Beautiful Loser é o oitavo álbum de estúdio do músico norte-americano chamado Bob Seger. O lançamento oficial do disco ocorreu em abril de 1975, através do selo Capitol Records. As gravações aconteceram no Muscle Shoals Sound Studios, em Sheffield, nos Estados Unidos. A produção ficou a cargo de Punch Andrews, da banda do Muscle Shoals e do próprio Bob Seger.
O famoso cantor e compositor, Bob Seger, chega às páginas do RAC
com seu álbum Beautiful Loser, o qual
o leitor poderá conhecer melhor agora. Antes, como de praxe, um pouco do
histórico do músico.
Primórdios
Robert Clark Seger nasceu em Detroit, Estados
Unidos, em 6 de maio de 1945.
O pai de Seger,
Stewart, trabalhava na fábrica da Ford e tocava muitos instrumentos musicais o que
propiciou a Bob um contato com a música em uma idade ainda muito pequena.
Stewart abandonou a família quando Seger estava com 10 anos de idade,
deixando-os em situação financeira muito complicada. Ele afirma que suas
primeiras influências musicais foram Little
Richard e Elvis Presley.
Primeiros
Projetos Musicais
Bob
Seger chegou ao cenário musical de Detroit em 1961, liderando
um trio denominado The Decibels. A banda incluía Seger na guitarra, piano,
teclados e vocais, Pete Stanger na guitarra e H.B. Hunter na bateria.
O The Decibels gravou uma demo, uma música
chamada "The Lonely One", no estúdio de Del Shannon, em 1961. Além de
ser a primeira música original de Seger,
"The Lonely One" foi sua primeira música a ser tocada no rádio, mesmo
que apenas uma vez em uma estação de
rádio de sua escola.
Depois que o The Decibels se separou, Seger se juntou ao Town Criers, um
quarteto com Seger nos vocais, John
Flis no baixo, Pep Perrine na bateria e Larry Mason na guitarra. O Town Criers fazia
covers de músicas como "Louie Louie", e começou a ganhar seguidores.
Enquanto isso, Seger estava ouvindo James
Brown e também foi amplamente influenciado pela música dos Beatles, uma vez que a banda britânica
chegou às praias americanas em 1964.
Quando o Town Criers começou a conseguir mais
shows, Bob Seger conheceu um homem
chamado Doug Brown,o qual liderava uma banda chamada The Omens.
Seger se
juntou ao Doug Brown & The Omens, que provavelmente tinha um número maior
de seguidores do que o Town Criers. Enquanto Doug Brown era o vocalista
principal do grupo, Seger assumia a
liderança em algumas músicas – especialmente os números de R&B.
Foi com esse grupo que Seger apareceu pela primeira vez em uma gravação lançada
oficialmente: o single de 1965, "TGIF", apoiado por "First
Girl", creditado a Doug Brown e The Omens.
Seger também
apareceu na paródia que a Doug Brown e The Omens fez da música "Ballad of
the Green Boets", de Barry Sadler,
que foi reintitulada "Ballad of the Yellow Beret". Logo após seu
lançamento, Sadler e sua gravadora ameaçaram Brown e sua banda com um processo
e a gravação foi retirada do mercado.
Enquanto Bob
era membro do The Omens, ele conheceu seu manager de longa data, Edward "Punch"
Andrews, que na época tinha uma parceria com Dave Leone, dirigindo a franquia
Hideout, que consistia em quatro clubes locais, de Clawson a Rochester Hills,
onde bandas locais tocavam e coordenava uma gravadora de pequena escala.
Seger
começou a escrever e produzir para outros artistas que Punch estava
gerenciando, como Mama Cats and the Mushrooms (esta com Glenn Frey, do Eagles).
Seger e
Doug Brown foram abordados por Punch e Leone para escrever uma música para a
The Underdogs, outra banda local que recentemente teve um sucesso com uma
música chamada "Man in the Glass". Seger contribuiu com uma música chamada "East Side
Story", que acabou sendo um fracasso para a The Underdogs.
