Yardbirds
é um álbum de estúdio da banda britânica The Yardbirds. Seu
primeiro lançamento oficial aconteceu em 15 de julho de 1966,
através do selo Columbia Records. As gravações ocorreram entre os
meses de abril a junho daquele mesmo ano, no estúdio Advision, em
Londres, na Inglaterra. A produção ficou por conta de Simon
Napier-Bell e Paul Samwell-Smith.
O
RAC enfim traz a suas páginas uma das mais
importantes e fundamentais bandas da história do Rock: The
Yardbirds. Como o leitor amigo se acostumou, um breve histórico
vai se antecipar ao tradicional faixa a faixa.
Origens
O
vocalista Keith Relf e o baixista Paul Samwell-Smith estavam em uma
banda originalmente chamada Metropolitan Blues Quartet. Eles
decidiram formar um grupo, no sudoeste de Londres, em 1963.
Após
a adição do guitarrista/baixista Chris Dreja, do baterista Jim
McCarty e do também guitarrista Top Topham, o conjunto se apresentou
na Kingston Art School, no final de maio de 1963, como uma banda de
apoio para Cyril Davies. (Nota do Blog: Cyril Davies
foi um músico inglês de blues e um dos primeiros gaitistas
de blues na Inglaterra).
Depois
de alguns shows, em setembro de 1963, como Blue-Sounds, o
grupo mudou seu nome para The Yardbirds, uma expressão para
os mendigos residentes em pátios ferroviários, ou prisioneiros em
volta de um pátio, ou ainda uma referência ao saxofonista seminal
de jazz, Charlie ‘Yardbird’ Parker. (Nota do Blog: Charles
Parker Jr., também conhecido como Yardbird e Bird, foi um
saxofonista e compositor americano de jazz).
O
quinteto se interessou pela então florescente cena britânica de
rhythm and blues quando assumiu uma posição no Crawdaddy
Club, em Richmond, sucedendo os Rolling Stones. (Nota do
Blog: O Crawdaddy Club era um local musical em Richmond, Surrey,
Inglaterra, que começou em 1963. Os Rolling Stones eram a banda da
casa em 1963; sendo seguidos pelos Yardbirds. Vários outros grupos
de blues seminais britânicos também tocaram lá).
Seu
repertório se baseou no chamado ‘Chicago Blues’, incluindo
versões de nomes como Howlin’ Wolf, Muddy Waters, Bo
Diddley, Sonny Boy Williamson II e Elmore James, e
canções icônicas do naipe de “Smokestack Lightning”, “Boom
Boom”, “I Wish You Would”, “Rollin' e Tumblin'” e “Got
Love if You Want It”.
Keith Relf |
Eric
Clapton
O
guitarrista original, Top Topham, saiu do grupo e foi substituído
por Eric Clapton, em outubro de 1963.
O
empresário do Crawdaddy Club, Giorgio Gomelsky, tornou-se o manager
do The Yardbirds e o seu primeiro produtor musical. Sob a
orientação de Gomelsky, o Yardbirds fez uma turnê, pela
Inglaterra, como a banda de apoio para a lenda do blues, Sonny Boy
Williamson II, entre dezembro de 1963 e o início de 1964,
gravando faixas ao vivo em 8 de dezembro e outras datas.
As
gravações seriam lançadas dois anos depois, durante o auge da
popularidade do Yardbirds, no álbum Sonny Boy Williamson
and The Yardbirds.
Depois
das turnês com Williamson, o Yardbirds assinou com o selo Columbia,
da EMI, em fevereiro de 1964, e gravou mais músicas ao vivo, no dia
20 de março, no lendário Marquee Club, em Londres.
O
álbum resultante, contendo covers de rhythm and blues, Five Live
Yardbirds, não seria lançado pela Columbia por mais de nove
meses e não entrou na principal parada de álbuns do Reino Unido.
Com
o tempo, Five Live ganhou estatura como uma das poucas
gravações ao vivo, de qualidade, da época e como um documento
histórico do ‘rock and roll britânico’ na década de 1960, além
do registro do tempo de Clapton com a banda.
A
formação com Clapton gravou dois singles, os blues “I Wish
You Would” e “Good Morning, School Girl”, até que a banda
fizesse seu primeiro grande sucesso, com o pop “For Your Love”,
de Graham Gouldman, abertamente influenciado pelos Beatles e tocada
em um cravo por Brian Auger.
