Runnin’ Wild é o álbum de estreia da banda australiana chamada Airbourne. Seu lançamento oficial aconteceu em 23 de junho de 2007 pelos selos Capitol e Roadrunner. As gravações ocorreram nos estúdios Blue Moon Studios e Henson Studios, ambos na Califórnia, nos Estados Unidos. A produção ficou a cargo de Bob Marlette.
O RAC traz para suas páginas a banda australiana Airbourne, com seu disco de estreia. Antecedentes serão revisados para depois se ater ao álbum.
Formação
O Airbourne foi formado (inicialmente denominado Airborne) no final de 2001, na cidade australiana de Warrnambool, pelos irmãos Joel O'Keeffe nos vocais e guitarra e pelo seu irmão mais novo Ryan, na bateria.
Joel conheceu David Roads quando os dois trabalhavam no Hotel Warrnambool.
A dupla levava as suas guitarras para o trabalho e, após seus turnos, improvisavam ideias de músicas. Roads foi convidado a se juntar ao grupo na guitarra base e eles ensaiavam na casa dos O'Keeffes.
Joel O'Keeffe |
Em novembro de 2002, a Warrnambool City Council and Arts Victoria lançou um CD com vários artistas, cahamado Hard Wired: Youth Compilation Album. O Airborne apareceu com duas faixas, "Rock 'n' Roll" e "Give It all You've Got", que foram gravadas no Motherlode Studios, em Warrnambool, no início daquele ano.
Adam Jacobson se juntou como baixista no início de 2003 e o grupo fazia shows regulares no Criterion Hotel. Em março daquele ano, como Airborne, o quarteto – Jacobson, os irmãos O'Keeffe e Roads – ganhou uma competição estadual de bandas, chamado Push-On, em Melbourne. Seu material inicial era influenciado pelos artistas de rock australianos como AC/DC, The Angels, Billy Thorpe e Rose Tattoo.
Já como Airbourne, o conjunto gravou um extended play (EP) de oito faixas, de nome Ready to Rock, que foi lançado em julho de 2004, um lançamento independente autofinanciado. Gravado no Hot House Studios com a banda na produção. O trabalho foi vendido apenas em shows e em 2017 tornou-se um item de colecionador.
Quando o EP foi lançado, Jacobson foi substituído por Justin Street. No início de 2005, a banda se mudou para Melbourne. Seu manager, Gregg Donovan, lidou com as negociações com quatro grandes gravadoras antes de assinarem um contrato de gravação de cinco álbuns com a Capitol Records/EMI Music Australia em outubro.
Ryan O'Keeffe |
Assim o grupo foi banda de abertura para nomes como Mötley Crüe, Motörhead, Iron Maiden e Rolling Stones, além de se apresentar em festivais de música.
O próximo passo seria a gravação e o lançamento de seu primeiro álbum, que seria Runnin’ Wild.
A capa do álbum apresenta o portão da frente do HM Prison Pentridge.
Vamos às faixas:
STAND UP FOR ROCK ‘N’ ROLL
O álbum é aberto com uma faixa que remete aos melhores momentos do Guns N’ Roses.
As letras são bem simplórias:
Alright
people welcome to the show
Are you ready to rock are you ready
to go
Yeah we've got what you want and we've got what you
need
So get your arse down here n' let your ears bleed
RUNNIN’ WILD
“Runnin’ Wild” traz um ótimo riff, Rock em estado bruto!
A letra é um grito por liberdade:
You
got me runnin' wild and free
Runnin' wild and free
You got
me runnin' wild and free
Runnin' wild and free
“Runnin’ Wild” foi lançada como single e em seu videoclipe há a participação do saudoso Lemmy Kilmister, do Motörhead.
TOO MUCH, TOO YOUNG, TOO FAST
“Too Much, Too Young, Too Fast” é muito AC/DC fase Brian Johnson!
A letra mostra uma certa insatisfação com o status social:
Thieves
in the night rob you blind
With surgical precision
You
can't evade the eye in the sky
He got facial
recognition
Paranoia on every street
It's hard to stay
alive
Never know when you'll feel the heat
Before it takes
your life
A canção foi o segundo single para promoção do álbum.
DIAMOND IN THE ROUGH
“Diamond in the Rough” é outro Hard mais cadenciado, mas com muito ritmo.
A letra fala de um relacionamento:
Cause
at the end of the day
Honey when it's all said and done...
I
can't get enough of that diamond in the rough
I can't get enough
of your diamond in the rough
FAT CITY
“Fair City” possui uma vibe mais setentista e é outra faixa bem divertida.
A letra fala sobre viver livremente:
I
been riding so hard
Drank all the dregs
She;s falling
down
She can't feel her legs
We're on our way to a better
place
David Roads |
BLACKJACK
“Blackjack” flerta com o Heavy Metal, sendo bem direta e pesada.