Mesmo assim, Seger decidiu gravar "East Side Story", e deixou
oficialmente o The Omens (apesar de manter Doug Brown como produtor). Como Bob
Seger and the Last Heard, Seger lançou
sua versão da música pela Hideout Records em janeiro de 1966, e se tornou seu
primeiro grande sucesso na cidade de Detroit. O single vendeu 50.000 cópias,
principalmente na área de Detroit, e levou a um contrato com a Cameo-Parkway
Records.
O nome "The Last Heard" logo se
tornou a denominação permanente da banda de apoio de Seger, que consistia em
Pep Perrine na bateria, Carl Lagassa na guitarra e Dan Honaker no baixo.
Depois de "East Side Story", o
grupo lançou mais quatro singles: "Sock It to Me Santa", "Persecution
Smith", "Vagrant Winter" e "Heavy Music", esta, lançada
em 1967.
"Heavy Music", que vendeu ainda
mais cópias do que "East Side Story", tinha potencial para estourar
nacionalmente, mas a Cameo-Parkway de repente saiu dos negócios. A música
permaneceria no show ao vivo de Seger por muitos anos.
Depois que a Cameo-Parkway quebrou, Seger e
Punch começaram a procurar um novo selo. Na primavera de 1968, Bob Seger and
the Last Heard assinaram contrato com a gravadora Capitol Records, recusando a
Motown Records, que ofereceu mais dinheiro que a Capitol, mas Seger achava que
a Capitol era mais apropriada para seu gênero do que a Motown.
The
Bob Seger System
A Capitol mudou o nome da banda para The Bob
Seger System. Na transição entre as gravadoras, o guitarrista Carl Lagassa
deixou a banda e o tecladista Bob Schultz se juntou ao grupo.
O primeiro single do System com a Capitol foi
a música anti-guerra "2 + 2 =?", a qual refletia uma mudança
acentuada nas atitudes políticas de Seger.
O single foi novamente um sucesso em Detroit
e alcançou o número 1 em estações de rádio em Buffalo, Nova York e Orlando.
O segundo single do The Bob Seger System foi
"Ramblin' Gamblin' Man". Foi um grande sucesso em Michigan, e também
se tornou o primeiro sucesso nacional de Seger,
chegando ao 17º lugar.
O sucesso da música levou ao lançamento de um
álbum com o mesmo título em 1969. O álbum Ramblin'
Gamblin' Man alcançou a 62ª posição na parada de álbuns da Billboard.
Seger não conseguiu acompanhar esse sucesso.
Para o próximo álbum, o cantor e compositor Tom Neme se juntou ao The System,
escrevendo e cantando a maioria das músicas, pelas quais o grupo foi fortemente
criticado. O álbum, chamado Noah
(1969), não conseguiu chegar às paradas, levando Seger a deixar brevemente a indústria da música e cursar faculdade.
Posteriormente, ele voltou no ano seguinte e
lançou o álbum final do System, Mongrel,
de 1970, desta vez sem Tom Neme. Bob Schultz também deixou a banda, sendo
substituído por Dan Watson. Mongrel,
com o poderoso single "Lucifer", foi considerado um álbum forte por
muitos críticos e fãs de Detroit, mas não conseguiu se sair bem comercialmente.
Solo
Depois que Mongrel não conseguiu atingir o sucesso de Ramblin' Gamblin' Man, o System acabou. Por um curto período de
tempo após a separação, Seger teve
ambições de ser um ato de um homem só.
Em 1971, Seger
lançou seu primeiro álbum solo, Brand New
Morning, totalmente acústico. O álbum foi um fracasso comercial e levou à
saída de Seger da Capitol Records.
Seger, tendo
recuperado o interesse por formar uma banda, começou a tocar com a dupla Teegarden & Van Winkle, com quem,
em 1970, lançou um single com "God, Love and Rock & Roll".