“For
Your Love” alcançou o topo das paradas no Reino Unido e no Canadá
e conquistou a sexta posição nos Estados Unidos, mas desagradou a
Clapton, um purista em relação ao blues e com a visão que
se estendia muito além dos singles de três minutos.
Frustrado
com a abordagem comercial, Clapton deixou a banda
abruptamente, em 25 de março de 1965, o dia em que o single foi
lançado. Logo ele se juntaria ao John Mayall & the
Bluesbreakers, mas não antes de recomendar Jimmy Page, um
proeminente jovem guitarrista de estúdio, para substituí-lo.
Contente
com suas lucrativas sessões de trabalho no estúdio, preocupado com
sua saúde e com a política saída de Clapton, Page,
por sua vez, recomendou seu amigo Jeff Beck.
Beck
fez seu primeiro show com o Yardbirds apenas dois dias depois
da partida de Clapton.
Paul Samwell-Smith |
Jeff
Beck
As
técnicas experimentais de Beck ajustaram-se bem ao estilo
cada vez mais cru da música beat britânica. O Yardbirds
começou a experimentar arranjos ecléticos que lembravam cânticos
gregorianos e vários estilos europeus e asiáticos, enquanto Beck
introduziu uma influência generalizada do Oriente Médio nesta
mistura. (Nota do Blog: A música beat, também conhecida como
merseybeat (para bandas de Liverpool), ou brumbeat (para bandas de
Birmingham), é um gênero de música pop desenvolvido no Reino Unido
no começo da década de 1960. Trata-se de uma fusão de rock and
roll, doo-wop, skiffle e R&B/soul).
Beck
foi eleito o guitarrista principal de 1966 na revista de música
britânica Beat Instrumental.
O
Yardbirds da era Beck produziu várias gravações inovadoras.
Estas incluem os singles de sucesso “Heart Full of Soul”, “Evil
Hearted You”/”Still I'm Sad”, um cover de “I'm a Man”, de
Bo Diddley (apenas nos EUA), “Shapes of Things” e “Over Under
Sideways Down”.
O
riff de guitarra de Beck em “Heart Full of Soul”
introduziu o estilo raga indiano às paradas pop, no verão britânico
de 1965. “Evil Hearted You”, carregada de reverberações,
promoveu a influência oriental, enquanto seu lado B, “Still I'm
Sad”, apresentava a banda cantando como monges gregorianos.
O
cover de Diddley, “I'm a Man”, era um blues rock, apresentando a
‘rave-up’ do Yardbirds, na qual o ritmo mudava para o dobro do
tempo e a gaita de Relf aliada à violenta guitarra de Beck ‘corriam’
até o clímax, antes de voltarem à batida original.
A
banda embarcou para sua primeira turnê nos Estados Unidos, no final
de agosto de 1965. Dois álbuns foram lançados para o mercado
norte-americano: For Your Love e Having a Rave Up, com
metade de cada saindo do álbum Five Live Yardbirds, combinado
com novas faixas. como “Mister, You're a Better Man Than I” e
“Train Kept A-Rollin’”, ambas gravadas com o lendário produtor
Sam Phillips, no Sun Studios, em Memphis, no Tennessee, durante a
primeira turnê americana.
Houve
mais três turnês pelos EUA, durante o período de Beck com a
banda, e uma breve turnê europeia, em abril de 1966.
O
single “Shapes of Things”, lançado em fevereiro de 1966, “pode
ser justificadamente classificado como o primeiro clássico do rock
psicodélico”, de acordo com o crítico Ritchie Unterberger, do
site AllMusic, e anunciava a chegada da psicodelia britânica,
três meses antes do sucesso dos Beatles, “Rain”, lado B do
single “Paperback Writer”.
Alcançando
o número 3 nas paradas britânicas e 11 nos EUA, ‘Shapes’ também
foi o primeiro hit composto pelo próprio Yardbirds, pois os três
anteriores A-sides britânicos foram escritas por Gouldman.
As
letras de protesto antiguerra de Relf e o solo de guitarra, com
influências do Oriente Médio, de Beck, refletiram o
crescente envolvimento da banda com a psicodelia, bem como o lado B
“Mister, You're a Better Man Than I” e o sucessor, “Over Under
Sideways Down”, esta última, lançada em maio e traz mais letras
quixotescas de Relf e outra linha de guitarra inspirada no raga de
Beck.
