Elton
John é o segundo álbum de estúdio do músico britânico de mesmo
nome, obviamente, Elton John. Seu lançamento oficial aconteceu em 10
de abril de 1970, pelo selo independente DJM Records. As gravações
ocorreram entre novembro de 1969 e janeiro de 1970, no Trident
Studios, em Londres, na Inglaterra. A produção ficou por conta de
Gus Dudgeon.
Finalmente
o grande músico britânico Sir Elton John aparece no Rock:
Álbuns Clássicos. Como de costume, vai-se apresentar os
fatos que se antecederam ao lançamento do álbum aqui em questão.
Primeiros
Anos
Elton
Hercules John, cujo nome de batismo era Reginald Kenneth Dwight,
nasceu em 25 de março de 1947, em Pinner, na Inglaterra.
Elton
era o filho mais velho de Stanley Dwight e filho único de Sheila
Eileen, sendo criado por seus avós maternos, em Pinner. Seus pais se
casaram em 1945, quando a família se mudou para uma casa geminada
próxima.
Elton
estudou na Pinner Wood Junior School, na Reddiford School e na Pinner
County Grammar School, até a idade de 17 anos, quando ele
interrompeu seus estudos para seguir uma carreira na indústria da
música.
Quando
Elton começou a considerar seriamente uma carreira na música, seu
pai, o qual serviu como tenente de voo na Royal Air Force, tentou
guiá-lo em direção a uma carreira mais convencional, como o setor
bancário.
Anos
depois, John afirmou que suas fantasias e performances no palco eram
sua maneira de se libertar depois de uma infância tão restritiva.
Ambos
os pais de John eram musicalmente inclinados, tendo o pai sido um
trompetista com a Bob Millar Band, uma banda semi-profissional que
tocava em danças militares. Além disso, os Dwights eram grandes
compradores de discos, expondo o filho aos cantores e aos músicos
populares da época, e John lembra-se de ter sido imediatamente
ligado ao rock quando sua mãe trouxe para casa discos de Elvis Presley e Bill Haley & His Comets, em 1956.
Elton
John começou a tocar o piano de sua avó quando era jovem e em um
ano sua mãe o ouviu reproduzir “The Skater's Waltz”, de Winifred
Atwell, de ouvido. Depois de se apresentar em festas e reuniões
de família, aos 7 anos, ele começou aulas formais no instrumento.
Elton
mostrou aptidão musical na escola, incluindo a capacidade de compor
melodias, e ganhou alguma notoriedade por tocar como Jerry Lee
Lewis na escola. Na idade de 11 anos, ganhou uma bolsa de estudos
para a Royal Academy of Music. Segundo um de seus instrutores, John
prontamente reproduziu, como um ‘disco de gramofone’, uma obra de
quatro páginas de George Frideric Handel que ele ouviu pela primeira
vez. (Nota do Blog: A Royal Academy of Music, em Londres,
Inglaterra, é o mais antigo conservatório do Reino Unido, fundado
em 1822 por John Fane e Nicolas-Charles Bochsa).
Nos
cinco anos seguintes, John assistiu às aulas de sábado na Academia,
no centro de Londres, e declarou que gostava de interpretar Frédéric
Chopin e Johann Sebastian Bach e, também, de cantar no
coral durante as aulas de sábado, mas que não era um estudante
diligente.
Ele
afirmou: “Eu meio que me ressenti de ir para a Academia. Eu era uma
daquelas crianças que podiam apenas fugir sem praticar e ainda
passar, (com) as notas raspando”.
Ele
alegou que às vezes faltava às aulas e passeava pelo metrô de
Londres. Vários instrutores testemunharam que ele era um ‘estudante
modelo’ e, durante os últimos anos, estava tendo aulas com um
professor particular, além de suas aulas na Academia.
A
mãe de Elton John, embora também rigorosa com o filho, era mais
animada do que o marido e tinha um espírito livre. Com Stanley
Dwight desinteressado em seu filho e muitas vezes fisicamente
ausente, John foi criado principalmente por sua mãe e avó materna.
