soberba canção "Echoes" que ocupa o lado B inteiro do vinil e por si só vale toda a bolacha com certeza. Enfim, deixo aqui novamente minha sincera gratidão ao chefe Daniel pela resenha de Meddle e aproveito para desejar a todos os leitores um Feliz Natal e um ótimo 2019 repleto de novidades e muitas outras coisas boas para todo mundo.
Obrigado pelo comentário, Igor, e pelos sempre generosos elogios ao Blog, o qual, sinceramente, nem sei se os merece. Ademais, agradeço ainda mais pela dedicada participação aqui nos comentários, sempre adicionando informação e opinião aos nossos posts.
ExcluirPor fim, deixo meu desejo de um bom natal e um ótimo 2019 para você. Saudações!
Claro que merece, patrão! Muito obrigado por me responder e nos veremos em 2019!
Excluir