Jeff Beck |
Roger
the Engineer
As
sessões para “Over Under Sideways Down” foram realizadas em
abril de 1966 e produziriam o álbum Yardbirds.
O
disco foi comumente referido como Roger the Engineer, que
foram as palavras rabiscadas em uma caricatura, desenhada por Chris
Dreja, do engenheiro Roger Cameron, e que seria a capa do álbum no
lançamento no Reino Unido.
Nos
EUA, uma versão abreviada do álbum, e sem a capa com a caricatura,
foi lançada como Over Under Sideways Down.
A
sessão de gravação marcou a separação do Yardbirds com
seu empresário, Giorgio Gomelsky, quando o escritor Simon
Napier-Bell assumiu a gerência e compartilhou o crédito de produção
com o baixista Paul Samwell-Smith.
Este
é o único álbum do Yardbirds com o guitarrista Jeff Beck e
que contém todo o material original. Foi produzido pelo baixista
Paul Samwell-Smith e pelo empresário Simon Napier-Bell.
O
single “Over Under Sideways Down”, junto com o lado B “Jeff's
Boogie”, foram gravados no Advision Studios, em Londres, em 19 e 20
de abril de 1966.
O
resto do álbum foi gravado de 31 de maio a 4 de junho de 1966,
também no Advision. O trabalho foi lançado pela Columbia Graphophone
Company no Reino Unido, em 15 de julho de 1966, e pela Epic Records,
nos EUA, em 18 de julho de 1966.
A
banda, liderada por Relf e McCarty, evitou covers, escrevendo o álbum
inteiro.
O grupo
reservou ‘uma semana inteira’ para gravar o álbum, de acordo com
Dreja, resultando em uma mistura ‘abarrotada’, embora eclética,
de blues, hard rock, canto (“Turn into Earth”, “Ever Since the
World Began”) e ritmos tribais africanos (“Hot House of
Omagararshid”). As linhas de guitarra de Beck eram uma
constante unificadora por toda parte.
Vamos
às faixas:
LOST
WOMAN
O groove e o balanço impostos pelo baixo de Samwell-Smith são impressionantes e conduzem a canção por caminhos muito interessantes. Vocais precisos de Relf e a guitarra de Beck complementam um verdadeiro petardo.
A
letra fala sobre uma garota:
But
if you come back
I
won't be the same
What
you did to me
You
can hardly call humane
But
I lost you
But
I still love you
The
only woman
Woman
who was my kind
OVER
UNDER SIDEWAYS DOWN
O clima festivo e alegre de "Over Under Sideways Down" é contagiante. A guitarra de Beck é certamente um diferencial, assim como seu talento no baixo. Peso e intensidade incríveis para uma faixa de 1966!
A
letra fala sobre a juventude:
Cars
and girls are easy come by in this day and age
Laughing,
joking, drinking, smoking
Till
I've spent my wage
When
I was young people spoke of immorality
All
the things they said were wrong
Are
what I want to be
“Over
Under Sideways Down” é um clássico do The Yardbirds.
A
canção foi lançada como single, atingindo o 10º lugar da
principal parada britânica, atingindo a 13ª colocação em sua
correspondente norte-americana. O formato foi lançado em maio, dois
meses antes do álbum Yardbirds.
A
música foi inspirada em “Rock Around the Clock”, de Bill
Haley and His Comets, e Jeff Beck toca a guitarra e o
baixo.
“Over
Under Sideways Down” ficou em 23º lugar na lista 100 Greatest
Guitar Songs of All Time, da revista norte-americana Rolling
Stone.
A
música foi regravada (como “Overundersidewaysdown”) pelo
neozelandês Alec Bathgate em seu álbum de 2004, The
Indifferent Velvet Void.
THE
NAZZ ARE BLUE
"The Nazz Are Blue" é uma música espetacular. Surfando no Blues Rock, a guitarra de Beck está completamente infernal! Até mesmo seus vocais se casam perfeitamente com a sonoridade. Enfim, um grande momento do álbum.