Quando
seu pai estava em casa, os Dwights teriam argumentos terríveis que
afligiam muito seu filho. Quando John tinha 14 anos, eles se
divorciaram. Sua mãe então se casou com um pintor local, Fred
Farebrother, um padrasto atencioso e solidário a quem John
carinhosamente se referia como ‘Derf’, seu primeiro nome ao
contrário.
Eles
se mudaram para o apartamento No. 1A, em um prédio com oito
unidades, chamado Frome Court, não muito longe dos dois lares
anteriores. Foi lá que John escreveu músicas que lançaram sua
carreira como estrela do rock; ele morou lá até ter quatro álbuns
simultaneamente no Top 40 americano.
Aos
15 anos, com a ajuda da mãe e do padrasto, Reginald Dwight tornou-se
pianista de fim de semana em um pub próximo, o Northwood Hills
Hotel, tocando de quinta a domingo à noite.
Elton, em 1970 |
Conhecido
simplesmente como ‘Reggie’, ele tocava uma série de músicas
populares, incluindo canções de Jim Reeves e Ray Charles,
bem como composições próprias. Uma breve temporada com um grupo
chamado Corvettes completou seu tempo.
Bluesology
Em
1962, Dwight e seus amigos formaram uma banda chamada Bluesology.
De dia, ele fazia recados para uma editora de música; dividindo suas
noites entre shows solo em um bar de hotel, em Londres, e trabalhando
com o Bluesology.
Em
meados da década de 1960, a Bluesology estava apoiando músicos
americanos de soul e R&B, como Isley Brothers, Major
Lance e Patti LaBelle and the Bluebelles. Em
1966, o grupo se tornou banda de apoio do músico Long John
Baldry, e tocou 16 vezes no famoso Marquee Club.
Bernie
Taupin
Em
1967, Dwight respondeu a um anúncio na revista britânica New
Musical Express, colocado por Ray Williams, então o gerente de A&R
da Liberty Records. Em sua primeira reunião, Williams deu a Dwight
um envelope fechado de letras escritas por Bernie Taupin, o
qual havia respondido ao mesmo anúncio.
Dwight
escreveu músicas para as letras e depois as enviou para Taupin,
iniciando uma parceria que mudaria a vida de ambos. Quando os dois se
conheceram, em 1967, eles gravaram o que viria a ser a primeira
música de Elton John/Bernie Taupin: “Scarecrow”.
Seis
meses depois, Dwight estava usando o nome ‘Elton John’ em
homenagem a dois membros do Bluesology: o saxofonista Elton
Dean e o vocalista Long John Baldry. Seu nome foi legalmente mudado
para Elton Hercules John, em 7 de janeiro de 1972.
A
equipe formada por Elton John e Bernie Taupin se juntou à DJM
Records, de Dick James, como compositores, em 1968, e, nos dois anos
seguintes, escreveu material para vários artistas, entre eles Roger
Cook e Lulu.
Taupin
escrevia um lote de letras em menos de uma hora e dava a John, o qual
compunha música para elas em meia hora, descartando as letras se não
conseguisse chegar a nada rapidamente. Por dois anos, eles escreveram
músicas de fácil compreensão para James as vender para cantores.
A
produção inicial incluiu um concorrente do Reino Unido para o
Eurovision Song Contest, de 1969, para Lulu, chamada “I
Can't Go On (Living Without You)”.
Em
1969, John tocou piano para Roger Hodgson em seu primeiro
single lançado, “Mr. Boyd” de Argosy, um quarteto que foi
completado por Caleb Quaye e Nigel Olsson.
A
conselho do editor musical Steve Brown, John e Taupin começaram a
escrever canções mais complexas para que John as gravasse pela DJM.
A
primeira foi o single “I've Been Loving You” (1968), produzida
por Caleb Quaye, ex-guitarrista do Bluesology. Em 1969, com
Quaye, o baterista Roger Pope e o baixista Tony Murray, John gravou
outro single, “Lady Samantha”, e um álbum, Empty Sky.