A letra fala sobre uma garota:
Fever
runnin' high
Got aces in my eyes
She's got somethin' up her
sleeve
As I watch my chips bleed
WHAT’S EATIN’ YOU
"What's Eatin' You" possui uma introdução que é puro AC/DC.
A letra é simples e divertida:
What's
eating you is eating me
What's eating you is eating me
Say
you and you and me makes three
What's eating you is eating me
GIRLS IN BLACK
“Girls in Black” possui uma pegada bem oitentista, sendo outra canção bem divertida.
A letra fala das “senhoras da noite”:
Your
the hot bright neon
In the cold dark night
When I'm feelin'
down
You make me feel so right
Yeah your bait comes
free
But your hooks cut deep
You make the badboys smile
And
the good boys weep
CHEAP WINE & CHEAPER WOMEN
“Cheap Wine & Cheaper Women” possui mais um riff criativo e a cadência favorece a canção.
A letra fala de um cara frustrado:
Had
myself a lady
To hold me tight and warm
To keep out the
cold and make love 'till the dawn
Yeah she loved me tender
And
she loved me sweet
But then she kicked me out and now I'm on the
street
HEARTBRAKER
“Heartbreaker” encerra o disco com a vibe bem AC/DC!
A letra fala sobre uma mulher:
Give
me one more night
Heartbreaker
Down on your
knees
Heartbreaker
Just one more night
Heartbreaker
Is
all that I need
Give me one more night
Heartbreaker
Down
on your knees
Just one more night
Heartbreaker
Is all
that I need heartbreaker alright
Considerações Finais
Runnin’ Wild atingiu a 62ª posição da principal parada de álbuns do Reino Unido, conseguindo a 106ª colocação na correspondente norte-americana.
A revista britânica Metal Hammer elegeu o disco como “Melhor Estreia” no ano de 2008.
Eduardo Rivadavia, do site AllMusic, dá uma nota 3,5 (em 5) ao trabalho, apontando: “ (…) Então, quando combinado com os instintos de composição natural e sem complicações do Airbourne, até o mais cínico dos fãs provavelmente ficará feliz em deixar suas suspeitas de lado e simplesmente aproveitar o passeio Runnin' Wild pelo que vale a pena. E o que vale a pena, queridos amigos, é o ouro do hard rock clássico (se não a platina) simbolizado por hinos de colarinho azul, hinos diretos, como a faixa-título, "Heartbreaker", e a empolgante introdução de "Stand Up for Rock & Roll.”
Durante o final de 2007, o grupo excursionou pelos EUA junto ao Kid Rock e ao Korn. Em setembro de 2007 eles lançaram um EP ao vivo, de cinco faixas, Live at the Playroom.
No ARIA Music Awards de 2007 eles foram indicados para Melhor Álbum de Rock e Artista Revelação – Álbum, por Runnin' Wild. O disco foi lançado na América do Norte, Europa e Japão em janeiro de 2008, após o qual Airbourne se mudou para os EUA.
Runnin’ Wild, já em 2009, superava 250 mil cópias vendidas.
Formação:
Joel O'Keeffe – Vocal, Guitarra Solo
David Roads – Guitarra Base, Backing Vocals
Justin Street – Baixo, Backing Vocals
Ryan O'Keeffe – Bateria
Faixas:
Todas as faixas creditadas a Joel e Ryan O’Keeffe.
01. Stand Up for Rock 'n' Roll - 4:01
02. Runnin' Wild - 3:38
03. Too Much, Too Young, Too Fast - 3:42
04. Diamond in the Rough - 2:54
05. Fat City - 3:26
06. Blackjack - 2:42
07. What's Eatin' You - 3:36
08. Girls in Black - 3:16
09. Cheap Wine & Cheaper Women - 3:10
10. Heartbreaker – 3:56
Letras:
Para o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a: https://www.letras.mus.br/airbourne/
Opinião do Blog:
Quando se fala de Airbourne a pergunta que fica é: onde termina o território das referências e onde começa algo mais explícito?
Quando se ouve seu primeiro álbum de estúdio, este Runnin’ Wild, há faixas realmente bem legais e que, embora se percebam as referências, o toque da banda é evidente: “Stand Up for Rock ‘n’ Roll”, “Blacjack” e a melhor do disco, a faixa-título.
Em outras, entretanto, esta linha divisória é muito tênue, como em “Too Much, Too Young, Too Fast” e “Fat City”.
É muito óbvio que o AC/DC é uma grande referência para os irmão O’Keeffe, seja na seção rítmica da banda, nos solos de Joel e na forma como ele canta – inegavelmente próxima de Brian Johnson.
Enfim, mesmo assim, Runnin’ Wild é divertido e merece, ao menos, uma conferida.
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