A
letra é simples e em tom de brincadeira:
Well
I've got myself a car,
And
the thing is painted blue
Well
I've got myself a car,
And
that thing is painted blue
But
no matter what's done to me baby,
I
guess I'll always be blue
I
CAN’T MAKE YOUR WAY
Uma abordagem mais simples e refrescante é a tônica desta canção. A sonoridade que aproxima o Rock e o Pop, da época, é uma construção com personalidade e talento. Destaque para os ótimos trabalhos vocais.
A
letra é sobre escolhas:
I
can't make your way
Silly
men, they all get worried,
Live
their life so worthlessly,
Troubled,
bothered, flustered, hurried,
They
should take a look at me
Taxman,
rentman, they all chase me,
I
ain't home when they come round
Got
no money, live my life free,
That's
the best way, I have found
RACK
MY MIND
Novamente o baixo de Samwell-Smith conduz a faixa, em uma musicalidade Bluesy mais contida, mas igualmente envolvente. Quando a guitarra de Beck 'desperta', a música ganha em intensidade de modo incrível.
A
letra fala sobre uma mulher inesquecível:
Tell
me woman
Got
a hold on my mind
My,
my, my, my, my, mind
You
sure are the strangest kind
Got
no words for you baby
Ain't
no words I can find
FAREWELL
"Farewell" é a menor faixa do disco e conta com Chris Dreja ao piano. Um coro de vozes acompanha a de Relf, em um efeito tocante.
A
letra é em tom bucólico:
Friday's
sadness began to creep,
Upon
me like the deepest sleep
It
seemed that only I could see,
Just
what my world would finally be
HOT
HOUSE OF OMAGARASHID
Com uma sonoridade repleta de balanço e swing, "Hot House of Omagarashid" apresenta uma certa experimentalidade e flerta com sonoridades orientais. Bem interessante.
As
letras faladas no início de “Hot House of Omagarashid” são
pouco entendíveis.
JEFF’S
BOOGIE
Nesta música instrumental, a guitarra de Jeff Beck é a grande estrela. Solos envolventes e uma musicalidade de arrepiar!
HE’S
ALWAYS THERE
Rock em estado bruto. Com uma abordagem sonora que arrebata o ouvinte, graças a um trabalho brutal da seção rítmica, há poucas músicas como "He's Always There".
A
letra é sobre se encontrar:
I'd
like to get to know you, sure,
And
take this thing just one step more,
And
find out just what it's all for,
But
he's always there
TURN
INTO EARTH
Keith Relf e Jim McCarthy são os maiores destaques desta canção. Mais contida e sorumbática, "Turn into Earth"é um momento mais calmo do trabalho.
A
letra possui um sentido sombrio:
Distant
dreams of things to be
Wandering
thoughts that can't be free
I
feel my mind
Turning
away
To
the darkness of my day
WHAT
DO YOU WANT
"What DoYou Want" possui a típica sonoridade do Rock sessentista, mas com a criatividade e o talento do The Yardbirds. Ótima participação de McCarty na bateria e os vocais de Relf estão impressionantes.
A
letra é sobre mudança:
Sit
spellbound by a flickering screen
Watch
the ever changing scenes
Listen
to the rising screams
Of
children of today
Lock
your doors and stay within
Upon
your face the stupid grins
Penalty
for unrealised sins
Committed
on your way
EVER
SINCE THE WORLD BEGAN
A décima-segunda - e última - faixa de Yardbirds é "Ever Since the World Began". O álbum se encerra com uma canção que se inicia tensa e soturna, mas que, ao seu final, desenvolve-se como o típico Rock sessentista.
A
letra fala do bem contra o mal:
Ever
since the world began
Satan's
followed every man
Trapping
evil if he can
I
tell you now his greatest plan
Invented
when I cannot tell
Defied
the thoughts of man so well
Man
wants money for his need
But
soon it sows its evil seed
Unhappiness
it only brings
As
man wants more and better things
If
not enough the evil lies
But
soon you'll find somebody dies
Throughout
the years there have been wars
Power
and richness have been the cause
Trapped
in money's evil net
Man
wants more than he can get
Considerações
Finais
Yardbirds
é um registro indubitável da qualidade do grupo The Yardbirds.
O
álbum atingiu a boa 20ª posição da principal parada britânica,
conquistando a 52ª colocação em sua correspondente
norte-americana.