Empty
Sky
Em 6
de junho de 1969, era lançado Empty Sky, o álbum de estreia
da carreira de Elton John.
Mais Elton |
Gravado
durante o inverno de 1968 e a primavera de 1969 (estações do
hemisfério norte) em um estúdio da DJM de 8 faixas, Empty Sky
é o único álbum no começo da carreira de John que não foi
produzido por Gus Dudgeon, mas dirigido pelo amigo Steve Brown. O
disco foi lançado no Reino Unido em estéreo e mono, sendo este
último um item raro e de colecionador.
John
toca cravo em várias faixas, incluindo “Skyline Pigeon”, a qual
John descreveu como sendo “a primeira música com a qual Bernie e
eu nos empolgamos quando a escrevemos”.
Para
as gravações, John usou músicos que eram amigos dele ou de Brown.
O guitarrista Caleb Quaye e o baterista Roger Pope, ambos membros da
banda Hookfoot na época, tocaram em muitas das faixas. (Quaye
e Pope voltariam a John alguns anos depois, como parte de seu grupo
de estúdio e da banda de turnê por trás do Rock of the Westies, em
1975, e do Blue Moves, em 1976).
Tony
Murray, do The Troggs, tocou baixo. Empty Sky é a
primeira aparição de Nigel Olsson, que tocou bateria em “Lady
What's Tomorrow?”, membro do Plastic Penny e do Spencer
Davis Group.
Também
está listado nos créditos de produção Clive Franks, que mais
tarde produziria o som ao vivo de John em concerto, bem como,
ocasionalmente, coproduziria com John álbuns como A Single Man
e 21 at 33. O design original da capa foi feito por David
Larkham.
O
disco só seria lançado nos Estados Unidos em 1975. Empty Sky não
fez sucesso no Reino Unido, há época de seu lançamento, mas
continha ao menos uma canção memorável como “Skyline Pigeon”.
Elton
John, o álbum
Já
em novembro de 1969, Elton John adentrava o Trident Studios, em
Londres, na Inglaterra, para iniciar a gravação de seu segundo
álbum, Elton John.
Este
foi o primeiro de uma série de álbuns do John produzidos por Gus
Dudgeon. Como Dudgeon relembrou em uma entrevista à revista Mix,
o álbum não pretendia lançar Elton como artista, mas sim uma
coleção de demos polidas para que outros artistas considerassem
gravar as músicas da dupla John-Taupin.
Uma
série de músicos foram contatados para realizarem as gravações do
disco. Na seção formação, abaixo, o leitor poderá conferi-los.
Vamos
às faixas:
YOUR
SONG
"Your Song" é uma canção belíssima. O piano tocado por Elton só não é mais tocante que sua própria interpretação vocal. Tudo é complementado por uma orquestração a qual ressalta a melodia comovente da faixa. Um clássico!
A
letra é um exemplo de metalinguagem:
If I
was a sculptor, but then again, no
Or a man who makes potions in a travelling show
I know it's not much, but it's the best I can do
My gift is my song and this one's for you
Or a man who makes potions in a travelling show
I know it's not much, but it's the best I can do
My gift is my song and this one's for you
“Your
Song” é um clássico de Elton John.
A
canção foi lançada como single e atingiu a excelente 7ª posição
na principal parada britânica desta natureza, conquistando a ótima
8ª colocação em sua correspondente norte-americana.
Taupin
escreveu a letra da música depois do café da manhã, no telhado da
20 Denmark Street, em Londres, onde John trabalhou para uma editora
musical como office boy, daí o verso “Eu sentei no telhado e tirei
o musgo”.
O
foco instrumental está no trabalho de piano de John, influenciado
por Leon Russell, junto com o violão acústico de Paul
Buckmaster e uma seção rítmica embaralhada.
As
letras expressam os pensamentos românticos de uma pessoa inocente.
John canta uma letra de canção de amor direta.
“Your
Song” foi a inspiração para a música “We All Fall Love in
Sometimes”, presente em outro álbum de John, Captain Fantastic
and the Brown Dirt Cowboy, de 1975.