Juntos, eles gravaram o disco Smokin'
O.P. (1972), lançado pela Palladium Records, de Punch Andrews.
O álbum consistiu principalmente de covers,
gerando um pequeno sucesso com uma versão de "If I Were a Carpenter",
de Tim Hardin, embora tenha
apresentado "Someday", uma original de Seger e o relançamento de “Heavy Music”.
Depois de passar a maior parte de 1972 em
turnê com Teegarden & Van Winkle,
Seger deixou a dupla para montar uma
nova banda de apoio, conhecida como My Band and the Borneo Band, composta por
músicos de Tulsa, Oklahoma.
Jamie Oldaker, Dick Sims e Marcy Levy eram
todos membros da My Band antes de ingressarem na banda de apoio de Eric Clapton.
Em 1973, Seger
lançou Back in '72, gravado em parte
com a Muscle Shoals Rhythm Section, um renomado grupo de músicos que gravaram
com nomes como J. J. Cale e Aretha Franklin.
'72,
apresentava a versão em estúdio do clássico ao vivo de Seger, "Turn the Page"; "Rosalie", uma música
que Seger escreveu sobre a diretora
musical da CKLW, Rosalie Trombley, (e que mais tarde foi gravada pelo Thin Lizzy); e "I've Been
Working", uma música originalmente de Van
Morrison, uma forte influência no desenvolvimento musical de Seger.
Apesar da força dos músicos de backup de Seger, o álbum alcançou apenas 188ª
colocação nas paradas dos EUA e, desde então, desapareceu na obscuridade. Mesmo
assim, ‘72 e sua turnê de apoio
marcam o início dos relacionamentos de longa data de Seger com o futuro
saxofonista da Silver Bullet Band, Alto Reed, a poderosa vocalista feminina
Shaun Murphy e a Muscle Shoals Rhythm Section.
Durante a turnê, a My Band provou não ser confiável, o que frustrou Seger. No final de 1973, Seger havia deixado a My Band em busca de uma nova banda de apoio. Ao longo de 1974–75, Seger continuou a se apresentar em locais em torno de sua cidade natal, enquanto era conhecido como Bob Seger Group, incluindo um renomado concerto em Davisburg, chamado de 'Battle of the Bands'.
The Silver Bullet Band
Em 1974, Seger formou a Silver Bullet Band. Seus membros originais eram
o guitarrista Drew Abbott, o baterista e vocalista Charlie Allen Martin, o
tecladista Rick Manasa, o baixista Chris Campbell e o saxofonista Alto Reed.
Com essa nova banda, Seger lançou o álbum Seven
(1974), que continha o hit "Get Out of Denver". Esta faixa foi um
sucesso moderado, alcançando a 80ª posição em nível nacional.
Beautiful
Loser
Em 1975, Seger
lançaria Beautiful Loser. Este álbum
marcou o retorno de Seger à Capitol
Records após quatro anos.
O álbum contou principalmente com músicos da Muscle
Shoals Rhythm Section (uma vez que foi gravado naquele estúdio), mas os membros
da Silver Bullet Band foram usados separadamente em algumas músicas e juntos em
"Nutbush City Limits", uma música cover de Ike & Tina Turner.
A produção ficou por conta de Bob Seger, da Muscle Shoals Rhythm
Section e de Punch Andrews.
Vamos às faixas:
BEAUTIFUL LOSER
“Beautiful Loser” é um Rock simples e bem
direto, com o órgão em destaque, dominando a canção. O resultado final é ótimo,
especialmente o refrão.
A letra fala sobre falta de ambição:
He'll never make any enemies
Enemies, no
He won't complain
If he's caught in a freeze
He'll
always ask
He'll
always say, please
“Beautiful Loser” foi lançada como single,
mas não atingiu as principais paradas de sucesso internacionais. Entretanto,
quando foi regravada, no disco ao vivo Live’
Bullet, de 1976, acabou se tornando uma canção conhecida de Seger.