Stephen
Thomas Erlewine, do site AllMusic, dá uma nota 4,5 (em 5),
definindo bem o trabalho: “Assim que Jeff Beck se juntou aos
Yardbirds, o grupo começou a explorar territórios
inexplorados, expandindo seu blues-rock em permutações sonoras
selvagens de psicodelia, música indiana e ruídos de vanguarda. Cada
single subsequente exibiu uma nova direção, expandindo as ideias do
[single] anterior, então parece que Roger the Engineer - o
primeiro álbum completo de Beck com o grupo e o primeiro
álbum da banda com todo o material original - ofereceu-lhes a
oportunidade de explorar plenamente suas inclinações aventureiras”.
Por
fim, Erlewine conclui: “O resultado é um registro desfocado que
combina o ótimo com o meramente adequado, mas os Yardbirds
sempre tiveram um problema com a consistência - nenhum de seus
primeiros álbuns teve o impacto dos singles, e Roger the Engineer
sofre do mesmo problema. No entanto, é o melhor álbum de estúdio
individual do Yardbirds, oferecendo algumas de suas melhores
psicodélicas, mesmo que não esteja entre os grandes álbuns de sua
época”.
As
versões americanas originais deste álbum (lançadas com uma capa
diferente e intitulada Over Under Sideways Down, após o hit
de mesmo nome) omitiram as músicas “The Nazz Are Blue” (que foi
cantada por Jeff Beck) e “Rack My Mind” e é mixada de
forma diferente que as edições britânicas.
Roger
the Engineer foi lançado em junho de 1966.
Logo
depois, Samwell-Smith deixou a banda, quando chegou bêbado a um
show, no Queen's College, em Oxford e embarcou em uma carreira como
produtor de discos. Jimmy Page, que estava no show, concordou,
naquela noite, em tocar baixo até que o guitarrista Dreja pudesse
ensaiar no instrumento.
A
banda fez uma turnê com Page no baixo, e Beck e Dreja
nas guitarras, tocando em Paris, no Reino Unido, no meio-oeste
americano e na costa da Califórnia. Beck ficou doente, ao
final da última turnê, e foi hospitalizado em São Francisco.
Assim, Page assumiu o cargo de guitarrista principal no
Carousel Ballroom (San Francisco), em 25 de agosto e Dreja mudou para
o baixo.
Beck
ficou em San Francisco para se recuperar, com sua namorada Mary
Hughes, enquanto o resto da banda completava a turnê. Depois que o
Yardbirds se reuniu, em Londres, Dreja continuou no baixo e o
ataque duplo de guitarristas principais do grupo nasceu.
A
revista norte-americana Rolling Stone colocou Yardbirds na
349ª posição, em 2003, e na 350ª colocação, em 2012, em sua
famosa lista 500 greatest albums of all time.
Yardbirds
(ou Roger the Engineer) também faz parte do livro 1001
Albums You Must Hear Before You Die, de Robert Dimery.
Um
novo álbum, Little Games, seria lançado em julho de 1967.
Formação:
Keith
Relf - Vocal (exceto em 03), Gaita
Jeff
Beck - Guitarra, Vocal em 03, Baixo em 02
Chris
Dreja - Guitarra-base, Backing Vocals, Piano
Paul
Samwell-Smith - Baixo (exceto em 02), Backing Vocals
Jim
McCarty - Bateria, Backing Vocals, Percussão
Faixas:
01.
Lost Woman (Beck/Dreja/McCarty/Relf/S.-Smith) - 3:16
02.
Over Under Sideways Down (Beck/Dreja/McCarty/Relf/S.-Smith) - 2:24
03.
The Nazz Are Blue (Beck/Dreja/McCarty/Relf/S.-Smith) - 3:04
04.
I Can't Make Your Way (Beck/Dreja/McCarty/Relf/S.-Smith) - 2:26
05.
Rack My Mind (Beck/Dreja/McCarty/Relf/S.-Smith) - 3:15
06.
Farewell (Beck/Dreja/McCarty/Relf/S.-Smith) - 1:29
07.
Hot House of Omagararshid (Beck/Dreja/McCarty/Relf/S.-Smith) - 2:39
08.
Jeff's Boogie (Beck/Dreja/McCarty/Relf/S.-Smith) - 2:25
09.
He's Always There (Beck/Dreja/McCarty/Relf/S.-Smith) - 2:15
10.
Turn into Earth (Beck/Dreja/McCarty/Relf/S.-Smith) - 3:06
11.
What Do You Want (Beck/Dreja/McCarty/Relf/S.-Smith) - 3:22
12.