"Your
Song" foi lançada pela primeira vez pela banda de rock
americana Three Dog Night em março de 1970, em seu terceiro
álbum de estúdio, It Ain't Easy. John foi um ato de abertura
para o grupo, na época, e permitiu que a gravassem. O conjunto não
a lançou como single, já que queria deixar John, então um artista
promissor, seguir em frente.
A
música foi elogiada pelos críticos no seu lançamento e nos anos
subsequentes. Escrevendo para o NME, naquela época, Derek
Johnson escreveu: “A música em si é brilhante e estranhamente
assombrosa, a pontuação é suave e delicada e o desempenho é
sintomático de uma nova era de ídolos pop”.
Bill
Janovitz, do AllMusic,
descreveu a faixa como uma “música quase perfeita”.
Em
uma entrevista de 1975, para a revista americana Rolling Stone,
John Lennon relembrou:
“Lembro
de ouvir 'Your Song', de Elton John, ouvi nos EUA - foi um dos
primeiros grandes sucessos de Elton - e lembro de pensar: Ótimo,
essa é a primeira novidade que aconteceu desde que nós (os Beatles)
aconteceu. Foi um passo à frente. Havia algo em seu vocal que foi
uma melhoria em todos os vocais ingleses até então. Fiquei
satisfeito com isso”.
John
Mendelsohn, da mesma Rolling Stone, chamou a música de
“balada bonita de McCartney”.
Em
2002, John regravou a música como um dueto com o cantor de ópera
Alessandro Safina, para o primeiro teleton de caridade Sport Relief,
e alcançou o número quatro no Reino Unido.
John
tocou “Your Song” em quase todas as performances ao vivo durante
sua carreira solo, e lançou várias versões ao vivo, incluindo com
sua banda, solo no piano e com orquestra. Uma versão notável foi
durante o seu concerto no Central Park, em 1980, quando o cantor
estava vestido como Pato Donald.
Em
1998, “Your Song” foi introduzida no Grammy Hall of Fame. Em
2004, a música foi colocada no número 137 da lista da revista
Rolling Stone de As 500 melhores canções de todos os
tempos, bem como na sua lista de 2010.
A
música foi regravada por vários artistas, incluindo Ellie
Goulding, cuja versão alcançou o número dois na parada
britânica, no final de 2010; Lady Gaga e Rod Stewart
também a gravaram. A música também foi cantada por Ewan
McGregor no filme musical Moulin Rouge!
I
NEED YOU TO TURN TO
Um dos destaques desta curta, mas bela música é a harpa tocada por Skaila Kanga. Há um toque épico que torna a composição ainda maior.
A letra possui valor romântico:
Did
you paint your smile on when I said I knew
That my reason for living was for loving you
We're related in feeling, but you're high above
You're pure and you're gentle, with the grace of a dove
That my reason for living was for loving you
We're related in feeling, but you're high above
You're pure and you're gentle, with the grace of a dove
TAKE
ME TO THE PILOT
"Take Me to the Pilot" possui um inegável toque da música sulista norte-americana, com um misto de Blues e Soul, que a torna ainda mais envolvente.Claro, os vocais de John são precisos e funcionam perfeitamente.
A letra possui um caráter enigmático:
If
you feel that it's real I'm on trial
And I'm here again in your prison
Like a coin in your mint
I am dented and I'm spent with that treason
And I'm here again in your prison
Like a coin in your mint
I am dented and I'm spent with that treason
Muitos - incluindo o próprio Elton John – pensam que a letra da
canção é enigmática e incompreensível.
O letrista Bernie Taupin admitiu não saber o que as letras da música
representam, comparando seu estilo de escrita em "Pilot" ao
de poetas como “Baudelaire e Rimbaud ... (que) apenas juntaram as
coisas e foram 'Uau! Isso soa bem'”.