A música é sobre pessoas que estabelecem seus
objetivos tão baixos que nunca alcançam nada. Seger teve a idéia para a música quando leu Beautiful Losers, um
romance escrito por Leonard Cohen. Ao contrário do que muitos acreditavam, a
música não é sobre o próprio Seger.
Ele demorou mais de um ano para terminar a
música, e Seger compôs três ou
quatro versões da mesma antes de escolher uma que funcionasse.
Versões de “Beautiful Loser” foram feitas
pela banda Point Blank e por John English.
BLACK NIGHT
O swing contagiante presente em “Black Night”
traz a música para um viés R&B, embora seja inegavelmente uma faixa Rock. A
guitarra de Pete Carr é um destaque.
A letra possui certo misticismo:
The stars may shimmer in the black sky
The wind may rustle in the trees
You may be worried he may psych you
You might be praying on your knees
KATMANDU
Esta é uma composição muito divertida e
bastante interessante. “Katmandu” possui um viés Rockabilly com aquele espírito
cinquentista revivido de modo inegavelmente eficiente. Grande canção!
A letra é bem divertida:
I'm going to Katmandu
Up to the mountain's where I'm going to.
And if I ever get out of here
That's
what I'm gonna do
“Katmandu” foi lançada como single e alcançou
o 43º lugar na parada da Billboard, tornando-se, até então, o single de maior
sucesso de Seger desde "Ramblin'
Gamblin' Man".
A música se refere à cidade de Kathmandu,
capital do Nepal, embora não haja evidências de que Seger tenha ido de fato até lá. Após o terremoto nepalês de 2015, Seger disse que seu "coração
disparou" pela cidade.
A música foi apresentada na trilha sonora do
filme Mask de 1985, estrelado por Cher e Eric Stoltz. A canção também apareceu
como parte da trilha sonora de episódios das séries de televisão Freaks and
Geeks e Supernatural.
JODY GIRL
“Jody Girl” é uma balada bastante intimista,
com a ótima atuação vocal de Bob Seger tendo o protagonismo.
A letra traz um tom de decepção:
Used to bring you flowers every day
Now you sit here on a cloudy afternoon
Watchin' a soap opera on t.v
Your old man's workin'
And your kids are out playin'
And you're not feelin' too free
TRAVELIN’ MAN
“Travelin’ Man” conta com um viés Country e
também conta com este viés ameno e suave. Uma canção bem interessante.
A letra é sobre liberdade:
Women have come
Women have gone
Everyone tryin' to cage me
Someone so sweet
I barely got free
Others, they only enraged me
MOMMA
Outra música com uma interpretação vocal bem
sentimental de Seger e que dá uma nova dimensão a mais uma boa balada.
A letra é uma homenagem às mães:
But
Momma she never told me a lie
Momma she never told me a lie
NUTBUSH CITY LIMITS
A guitarra afiada de Drew Abboott traz um
viés Hard para esta ótima versão para “Nutbush City Limits”. Uma verdadeira
porrada!
A letra se refere à cidade de Nutbush:
Hey
The people keep the city clean
They call it nutbush, nutbush
Nutbush city
Nutbush
city limits
A canção se tornou um clássico da carreira de
Bob Seger, sendo presença constante em suas apresentações.
Trata-se de uma versão para “Nutbush City
Limits”, clássico de Ike &Tina
Turner.
SAILING NIGHTS
Mais uma aula de interpretação e de canto é
oferecida por Seger na tocante “Sailing Nights”, uma canção com viés mais
sombrio e introspectivo.
A letra reflete sobre seguir em frente:
And the sea, it softly beckons
Come and go
Where you've not been
With the dawning of a new day
I'm gone, again.
Lonely sailing nights, ...