Ever Since the World Began (Beck/Dreja/McCarty/Relf/S.-Smith) - 2:09
Letras:
Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/yardbirds/
Opinião
do Blog:
Finalmente o The Yardbirds chega ao RAC, com seu trabalho mais significativo: Yardbirds.
Sofrendo com constantes mudanças de formação ao longo de sua existência, este fato se mostrou decisivo para que a banda não tivesse o justo e merecido reconhecimento que lhe era devido. Entretanto, qual outra banda do mundo teve guitarristas como Eric Clapton, Jeff Beck e Jimmy Page?
Não há o que se comentar em termos de qualidade do grupo em Yardbirds. A cozinha formada por Jim McCarty e Paul Samwell-Smith é garantia de balanço e inventividade. Chris Dreja deixa Jeff Beck à vontade para brilhar intensamente na guitarra enquanto Keith Relf lidera o grupo com seus ótimos vocais.
Yardbirds representa muito bem a época em que foi concebido. Suas canções apostam em sonoridades que têm o Rock como amálgama. Psicodelia, Blues, algumas experimentações são sentidas em um álbum que passa muito rápido. As letras são divertidas e merecem uma olhadela.
Com todas as faixas no mínimo excelentes, o disco tem vários destaques: "He's Always There" e "What Do You Want" são exemplos da qualidade do Rock do grupo.
Mas as favoritas do Blog são "The Nazz Are Blue", "Rack My Mind" e a incrível "Jeff's Boogie".
Concluindo, não há dúvidas de que o The Yardbirds foi uma das melhores formações da história do Rock, não apenas pela qualidade do que produziu, mas, claro, por ter sido origem do Led Zeppelin. E Yardbirds é o seu melhor álbum. Recomendado!
Sofrendo com constantes mudanças de formação ao longo de sua existência, este fato se mostrou decisivo para que a banda não tivesse o justo e merecido reconhecimento que lhe era devido. Entretanto, qual outra banda do mundo teve guitarristas como Eric Clapton, Jeff Beck e Jimmy Page?
Não há o que se comentar em termos de qualidade do grupo em Yardbirds. A cozinha formada por Jim McCarty e Paul Samwell-Smith é garantia de balanço e inventividade. Chris Dreja deixa Jeff Beck à vontade para brilhar intensamente na guitarra enquanto Keith Relf lidera o grupo com seus ótimos vocais.
Yardbirds representa muito bem a época em que foi concebido. Suas canções apostam em sonoridades que têm o Rock como amálgama. Psicodelia, Blues, algumas experimentações são sentidas em um álbum que passa muito rápido. As letras são divertidas e merecem uma olhadela.
Com todas as faixas no mínimo excelentes, o disco tem vários destaques: "He's Always There" e "What Do You Want" são exemplos da qualidade do Rock do grupo.
Mas as favoritas do Blog são "The Nazz Are Blue", "Rack My Mind" e a incrível "Jeff's Boogie".
Concluindo, não há dúvidas de que o The Yardbirds foi uma das melhores formações da história do Rock, não apenas pela qualidade do que produziu, mas, claro, por ter sido origem do Led Zeppelin. E Yardbirds é o seu melhor álbum. Recomendado!
Yardbirds, nos anos 80, era aquela banda que todo mundo na minha turma tinha ouvido falar e ninguém conseguia encontrar um disco. Acho que era 1988 quando consegui um LP (uma coletânea) do grupo com mais ou menos 30 minutos que mesclava músicas da fase Clapton com as do Beck. Tenho uma box set chamada "The Complete Giorgio Gomelsky Productions" que traz boa parte das músicas deste disco, mas algumas não - a resenha me faz ter vontade de ir atrás do álbum completo. Das que conheço deste álbum, destaco "Lost Woman", que ganharia uma versão fantástica da James Gang de Joe Walsh, "Jeff's Boogie" (que tem diferentes versões na box set), "Over Under..." e "Hot House of Omagarashid", que aponta para a psicodelia que infestaria o rock da segunda metade dos anos 60. Banda seminal, que deixou frutos ótimos na década seguinte.
ResponderExcluirCara, muito difícil achar os CDs da banda, só tenho este, do qual gosto demais, vale à pena. Yardbirds é daquelas bandas essenciais, as versões que eles faziam de músicas de terceiros são incríveis.
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