As letras possuem muitos elementos: traição, política ou pessoal;
a ilusão de perigo; e destemor ao desconhecido. De acordo com Elton,
esta e outras músicas gravadas durante esse período foram
inspiradas nos livros de ficção científica que Bernie estava lendo
na época.
A dupla country Brothers Osborne gravou um remake da canção
para o álbum de tributo, de 2018, Restoration: Reimagining the
Songs of Elton John e Bernie Taupin.
NO
SHOE STRINGS ON LOUISE
Até mesmo a interpretação utilizada nesta música, por Elton, lembra bastante a abordagem musical de Mick Jagger. O baixo é bem presente e a pegada Bluesy, com um leve toque Country, torna a faixa muito pegajosa, no melhor sentido do termo.
A letra brinca com possíveis contradições:
Lady
love rides a big red Cadillac
Buys the hoedown show salt and beans
Goes to church to pray for Lucifer
She milked the male population clean
Buys the hoedown show salt and beans
Goes to church to pray for Lucifer
She milked the male population clean
A música “No Shoe Strings on Louise” foi planejada (como
homenagem ou paródia) para soar como uma faixa de Mick Jagger.
FIRST
EPISODE AT HIENTON
Esta é uma composição mais intimista, com uma musicalidade mais contida e até, porque não, mais tristonha. Isto não impede que a música se apresente muito bonita e comovente.
A letra mistura juventude e coragem:
For
the quadrangle sang to the sun
And the grace of our feeling
And the candle burned low as we talked of the future
Underneath the ceiling
There were tears in the sky
And the clouds in your eyes were just cover
For your thighs were the cushions
Of my love and yours for each other
The songs still are sung
It was fun to be young
But please don't be sad where `ere you are
And the grace of our feeling
And the candle burned low as we talked of the future
Underneath the ceiling
There were tears in the sky
And the clouds in your eyes were just cover
For your thighs were the cushions
Of my love and yours for each other
The songs still are sung
It was fun to be young
But please don't be sad where `ere you are
SIXTY
YEARS ON
Colin Green faz um excelente trabalho na guitarra, especialmente na introdução de "Sixty Years On", uma faixa com um clima mais contido e bucólico. As orquestrações preenchem o sentimento de despedida. Brilhante!
A letra faz menção à finitude da vida:
Yes
I'll sit with you and talk let your eyes relive again
I know my vintage prayers would be very much the same
And Magdelena plays the organ, plays it just for you
Your choral lamp that burns so low when you are passing through
I know my vintage prayers would be very much the same
And Magdelena plays the organ, plays it just for you
Your choral lamp that burns so low when you are passing through
BORDER
SONG
"Border Song" é uma belíssima balada e isto a torna uma perfeita amostra dos melhores momentos de Elton John. Novamente, tanto a sua forma de tocar o piano como de cantar, com um toque Soul/Blues, fazem da composição um espetáculo.
A letra fala sobre alienação:
Holy
Moses I have been deceived
Now the wind has changed direction and I'll have to leave
Won't you please excuse my frankness but it's not my cup of tea
Holy Moses I have been deceived
Now the wind has changed direction and I'll have to leave
Won't you please excuse my frankness but it's not my cup of tea
Holy Moses I have been deceived
“Border Song” foi o primeiro single lançado para promoção do
álbum. Sem fazer sucesso no Reino Unido, foi mais bem-sucedida na
América do Norte, onde o formato foi lançado alguns meses depois.
Atingiu a 92ª posição da parada norte-americana desta natureza,
conquistando a 34ª colocação na correspondente canadense.
John disse que a canção é sobre a alienação que Taupin sentia em
Londres e sobre a cidade naquela época, incluindo seu desejo de
voltar para casa o mais rápido que pudesse. Alguns acreditam que a
música está falando contra o fanatismo.
Dorothy
Morrisson regravou a
canção em seu álbum Brand New Day
e, ninguém menos que Aretha
Franklin, também a
lançou em seu disco Young,
Gifted and Black. Inclusive,
Elton John e Aretha
Franklin cantaram juntos
a música no especial de Franklin, chamado Duets,
de 1993.