FINE
MEMORY
A nona – e última – faixa de Beautiful Loser
é “Fine Memory”. O disco se encerra com mais uma música intimista e de
sonoridade contida. Entretanto, condiz perfeitamente com a proposta do
trabalho.
A letra se remete a um amor passado:
Such a fine memory
I know
I'm gonna take it with me
I'm going to take it
Far as I go
I'm going to take it
Far as I go
Considerações Finais
Em termos de paradas de sucesso, Beautiful Loser atingiu apenas o 131º da
principal parada norte-americana, a Billboard 200.
À medida que Seger foi consolidando o ápice de sua carreira, o álbum passou a
ser mais procurado e foi um sucesso tardio.
Stephen Thomas Erlewine, do site AllMusic,
dá uma nota 4,5 (em 5) ao disco, descrevendo-o: “De qualquer forma, Beautiful Loser pode errar um pouco a
favor da reflexão, com grande parte do álbum dedicado a cortes introspectivos e
confessionais em sua metade. Existem algumas exceções à regra, é claro -
"Katmandu" ruge com humor, e seu cover de "Nutbush City
Limits" envergonha o original de Tina
Turner - mas elas são os únicos rock a todo vapor, com "Black Night” chegando
como um primo descolado e arrogante”.
Por fim, Erlewine define: “Ocasionalmente,
pode ser um pouco sentimental demais para alguns gostos, mas tudo é sincero e
ele escreveu algumas músicas maravilhosas aqui, principalmente o coração do álbum
de "Jody Girl" e "Travelin' Man"”.
Em abril de 1976, Seger e a Silver Bullet Band lançaram o álbum Live Bullet, gravado durante duas noites na Cobo Arena de Detroit,
em setembro de 1975. Continha a versão de Seger de "Nutbush City
Limits", bem como a versão clássica de Seger sobre a vida na estrada,
"Turn the Page", de Back in '72.
O álbum também incluiu seus lançamentos bem-sucedidos do final dos anos 1960 -
"Heavy Music" e "Ramblin' Gamblin' Man".
Beautiful
Loser supera a casa de 2 milhões de cópias vendidas.
Formação:
Bob Seger - Vocal (todas as faixas), Guitarra
(4, 5, 9), slide guitar (3), gaita (3), piano (4)
Muscle
Shoals Rhythm Section (todas as faixas, exceto 4 e 7):
Barry Beckett - Piano de cauda, Órgão, Sintetizador,
Piano elétrico
Pete Carr - Guitarra, Violão
Roger Hawkins - Bateria, Percussão
David Hood - Baixo
Jimmy Johnson – Guitarra-base
Spooner Oldham -
Órgão, Piano elétrico
Muscle Shoals Horn Section (faixa 3):
Harrison
Calloway - Trompete
Ron Eades - Saxofone
barítono
Charles Rose - Trombone
Harvey Thompson
- Saxofone tenor
Silver Bullet Band (faixa 7):
Drew Abbott - Guitarra
Chris Campbell -
Baixo
Charlie Martin -
Bateria
Robyn Robbins - Órgão
Músicos
adicionais:
Drew Abbott - Guitarra
(2, 3)
Kenny Bell - Guitarra
(3)
Pete Carr - solo de guitarra (6)
Tom Cartmell - Saxofone
(7)
Paul Kingery -
solo de guitarra (7)
Robyn Robbins - Mellotron
(4)
Stoney &
Rocky - Backing Vocals (3)
Faixas:
01. Beautiful
Loser (Seger) - 3:29
02. Black Night
(Seger) - 3:24
03. Katmandu
(Seger) - 6:09
04. Jody Girl
(Seger) - 3:41
05. Travelin'
Man (Seger) - 2:41
06. Momma
(Seger) - 3:22
07. Nutbush City
Limits (Turner) - 3:57
08. Sailing
Nights (Seger) - 3:18
09. Fine Memory (Seger) - 2:56
Letras:
Para o conteúdo completo das letras,
recomenda-se o acesso a: https://www.letras.mus.br/bob-seger/
Opinião
do Blog:
O RAC demorou bastante para
trazer o ótimo Bob Seger até suas
páginas.