THE
GREATEST DISCOVERY
Esta canção apresenta orquestrações que transmitem um tom épico até que John faça mais uma interpretação vocal brilhante, cantando maravilhosamente bem. Mais um momento comovente do trabalho.
A letra fala sobre a chegada de um novo membro da família:
In
those silent happy seconds
That surround the sound of this event
A parent smile is made in moments
They have made for you a friend
And all you ever learned from them
Until you grew much older
Did not compare with when they said
This is your brand new brother
That surround the sound of this event
A parent smile is made in moments
They have made for you a friend
And all you ever learned from them
Until you grew much older
Did not compare with when they said
This is your brand new brother
THE
CAGE
"The Cage" possui muito mais balanço e mais swing, em uma faixa dançante e contagiante. Um Rock com forte influência do Blues, contando com um baixo pulsante e excelentes vocais de Elton. Música simplesmente incrível!
A letra fala sobre prisões da vida real:
But
I'm damned when I really care there
For the cellar's the room in your lives
Where you lace yourself with bad whiskey
And close the cage doors on your life
For the cellar's the room in your lives
Where you lace yourself with bad whiskey
And close the cage doors on your life
THE
KING MUST DIE
A décima - e última - faixa de Elton John é "The King Must Die". O trabalho se encerra com outra canção muito emocionante. Indispensável mencionar o soberbo trabalho que Elton faz ao cantar esta música de forma totalmente sensacional!
A letra fala sobre mudanças:
And
if my hands are stained forever
And the altar should refuse me
Would you let me in, would you let me in, would you let me in
Should I cry sanctuary
And the altar should refuse me
Would you let me in, would you let me in, would you let me in
Should I cry sanctuary
Considerações Finais
Indubitavelmente,
Elton John foi o
importante passo inicial para o sucesso da carreira do músico
britânico de mesmo nome.
Elton, em show em 1970 |
O
álbum atingiu a incrível 4ª posição da principal parada
norte-americana desta natureza, conquistando a não menos
impressionante 5ª colocação em sua correspondente britânica.
Além disso, ficou com o 2º, o 4º e também o 4º lugares das
paradas de Holanda, Canadá e Austrália, respectivamente.
Outro
demonstrativo da importância e categoria do álbum Elton John
foram suas 2 indicações para o importante prêmio Grammy Awards, de
1971, nas categorias “Álbum do Ano” e “Melhor Performance
Vocal Pop – Masculino”, embora não tenha saído vencedor em
nenhuma delas.
O
famoso crítico musical Robert Christgau deu uma nota ‘B’ ao
disco. Stephen Thomas Erlewine, do site AllMusic, dá ao
trabalho uma nota 4,5 (de 5), atestando: “As composições de John
e Bernie Taupin se tornaram mais imediatas e bem sucedidas; em
particular, a música de John tornara-se mais nítida e
diversificada, resgatando as letras freqüentemente nebulosas de
Taupin. “Take Me to the Pilot” pode não fazer muito sentido
liricamente, mas John teve o bom senso de fundamentar suas palavras
intencionalmente enigmáticas com uma melodia cativante baseada em
blues. Ao lado do crescente senso de composição, a mudança mais
notável em Elton John é a adição dos grandiosos arranjos
de cordas de Paul Buckmaster”.
Por
fim, Erlewine conclui: “Embora haja algumas músicas
subdesenvolvidas, Elton John continua sendo um de seus
melhores álbuns”.
Em
2003, o álbum ficou na 468ª posição na lista da revista Rolling
Stone com os 500 maiores álbuns de todos os tempos. Em 27 de
novembro de 2012, foi introduzido no Grammy Hall of Fame como
um álbum o qual exibe “significado qualitativo ou histórico”.
Apoiado
pelo ex-baterista do Spencer Davis Group, Nigel Olsson, e pelo
baixista Dee Murray, o primeiro show norte-americano de Elton John
aconteceu no famoso Troubadour, em Los Angeles, em agosto de 1970, e
foi um sucesso.
Dando
sequência ao sucesso, ainda em outubro de 1970, John lançaria seu
terceiro álbum de estúdio, o fabuloso Tumbleweed Connection.
Formação:
Elton
John - Piano, Vocal, Cravo (02)
Diana
Lewis - Sintetizador Moog (05, 09)
Brian
Dee - Órgão (06, 07)
Frank
Clark - Violão (01), Contrabaixo (10)
Colin
Green - Guitarra adicional (01, 07), Violão espanhol (06)
Clive
Hicks - Guitarra de doze cordas (01), Guitarra-base (04), Guitarra
(07, 08, 10), Violão (09)
Roland
Harker - Violão (02)
Alan
Parker - Guitarra-base (03)
Caleb
Quaye - Guitarra (03, 04, 05), Guitarra adicional (09)
Dave
Richmond - Baixo (01, 07, 08)
Alan
Weighall - Baixo (03, 04, 09)
Les
Hurdle - Baixo (10)
Barry
Morgan - Bateria (01, 03, 04, 07, 09)
Terry
Cox - Bateria (08, 10)
Dennis
Lopez - Percussão (03, 04)
Tex
Navarra - Percussão (09)
Skaila
Kanga - Harpa (02, 08)
Paul
Buckmaster - Violoncelo solo (08), arranjos orquestrais e maestro
David
Katz - Orquestra
Madeline
Bell, Tony Burrows, Roger Cook, Lesley Duncan, Kay Garner e Tony
Hazzard - Backing Vocals (03, 04, 07, 09)
Barbara
Moore - Backing Vocal, Líder do coro (07)
Faixas:
01.
Your Song (John/Taupin) - 4:02
02.
I Need You to Turn To (John/Taupin) - 2:35
03.
Take Me to the Pilot (John/Taupin) - 3:47
04.
No Shoe Strings on Louise (John/Taupin) - 3:31
05.
First Episode at Hienton (John/Taupin) - 4:48
06.
Sixty Years On (John/Taupin) - 4:35
07.
Border Song (John/Taupin) - 3:22
08.
The Greatest Discovery (John/Taupin) - 4:12
09.
The Cage (John/Taupin) - 3:28
10.
The King Must Die (John/Taupin) - 5:23
Letras:
Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/elton-john/
Opinião
do Blog:
Qualquer palavra ficaria muito sem sentido para apresentar um músico do calibre de Elton John neste humilde Blog.
Basta, apenas, ressaltar que finalmente Elton apareceu no RAC e com um álbum simplesmente espetacular.
Com um senso melódico extraordinário, a abordagem musical de Elton John completa perfeitamente as letras desafiadoras de Bernie Taupin. Tudo é engrandecido pelo timaço de músicos que suplementam as canções.
Destaque, claro, para as orquestrações arranjadas por Paul Buckmaster, capazes de valorizarem cada momento de um disco profundo e recheado de emoções. O tom épico nunca é exagerado e nem desnecessário. Obviamente, nada seria eficiente se Elton John não fosse magnífico tanto ao piano quanto ao cantar de forma comovente.
Portanto, o álbum Elton John só possui músicas belíssimas e envolventes. O disco passa rapidamente durante sua leve audição. "The Cage", "Border Song" e "Your Song" são as favoritas.
Enfim, ainda bem que o RAC pode trazer um músico espetacular como Elton John e este álbum maravilhoso para comemorar seus 8 anos de existência. Se o leitor não conhece este Elton John, vá correndo fazê-lo. Um disco obrigatório!
Basta, apenas, ressaltar que finalmente Elton apareceu no RAC e com um álbum simplesmente espetacular.
Com um senso melódico extraordinário, a abordagem musical de Elton John completa perfeitamente as letras desafiadoras de Bernie Taupin. Tudo é engrandecido pelo timaço de músicos que suplementam as canções.
Destaque, claro, para as orquestrações arranjadas por Paul Buckmaster, capazes de valorizarem cada momento de um disco profundo e recheado de emoções. O tom épico nunca é exagerado e nem desnecessário. Obviamente, nada seria eficiente se Elton John não fosse magnífico tanto ao piano quanto ao cantar de forma comovente.