Em sua longa carreira, Seger passeia pela história da música norte-americana, apresentando
diferentes sonoridades como influências, como o Blues, o R&B e o Country,
por exemplo. Mas, ao mesmo tempo, sem nunca abrir mão de uma roupagem Rock.
Este comentarista tem na fase Silver Bullet
Band sua preferida da carreira de Seger,
mas não abre mão de admirar outros momentos da vasta discografia do músico
norte-americano: como Beautiful Loser.
Neste álbum aqui apresentado, Seger traz uma coleção de canções com
um viés introspectivo, de sonoridades mais amenas e contidas, com letras
normalmente autobiográficas, mas de alto valor melódico. “Jody Girl”, “Travelin’ Man” e “Sailing Nights” são
ótimos exemplos.
Mas o lado roqueiro dá às caras em faixas
vibrantes como as ótimas “Katmandu” e o vibrante cover de “Nutbush City Limits”.
Concluindo, Bob Seger tem uma vasta e interessante carreira que o RAC
recomenda que o ouvinte conheça. Beautiful
Loser ainda não é seu máximo expoente, mas traz uma coleção de canções
tocantes e emocionantes.
Um belo álbum de um músico que penou para alcançar o sucesso. Normalmente as pessoas lembram do Bob Seger por causa do excelente "Live Bullet", o melhor álbum ao vivo da história gravado em Detroit (sim, estou sacaneando com os fãs do Kiss) e se esquecem do trabalho anterior. Seger tem muitos discos legais, espero vê-lo de novo no Rock: Álbuns Clássicos.
ResponderExcluirAntes de concluir: a Silver Bullet Band era boa demais, nunca entendi porque Seger acabava gravando com músicos de estúdio na maioria de seus discos. Para mim, como banda de apoio, está no mesmo nível da E-Street Band e dos Heartbreakers de Tom Petty.
Eu gosto demais do Seger, já devorei sua discografia. Eu concordo com quem aponta a fase com a Silver Bullet como a "melhor", mas acho 'criminoso' renegar o restante. O Beautiful Loser é um disco que fica melhor a cada audição. Pena, também, que me falta muita coisa na cleção dele... Bom, meu amigo, espero publicar novamente sobre o Seger uma nova oportunidade. Abraço!
ExcluirOs discos entre 1972 e 75 do Bob Seger são uniformemente bons! Mencionei a Silver Bullet Band por causa da qualidade da banda, que era muito boa mesmo, todos eles eram bons instrumentistas. Infelizmente também é um cara que me falta muita coisa na coleção...
ResponderExcluirSim, meu caro, não me referi a você, mas vejo gente desprezando os discos sem a "Bullet". É meio difícil achar alguns CD's do Seger sem preços exorbitantes...Abraço!
ExcluirComo ícone do chamado "heartland rock" americano, acredito que Bob Seger talvez tenha sido ofuscado pelo sucesso estratosférico a nível mundial de seu contemporâneo Bruce Springsteen. Mas o importante é que ele possui um público fiel de admiradores e uma discografia singular repleta de grandes momentos.
ResponderExcluirSeger também é um cara do qual conheço pouquíssima coisa de seu repertório: além de "Katmandu" (presente neste álbum analisado em questão), conheço outras canções famosas como "Hollywood Nights", "Old Time Rock and Roll", "Night Moves", "Mainstreet", "We've Got Tonite" (conhecida também na voz de Kenny Rogers) e, principalmente, "Against the Wind" que talvez seja a canção mais conhecida de Seger - pelo menos para os ouvintes que, como eu, conhecem pouca coisa dele.
Enfim, Bob Seger é um ícone gigante do rock mundial, que merece ser ainda mais reconhecido e reverenciado do que já é, isso sim!