Portanto, o álbum Elton John só possui músicas belíssimas e envolventes. O disco passa rapidamente durante sua leve audição. "The Cage", "Border Song" e "Your Song" são as favoritas.
Enfim, ainda bem que o RAC pode trazer um músico espetacular como Elton John e este álbum maravilhoso para comemorar seus 8 anos de existência. Se o leitor não conhece este Elton John, vá correndo fazê-lo. Um disco obrigatório!
Grande homenagem do blog á um dos meus artistas favoritos da música mundial, o ícone-mor do pop britânico: Elton John. Dono de uma obra de altíssima qualidade e de um reconhecimento indescritível que até hoje desfruta, o cara é simplesmente sinônimo de muito boa música. Mesmo com todos esses elogios de minha parte ao "artista" Elton John (não vou entrar em detalhes sobre sua vida pessoal), não tenho grande predileção por suas primeiras obras incluindo este segundo disco dele, do qual destaco a famosa "Your Song" que ganhou grandes releituras de vários artistas como Rod Stewart, Ellie Goulding, Lady Gaga, Boyce Avenue, Christina Grimmie e Billy Paul (a versão dele também é clássica).
ResponderExcluirAcho que para começar a ouvir a obra de Elton John com mais afinco e profundidade, o disco mais indicado aos leigos é Goodbye Yellow Brick Road (1973), não por ser o mais vendido de sua carreira e por conter nele o que muitos chamam de seus maiores hits de sucesso, mas por mostrar todas as características que fizeram do músico/cantor/compositor o que ele é desde sempre: um dos maiores gênios musicais do nosso tempo. Mas enfim, esta é uma boa oportunidade para conhecermos um pouco mais da história de Elton John ainda no comecinho de sua carreira (que só se consolidaria em 1973 com o lançamento de Goodbye Yellow Brick Road), e seu segundo disco aqui resenhado era a confirmação de que ele estava chegando realmente para ficar e fazer história na música mundial.
Obrigado pelo comentário, Igor. Permita-me discordar, muito respeitosamente, embora concorde que o álbum mais emblemático de Elton seja Goodbye Yellow Brick Road. Eu gosto bem mais dos primeiros discos do Elton e realmente penso que são os mais relevantes, mesmo que comercialmente talvez não sejam os expoentes.
ExcluirDepois de Goodbye Yellow Brick Road, pouca coisa do Elton JOhn me salta aos ouvidos. Mas é só questão de gosto mesmo, cada um com o seu.
Tudo bem, chefe... Pra dizer bem a verdade, é difícil escolher qual a melhor fase (ou disco) da carreira de Elton John, pois toda a sua discografia é de consistência e qualidade impressionantes. Obrigado pela sua generosa resposta, chefe!
ExcluirEsta troca respeitosa de opiniões é sempre saudável. Obrigado por sempre participar do Site, Igor.
ExcluirDe nada, chefe!
ExcluirFantástico! Fez -me admirar mais ainda a beleza das melodias e composições dos amigos Elton e Bernie. Espetacular!
ResponderExcluirOpa, obrigado pelos elogios! Saudações!
ExcluirEste disco do Elton John é excelente, mas prefiro "Tumbleweed Connection" e "Madman Across the Water" a ele. Mas, para ser franco, entre este segundo LP e o "Goodbye Yellow Brick Road" Elton não lançou disco ruim - uma impressionante marca de seis grandes álbuns em pouco mais de três anos (isso sem contar a subestimada trilha sonora de "Friends" e o ao vivo "17-11-70". "Your Song" permanece sendo, para mim, a balada mais bonita da carreira do Elton, mas a minha música favorita do álbum é "Border Song" - aliás, que versão fantástica dessa música no ao vivo "Here and There" (meu primeiro CD do Elton John, aliás)!
ResponderExcluirEsta fase inicial do Elton é muito boa e eu curto bastante. Depois disso, confesso que não procurei muito. Saudações!
Excluir